Vidas Que Se Cruzam



OLÁ!!! Tudo bem com vocês? Finalmente tomamos vergonha na cara e postamos o primeiro capítulo!
Por favor, se encotrarem algum erro, nos informem, pois ainda estamos sem beta.

Agora vamos responder o nosso primeiro comentário (!).
Mah e Niita (23/06/07):
Nós agradecemos o elogio. E respondendo a sua pergunta... Serão todos os tipos, depende do que nós vamos dizer em cada capítulo.
Beijos e mais uma vez obrigado.

Para todos aqueles que visitaram a nossa fic, muito obrigado também. E esperamos muitos comentários ;P

Agora é só lazer!!!

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Madrugada de 1º de Dezembro de 1990
Londres, Inglaterra

O vento frio cortava as ruas desertas da cidade. Nesta hora, todos estariam em suas casas dormindo confortavelmente em suas camas, menos duas pessoas. Essas tinham uma promessa a cumprir, não importando as circunstâncias. O homem olhava cada esquina, prestava atenção em cada detalhe que poderia se mover ou não. A mulher que o vinha acompanhando carregava um grande cesto, que continha dois embrulhos pequenos e um tanto quanto disformes. Ambos caminhavam a passos rápidos com medo de serem descobertos. Chegando discretamente ao seu destino, o casal deixou o cesto no chão, viraram as costas e foram embora. Eles não viram ninguém e ninguém os viu. A situação ficou sem conclusão até a manhã que se seguiu.

***

Manhã de 1º de Dezembro de 1990

O local estava movimentado: pessoas apressadas andando de um lado para outro e outras desesperadas por atenção. Assim era o Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos.
Quando a situação se acalmou no hospital, uma curandeira muito simpática ouviu um choro baixo, quase imperceptível. Seguindo seus instintos e ouvidos, a mulher chegou à origem do som, que era uma cesta no chão. Com um pouco de receio, ela remexeu nas cobertas e descobriu que havia dois bebês lá dentro, além de um envelope. Cuidadosamente, ela pegou a cesta e a levou para um dos muitos quartos do hospital.
Um a um, a mulher cuidou dos bebês. Acalmou-os, deu-lhes comida e os colocou para dormir. Olhando para as duas crianças, a mulher se perguntou quem seria capaz de fazer algo assim. Deixar seres tão pequenos a sua própria sorte. Determinada a fazer algo por eles, a curandeira tomou as providências necessárias.

- Charlotte querida, você poderia chamar o Curandeiro Gardner, por favor.
- Claro. Volto logo.
- Obrigada.

Sem demora, a outra curandeira foi e logo voltou com a pessoa requerida:

- Martha... Aqui está ele.
- Obrigada pelo favor Charlotte. Você pode ir agora...
- Posso saber o porquê da urgência Curandeira Smith? – disse o curandeiro-chefe com certa impaciência.
- Sim senhor. Eu encontrei este cesto aqui no hospital e...
- E o que nós temos a ver com isso?
- Acontece que dentro do cesto estavam dois bebês. Duas garotinhas muito saudáveis. E um envelope.
- Já abriu o envelope? – indagou o homem, passando de certa irritação a curiosidade.
- Ainda não. Estava esperando que o senhor chegasse para fazê-lo.
- Pode abrir...

Dentro do envelope havia duas cartas. A primeira dizia:

“Para qualquer um estiver lendo isto...
Com muita angústia eu lhe entrego minha filha. Sei que um dia poderei me arrepender, mas assim será melhor para ela.
Minha filha é a garotinha de cabelos escuros e olhos azuis. Ela completará cinco meses de vida no próximo dia 12. Além de nascida bruxa, ela é uma criança muito especial, mais do que você imagina. Um dia, seres especiais, assim como ela, irão buscá-la. Ela saberá quando esse dia chegar e deixe-a ir sem medo, ela irá voltar.
Sem mais delongas, desejo tudo de bom para quem a acolher. Espero que ame e que a trate bem do modo como eu não posso fazê-lo.
Desculpe-me entregar essa grande responsabilidade a você que não me conhece, mas tenho certeza de que a cumprirá muito melhor do que eu.”

E a segunda dizia:

“Para alguém...
É com muito pesar que eu lhe entrego minha filha, para cumprir seu destino, o qual está entrelaçado com a menina de olhos azuis. Elas têm um elo muito forte que as unem e ninguém nunca poderá quebrá-lo.
Vocês não podem acreditar, mas estou profundamente arrependida, contudo não posso lutar contra algo mais forte. Nascida no dia 12 de agosto, ela não é apenas uma bruxa, ela tem poderes surpreendentes, por isso peço para não se assustem com as demonstrações de magia das pequenas.
Peço que me perdoem e cuidem bem delas.”

- Depois dessa leitura muito informativa, eu pergunto: o que nós devemos fazer agora senhor?
- Precisamos procurar alguém que queira adotar as meninas. Elas não podem ficar aqui, mas também não podemos deixá-las na rua.
- E o senhor já idéia de como fazer isso?
- Tenho sim. Conheço um jovem casal que infelizmente não pode ter filhos. – disse o senhor caminhando em direção aos bebês. – Acho que eles adorarão a idéia de ter duas garotinhas tão lindas como filhas. – completou, fazendo um carinho de leve na cabeça de cada uma. – Eu vou conversar com eles assim que possível. Enquanto eles decidem se ficam com as meninas ou não, você é a encarregada de cuidar das meninas.
- Sim senhor.

E então ele saiu. O senhor estava determinado a ajudar as meninas o máximo que pudesse, mas nada foi resolvido no mesmo dia. A nova família das crianças demorou um pouco para ser achada.

***

Manhã de 15 de Dezembro de 1990
Manchester, Inglaterra

O dia amanhecia belamente. Apesar de ser inverno, o céu estava sem nuvens e o Sol nascia em toda a sua imponência, com o vento vagarosamente agitando as folhas das árvores. Numa das muitas casas em que a manhã chegava, os raios solares passavam pelas cortinas suavemente despertando uma jovem lentamente.

- Bom dia. – falou um homem entrando no quarto com uma bandeja nas mãos e olhando nos olhos de sua esposa. – Trouxe seu café.
- Evan... O que você quer? – indagou a mulher sorrindo suavemente e sentando na cama.
- Nossa! Será que um marido não pode mimar sua bela esposa? – retrucou ele fingindo-se de ofendido.
- É claro que pode. Quero dizer, deve. – respondeu ela rindo abertamente da cara que o esposo fez.

E esse belo casal ficou rindo e conversando alegremente até que uma coruja entrou no quarto, deixando uma carta no colo do Sr. Mackintosh. Ele tinha um leve sorriso em seu belo rosto, que foi aumentando ao passo que lia a carta. A Sra. Mackintosh ficou impressionada com a expressão do marido, querendo saber do que se tratava:

- Qual é a notícia que está te deixando tão feliz assim querido?
- Nada, ou melhor, uma surpresa. Tenho que sair agora, mas eu volto logo. Não se preocupe... Afinal prometi que hoje o dia era só nosso e pretendo cumprir essa promessa.

Com essas palavras, o rapaz deu um caloroso beijo em sua mulher e foi cantarolando alegremente até o banheiro. Sabendo da grande curiosidade de sua esposa, ele queimou a carta magicamente para que ela não tivesse a chance de descobrir nada antes do tempo. Depois de fazer tudo o que tinha a fazer, Evan saiu do banheiro, trocou de roupa e em seguida aparatou no respeitável Hospital St. Mungus. Dirigiu-se a mesa de informações e se apresentou:

- Bom dia, eu sou Evan Mackintosh. O curandeiro-chefe me chamou até aqui esta manhã.
- Bom dia... Sim, ele já está lhe esperando. Acompanhe-me, por favor.

Acompanhando a senhora que lhe atendera educadamente, Evan passou por vários corredores brancos cheios de portas. Algumas estavam entreabertas e o rapaz podia ver o que acontecia por trás delas. Alguns estavam doentes por coisas muito sérias e alguns casos seriam engraçados se não fossem trágicos. Chegando ao fim de um dos corredores, pararam em frente a uma porta de pura madeira entalhada com certa delicadeza. A enfermeira vendo a admiração do rapaz, sorriu internamente e bateu na porta e abriu-a vagarosamente.

- Senhor...
- Sim.
- O Sr. Mackintosh acaba de chegar.
- Mande-o entrar... Bom dia Evan. – disse o mais velho com um sorriso no rosto.
- Bom dia Jason. Como vai o senhor? – replicou o rapaz também sorrindo.
- Já falei que não precisa me chamar de senhor. Eu vou bem, obrigado. E como está a sua esposa?
- Ainda está um pouco abalada com aquela notícia, mas está melhorando.
- Que bom... Mas vamos tratar do assunto que lhe falei mais cedo... Elas foram deixadas aqui há duas semanas e eu gostaria de saber se você tem a intenção de adotá-las.
- Com toda certeza. Mas eu gostaria de vê-las. Isso é possível?
- Claro, acompanhe-me, por favor.

E os dois homens seguiram até o quarto em que as pequenas estavam. O Sr.Mackintosh se aproximou das duas e imediatamente se apaixonou por elas. Assim que ele as tocou, uma leve luz com claros tons de dourado os envolveu, e assim como apareceu desapareceu. As garotas começaram a sorrir e o curandeiro ficou chocado com o acontecimento, afinal nunca ele tinha visto algo parecido.

- Por mim já poderia dar entrada no papeis de adoção. Mas é melhor esperar um pouco. Amanhã vou tentar vim com minha esposa e ver o que ela acha, mas tenho quase cem por cento de certeza de que elas serão nossas filhas. – falou sorrindo bobamente. – Agora se me der licença, vou passar o dia ao lado de minha amada. Muito obrigado! Até logo.
- Até... – sussurrou o curandeiro, ainda impressionado com o que acontecera.

***

Manhã de 25 de Dezembro de 1990
Manchester, Inglaterra

O rapaz abriu a porta da casa para que sua mulher pudesse passar com as duas meninas nos seus braços. Assim que passaram para o lado de dentro sabiam que uma nova vida começaria. A partir desse dia eles iriam passar muito tempo trocando fraldas, rindo das descobertas das pequenas e vivenciando momentos muito especiais e felizes. Mas nada na vida é só felicidade, sempre acabamos passando por momentos difíceis, por tempos negros. A vida desse casal estaria marcada para sempre, mas isso é uma outra estória, daquelas que devem ser guardadas a sete chaves, ao menos por enquanto. Nesse momento eles se encontravam na sala, sentados num sofá olhando as duas garotinhas brincarem nos carrinhos.

- Querido! – chamou a atenção de seu marido.
- Oi!
- Que nomes vamos colocar? Não podemos passar o resto da vida as chamando de pequenas.
- É você tem razão... – falou um pouco pensativo. – Se você não se importar, eu queria colocar o nome da menorzinha de Alexandra.
- Hum, gostei!... Um nome forte. Agora, se você não se importa, eu quero escolher o nome da outra.
- Sem problemas. – disse o homem com um sorriso no rosto, olhando carinhosamente para sua esposa.

Depois de um tempo pensando a Sra. Mackintosh respondeu:

- Que tal... Sydney?
- É também um belo nome. – falou dando um beijo em sua esposa e levantando-se do sofá para pegar ambas as meninas em seu colo. – Sejam bem-vindas Alexandra e Sydney à família Mackintosh!

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