Uma Visita Inesperada



A OUTRA NOIVA DO LOBO

CAPÍTULO XIV. UMA VISITA INESPERADA.

3 MESES DEPOIS: GENEBRA

As duas mulheres caminhavam, conversando animadamente em francês, enquanto se aproximavam da porta do apartamento.

A morena, Ex-auror inglesa, de repente, teve uma epifania. Em francês, quase gritou:

- Bezoar!

A outra mulher teve um sobressalto ao grito da primeira.

- O que?

- Bezoar, é lógico!

A loira suíça franziu o cenho, enquanto enfiava a chave na porta.

- Pra estabilizar, a poção? Já tentamos, você sabe. Não funcionou.

- Mas não tentamos pulverizar para diminuir o tempo de reação. O tempo é a chave dessa poção, como constatamos hoj...

As duas paralisaram ao ver que o apartamento não estava vazio, como esperado.

Lá, parado próximo à porta, estava Severo Snape.

Foi como se o ar tivesse fugido do local...

Rachel se controlou para parar as lágrimas que quiseram passar aos seus olhos. Tentou apenas se recompor.

Cumprimentou-o.

- Severo.

O rosto dele continuava inflexível.

Educadamente, ele acenou com a cabeça.

- Rachel.

A loira suíça olhava de um para outro, talvez incerta de qual deveria ser o seu próximo movimento.

- Ahn... Rachel?

Rachel olhou a constrangida mulher.

- Ah! Sim... Er... Suzanne, Severo Snape. Severo, essa é a Suzanne.

Ele estendeu a mão para pegar a da mulher e, gentilmente, beijá-la.

- É um enorme prazer lhe conhecer, Senhor Snape. Rachel fala muito do senhor.

Rachel corou de raiva, enquanto os olhos demonstravam um brilho sagaz.

- O prazer é meu, senhorita.

Ele então soltou a mão dela e olhou para Rachel mais uma vez.

Ela entendeu: ele queria conversar.

- Er... Suzanne...

- Entendi, entendi. Conversa particular. Já estou indo, volto mais tarde pra continuarmos a nossa discusão. Ou não, caso você esteja... ocupada. Adeus, senhor Snape.

- Adeus.

Ela, então, deixou a casa, fechando a porta e deixando os dois sozinhos.

Eles se olharam por um tempo.

O amava. Muito. Mais que antes.

Esperou que ele dissesse algo... Qualquer coisa! Mas Severo apenas continuava a olhá-la, quieto.

Ela, então, teve que falar.

- Err... Severo, eu não quero soar rude, mas... Bom, todo esse tempo... Eu estive construindo um muro ao meu redor, para bloquear tudo o que eu sinto... Mas, você, vindo aqui... Atrapalha tudo.

Com a face dura, ele a ignorou.

- Você não vai me convidar para sentar?

Ela bufou.

Já estava esquecendo o quanto ele podia ser irritante.

- Sente-se. Você quer beber algo?

Ele se sentou no grande sofá que ficava quase no centro da sala, enquanto afirmava que aceitava uma bebida.

Rachel caminhou até a cozinha e voltou com o drink que Severo bebia mais frequentemente:

- Uísque de fogo, dose dupla, uma pedra de gelo e canela.

O lábio dele se curvou ligeiramente, mas a sua expressão não trazia o habitual sarcasmo. Tomou o copo da mão de Rachel e o bebericou sem nunca tirar os olhos dos dela.

Ela se sentiu incomodada... o mesmo incomodo que fazia tanta falta.

Um arrepio atravessou seus ossos.

E ele ainda não falava nada.

Ela suspirou, sentindo-se confusa.

- Severo, por favor. O que você quer? Depois de tanto tempo, você volta? Eu não gosto disso. O que você quer aqui?

Ele a olhou por um momento.

E, simplesmente, disse.

- Você.

Ela fechou os olhos e encostou-se contra a parede. O coração doía... mas ela quase não conseguia controlar o ímpeto de sorrir.

-
Não! Não! Depois de tanto tempo...! Eu estou tentando reconstruir a minha vida, Severo... E estou conseguindo! Por favor, me deixe! Eu não quero mais correr riscos!

- Reconstruir a vida – ele repetiu, sarcástico. – Então eu suponho que tenha finalmente removido a minha tatuagem.

Ela bufou.

- Eu já disse mais de um milhão de vezes que a tatuagem que eu fiz não pode ser removida! Têm feitiços que a fazem ser permanente!

O olhar dele brilhou, enquanto a infame curva no lábio dele se acentuava.

- Interessante. Mas eu vou lhe contar um segredo. No dia em que você foi embora pela primeira vez, logo depois de ter feito a tatuagem, eu descobri quem a fez. E, que lástima, conversando com ele, descobri que não existem tatuagens que não podem ser removidas.

O rosto de Rachel ficou vermelho e ela perdeu a fala. Com uma expressão vitoriosa, ele concluiu.

- Nada me deixa mais convencido de que você vai voltar para a Inglaterra comigo, ainda hoje. Portanto eu não sairei daqui.

Depois de um tempo, ela disse, desafiante:

- E Anna?

- Que Anna?

- O amor de sua vida, Anna.

Ele deu de ombros, displicente.

- Ela não é o amor da minha vida. E, respondendo à sua dificílima pergunta: morta.

Rachel suspirou exasperada, controlando-se para não voar no pescoço dele e esganá-lo.

- Eu sei bem que ela está morta! Mas e as suas promessas de nunca mais se apaixonar, ou tentar se feliz, já que nenhuma outra mulher chegaria aos pés da maldita Anna?

- Fantasias da sua cabeça. E, para ser sincero, você é mais interessante que Anna.

Ela quase riu.

Aproximou-se. Sentou-se ao lado dele no sofá, mas não olhava para ele... Sabia como aqueles olhos eram capazes de hipnotizar.

- O que eu fiz pra merecer isso, hein? Você é quase um encosto, homem!

Ele sequer mudou a expressão. Aproximou-se dela, enquanto ela afastava para longe, para não se perder.

- Se por encosto você define determinado, sim, eu sou um encosto. E não sairei daqui, você sabe.

- A não ser que eu vá com você, certo?

Ele assentiu.

Rachel bufou, exasperada e se levantou, antes que ele estivesse perto o suficiente para agarrá-la.

- Pois fique! Sinta-se em casa! Eu estou aqui para viver, e não vou embora. Nem com você, nem com ninguém.

E correu para o quarto, para o banheiro, para o chuveiro.

No fundo, sentindo-se feliz com a impertinência dele.

XxXxXxX

Ela voltou para sala.

E ele ainda estava lá.

Suspirou.

- Severo, por favor! O que você quer?

Ele se levantou. Do seu bolso, tirou um pequeno papel e a entregou.

Era uma foto. Uma foto de uma casa. Grande, bonita...

- O que é isso?

- Fica numa vila bruxa, na Escócia. Lá tem uma pequena creche para bruxos menores aprenderem noções de magia, literatura... A lareira do quarto principal tem ligação direta com a do meu quarto em Hogwarts.

Rachel entregou o papel a ele, indiferente.

- Bela aquisição.

Ele
crispou os lábios. A ignorou.

- Você deverá usar isso – ele tirou o anel de diamantes do seu outro bolso. O coração de Rachel parou. Aquilo era um pedido de casamento.

O olhou, boquiaberta.

-
Severo... Você?

Mais uma vez, ele a ignorou.

- A nossa situação será legalizada em dois meses, já marquei a data, você faz a lista de convidados, mas eu não quero muita gente. Arrume suas malas, nós partimos hoje.

Ela fechou os olhos.

O peito pesado.

- Severo... Você... você está me pedindo em casamento?

Ele assentiu.

- Não é isso que você quer? Casamento, filhos? Eu estou lhe oferecendo isso.

- Só pra me ter de volta?

Ele se calou, por um momento. E respondeu.

- Não...

Lágrimas chegaram aos olhos.

- ...Porque eu também quero.

Ela sentiu a urgência de pular no pescoço dele...

Mas, ainda assim... Tinha que se manter.

Depois de tudo que ele tinha feito, ele não podia simplesmente... E ela já tinha se decidido! Já tinha decidido que a vida dela já não era mais ao lado dele... e pretendia seguir o plano.

- Me convença.

Ele rolou os olhos.

- Tchau, Rachel.

E começou a caminhar para fora da casa, deixando-a com cara de tacho, olhando para a porta aberta.

Uma voz atrás dela a chamou.

- O que você fez, sua louca!

Era Linda, a mulher que dividia o apartamento com ela, que vira toda a cena escondida.

- Linda! Eu tinha que me manter firme!

- E perder o cara, burrinha? Vá atrás dele! Ou você não quer parar de chorar por ele?

Ela quase riu.

- Mas, linda! Ele me...

- E você vai sofrer mais por isso? Será que eu conheço o cara mais que você? Ele nunca vai chegar aqui dizendo que ama você, que morreria por você! Eu sei disso só pelo que você me contou! Você não pode mudar o cara! Você pode ir atrás dele e dizer que aceita e ser feliz, como você sempre é quando está com ele!

- Não é sempre!

- Pode até não ser, mas, nas suas palavras, você “nunca conseguiu se sentir feliz com mais ninguém”!

- Mas...

- E tem mais! Eu não agüento mais você chorando no meu colo e torrando a minha paciência todas as noites só porque você dispensou o cara que amava!

Rachel ficou parada, tentando decidir o que fazer... Mas, aparentemente, Linda já tinha decidido por ela.

- Vá logo!

Sim! Ela faria isso!

Saiu correndo, sem deixar de agradecer à Linda.

Correu pelas escadas do prédio, correu pelas ruas, onde caia uma chuvinha fina... Que engrossou e molhou Rachel inteira...

Mas ela não se importou, continuou a correr pelas ruas, a caminho da embaixada bruxa inglesa, que ficava há apenas cinco quarteirões do apartamento em que ela morava, esperando que ele não tivesse desaparatado.

E, enfim, avistou aquele homem de porte altivo e com a capa negra, que atravessava uma rua, molhando-se com a forte chuva.

- SEVERO!

Ele a olhou. Parou, no meio da rua, enquanto ela corria ao seu encontro.

Chegou, ensopada e ofegante.

- Por favor, não vai! Não desiste! – Lágrimas começaram a aparecer e se misturar com a água da chuva. – Eu... Eu não sei o que deu em mim, eu aceito! Por favor, não vai!

Ele a olhou, semblante aborrecido pelo fato de todo mundo na rua estar olhando para eles, devido ao escândalo de Rachel.

- Eu disse que não ia a lugar algum, e não ia, Rachel.

As lágrimas pararam, enquanto ela o olhava, confusa.

- Mas... Você saiu.

Ele rolou os olhos.

- Para comprar rosas – mostrou a floricultura que tinha bem na frente deles – para convencer você.

Ela sorriu aliviada.

O abraçou forte.

- Ah, Severo! Eu amo você!

Ele tentou se desvencilhar.

- Rachel, nós estamos no meio da rua e...

- Cala a boca!

Beijando-o...

O beijo na chuva que marcaria o início da relação eterna deles.

XxXxXxX

fim

XxXxXxX

Reviews, por favor.

A Karlinha betou a fic inteira, bjus para ela!

A minha irmã Sheyla me ajudou a escolher o final. Bjus para ela, mas eu tow com raiva dela pq ela não revisou no cap passado. Estou indignada e vou cortar relações com ela! Heuhueheuheueheuhe!

Lucca BR: Heuheueheueu! Sim, ele foi para a Suíça atrás dela... e quem resiste ao charme de Severo Snape? Huehueheuheuehuehu! E, verdade, vc acompanhou e revisou desde o primeiríssimo capítulo! ADOOOOOOOOOOOOOORO! Obrigada por naum ter mandado nenhum Avada para mim quando vc ficava confusa! E mto, mto obrigado por ler! Bjus e ateh a próxima fic!

Lara: Estou na net nesse exato momento, e vc nem tah... KKKKKKKKK! Ainda quero saber o q vc achou do 1º cap da assassina... Bjus!

Lo1s.Lane: O final foi exatamente como planejado, naum mudei uma linha! KKKKKKKKKKKK! Mas espero q vc tenha ficado mais aliviada com esse final! Bjus, Lois! Volto com A Assassina no meio d janeiro, viu?

Camilla Gurjao: Calma, naum tenha um treco! HEhehehehehehhee! Espero que vc tenha gostado do finalzinho da fic! E que bom q vc gostou do Snape... faz bem pra pele, gostar dele! KKKKKKKKK! Bjus!

Yasmin: Calma, mulher! No MSN agente conversa... um final feliz para alegrar vc! XD

Olívia Lupin: Calma, relaxe, amigo... KKKKKKKKKKKKKKKKK! O final eh feliz. Não se estresse q dah úlcera! Heuheuehueheuhe! Bjus!

E eu estarei de volta com A Assassina no meio d janeiro. Quem nunca leu e tem curiosidade, vai ficar na curiosidade, pq a fic eh imensa e quem naum acompanha desde o começo tem preguiça de ler.

ShortFic? Sim, uma. Fanfic d natal, ke lindo! Quando? Próxima semana.

No mais, estou de férias!

Bjus!

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