Cruciatus
Era tarde da noite quando Harry resolveu dormir, estava ansioso para seu aniversário, pois iria fazer 17 anos, o que significava que ele seria maior de idade no mundo bruxo, e poderia fazer o que bem entendesse, faltava apenas três dias. Estava com uma leve dor de cabeça, olhando pelo vidro da janela de seu quarto, ele se lembrou, fora ali que um ano atrás que Dumbledore viera falar com os Dursley, e ao se lembrar do antigo diretor de Hogwarts, que fora morto há um mês, por Snape, o professor que Harry mais odiava e em quem o diretor confiava tanto, seus olhos lacrimejaram de saudades e de dor, pois estava sendo muito difícil para ele lembrar que Dumbledore não estaria mais ali para protegê-lo e ajudá-lo quando ele precisasse. E nesse momento Harry sentiu uma raiva intensa de Voldemort, fora por causa dele que as pessoas que Harry mais amava morreram primeiro seu pai, depois sua mãe, Sirius, e depois Dumbledore, e fora por causa dele que Harry tivera que se afastar de Gina, que ele ama tanto.
Quando finalmente Harry se deitou, desejou que não o tivesse feito, pois teve um pesadelo horroroso, primeiro estava sonhando com Gina, e no instante seguinte o Senhor E a Sra. Longbottom estavam sendo torturados por Bellatrix Lestrange, eles estavam em um quarto azul que bruxuleava vagamente a uma luz vermelha que vinha da varinha de Bellatrix, era a maldição cruciatus, eles gritavam como Harry jamais vira alguém gritar, e ele teve um assomo de terror os olhos de Bellatrix se reviravam de prazer ao ver o casal sendo torturado, e ao longo do extenso corredor que havia depois do quarto, Harry ouvia um choro de bebê, Harry estava tentando ajudar o casal, mas era como se ele estivesse na penseira de Dumbledore alguns meses atrás, ninguém o via ou ouvia, e ele se sentiu desesperado quando ouviu Bellatiz falar:
_Vamos meus queridos, ou vocês falam onde está ou vão ter que brincar comigo mais um pouco- disse ela jogando a varinha no Ar com um sorriso cínico no canto da boca – É o que o Lorde das Trevas quer, ou vou ter que continuar a...
Ela foi interrompida por uma voz fraca:
_Nós nunca iremos contribuir com a...
Mas a Sra. Longbottom fora interrompida no meio de sua frase pois Bellatrix lançou a maldição novamente com uma gargalhada.
Os Longbottom reviravam os olhos e babavam, pois já não tinham voz para gritar, e nos olhos da Sra. Longbottom caíam lágrimas de tristeza.
Quando ouviu o barulho de varinhas e bruxos chegando ao andar de baixo na casa dos Longbottom Bellatrix parou o que fazia com uma cara assustada e cheia de pavor, e então Harry acordou de repente. Sua cicatriz formigava intensamente como não acontecia há muito tempo, e então ele soube que Voldemort, onde quer que esteja, estava furioso, ele não sabia como nem porque, mas podia sentir.
Harry não conseguiu dormir de novo com medo de sonhar, e quando olhou para o relógio percebeu que já eram seis horas.
Harry ficou deitado na cama olhando para o teto, pensando no que acabara de sonhar, era muito estranho, pois fazia muito tempo que ele não tinha esses sonhos estranhos. E teve a sensação de que algo importante aconteceria com os Longbottom, pois se Voldemort andara pensando na noite em que eles foram torturados com certeza não foi sem querer.
E então ele se lembrou que os Longbottom estavam no St mungus para doenças e acidentes mágicos, e que Neville sempre os visitava com sua avó.
O garoto não parava de pensar, sua cabeça fervilhava, será que ele acabara de presenciar ao que aconteceu com o Senhor E a Sra. Longbottom anos atrás? Aquilo fora horrível. Sentiu um assomo de ódio ao se lembrar que ela, Bellatrix, fora a mesma que matara Sirius, e novamente se sentiu muito triste. Agora ele resolvera depois desse sonho ele se resolvera, ele não iria ficar ali esperando Voldemort matar e torturar outras pessoas, não queria que elas sentissem o que ele sentiu, ele iria buscar as horcruxes e não voltaria mais para hogwarts, escreveria para os amigos avisando que iria para a Toca E logo depois iria para Godric’s Hollow. Não deixaria que os autores de tantas mortes e tristezas de muitas famílias no mundo mágico e trouxa ficasse impune.
Mas Harry foi interrompido de seus devaneios por um estalido, assustado ele pega a varinha e se vira para a porta, e vê um par de grandes olhos amendoados...
-Monstro?
_Sim, é o Monstro.
_O que você está fazendo aqui a esta hora?- Perguntou Harry, meio incerto.
_Monstro está aqui por que A Professora Mc Gonaggal pediu para chamá-lo. Ela disse para o senhor estar na Toca no dia do seu aniversário.
Ah sim, tinha esquecido que Monstro trabalhava em Hogwarts, mas por que será que Mc Gonaggal o estaria chamando?
_Monstro, O que ela quer comigo?
_Ela apenas pediu para Monstro avisar- disse Monstro partindo com um estalido.
Harry voltou a se deitar, mas mal fechara os olhos e uma coruja entra pela janela, era Pichitinho, com uma carta.
Harry,
Estaremos buscando você no dia do seu aniversário à tarde, seus presentes estão lhe esperando aqui, traga vestes formais para o casamento de Gui e fleur que será na semana seguinte ao seu aniversário.
Molly Weasley
Harry fez uma carta para os amigos, confirmando que iria para lá sim, e contou para Rony e Hermione sobre o sonho que tivera, mas não disse nada sobre Hogwarts e Godric’s Hollows, isso só contaria pessoalmente.
Estava pensando muito sobre Hogwarts, se voltaria ou não, mas depois desse sonho que tivera, depois de pensar na dor que Neville sofrera ao ter pais que não o reconhecem, de que Voldemort destruiu muitas famílias felizes, gerando dor e ódio durante anos, ele resolveu que não deixaria que ele continuasse assim, iria enfrentá-lo.
Eram apenas oito horas e Duda já estava berrando:
_Eu não quero ir! Vou jogar vídeo-game e não adianta não vou pra casa da tia Guida!!
_Mas fofinho –Tia Petúnia tentava acalmá-lo – Vai ser bom pra você, e depois você poderá ir à luta de boxe com seu pai!
_Eu não...-Começou Tio Válter irritado
_E depois prepararei uma surpresa para os dois –Tia petúnia tentava convencê-los.
Quando Harry entrou na cozinha parecia que Tia Petúnia havia conseguido vencê-los, pois Duda estava comendo satisfeito à mesa.
_Bom dia! – Harry se viu dizendo.
Mas parecia que ninguém o tinha ouvido, mas surpreendentemente Tio Válter respondeu o Sobrinho entusiasmado:
_Bom dia! É um belo dia não é?
_Bem.._Harry não entendia o comportamento inesperado do tio.- sim... Mas Por que o senhor está tão feliz?
_Bem, porque de acordo com meus cálculos, você vai embora da minha casa depois de amanhã, foi o que aquele velhaco disse ano passado não é?
Harry teve de se controlar e parecer displicente para não atacar o tio com um belo feitiço, e resolveu por não dizer nada pra não arranjar confusão, e resolveu terminar de comer seu mísero prato de comida, quando o tio o interrompe:
_Ei moleque! Quando terminar de comer quero que vá aparar a grama do jardim, e depois quero que lave meu carro.Naquele momento Harry achou que fosse explodir de raiva do tio! Era um abuso! Ele faria 17 anos daqui a dois dias! Mas ele completou:
_Enquanto você estiver na minha casa você faz o que eu peço!
E Harry teve que se calar pois o tio estava certo.
Teve um trabalho enorme que o ocupou durante o dia inteiro, pois a grama estava enorme, e o sol estava muito quente, e o carro foi pior, pois estava imundo, Harry nunca o vira assim, estava todo sujo! Deu muito trabalho para o garoto, e quando acabou teve uma surpresa:
_Olá Harry! – era a Sra. Figg- como vai?
_Oi Sra. Figg! Como vai?
_Poderia estar melhor mas isso não vem ao caso, Harry preciso falar com você, quero que hoje à noite você passe na minha casa, é algo importante.
_Ham... Tudo bem então eu vou – respondeu Harry se perguntando o que seria tão importante assim.
Quando deu oito horas Harry foi à casa da Sra. Figg ver o que ela queria.
_Ah! Olá Harry! Entre querido, entre!
_Olá!
Harry entrou na casa da Sra. Figg, e sentou-se no sofá.
_Harry, o que tenho que te dizer hoje é muito importante, Dumbledore me pediu para.. Ah! Espera só um pouco que eu irei pegar!!
Harry espera ansioso sentado no sofá da Sra. Figg, quando ela volta com algo nas mãos.
_Harry- ela diz- Dumbledore me pediu para entregar isso para você, caso acontecesse algo com ele, e ele pediu para eu te explicar.
_Explicar o que? – perguntou Harry ansioso.
_Não me apresse, você logo vai saber. Você deve saber Harry, que tempos mais difíceis virão agora que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado pode agir livremente, e Harry, Dumbledore realmente confiava e acreditava em você, e isso, - disse ela apontando para um pequeno cilindro cheio de insígnias com uma tampa – só poderá ser aberto por você, no momento certo ele se abrirá, está encantado para isso.
_Era de Dumbledore?- pergunta Harry.
_Eu não sei Harry, ele apenas me disse às informações que eu deveria lhe passar, ele estava muito apressado.
_E ele deixou mais alguma coisa?
_Deixou. Ele pediu para te entregar antes do seu aniversário, é uma carta – disse a Sra. Figg entregando uma carta com a fina caligrafia tão familiar de Harry.
_E esse cilindro?-perguntou Harry.
_Eu disse Harry, ele se abrirá no momento certo.
_E qual é o momento certo?
_Só o cilindro sabe, e quando ele chegar, você também vai saber, e não poderá ser aberto antes disso.
_Tem mais alguma coisa?
_Não querido, agora vá, pois não é seguro ficar andando à noite sozinho nos tempos de hoje.
_Ok. Então tchau... – disse Harry se levantando para ir embora.
Ele foi voltando para a Rua dos Alfeneiros N° 04, mas a Sra. Figg estava na porta se certificando que Harry chegaria em casa são e salvo, mas quando ele já chegava em casa, ouviu gritos e rapidamente puxou a varinha para frente, havia três comensais à frente, Avery, Crabbe e Goyle. Tia Petúnia gritava desesperada e a Sra. Figg sem saber o que fazer, pois não podia fazer mágicas, estava paralisada, Goyle vendo o desespero dela, foi em sua direção, e Harry ficou confuso sem saber o que fazer se salvava Duda e Tio Válter ou a Sra. Figg. Mas então o inesperado aconteceu, em alguns segundos a Sra. Figg gritou desesperadamente e Goyle Começou a diminuir e soltar guinchos finos de terror, a Sra. Figg parecia muito confusa, mas Harry não podia cumprimenta-la, precisava deter os outros dois comensais.Duda acabara de ser estuporado e Tio Válter não parava de correr, tentando não ser atingido pelos feitiços, quando Harry gritou antes que os comensais percebessem sua presença:
_Petrificus Totallus
E os comensais não se mexiam mais. A Sra. Figg vinha correndo esbaforida em direção a Harry.
_Harry...Aquilo...Eu...fui eu...?
_Acho que sim, acho que a Senhora agora é bruxa.
_Oh!Por Merlin!- e a velhota pulava de alegria enquanto voltava para casa.
Mas uma voz o distraiu!
_Harry, precisamos chamar o ministério! – era o Sr. Weasley.
_Vamos primeiros cuidar desses comensais da morte.
_Mas não foi preciso, pois no mesmo instante apareceram, Tonks, Lupin e Olho-Tonto.
_Harry, viemos assim que Arthur ouviu no Departamento Do Uso Indevido
De Magia que você havia usado magia. Disse Lupin agitado.
_E aí Harry, Beleza?- Falou Tonks.
_Acho que sim.
_Hum...Avery, Crabbe e Goyle. Interessante, Lupin envie uma mensagem para Scrimgeour e diga para ele mandar virem buscar esses três – Falou Olho-Tonto.
_Bem, de qualquer modo, ele não vai demorar muito a chegar, já deve estar sabendo do acontecido, mas ok, vou aparatar agora no ministério- Disse Lupin- acho que é melhor ver o que nos aguarda.
_Tudo bem, enquanto isso eu cuido desses três.
_Encarcerous! – Gritou Olho-Tonto olhando os comensais sendo amarrados por longas cordas e depois verificando cada nó no mínimo três vezes para ver se estavam bem amarrados, e depois pegou as três varinhas dos comensais.
_É... Harry, que gritaria é essa?- perguntou o Sr. Weasley.
Harry demorou um pouco para perceber que tia Petúnia gritava sem parar com Tio Válter nervoso em um canto, olhando Duda estuporado.
_Ah! É a Tia Petúnia, Duda foi estuporado.
_Arthur, você cuida disso - Falou Olho-Tonto que observava os três comensais agora estuporados na sua frente como se fossem um perigo constante.
O Sr. Weasley se dirigiu para a casa de Harry, que foi seguido pelos outros.
Tio Válter, assim que viu Harry, disse:
_O que aconteceu com o Duda? E quem eram aqueles.. b..b...Aquelas pessoas?
Certamente o Tio não conseguiria suportar o som da palavra bruxos na sua casa ainda mais vindo dele mesmo.
_Duda foi estuporado e aquelas pessoas eram Comensais da Morte – E para irritar o tio disse- Bruxos das Trevas.
A reação do Tio foi a que ele previra, ou quase, com certeza não ousaria brigar com Harry no meio de tantos bruxos. Harry se sentia bem por dentro, adorava ver o Tio fazer aquela careta de indignação sem poder reagir.
_Seu Moleque, faça com que Duda acorde agora.
Tio Válter se encolheu um pouco ao ver a varinha do senhor Weasley apontada para ele, mas mesmo assim, não largou seu jeito arrogante.
O Sr. Weasley olha para Duda e pergunta:
_Posso reanimá-lo?
_Não se atreva a tocar no meu filho!
_Ora, o senhor não está em condições de reclamar, você quer seu filho de volta?
Tio Válter parecia fazer um esforço enorme para pensar no que fazer. O Sr. Weasley, Harry notou, não se preocupou muito com a lentidão de Tio Válter e foi examinar o telefone muito entusiasmado, mas Tio Válter não percebera, se não provavelmente teria feito um escândalo. O Sr. Weasley olhou para Harry, para evitar uma confusão Harry foi até o Sr. Weasley.
_Harry, olha! Eles tem um Feletone, e Tomadas!!
Harry se divertia com a maneira que o Sr. Weasley se espantava com coisas extremamente normais.
Mas antes de Harry poder responder Tio Válter pareceu ter pensado o suficiente pois balbuciou um sim com um resmungo.
O Sr. Weasley finalmente ai até Duda.
_Enervate!
Duda acorda, e quando vê aquele monte de bruxos, fica desesperado e sai correndo pela cozinho com a mão agarrando o bumbum compulsivamente. O Sr. Weasley parece um pouco preocupado, mas os berros de tia Petúnia pareceram fazê-lo voltar à realidade:
_Dudinha querido, você está bem?- Pergunta tia Petúnia com os olhos cheios de lágrimas.
_Vamos Harry, ainda temos muita coisa para fazer- fala o Sr. Weasley.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!