4º Dia





N/A: Bom pessouas a impressão que eu tive é que depois de DH as coisas começaram a despencar...então a única coisa que eu tenho a dizer é que não podemos deixar que nosso héroi morra como todos os outros que caíram no esquecimento e fizeram parte de um momento bacana de nossas vidas...Vamos continuar com as nossas fics contra o fim de Harry Potter....

4º Dia
Mais um dia se inicia naquela louca praia de Ibiza.

Os hóspedes daquela fofa e nada aconchegante areia ainda desfrutavam de uma terrível noite de sono, apesar de estarem levemente atrasados.

Um suspiro longo e preguiçoso ecoou na barraca onde Nanda e Elis dormiam.

- Eu preciso mesmo acordar? – Nanda perguntou espreguiçando-se.

- Claro que precisa e mesmo se não precisasse o faria, só-de-raiva- disse Elis abrindo os olhos insatisfeita.

- Por quê?

- Porque a senhorita acabou de ME acordar...Só por isso! – Elis tentou se levantar, mas bateu a cabeça no teto da barraca. – Pelas barbas de Merlim, será que não poderíamos aumentar essas barracas?

- Eu já tinha pensado nisso, mas não é bom a gente ficar vacilando com os feitiços, não é? – disse Nanda engatinhando até a saída.

- Humpf! Mais do que você e a EMO disfarçada já fizeram... – Elis estava com um péssimo humor, afinal mesmo quem é centrado, inteligente, calmo, paciente e apaixonado também pode ficar de mal humor...

- EMO? Que EMO? – Nanda perguntou já do lado de fora da barraca.

- A Andy é claro!- Elis seguiu os passos da amiga e saiu engatinhando da barraca. – Quem mais que você conhece nessa vida que tem todo o jeito pra virar EMO? – Elis perguntou parando ao lado da amiga.

- Hmmmm, Hmmmmmmm, hmmmmmmmmmmmmmmmmm... – Nanda pensava com extrema dificuldade. – Acho que só a Andy mesmo.

As duas ainda estavam um tanto sonolentas e ficaram observando aquele marzão lindo e brilhante. O horizonte tinha uma cor diferente, parecia estar pegando fogo. O sol nascia incandescente por trás do mar, era tudo tão perfeito, tão magnífico que elas se perderam no tempo, mesmo mortas de fome elas se sentaram na areia uma de costas para outra e ficaram ali.

- Nanda, você acha que isso vai acabar bem? – Elis perguntou desconfiada.

- Claro! Tudo dá certo no final, se ainda não deu...

- foi porque não chegou ao fim. – Nanda e James completaram a frase juntos.

- Pow! Mata o ganso!!!! – Nanda mirou com os dedos para James, fingindo estar com uma arma de fogo trouxa.

- Quê? – perguntou James sonolento bagunçando mais ainda seus cabelos.
- Abafa o caso... – pediu Elis ao garoto.

- E aí, que horas são? – James perguntou olhando para as meninas.

- Hummm, pela posição do sol- Elis iniciou uma análise – Tá na devida hora de acordar o meu namorado.

- Namorado? Blect! – Nanda fez uma cara de nojo para Elis.

Elis entrou na barraca dos meninos e seguiu engatinhando até o canto onde Remo se espremia, literalmente ele se espremia.

- Hmmm, que tchuco esse menino dormindo... – Elis parou observando Remo dormir e deitou-se ao seu lado acariciando seus cabelos.

- Bom dia, moranguinho! – Remo falou sorrindo sem abrir os olhos.

- Bom dia, luazinha... – Elis retribuiu o carinho sorridente.

- Luazinha? Por que luazinha? – Remo levantou num salto, espantado.

- Porque eu adoro a lua... – Elis ajoelhou-se para ficar da mesma altura que o maroto. – Minha preferida é a lua cheia, tão linda! - concluiu Elis suspirando. (n/a: aí caraaaaammmbaaaa)

- Você gosta da lua cheia? – Remo perguntou desconfortável.

- A-DO-RO! – Elis foi categórica – E ela está chegando, pensei da gente aproveitar que está na praia e fazer um lual pra comemorar o que acha? – Ela tava empolgada.

- Um lual? Na lua cheia? – Remo a olhava com uma cara péssima, parecia que estava sentido dores e no fundo estava mesmo. Quem lhe garantia que depois que ele contasse que era um lobisomem Elis continuaria com ele?

- O que foi Remie? Não gostou? – Elis perguntou corando-se. Começou a achar que o maroto estava pensando que ela fora rápida demais em propor algo tão romântico.

- E..eu..bem..eu... – Remo tentava, mas as palavras fugiam de sua mente.

- Ei? – James felizmente interrompeu a conversa.

- Salvo pelo gongo! – Remo sussurrou.

- Que foi, Remie? – Elis perguntou querendo ter certeza do que tinha ouvido.

- Nada! Eu perguntei ao James o que ele queria... – tentou disfarçar Remo.

- Foi isso? Eu achei que tivesse sido outra coisa... – James nem bem
terminou a frase e recebeu um tremendo olhar daqueles “ Cala-a-boca-e-cai-fora-amigão!” – Ah! Sim... – James deixou a barraca.

- E então? O lual? – Elis sorria contente para Remo, e isso o deixava em frangalhos, como é que ele contaria toda a verdade?

- Ops! – James novamente colocou a cabeça dentro da barraca.

- Ufa! Salvo pelo gongo: “O retorno!” – Remo exclamou sorrindo e falando com os dentes cerrados.

- Hmmm? – Elis e James perguntaram ao mesmo tempo.

- Nada! Vocês estão loucos, ou o quê? – Remo disfarçava como ninguém sua angústia misturada com felicidade e medo.

-Então James, o que quer? – Elis perguntou com cara de poucos amigos, era evidente que ela estava irritada com inúmeras interrupções.

- Sabe? Vocês não acharam esse iniciozinho de dia muuuuuiiiitooo calmo?
Remo e Elis entreolharam-se confusos, não tinham reparado nessa calmaria ainda.

- Hmm, foi, mas e aí? – Remo perguntou intrigado.

- E vocês não notaram que faltam algumas pessoas por aqui?

- Por Merlim! – Elis exclamou assustada.

- Sirius e Andy? – perguntou Remo e James sinalizou positivamente com a cabeça.

Os três saíram se atropelando da barraca e caíram um por cima do outro na areia.

- Nanda? Você tá chorando? – Elis perguntou aproximando-se da amiga.

- Não! Tô lavando os olhos...- Nanda estava descontrolada – Minha amiga sumiu! – Voltou a chorar copiosamente.

- Aí...isso parece sério... – Elis virou-se assustada para os meninos.

- Bem, pelo que conheço de Sirius, ele é um bruxo brilhante saberia se defender tranquilamente, já a Andy... – James tentou, mas só tentou acalmar as meninas.

- A...A...A.. – Nanda tentava falar, mas os soluços não permitiam – A Andy é muito boa também tá! – concluiu com raiva.

- Então, não há motivos para nos preocuparmos, são dois ótimos bruxos... – Remo sentou-se ao lado de Elis que tentava acalmar Nanda.

- Mas Elis e se alguém os pegou? – Nanda desesperava-se a cada suposição.
- Nanda, acalme-se! – Elis pedia enquanto acariciava seus cabelos.

- Elis, você não está entendendo! Aquele moleque só pode fazer magia com a varinha e se pegaram a varinha dele? – As preocupações de Nanda começavam a fazer sentido.

- Bom, ainda sobraria Andy... – James completou nervoso.

- Isso se não separaram os dois. – Observou Elis sabiamente.
James começava a andar em círculos pela areia.

- Gente! Peraí... Ninguém aqui tem motivo para pegar aqueles dois... – Remo trouxe todos à razão novamente.

- É verdade. – concordou Elis.

- Elis? Lembra daquela vez o que aquela mulher fez com ela? – Nanda começou a relembrar de todos os apuros que Andy já havia passado.

- Que mulher?

- Aquela que era vizinha da escola...

- Ah! A Aurora? – Elis sorriu – Ah! Nanda... É aquilo foi mal, mas Andy provocou! – Elis tentou justificar o injustificável, somente por que aquela lembrança a fazia ter mais medo ainda.

- É, essa Andy adora provocar os outros... – James observou com um misto de sarcasmo e raiva no olhar. – Se alguma coisa acontecer ao Pads por causa dela... – James nunca terminou aquela frase, antes que o pudesse fazer Nanda levantou-se atirando mais umas de suas famosas bolhinhas coloridas.

- Ái! Isso dói! – James exclamou.

- E vai doer mais se não parar de falar assim dela. – Nanda sentenciou secando as lágrimas.

- A verdade é uma só... – Remo começou a falar voltando para si as atenções – Nós precisamos procurá-los.

- Mas e o nosso compromisso no hotel? – perguntou Elis.

- Dane-se o hotel! – disse Remo selando a entrada das barracas com magia para que ninguém pudesse mexer. – Vamos procurá-los!

- É isso aí Aluado! – James sorriu feliz. Enquanto Elis olhava para Remo intrigada.

- Aluado? – disse Elis para si. – Preciso descobrir a origem disso.

- Então ficamos assim... Eu e Elis seguimos pela direita e vocês pela esquerda. – Remo dividiu-os em duplas.

- Daqui umas 3 horas nos encontramos? – James perguntou.

- É, pode ser... – Remo respondeu olhando para o sol verificando sua posição.

Os quatro saíram à procura dos dois perdidos. Estavam nervosos e assustados, não queriam pensar no pior de maneira alguma, mas parecia que esse pensamento os confortava caso alguma coisa mais séria tivesse lhes acontecido.

Do outro lado da praia, separado por uma grande montanha coberta de árvores, havia uma belíssima paisagem. Uma cachoeira linda e gelada, adornada por flores coloridas e rasteiras.

Dentro da água brincavam dois adolescentes, felizes como jamais estiveram em suas vidas.

- Eu nunca imaginei que éramos tão parecidos... – disse Andy saindo da água para juntar-se a Sirius que descansava em uma pedra.

- Eu... – Sirius pensou em mentir, mas não achou justo – Eu já havia percebido isso... Assim que coloquei os olhos em você. – Andy deitou-se ao lado do maroto.

- Isso é bom... – Andy disse sorrindo

- O que é bom? – Sirius alegrou-se finalmente Andy assumiria.

- Ficar assim sem fazer nada... Matando o trabalho... – Andy levantou-se e pulou na água. - Vem... Vem logo – chamou o maroto depois que a gente se aquecer no sol a água vai ficar mais gelada.

Sirius sorriu. Pensou que por um momento a garota diria que estar ao seu lado era bom, mas ele jamais admitiria tal coisa para uma garota e sendo Andy tão igual a ele, o que o fez imaginar que ela em tão pouco tempo o faria? Vontade? Talvez... Sirius Black tinha uma necessidade secreta de se sentir desejado.

O garoto pulou na água e iniciou uma “guerrinha”, tentado apagar de sua mente aquele sorriso. Que sorriso!

...

-Onde será que esses dois se meteram? – Nanda e James continuavam andando pela praia procurando.

-Eu não tenho nem idéia, mas onde quer que estejam espero que estejam bem. – James estava preocupado com o amigo, sabia que Sirius poderia se virar muito bem diante de qualquer ameaça, mas sabia também que ele jamais abandonaria Andy se ela não conseguisse escapar. Na opinião de James isso era aquele tipo de coisa que a gente ama odiar em uma pessoa.

-Andy é muito boa, disso você pode ter certeza, nós somos as melhores da nossa turma. – disse Nanda com um ar saudosista e as lágrimas encheram seus olhos.

-Nós vamos encontrá-los, pode acreditar! – James passou o braço pelos ombros de Nanda e lhe deu um abraço.

-Errr...hmmm, James?

-hmm?

-Será que você poderia me soltar? – Nanda perguntou olhando para o lado oposto a James, sabia que qualquer vacilada eles ficariam em uma distância nada segura.

-Ah! Claro... – James tirou o braço dos ombros da garota muito contrariado.

...

-Já perguntei em todos os lugares possíveis e imagináveis e nada! –Elis sentou-se na areia exausta. – Remo, e se aconteceu alguma coisa séria com eles?

-Não aconteceu nada, Moranguinho – Remo também estava preocupado, mas tinha que tentar manter a calma, afinal duas pessoas nervosas pensam menos do que um acéfalo.

-Tomara...- Elis sussurrou.

-Tá com fome? – Remo perguntou – Eu acho que preciso comer alguma coisa.

-Tô morta de fome, esse vazio no estômago está quase me matando.

-Vou comprar uns sanduíches ali e já volto... – Remo levantou-se – Você vai ficar bem? – perguntou cavalheiro.

-Acho melhor eu ir junto... – Elis estava realmente fragilizada.

-Então vem...

...

-Caracas, eu tô com fome! – Andy observou ao sair da água.

-Também – Sirius respondeu enquanto jogava água na mais nova “amiga”.

-Pára com isso, Sirius! – Andy começou a ficar de mal humor.

-Xiiiiiii voltou... – Observou o garoto irritado.

-Voltou o quê?

-Esse seu Mau humor chato!

-Eu não estou mau humorada, Sirius... – Andy alterou seu tom de voz – Estou com fome, entende? – A garota levantou a mão – Olha!

-Você tá tremendo... – Sirius preocupou-se – Precisamos voltar. – disse o garoto saindo da água.

-Eu acho que não consigo... – Andy deitara-se na pedra.

-Como assim? – Sirius espantou-se, nunca tinha visto nada igual.

-Eu tô fraca, a última coisa que comemos foi aquele bendito hambúrguer. – Andy tentou se levantar mais não conseguiu.

-Por Merlin, Andy, o que eu faço agora?

-Das duas, uma: ou você vai atrás de comida, ou você terá que me carregar.

-Era só o que me faltava! – disse Sirius sorrindo nervoso. – Por que você não me avisou sobre isso? – perguntou em um tom rude.

-Se eu tivesse avisado você não teria vindo? – Andy perguntou com uma voz embargada, queria que ele tivesse um pouco mais de solidariedade.

Sirius olhou para a garota e observou bem aqueles olhinhos castanhos que estavam encharcados em uma nuvem extensa de lágrimas, lembrou-se de como haviam se entendido bem naquela manhã e de como estava contente com isso. Resolveu baixar a guarda.

- Teria vindo mesmo assim... – admitiu Sirius – O que é a vida sem um pouco de risco? – Ele sorriu para a garota e lhe ofereceu sua mão.
Com dificuldade Andy se levantou.
...

-Merlim ajude-nos, por favor! – Nanda sentou-se em um banco de madeira velha perto de um enorme morro.

-Nanda?

-Quê?

-Você acha que eles entraram aí? – James apontou para a “floresta” que se estendia pelo morro.

-Não sei... Conhecendo Andy como eu a conheço, posso afirmar que ela teria achado essa aventura muito convidativa. – Nanda estava começando a se desanimar. – E Sirius?

-Humpf! Posso apostar que se dissessem pra ele entrar aí de olhos fechados o teria feito na mesma hora! – James sentou-se ao lado de Nanda.

-Vou comprar um lanche naquele quiosque, você quer? – perguntou James.

-Quero tô caindo de fome... – Nanda deitou-se no banco enquanto James ia comprar alguma coisa.

...

-Desisto! Desisto! – Sirius dizia enquanto Andy escorava-se em uma árvore.

-Eu não consigo mais, o que posso fazer? – disse Andy
derramando uma lágrima.

-Não vai começar a chorar agora, vai? – Sirius perguntou impaciente.

-Não, Sirius eu não vou! – Andy respondeu chorando.

Sirius olhou para a menina, que enxugava as lágrimas com as costas das mãos e penalizou-se. Se estava ruim pra ele, imagine como estava para ela?

-Escuta – Sirius aproximou-se dela enxugando suas lágrimas – Eu estou preocupado, sabe?

-Tudo bem, eu também fico irritada quando isso acontece... – Andy sentou-se no chão, não agüentava parar em pé.

-Mas o que isso quer dizer na verdade? – Sirius aproveitou a oportunidade para descansar.

-Que eu estou quase sem nenhum poder... – disse Andy preocupada.

-Como assim? – Sirius espantou-se.

-No Brasil as mágicas são feitas pelas mãos, não precisamos de varinhas... – Andy começou a explicar-se.

-Tá, isso eu sei, você já disse...

-Então, é como se o fato de ser bruxo fosse um dom e não uma condição.

-E?

-E aí que quando eu estou fraca, debilitada e sem comida os meus feitiços não funcionam, pois eu não estou devidamente fortalecida pra conectar meu dom, entende? É como se eu virasse trouxa.

-Nossa! Então não existem bruxos de verdade no Brasil? – Sirius estava curioso.

-Existem, a família da Nanda é puramente bruxa, a da Elis é só por parte de mãe e na minha eu fui a única que quis investir nisso. – Andy explicou-se.

-Mas se um trouxa quiser ser bruxo no Brasil ele consegue?

-Se o professor Amammelis quiser, sim...

-Uau! Muito legal isso! A minha família detestaria vocês... – os olhos de Sirius ficaram nublados com a lembrança da família.

-É, eu sei... – disse Andy sorrindo compreensiva.

-Então, vamos? – perguntou Sirius fingindo não ter ouvido o que Andy disse. – Acho melhor eu carregar você.

- É...acho que sim...

Sirius pegou Andy no colo e começou a caminhar, estavam a poucos metros da praia, logo chegariam.

...

Nanda e James terminaram de comer seus sanduíches, estavam com tanta fome que devoraram tudo em um segundo.

-Nossa! Muito bom esse tal refrigerante! – disse James

-É gostoso mesmo! – Nanda empolgada bebeu quase toda sua latinha – Pena que na escola só tomamos aquele bendito suco de abóbora.

-Ei olha ali... – James apontou para a montanha – Aquele não é o Sirius?

-E aquela nos braços dele não é a Andy? – Nanda perguntou assustada.

Eles ficaram estáticos observando Sirius aproximar-se para se certificarem que eram eles mesmos.

-Valeu pela ajuda, valeu mesmo. – disse Sirius enquanto caminhava com dificuldades.

-Almofadinhas, o que aconteceu? – James perguntou ajudando.

-Ela desmaiou... – disse ele colocando Andy no banco em que James e Nanda estavam sentados.

-Isso nós estamos vendo, né? – Nanda estava desesperada. – Quero saber o que a fez desmaiar.

-Longa história... – Sirius tentou encerrar o assunto, mas recebeu de Nanda um daqueles olhares “conta-tudo-se-não-morre!” – Não dá tempo, Nanda, precisamos reanimá-la.

Os três começaram a fazer de tudo para que Andy acordasse, bateram no seu rosto, deram chacoalhões, beliscaram, até que finalmente James pensou, pegou a latinha de refrigerante que tinha na mão e lançou todo o líquido sem dó na cara da garota. Digamos que Andy por muito pouco não se afogou com coca-cola.

- O que é isso? – Andy disse sonolenta.

- Aaaahhhhh garota! Você voltou.... – Nanda agarrou a amiga.

- Voltei da onde? – Andy estava esquisita, muito esquisita.

- Do desmaio... – Nanda já havia presenciado cenas parecida com essa antes.

- E eu por acaso desmaiei?

- Claro que desmaiou, fui eu que te carreguei até aqui. – Sirius sentava-se aos pés de Andy.

- Ah! Que mocinho gentil! – Andy deu um sorrisinho angelical e tentou sentar-se.

- Andy? – Nanda chamou a amiga virando o rosto dela – Você está bem?

- De você eu lembro vagamente, mas desses aí ó... nadinha – Andy apontava para James e Sirius como se eles fossem estranhos.

- Por Merlin, bem que Elis poderia chegar, ela sempre dá um jeito nisso... – disse Nanda preocupada e ao mesmo tempo aliviada.

- Quem é Elis?

- Andy, num faz isso comigo menina, de novo não!

- E agora Nanda? – James perguntou assustado.

- Comida! Nós precisamos de comida! – Sirius levantou-se e foi até o quiosque na beira da praia.

- Ainda bem que alguém pensa nessas horas... – Nanda suspirou sentando-se ao lado da amiga.
...

- Bom, acho melhor voltarmos, pra esse lado eles definitivamente não vieram – Remo pegou na mão de Elis e acariciou.

- Remo? – Elis corou-se- Eu adorei conhecer você.

Remo enlaçou a garota pela cintura e a beijou com ternura.

- E então? Vamos? – Elis puxou o namorado e eles caminharam abraçados pela praia, por um momento o clima romântico os fez esquecer dos amigos ”perdidos”.

...

Andy devorou com imensa velocidade todos os cinco, isso mesmo, cinco hambúrgueres que Sirius havia comprado, o pior de tudo é que ele ainda não tinha comido nada e eles não tinham mais nenhum dinheiro.

- Valeu messssmooo Andy! – Siriu irritou-se e saiu andando .

- Ei? Bonitinho...Volta aqui – Andy, que ainda não estava completamente “curada” de seu surto gritou.

Sirius parou instintivamente, virou-se devagar olhando-a com as sobrancelhas arqueadas. Estava surpreso.

- Bonitinho? Você me chamou de bonitinho? – aproximava-se de Andy.

- Foi por quê? – Andy levantou-se do banco e ficou frente a frente com o maroto.

- Agora vem o beijo... – Nanda sussurrou no ouvido de James.

- Duvido, ele não é tão fácil assim... – James adorava contrariar a garota.

Sirius apoiou suas mãos nos quadris de Andy e sussurrou encantadoramente.

- Repete...

Andy que já estava mais do que recuperada, quase desmaiou novamente.

- Bonitinho...

Beijaram-se.

Nanda sorria contente, sabia que desde o começo a amiga queria isso.

- E aí num rola? – James perguntou esperançoso fazendo um biquinho.

- Rola...claro que rola... – Nanda empurrou o garoto e o fez cair de cara na areia. – Agora rola Potter, Vamos...rola...

- Idiota! – Andy empurrou Sirius. – Nunca mais faça isso!

- Vai me dizer que não gostou?

Andy desferiu um belo tapa na cara do garoto.

- Não Black! E não gosto de ser usada...

- Do que você ta falando?

- Você sabe muito bem do que estou falando... – Andy chamou Nanda e começaram a caminhar de volta para o acampamento.

- Mulheres! – Suspirou o garoto alisando a face.

- Quem irá entendê-las? – James tentava limpar seu rosto, que estava coberto de areia...

- Como você ficou assim?

- Assim como Pads?

- À milanesa...

James lançou um olhar daqueles matadores para o amigo.

- Vou te mostrar. – James empurrou o amigo e Sirius também caiu de cara na areia – Foi desse jeitinho, Pads!

Sirius levantou-se irritado.

- Vamos embora de uma vez...Se não...

- Se não?

- Eu vou te matar veadinho... – Sirius saiu correndo- Vem gazelinha, vem.
As meninas chegaram primeiro ao acampamento e tiveram como boas vindas um belíssimo sermão de Elis, que agora pra ajudar tinha um parceiro à altura.

- Vocês poderiam ter mandado um sinal, qualquer coisa! – Elis gesticulava, enquanto Nanda e Andy a olhavam pedindo piedade. – E não adianta fazer essa carinha Srta. Knop, você vacilou feio.

- hmmm, desculpa!

Elis olhou pra cara da amiga e não conseguiu segurar a risada.

- Só você mesmo Andy...Explorar a praia de madrugada?

- Foi tão legal! – Andy ia começar a contar as descobertas, mas foi interrompida.

- Não foi não! Foi a pior coisa que fizemos..

- Até pouco tempo atrás você estava feliz da vida. - A garota olhou tristemente para Sirius.

- Disse bem, eu ESTAVA feliz e isso foi até perceber que você nunca deixará de ser aquela insuportável metida a besta! - Sirius estava num momento de descontrole emocional agudo.

- Engraçado que beijar a insuportável metida a besta você quis, né?! - Andy corou-se levemente.

- Nem foi tão bom assim... - disse Sirius desdenhoso virando-se de costas para a menina, tentando segurar o riso.

- Como? -Andy arregalou os olhos surpresa e procurou apoio em Nanda.

- Isso mesmo Srta. Knop, esse seu beijinho foi muito xoxo... - O clima estava ficando tenso, era óbvio que à essa altura James e Remo que conheciam infinitamente bem o amigo sabiam que ele estava querendo alguma coisa.

- Humpf! Digamos que você também não ajudou muito. - Andy finalmente caíra no joguinho de Sirius, essa era a resposta que ele queria ouvir.

- Eu? - o garoto virou para encará-la - Eu só estava te acompanhando, tenho minhas dúvidas se você poderia ter feito melhor.

Andy estava completamente corada, ao contrário do que Sirius previa a garota não reagiu atacando.

- Acho que você poderia ser mais cavalheiro... - Andy enxugou os olhos e antes de começar a chorar de verdade na frente de todo mundo entrou na barraca.

Do lado de fora todos ficaram paralisados. Todo mundo compartilhava da mesma idéia de Sirius, achavam que Andy ao ser provocada iria querer se superar, mas não foi bem isso que aconteceu. Sentados na areia os cinco amigos escutavam o choro compulsivo de Andy sendo abafado pelo travesseiro. Nanda até tentou entrar para conversar com a amiga, mas Elis achava melhor Andy ficar sozinha, vai ver aquilo era somente o fruto de emoções guardadas e ela de alguma forma precisava descarregar.

- Mas que foi que eu fiz? - Sirius estava realmente assustado.

- Ahhhhh Black você não fez nada – Nanda falou com um tom ameno – Você só a humilhou na nossa frente – voltou ao tom sarcástico da sempre.

- Não! Eu não a humilhei – Sirius tentou justificar-se – Eu estava provocando-a.

- Pelo visto não deu muito certo... - disse Elis em tom reprovador.

- Tá agora vai todo mundo me crucificar porque a bonitinha provoca todo mundo e não aceita ser provocada? - Sirius emburrou-se e assim como Andy foi para dentro de sua barraca.

- É – suspirou James – Hoje o dia não está bom...tsc..tsc.tsc...

- Dessa vez eu serei obrigada a concordar com você... - disse Nanda pesarosa.

- Acho que vai chover – Observou Remo.

- Por quê?

- Diga-me uma coisa amorzinho, quando você viu Nanda concordar com James em alguma coisa?

- Hmmmm, Nunca!

- Então meu amor, vai chover – Remo olhou para o céu esperando algum sinal, que não tardou a chegar.

Pingos grossos de chuva começaram a despencar das nuvens carregadas trazendo um alívio para o calor insuportável. Os garotos correram para suas barracas. Elis e Remo juntaram-se à Sirius na barraca dos meninos, enquanto Nanda e James entraram rapidamente na barraca das meninas onde Andy dormia cansada depois de chorar quase uma hora sem parar.

- Acho que ela se acalmou, né? - Nanda observou olhando pra James com pena da amiga.

- É acho que sim...

- Seu amigo exagerou...

Nanda e James passaram o resto da tarde conversando, enquanto Andy dormia. Na outra barraca a situação era a mesma, quer dizer, era quase igual, Sirius tentava conversar enquanto Remo e Elis não paravam de trocar beijos, carícias e juras de amor eterno.

- Francamente! Ninguém merece isso... - Sirius reclamava.

- Vai pra outra barraca então... - Sugeriu Remo.

- Pra quê? Pra encontrar a louca chorona?

- Não fale assim dela, Black! Você a ofendeu. - Elis defendeu a amiga.

- Ofendi coisíssima nenhuma e mesmo se eu tivesse feito isso seria muito bom...Ela me beija e depois me dá um tapa na cara, que negócio é esse? - Sirius irritava-se só de pensar no tapa.

- Pads...Pads...alguma coisa você fez pra ela te bater – Remo observou com um olhar de reprovação.

- Ah! Essa é muito boa...- Sirius indignou-se – Quer saber casalzinho? Tô caindo fora... - Sirius levantou-se batendo a cabeça no teto da barraca. - Put@#@$¨%&&¨¨%*¨$ - Sirius saiu irritado e entrou na barraca ao lado. - E aí será que tem um lugarzinho pra mim?

- Entra logo diacho! - Nanda puxou o menino pra dentro.

- Que recepção calorosa...

Nanda lançou-lhe um olhar matador e Sirius calou a boca na hora, não por muito tempo, é claro.

- E aí o que vocês estão fazendo?

James olhou para o amigo e Sirius pode perceber que mentalmente ele o azarava por ter interrompido o papo amigável com Nanda.

- Nada!Nós não estamos fazendo nada! - disse Nanda contrariada.
Sirius suspirou profundamente.

- Sabe aqueles dias em que você não deveria sair da cama?

- Aham... - responderam Nanda e James juntos.

- Eu estou num dia desses. - Sirius deitou-se ao lado de Andy – Eu vou acompanhar meu desafeto aqui e dormir também.

Passados alguns minutos Sirius já roncava ao lado de Andy, mais precisamente dentro do saco de dormir da Elis.

- Ninguém merece isso na vida! - James erguia as mãos para o céu irritado com o ronco de Sirius – Me diz meu Merlin o que foi que eu fiz de errado?

- Amigos...ruim com eles, pior sem eles – Nanda disse suspirando.

- Vamos dar o fora daqui, por Merlin eu não aguento mais isso... - James segurou na mão de Nanda e a puxou para fora da barraca.

A noite caia vagarosamente, enquanto sol se escondia relutante dando lugar à uma imponente lua.

- Que noite linda, não? - Nanda observou a lua sonhadora.

- Podia ficar mais bonita ainda... - James virou-se de frente para Nanda

Nanda congelou sob o olhar de James, era óbvio que estava pintando um clima daqueles, mas a garota ainda tinha dúvidas sobre engatar um namorico com alguém, tinha acabado de sair de um relacionamento conturbado e não queria apaixonar-se novamente, pelo menos não tão rápido e James era o que podiamos classificar como um garoto encantador.

- Sabe que eu senti falta de trabalhar hoje? - Nanda desconversou voltando a olhar para o céu.

James suspirou descontente e tentou se recuperar sem dar muita bandeira, afinal já que ele e Nanda estavam começando a se entender era melhor não estragar tudo.

- É verdade, aquele hotel pode ser ruim, mas ainda sim é melhor do que passar praticamente o dia inteiro atrás de dois amigos loucos.

Nanda e James sorriram ao lembrar da estressante missão que tiveram ao acordar. A gargalhada tomou um volume mais alto quando lembraram que os dois amigos dormiam feito anjinhos da barraca.

- Só esses dois mesmo... - Nanda sentou-se na areia

- E nós dois? - James perguntou juntando-se à garota.

- Que tem?

- Bem...você sabe, né? - James estava sem graça. Era a primeira vez que uma garota conseguia deixá-lo sem jeito.

- Sei o que? - Nanda se fazia de desentendida, ela queria ouví-lo dizer todas as palavras.

- Ah! Nanda! - James suspirou angustiado e Nanda sorriu.

- Fala logo pra ela...Que saco! - Andy saiu gritando de dentro da barraca.

- Mas você sabe mesmo quebrar um clima... - ralhou Sirius saindo logo atrás.

- Humpf! -Andy olhou pra trás com um sorrisinho esnobe.

- Eu acho que estamos encrencados... - Observou Sirius.

- Eles não vão nos matar por isso ...

- Acho que vão sim...

- Vão não...

- Ah! vão SIMMMMM.... - Nanda levantou-se num salto e foi correndo chamar Elis e Remo.

- Do que ela tá faa-lan-do ? – Andy terminou a frase lentamente ao observar que os famigerados seguranças do hotel aproximavam-se do acampamento.

- Boa noite criancinhas? - disse um grandalhão com sotaque esquisito.

- Criancinhas? - repetiu Elis desgostosa.

- Não, Elis...por Merlim – Nanda pediu silêncio para a amiga.

- Então quer dizer que os bonitinhos mataram o trampo hoje? - O segundo segurança, um sujeitinho carrancudo e baixinho sorria como um maníaco.

- Na verdade, Senhor, não matamos trampo nenhum hoje... - Remo iniciou pausadamente uma explicação, mas foi bruscamente interrompido pelo baixinho maníaco.

- Ah! não? Vai ver vocês estavam disfarçados de fantasmas, não é mesmo? - o cínismo imperava naquele sujeito.

- Não senhor, o fato é que dois de nós se perderam na floresta e nós fomos procurá-los. - Elis informou solenemente aos seguranças.

Os dois “trasgos” caíram na gargalhada, riam com extremo gosto, pareciam ter ouvido a melhor piada do século.

- Perderam-se na floresta? Tá bom.... - disse o grandalhão não contendo o riso.

- Dois? Que dois? - O baixinho, senõr Benitez, perguntou.

Os garotos se entreolharam, como se perguntassem se deveriam mentir ou não.
- Bem... fui eu... - começou Andy muito tímida.

- E eu... - concluiu Sirius

- Perdidos na floresta? - Señor Benitez sorriu marotamente.

- Sim, perdidos, por quê? - Andy empertigou-se.

- Porque se eu tivesse perdido com uma gatinha como você faria questão de não ser encontrado.

- Ahhhhhhh! Acredite em mim...O senhor ia morrer de vontade de ser encontrado... - Sirius falou sem perceber - E digo mais o senhor ia querer se matar se não o encontrassem. - concluiu sorrindo para os seguranças, enquanto Andy indignava-se com as palavras ásperas e cínicas de Sirius.

- É assim? - Perguntou Señor Benitez

- É muito pior... - Sirius suspirou

- Então vamos ao que interessam...O senhores terão um trabalhinho extra, amanhã teremos uma festinha a fantasia no hotel e vocês irão trabalhar de dia e depois de noite para compensar a falta de hoje. - O grandalhão soltou uma risada malévola e os dois saíram caminhando como tratores pela areia.
Os seis olharam-se horrorizados, trabalhar de dia e de noite era tudo que eles não queriam .

- Muito bom...muito bom... - James observou pensativo.

- Olha, me desculpem...Eu jamais achei que isso aconteceria... - Andy desculpou-se desconcertada.

- Beleza Andy, isso acontece... - Remo tentou tranquilizar a garota.

- Não nós fomos muito tolos mesmo. - Sirius entrou nas desculpas junto com Andy.

- Ué, mas pra você não foi um martírio ficar ao meu lado? - Andy já estava com cara de choro novamente.

- Gatinha...eu só falei aquilo pra não parecer que tinha sido realmente bom... - Sirius concluiu a frase com uma piscadela marota.

- Gatinha? - Repetiu Nanda sorridente.

- Ops! Acho que falei demais...


N/a: É isso aí queridous...vamos ler e comentar...Obrigado aos leitores

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