Parte II

O Beijo Da Meia-Noite

Parte II

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Com a outra mão, o homem a jogou por cima do ombro. De repente, sentiu todos ou a maioria de seus machucados curarem-se. Ela começou a se debater, tentando escapar.

- Granger, fique quieta e ninguém sairá ferido. – ela gemeu, reconhecera aquela voz.

- Mais do que já estou Malfoy? Ótimo. – disse sarcástica. A fita ainda encontrava-se em seu rosto e ela não podia ver, mas sentiu a chuva parar de cair em seu corpo e um barulho aterrorizadamente familiar invadir seus ouvidos. – Me tire daqui. – disse seca, tentando manter a calma, enquanto ouvia um som de uma porta fechando-se.

- Granger, cale a boca. – respondeu simplesmente.

Era tarde demais. Ouviu uma guinada e seu coração acelerou-se. Ela sentia-o fazer força para a porta se abrir, e o medo exalando de suas narinas. Ele finalmente a colocou no chão e tirou a venda de seus olhos.

Seu rosto, antes pálido, ficara vermelho, tão vermelho quanto a lingerie que estava usando. Malfoy sorriu, seus pulsos continuavam presos. Sua respiração parou, não saia ar de seus pulmões e ela estava a ponto de morrer.

Mas ele percebeu e soltou as algemas, Hermione começou a balançar-se para frente e para trás, murmurando palavras de um mantra conhecido para acalmar-se.

Só naquele momento que foi descobrir que o seu medo de elevadores não havia acabado. Fechou os olhos, abraçando seus joelhos. Ela realmente não conseguia pensar direito; as paredes começavam a fechar-se ao seu redor, o ar esgotava-se.

Draco Malfoy ajoelhou-se e postou-se a frente, segurou as mãos dela que pôde perceber o que acontecia. Segurou a cabeça dela, fazendo-a abrir os olhos e fitar os dele. Por um impulso, tendo os nervos à flor da pele, ele a puxou para mais perto, tomando seus lábios, os unindo em um só.

Ele tocou a língua ardente dela, esquecendo-se de quem era e o que devia fazer. Hermione não tinha forças para negar, ou afastar-se. O desejo consumia Malfoy, talvez o fato de ter uma mulher a sua frente de lingerie e possivelmente tendo ataques claustrofóbicos, atiçou e muito a vontade de beijá-la. Ele apressadamente tentava explorar com violência cada parte de sua boca, cada mínimo espaço.

Em um lapso de segundos, Hermione começou a beijá-lo ferozmente; como se sua vida dependesse disso. E dependia. Precisava tomar toda a atenção dele até o elevador voltar a funcionar, abrir a porta e ela dar algum jeito de fugir.

As mãos do loiro começaram a passear por sua nuca, massageando-a, quando Hermione gemeu. Ele parou, sabia diferenciar os gemidos, e aquele não era de prazer.

Observou sua mão, estava coberta de sangue. Arrancou a varinha com violência do próprio bolso, apontando para o ferimento e murmurando um feitiço de cura. Hermione Granger sorriu satisfeita, aproximando-se perigosamente dele e dizendo quase em um gemido: “Não pare”.

Ele a obedeceu, voltando a tomar seus lábios de uma maneira possessiva. Hermione começou a fazer seu jogo; não se deixaria perder, ou não deixaria Draco Malfoy ganhar. Ela puxou a gravata verde que o loiro usava, trazendo-o mais para perto de si, tentando “entretê-lo” e ao mesmo tempo aquecer-se.

Ele deslizou uma das mãos para a coxa nua dela, massageando-a, enquanto continuava um beijo cáustico, extremamente excessivo. O elevador deu uma forte guinada, Draco fez menção de virar-se, mas ela o puxou de volta. Com a outra mão segurou sua cintura; as portas do elevador se abriram, com os olhos abertos, ela fitou o saguão e as portas abertas para a rua.

A luz no final do túnel finalmente apareceu; afastou um pouco o rosto dele, a ponto de fitá-lo. Olhando em seus olhos e deixando um sorriso zombeteiro brincar em seus lábios; ela cerrou os punhos, colocou toda a sua força neles e socou o nariz de Draco Malfoy; atingiu um ponto fraco tranqüilamente fazendo-o cambalear para trás, bater na parede oposta e elevar as mãos ao nariz.

Ela saiu correndo, sentindo uma fisgada abaixo dos seios; adiantou-se até uma vassoura, gritou um “suba” e montou, esquecendo todo o seu medo de voar.
Draco precipitou-se em ir atrás dela, sentindo a dor ainda apoderar-se de seu corpo; a viu voar pelos céus, como uma ave veloz.

Andou calmamente até a rua, de cabeça baixa.

- VOCÊ TEM PRA QUEM VOLTAR! – gritou, deixando lágrimas grossas, cheias de ódio, escorrerem por seu rosto. – Eu não. – completou, olhando o céu escuro.

E mais uma vez ele falhara, só que desta vez não teria mais uma segunda chance. Não iriam poupá-lo, quiçá deixá-lo vivo. Não tivera escolhas, não tivera um outro caminho para seguir. Falhara novamente.
O loiro deixou-se escorregar pela mureta, sentando no chão; colheu uma rosa negra que nascia na terra seca; levou-a até suas narinas, aspirando o ar.

- Flores têm cheiro de morte. – disse resignado. – AI! – gritou, vendo o sangue escorrer entre seus dedos. – Malditos presságios, malditas aulas de adivinhação. – resmungou, limpando o dedo nas vestes. – Maldita. – murmurou para si mesmo, franzindo o cenho.

Ela poderia ter escolhido o caminho mais fácil, mas preferiu lutar por aquilo que acreditava, por aquilo que amava. Então Draco a admirou por um momento, os minutos se tornaram intermináveis, e ele odiava admirá-la.

- Maldita sangue-ruim! Maldita por ter uma vida melhor que a minha, maldita por ter alguém por quem lutar, maldita por ter se portado fria, quando fora preciso. Mil vezes maldita! – urrou, olhando em volta, uma tempestade estava para desabar mas ele não se importava.

Buscou a varinha no bolso, mas antes de aparatar, sussurrou: “Maldita Granger”.

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N.A.: Existe no mundo outra pessoa capaz de ficar com vontade de beijar uma mulher que está tendos ataques claustrofóbicos?! A não ser, é claro, Draco Malfoy. XDD~

UHAUHAUHAHUAUHA, presente de páscoa, espero que gostem! ^^’

Shay: auhauhahuahu, acho que agora você sabe quem é, não? XD~ E, com quem a Hermione termina? Bem... SURPRESA! ;DDD

Ingrid: aaaaah, OBRIGADA mesmo!!! E eu achei uma leitora e tanto ^^ você é um amor! Atualizada ^^ UHUAHAUHAHU, surpresa :*******

Comentem, e agora um MERCHAN básico:

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Beijos,
Luna Black

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