Capítulo 3



Na manhã seguinte levantei-me cedo e desci com minhas novas amigas, não foi tão difícil encontrar o Salão Principal quanto pensávamos que poderia ser.
Quando começamos a comer, uma nuvem de corujas veio voando trazendo o correio. Meu pai me mandara uma carta perguntando se eu havia chegado bem e disse que lá em casa estava tudo calmo, e já estava com saudades.
A profª McGonagall passava pela longa mesa da Gryffindor entregando os novos horários, as minhas primeiras aulas eram História da Magia, Transfiguração, depois vinha o almoço e então horário duplo de Poções e à noite Astronomia.
Pouco mais tarde eu estava quase dormindo com a monótona aula de História da Magia, o prof Binns, que era um fantasma, deixava uma matéria que poderia até ser interessante totalmente maçante.
A aula seguinte foi totalmente diferente, a profª McGonagall, diretora da Gryffindor, era do tipo de professor que consegue sem esforço manter o silêncio em uma turma, era uma matéria muito difícil, bastante complexa e que exigia muito, por isso a profª resolveu passar um enorme dever.
Já na aula de Poções o prof Slughorn, um homem gordo e um pouco velho, o prof decidiu que quem fizesse as melhores poções não teria dever.
No final da aula o professor passou observando as poções. Começou pelo lado onde havia maior número de alunos de sua Casa, Slytherin.
− Devo dizer que é impressionante, impressionante! − Trovejou ele ao olhar o caldeirão de um garoto com longos cabelos negros e oleosos. − Qual é o seu nome meu rapaz?
− Severus Snape. − Respondeu ele timidamente.
Depois ele passou por mais alguns caldeirões até chegar nos dos alunos da Gryffindor. Ele fez cara de quem ia vomitar quando cheirou a poção de um garoto com cabelos castanhos e nariz arrebitado, mas parou com uma expressão de felicidade ao lado do Black.
− Muito bom, presumo que seja Sirius Black, não?
O garoto assentiu feliz. Passou pela mesa deles falando que também havia gostado muito das poções do Potter e do Lupin. Passou à nossa mesa, olhou primeiro a poção de Shelli, depois da Mary e por fim parou na minha e da Lily falando que havíamos nos saído muito bem. A poção da Mary havia talhado e a de Shelli exalava um cheiro de alguma coisa podre, por isso tiveram que fazer dever extra.
A primeira semana se passou como o primeiro dia, nada de muito interessante.
Logo escolhi a minha matéria preferida: Feitiços, que era ensinada pelo mínimo prof Flitwick, ele sempre se sentava sobre uma pilha de livros para poder aparecer sobre o tampo da mesa.
A Mary era melhor em Herbologia, a qual eu descobri que não levava muito jeito. Já a Lily se tornou melhor em Transfiguração e Poções.
O professor Slughorn gostava de manter um grupo em volta de si, como eu não era nada mal nas poções entrei para o grupo também, mas nem a Shelli nem a Mary tiveram a mesma sorte em Poções. Shelli não era muito boa em nada, tinha dificuldade em Transfiguração e Poções, não era muito boa em Feitiços, por isso Defesa Contra as Artes das Trevas não era a que se saía melhor, mas ela era bem sucedida em Astronomia, sabia bem o lugar de estrelas e planetas e satélites e logo fazia boa parte dos nossos deveres.
Não demorou muito e dezembro chegava trazendo muito mais neve, Hagrid, o guarda-caça grandalhão, foi visto carregando doze grandes pinheiros que foram colocado no Salão Principal e enfeitados pelos professores: Flitwick. McGonagall, Sanderford, de D.C.A.T., e Slughorn.
O castelo inteiro entrava em clima de fim de ano, os diretores das Casas já haviam feito as listas dos alunos que iriam ficar em Hogwarts.
Eu fui para casa, passar as festas com meu pai, mas como tudo o que é bom acaba, voltei para casa pouco depois do ano novo, eu queria ter ficado com ele no meu aniversário, mas não era possível.

Depois das férias de Páscoa a carga de deveres aumentou significativamente por causa da proximidade dos exames, mas qualquer que fosse a nossa preocupação não era comparada com a dos alunos do quinto e sétimo anos, que são decisivos para o futuro do bruxo ou bruxa.
Assim vieram os testes, eu não achei nada difícil, passei bem em todos e como sobrava um tempo eu e minhas amigas ficamos passeando em volta do lago e conversando sobre as férias de verão.
− Nós vamos para a Índia dessa vez. − Dizia Mary. − Sempre fazemos viagens internacionais no verão.
− Vai voltar toda metida! − Exclamou Shelli.
− Ah, melhor do que você, sua viagem mais longa vai ser ao parque!
− Não vejo nada contra os parques. − Comentei.
Todas rimos e ficamos fazendo longas listas de presentes que Mary devia nos trazer.

Já abordo do Expresso de Hogwarts, eu reparei na curiosa desanimação do Lupin, ele estava com uma aparência doentia, mas os seus amigos não pareciam reparar nisso, conversavam animados sobre encontros no verão.
Nosso grupo não se dava muito bem com o deles, logo vi o porque do meu pai não gostar dos Black, ele era um chato, arrogante, metido, canalha e muitas outras coisas que encheriam um livro, mas o Lupin era o que aparecia menos nas idiotices que eles faziam.
Logo vieram as férias e tão logo se foram. As aulas não tardaram a começar.
− Que saudade de vocês! − Disse Mary na plataforma nove e meia.
− Mary! Como você está? Trouxe os meus presentes? − Perguntei abraçando-a.
− Claro! Acha que eu ia esquecer da minha melhor amiga?!
Não tenho muita coisa do que falar sobre o meu segundo ano, a não ser que por toda parte agora havia uma nuvem negra que acompanhava muitos alunos, essa nuvem tinha (e ainda tem) um nome... Voldemort.
Voldemort é um bruxo das trevas muito poderoso, manipula, humilha, mata sem um porquê. No final quase ninguém mais gosta de pronunciar o nome dele.
E, além disso, foi no segundo ano que eu comecei a receber detenções, pois Voldmort era contra nascidos trouxas e mestiços e muitas pessoas que estavam em Hogwarts eram um ou outro, duas das minhas amigas eram nascidas trouxas e eu sou mestiça e, assim, eu as defendi e a mim também sempre que falavam alguma coisa ofensiva.
E foi ainda esse ano que percebi que o Lupin saía da escola de mais, a cada mês, por uma semana. Eu não sabia direito o que era, mas alguma coisa naquele menino me fazia sentir diferente, eu não tinha antipatia por ele como tinha pelos amigos dele.
Mais para o final do ano letivo tivemos que escolher mais matérias para cursarmos, eu não sabia bem o que escolher porque eu pensava em ser Auror (é como um policial dos trouxas) e pelo que eu sei sobre não precisaria de nenhuma daquelas matérias novas. Resolvi me matricular em Trato das Criaturas Mágicas e Runas Antigas, papai também tinha feito essa última.
Assim acabava mais um ano letivo e com uma renovada onda de medo, pois agora os dementadores (criaturas que sugam toda a felicidade e esperança de um lugar e ainda têm uma “arma” terrível, o beijo, que tira a alma da pessoa) haviam se aliado a Voldemort.

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