Capítulo II: Os planos e aulas



Harry acordou disposto. Estava em um sonho maravilhoso com Cho Chang, mas o que era importante é que não haveria poções hoje por causa de um acidente que o professor Snape teve. Ele fora preparar uma poção extremamente forte para uma parenta da Profa. Sprout e por ter que ralhar com um aluno barulhento no corredor, deixou o caldeirão sem o ingrediente que precisava. O caldeirão explodiu e o professor teve uma alergia mágica, que fez com que não pudesse ouvir, falar, ver e sentir. Sem falar que ficou com uma coloração verde ácido e com vários espinhos roxos e manchas azuis pelo corpo. Os poucos que o viram tiveram que ir a enfermaria para tratar de uma aparente crise de riso. Ninguém sabe se era pelo que tinham visto ou porque o corpo do professor causou essa reação. No lugar dessa aula, todos receberiam nota máxima na prova que haveria nesse dia e teriam essas duas aulas livres. Vestiu-se e foi tomar café, onde Rony e Hermione já estavam discutindo:
- Sinceramente Rony! - disse Hermione - Você devia me ajudar a libertar os elfos domésticos! Você devia participar mais da F.A.L.E e ajudar mais! Eles podiam estar sendo mais bem tratados, sabia?
- Esquece Hermione... - retrucou Rony - Os elfos gostam disso e não vão mudar. É por causa deles que a gente tem a sala comunal tão limpa. Oi Harry.
- 'Dia - disse Harry - E então, o que vocês vão fazer na aula livre de poções hoje?
- Eu vou revisar as matérias de Transfiguração e Aritmancia - falou Hermione - porque não vai demorar pra começar as provas...
- Ah, deixa disso Hermione! - falou Rony - Harry, porque não vamos jogar um quadribol e depois visitar o Hagrid? O dia tá bom hoje pra isso...
Então começou. Era a hora do correio matinal e mais de duzentas corujas chegaram voando deixando cartas e correspondências para cada aluno. A coruja que trazia o Profeta Diário para Simas passou voando por Harry. Então ele viu uma coruja-das-torres passar por ele e deixar uma carta em seu colo. Era um envelope verde com uma carta curta dentro:

Caro Harry:
Eu sei como andou preocupado desde que os comensais da morte e a Marca Negra apareceram no céu na Copa. Não creio que isso tenha a ver com esse fato, porque não acho que os comensais da morte tenham feito isso, mas em todo o caso, leia o Profeta Diário hoje, na página 22.
Acho que a melhor maneira é você estar a par desses acontecimentos, principalmente porque Rabicho fugiu, apesar dele não ter inteligência nenhuma nem capacidade para fazer isso.
Não se preocupe e desejo boas aulas. Bicuço manda lembranças.
Um abraço,
Sirius

Harry releu a carta outra vez para entender bem o que ela dizia. É, realmente ele ficara preocupado depois do incidente com os comensais da morte e do reaparecimento da Marca. Era bom saber que Sirius se importava tanto com ele. Era uma pena não saber onde estava.
- Rony! Hermione! Leiam isso aqui... - disse Harry. Depois de lida a carta - E então o que vocês acham?
- Hei, Simas! - disse Hermione - Podemos dar uma olhada no Profeta Diário?
- Claro, toma aí - disse Simas atirando o profeta diário para Rony - podem ficar, não tem nada de interessante.

Desaparecimento Misterioso no Ministério
Hoje de manhã foi registrado o desaparecimento do funcionário do Ministério da Magia, Eberto Crow, diz a nossa repórter especial Rita Skeeter. Ele trabalha há quase 14 anos no departamento de Execução de Leis de Magia. Funcionários do Ministério foram procurá-lo em sua casa ontem à tarde porque ele faltara ao serviço por uma semana seguida sem mandar notícias. O mais estranho sobre esse caso é que em sua casa tudo está tranqüilo como se ele estivesse acabado de deixa-la. Nenhum dos amigos e familiares soube de seu desaparecimento. "Vamos encontrá-lo - disse o auror Quim Shackbolt, também responsável pelo caso de Sirius Black e amigo de Eberto - Não sei o que houve a ele, mas veja, depois do reaparecimento da Marca Negra na Copa Mundial de Quadribol, podemos suspeitar de seu desaparecimento, pois ele é um importante funcionário do Ministério, mas também sabemos que ele tinha problemas familiares e que poderia ter fugido para se libertar de certos problemas que não são de conta da imprensa. De qualquer jeito vamos encontrá-lo".
Ninguém soube informar a última vez que viram Eberto, mais insistiam em dizer que ele estava normal e que ele poderia ter fugido de fato. Em todo o caso isso será investigado pelo Ministério mais abertamente afim de que se solucione esse mistério que até mesmo abalou o Ministro da Magia, Cornélio Fudge, que não quis dar declarações.O Ministério pede para qualquer bruxo que tenha informações sobre o homem da foto acima que se comunique rapidamente com o Ministério.

- O que vocês acham? - perguntou Rony ansioso, vendo a fotografia sorridente de Eberto Crow acima da reportagem - Será que isso tem alguma coisa a ver com os comensais da morte?
- Nem - disse Hermione - Mesmo sendo um funcionário importante do Ministério, o teriam dominado de algum jeito ou usado a maldição Imperius - acrescentou - e então iam ter controle no Ministério para encontrarem Você-Sabe-Quem. O que me admira é deixarem essa mulher publicar coisas assim!
- Você tem razão - disse Harry, ignorando o comentário sobre Rita. - O cara podia ser só maluco de qualquer jeito...
Então ouviu-se o som da sineta escolar e Hermione disse:
- Anda Harry, Rony - Ainda temos que ir para outra aula antes das aulas livres de poções.
- Poxa Hermione - disse Rony baixinho - Assim você me desanima!
Harry deu um sorrisinho disfarçado. Não havia motivo pra ficar preocupado, pensou. Devia ser outra coisa esse desaparecimento.
O que Harry não sabia é que realmente nada havia com os comensais da morte, e sim com aquele que seria uma grande dor de cabeça nos próximos dias.




Mansão Fowl, Irlanda.
Artemis estava sentado na sua cadeira. Estava pensativo. Butler "convenceu" Eberto a contar o que precisava. É claro que ele não seria libertado ainda, somente depois de seu plano. Ele recebeu praticamente gygas de informação digitadas por Butler que estava a caminho da mansão. Ele lia e relia toda a informação sobre o mundo dos bruxos. Leu sobre os departamentos do Ministério da Magia, sobre seu dinheiro, mágicas, ingredientes, objetos, animais, criaturas, esportes, mapas, livros, escolas o que o chamou atenção, sobre a história de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e como ele inspirou medo nos bruxos. Por alguma razão nenhum bruxo dizia seu nome e ele ficou, por incrível que pareça, com medo desse bruxo. Mas isso não importava, pois ele estava morto e não o incomodaria.
Também leu sobre Harry Potter e sua história. Lendo sobre ele que leu o nome Hogwarts, a escola mais fantástica dos bruxos. Daria um aumento a Butler, havia praticamente um livro de informação extraída de Eberto. Coisas mínimas ele já sabia, pena que ele não poderia fazer feitiços, ou pelo menos não por enquanto.
Ele tinha um plano audacioso. Disfarçaria-se de aluno de Hogwarts para poder entrar na escola e ver os tesouros e conhecimentos que poderia roubar. Ganharia muito conhecimento útil por isso. Ou pelo menos, de consolo, ouro. Muito ouro, mais do que ganhara na última aventura com as fadas. Mas para se disfarçar de aluno precisaria de magia verdadeira.
Quem poderia ajudá-lo nisso? Obviamente, ele queria se aproveitar da LEP novamente. Ele ouviu uma batida na porta.
- Juliet? - perguntou Artemis - é você?
- Claro - ele ouviu a voz de Juliet - Quem poderia ser? A Holly? He he he...
- O que foi Juliet? - perguntou irritado Artemis - Ou você veio aqui porque aprecia minha companhia?
- É que Butler chegou - disse ela - E sua mãe já está partindo para aquele spa na Suíça. Ela está muito entusiasmada. Eu também.
- Muito bom, chame Butler e diga que é a hora de agir. Bom passeio.
- Tô indo.
Dois minutos depois, em que Artemis revisou seu plano, Butler apareceu na porta do escritório
- Me chamou senhor?
- Sim Butler. Estudei o mundo bruxo como você e decidi fazer o plano como já tinha lhe explicado.
- Mas Artemis, você não é mágico - disse Butler - e eu não poderia ir para essa tal de Hogwarts, como você vai fingir...
- Pense Butler, quem poderia nos ajudar, ficar invisível e fazer as mágicas por mim?
- Mas Artemis - disse Butler - você acha que daria certo...?
- Sim Butler - sibilou Artemis - lembra do Livro? Muito bem, nele se fala sobre outros objetos de suma importância. Entre eles um pergaminho, mágico e sagrado, que seria vital para eles. E pelo que sei, sua localização é perto de Tara, em um templo sagrado. Só que ele é tão respeitado que não há guardas em nenhum lugar.
- Pode mandar a localização, Artemis - disse Butler - se pretende fazer uma chantagem a eles, é melhor começar logo.
- Sim, pode ir para Tara que lhe mandarei pelo fax do carro. Você pegará esses pergaminhos e o que mais tiver de valor lá. Depois entraremos em contato com a capitã Short e veremos o que eles acham de nosso plano. Creio que eles nos ajudarão por esses pergaminhos. Lembre-se, se encontrar alguém do Povo ou da LEP, prefiro assustados a mortos. Se possível.
- Sim - riu Butler - Se possível. Estou a caminho.




A sineta tocou. Harry, Rony e Hermione se encaminharam à sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Olho-Tonto Moddy já os esperava na porta.
- Rápido turma, rápido! - disse ele - Esta aula será de grande importância para vocês!
Harry estremeceu. Na última aula eles haviam aprendido como as maldições imperdoáveis foram usadas, e o professor havia revelado que usaria a maldição império em cada um deles nessa aula. Harry, Rony e Hermione se acomodaram nas fileiras da frente e o professor disse:
- O.K., vocês já fizeram isso antes, mas agora vocês terão uma prova maior - disse ele - Vocês terão novamente a experiência de receber a maldição Império em cada um de vocês. Potter, venha cá - disse Olho-Tonto Moddy - você consegue resistir a ela, quero que mostre a eles.
Sem escolha e desanimado Harry foi até o centro da sala até ouvir o professor:
- Prestem atenção nele e vejam se reparam alguma coisa - falou ele - Império!
Harry sentiu aquela sensação boa, e ouviu uma voz calma lhe dizer: Se jogue pela janela, se jogue pela janela. Harry ia fazer isso, mas então se lembrou de tudo, se concentrou e pronto, estava novamente na sala, no mesmo ponto que estava antes. Realmente era bom nisso, não se mechera nem mesmo um centímetro.
- Muito bem Potter! - disse ele - 20 pontos para a Grifinória. Alunos façam uma fila e um a um experimentarão isso de novo. Potter, pode ficar olhando e dando dicas se quiser, não precisa mais disso.
Grato por não ter mais que passar pela maldição e pelos pontos ganhos, Harry sentou-se à mesa da frente, perto da fila recém-formada, e observou seus colegas um a um. Hermione até se saiu bem, mas acabou cedendo, Rony deu piruetas na mesma hora mandada, Neville saltitou na sala, Lilá e Parvati fizeram uma coreografia de dança juntas e todos os outros alunos não tiveram resultado muito diferente: Fizeram danças, acrobacias e até mesmo feitiços sendo ordenados, coisa que já acontecera na última aula em que foram testados com a maldição.
Finalmente tocou o sinal, que os levaria até a terrível aula de poções, mas desta vez foi pra melhor, pois eles teriam as últimas duas e piores aulas livres e ganhariam nota máxima, coisa que alegrou muito Harry.
Hermione não quis acompanhá-los até o campo de quadribol. Harry pegou sua Firebolt e uma Nimbus 1000, o modelo mais fraco, que era da escola para ser usada, e foram jogar quadribol. Harry deu uma de artilheiro enfeitiçando uma bola plástica e Rony foi o goleiro. Não haveria a copa esse ano, por isso sentiram-se satisfeitos. Harry fez vários gols em Rony, outros muitos foram bem defendidos por ele. Ele poderia até ter um bom talento se treinasse, coisa que não levava a sério.
Mais tarde, voltaram para a escola e encontraram Hermione, ela disse que iria até a cabana de Hagrid com eles. Bateram na cabana e ouviram os latidos de Canino e a voz de Hagrid, que logo apareceu à porta:
- Ah olá, como vão? Aposto que bem, duas aulas finais de poções com nota máxima e ainda não terem que assistir a essa aula! Devem estar muito bem...
- Claro - disse Rony - O que poderia ser melhor que perder a aula de poções de hoje? E ainda ganhar nota máxima no teste que teria. Simplesmente perfeito.
- Hagrid - disse Hermione - você leu o Profeta Diário de hoje, página 22?
- O quê? - perguntou Hagrid - Ah sim, o desaparecimento de um tal de Eberto, não é?
- É - disse Harry - O que você acha? Pode ter ligação com os comensais da morte?
- Aqueles da copa? - sibilou Hagrid, levando o dedo à cabeça e pensando, enquanto se apressava em acomodá-los e preparar o chá - Eu li o caso e duvido, pode ter a ver com outras coisas misteriosas, mas nada relacionado aos comensais da morte...
- Uhum - falou Rony - Não deve ter nada de mais, é só uma coincidência ser um funcionário de bom escalão do Ministério. Papai já me disse que funcionários do Ministério podem ser estranhos. Acho que ele também é um pouco.
- É, vocês tem razão - falou Harry, agora mais tranqüilo e despreocupado, se segurando pra não rir do que Rony dissera - E então Hagrid, como estão os esplosivins?
E assim foi, Harry, Rony, Hermione e Hagrid sentaram perto da lareira e tomaram chá a tarde toda, conversando sobre a escola, as provas, as aulas de Trato das Criaturas Mágicas, e, para horror de Harry e Rony, sobre a F.A.L.E, mas Hagrid anteriormente já dissera que não participaria.
- Já lhe disse antes Hermione, os elfos domésticos fazem isso porque gostam, não agüentariam férias, salários, licenças nem aposentadorias. Não concordo e assunto encerrado.
E assim, mais uma vez, Hagrid fechara de vez esse assunto. Continuaram conversando por mais tempo até que a noite chegara fria.
- Muito bem - finalizou Hagrid - Nossa conversa estava muito boa, mas já está tarde e vocês não querem ser pegos à noite, querem? Hoje é quinta, domingo vocês têm uma visita a Hogsmeade e não querem que os proíbam, não é mesmo?
- Claro que não! - disse Rony - Estou louco pra ir a Hogsmeade, ouvi dizer que tem uma espécie de cerveja amanteigada com uísque de fogo! E parece que todos podem tomar, eu quero ver se é verdade, mas como foi o Fred e o Jorge que contaram...
- Bem, isso vocês verão - disse Hagrid - agora voltem já para o castelo.
Assim, os três voltaram silenciosos ao castelo, junto com um grupo de alunos da Grifinória que passara a tarde livre nos jardins da escola e que agora se dera conta que tinham que voltar ao castelo.

Irlanda. Mansão Fowl.
Passaram-se algumas horas desde que Butler havia ido buscar os pergaminhos. Artemis estava ansioso novamente. Já havia preparado o material roubado da LEP, para poder fazer uma comunicação. Imaginara que seria com Potrus, o centauro. Ele mesmo que comandava todo esse material da LEP. A cada minuto, relia trechos da informação bruxa para poder treinar suas falas. Deveria parecer convincente. A localização de Hogwarts foi dita por Eberto, o que facilitaria muito, mas ele ainda tinha que fazer uma falsa carta de pais, sobre uma transferência, pois já passara da idade de ir para Hogwarts. Imaginara que ficaria no terceiro ano. Olhou as câmeras instaladas em seu computador e viu um jipe preto, novo em folha, entrando na mansão. Viu Butler saindo do jipe com uma caixa de prata folheada a ouro nas mãos, um cadeado de pedras preciosas e ele com um largo sorriso estampado no rosto.
- Muito bem Butler - parabenizou Artemis quando o guarda-costas entrou na sala - Havia alguém do Povo por lá?
- Não, mais havia um pequeno mecanismo de defesa e vi câmeras. Se Potrus estava olhando já sabe que pegamos o pergaminho.
- Muito bem, não há o que temer, assim já acionaram o comitê e será mais rápido de tomarem a decisão.
- Sim, quer que eu prepare o equipamento? Para falar com a LEP?
- Não, já fiz isso. Pegue o equipamento no meu escritório principal. Vamos agora nos comunicar com eles.



Rua principal da cidade do Porto.
Holly estava no meio de uma prisão. Dois goblins, da quadrilha B'wa Kell estavam fugindo de uma prisão por terem roubado um grupo de turistas. Não era uma gangue bem feita, nem armada e organizada, mas estavam agindo demais ultimamente. Com certeza os turistas já haviam se mandado para Atlantis, onde era mais seguro do que no Porto.
- Peguei vocês direitinho - riu Short alegre - Isso é por roubarem turistas na minha hora de ronda.
- Holly - a voz de Potrus apareceu de repente no seu capacete - está aí?
- Claro que sim. Acabei de prender dois goblins. O que foi?
- Venha pra cá agora - dessa vez a voz de Raiz apareceu no seu fone - Vou mandar uma equipe prendê-los, venha aqui agora. É sobre Artemis Fowl.
- O quê?
- Venha Holly - a voz de Potrus reapareceu - Você conhece bem o sujeito, venha ver.
Holly guardara sua neutrino 2000, ativou a asa e voou rapidamente para a central. Estava demasiadamente preocupada. Artemis Fowl? Esse garoto nem fizera alguns meses, a seqüestrara. Agora já devia estar mais velho. Mas o que ele deveria ter feito dessa vez? Estava se aproximando da central. Passou correndo por todos os corredores e acabou empurrando um anão que passava por ali naquele instante. Por fim chegou a sala de Potrus. Encontrou-o digitando em seu computador com uma cara apreensiva e Raiz sentado à mesa, fumando seu charuto, envolvido por uma camada de fumaça. Assim que a avistaram, Raiz se aproximou e lhe disse:
- Short, Artemis Fowl novamente. Ele roubou os Pergaminhos Secretos do templo. Ou melhor, aquele gorila gigante chamado Butler. Não sabemos no que eles poderiam interessar-lhe.
- Isso é óbvio - resmungou Potrus - Ouro. Foi o que ele queria da última vez. Ou talvez precise de ajuda em algum plano mirabolante.
- Talvez, mas de qualquer jeito isso é ruim. O Conselho não gostou disso. Quer que entremos em contato com Fowl logo e recuperemos os pergaminhos.
- Veja esse vídeo Holly - exclamou Potrus - Pelo menos temos o meu sistema de segurança para sabermos dessas coisas logo - disse ele provocando Raiz como sempre - Não acha Julius?
- Primeiro lugar: Já lhe disse para não me chamar de Julius. Segundo: Se você não calar a boca vou tratar de colocá-la no seu computador para escanear.
- Não precisa ficar grosso comigo, comandante.
- Mostre logo isso para Short - ameaçou-o já com o rosto vermelho - Anda logo
Potrus ficou carrancudo, mas cedeu. Rapidamente uma imagem apareceu na tela principal. Nela apareceu Butler. Estava vestido com um kevlar reforçado, um capacete alterado da LEP, para a forma de sua cabeça, e muitas armas. Entre elas uma Neutrino 2000, um cassete elétrico, algumas facas e sua fiel Sig Sauer, a arma preferida dele. Exibia um sorriso no rosto. Ele se dirigiu a câmara interna, passando pela porta principal do templo. O sistema de segurança tratou de lançar lasers em sua direção, mas ele já preparado e com a velocidade de uma bala, desviou do tiro, puchou sua Sig Sauer e deu um tiro em cada câmera à vista e também nos dispositivos de laser. Não fora permitido a eles colocar um sistema de segurança eficaz, primeiro porque ninguém imaginaria que alguém do Povo da Lama roubasse os pergaminhos e segundo, porque era considerado sagrado e devia ser respeitado por todos do Povo.
Butler se encaminhou pelo corredor de mármore decidido. Não teve nenhuma dificuldade nem obstáculos. Na câmara principal, pegou os pergaminhos, que estavam guardados em uma fina caixa de prata detalhada em ouro maciço. Na volta, encontrou a câmera que o filmou, deu um largo sorriso de deboche para a câmera. Depois pegou a Neutrino 2000 roubada, com a qual parecia ter mais prática e atirou na câmera. Não se viu nem ouviu mais nada. Simplesmente lamentável. É claro, isso era em parte culpa do Conselho que ia totalmente a favor do Livro e não puseram um sistema eficaz de segurança. Mas principalmente por esse ardiloso vilão. Quanto mais iriam agüentar uma coisa dessas?
- Vocês viram não é? - comentou irritado Potrus - Esse sistema nem teve chance. O homem da lama não teve dificuldade alguma com nosso sistema. Até mesmo o cabo Larva poderia fazer isso. Vergonhoso.
- Não adianta resmungar - disse Holly - Agora temos que entrar em comunicação com ele.
- Isso mesmo - disse uma voz vinda do computador de Potrus - Um sistema muito eficaz Potrus, pena que você se distraiu e não me monitorou.
- Fowl - disse Raiz - Seu verme asqueroso!
- Obrigado - zombou Artemis - Sinceramente, por que vocês insistem em me tentar? Deixar uma coisa de valor pra vocês assim, tão facilmente a mostra. Quase sem segurança nenhuma. Dessa vez me desapontaram...
- O que você quer Fowl - disse calmamente Holly. Não adiantava se estressar num momento tão importante. Ajeitou o rosto. - Diga logo o seu preço. Uma tonelada de ouro? Duas?
- O que lhe faz pensar que eu quero ouro, capitã? Apenas me considera um gênio ganancioso com a febre do ouro?
- Você não pode me culpar por isso, pode?
- Não. - Ignorou Artemis - Mas dessa vez o preço e bem menor.
- Ha. Artemis Fowl fazendo um preço baixo. Só mesmo no mundo das fadas.
- Escute - falou Fowl - Por acaso em sua estadia aqui em casa, você me falou sobre magia de humanos por uns dez segundos e me fez pensar. Por acaso eu descobri a existência de bruxos. Um certo bruxo, digamos, "contou" a mim e a Butler tudo sobre o seu mundo e o que eu precisava saber.
- Ah não. Até os homens da lama mágicos não escapam de sua ganância, Fowl - grunhiu Raiz - Quando você vai parar, garoto da lama?
- Meu interesse não é exclusivamente no ouro, comandante.
- Exato - exclamou Potrus - É também nas moedas de prata e bronze deles, certo?
- Sinto desapontá-los - falou Artemis, alterando sua voz para um tom mais casual - Tenho interesse na magia deles. Poções, mais precisamente. Preciso de uma poção nunca inventada nem mesmo por eles. Pra isso preciso de muita informação sobre o mundo deles. Também de ingredientes. E objetos, pra um interesse pessoal.
- E o que você quer de nós Fowl - disse Raiz - Ajuda?
- Precisamente - disse Artemis, agora voltando ao seu tom normal e ajeitando os cabelos - Sabem, existe uma escola na Inglaterra. Seu nome é Hogwarts. Parece ser a maior escola. Aceita todos os alunos. Grandes bruxos passaram por lá. Devo achar coisas muito importantes, livros, ingredientes, poções e é claro, um dos maiores bruxos, que pelo que parece é diretor. Alguns alunos têm objetos interessantíssimos, que garantem poder e podem me ajudar.
- Onde você nos encaixa nisso, garoto da lama? - exclamou Holly - Onde nós entramos?
- Bem, os bruxos não têm muito contato com o Povo, somente outras fadas que vivem com eles. Não posso entrar numa escola sem magia. Vocês podem fazer muita coisa com sua magia. Podem usar o mesmer, cura, escudo, entre outras coisas que sei que podem fazer com sua magia, mesmo raramente usando. Quero um de vocês escudado ao meu lado, fazendo as mágicas por mim.
- Por que eu simplesmente não o mesmerizo e acabamos com isso? - murmurou Holly - O que garante que eu não o faça falar?
- Você sabe Holly, que posso derrotar vocês com facilidade. Tenho meus jeitos. Vocês os receberão de bom grado sem pagar nada pelos pergaminhos. Basta me ajudar nisso. Não irá demorar muito. Uma semana no máximo, provavelmente menos.
- E é só isso? - perguntou Potrus, que ficara digitando no computador e havia saído da conversa - Fazer as mágicas pra você?
- Quase - indagou Artemis - Além disso, à noite e nas horas livres, vão espionar os alunos e os professores, me dizer o que têm de interessante, objetos também.
- E como pretende roubar tudo isso Fowl - disse Raiz - Apenas um agente não poderá transportar tudo isso.
- Exato - Artemis fez uma cara de superior, típico do povo da lama, pensou Holly - Por isso vocês terão um esquadrão pronto para usar a mágica. Vocês podem transportar objetos não?
- Sim, desde que um de nossos pertences esteja no destino certo - disse Holly - e é claro necessitara de um esquadrão, como você disse.
- Então parece que está tudo ótimo, não? - Vejam bem, vou passar a Potrus as coordenadas de um local próximo aonde nos encontraremos. Já tenho seus pertences adquiridos aqui na minha mansão, redirecionem para lá e lhes darei as coordenadas do local dos pergaminhos. Potrus, poderia fazer uma falsificação para mim? De transferência de uma escola bruxa irlandesa de preferência. Que seja convincente.
- É o jeito, garoto da lama. Claro, passe as coordenadas. Short irá com você.
- Sim - disse satisfeito Artemis - comandante, poderia, é claro, dizer ao seu Conselho minhas condições e preparar este esquadrão?
- Isso vai ter volta Fowl - disse inconformado Raiz - Mais saiba que não poderemos nos comunicar com a central e Potrus. Muita magia interfere na nossa tecnologia.
- Eu sei. Mas o roubo será à noite e só usarão a magia, bem forte para funcionar. Depois, vocês vão embora pegar o Pergaminho. Sem truques, vejam que isso não custará nada a vocês.
- Você já venceu Fowl. - disse Raiz - agora suma da minha frente.
- Foi bom batermos nosso papinho. - Artemis sorria muito agora - Nos vemos na Inglaterra.
E com um bip, sua imagem digital desapareceu. Holly não podia acreditar no que Fowl estava prestes a fazer. Raiz não deu nenhuma palavra. Pegou a gravação em cd que Potrus já havia deixado em cima da mesa. Potrus olhou para Holly e disse:
- Não se preocupe - disse o centauro - Ele não vai ganhar assim tão fácil. Eles também são homens da lama. E há centauros lá. Somos muito inteligentes sabe?
- Que consolo - disse Holly
Holly saiu decidida a fazer o que Fowl mandasse, mas sabia que não ficaria assim. Mesmo que ele vencesse essa.



(N/A) Gente, eu nem comentei na primeiro capítulo, hehe. Pra quem leu Artemis Fowl é fácil ver o plano dele, ele está em uam fase entre o 1º e o 2º livro e o Harry no quarto, quase na primeira semana. Foi difícil encaixar a história. É a primeira fic q eu publico aqui, comentem bastante!

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