O julgamento



O ar pesado revestia toda a extensão da sala com seu peso... (LAP: Óóóóóó!)... As três escritoras estavam algemadas em cadeiras dispostas bem no centro, e todos os outros personagens estavam sentados ao redor delas. Charlotte foi escolhida para ser a promotora e Tio Laranja (óóóóóó! O Chapolim Laranja é o Tio Laranja!) se dispôs a ser o advogado de defesa. Mas e o juiz? Não poderia ser um desses personagens. O que fazer? Quem seria a alma condenada que ficaria entre esses dois grupos?
Todos aguardavam a chegada do escolhido. De repente, de uma porta lateral, surgiu a criatura mais sensata, ajuizada, justa e o melhor cozinheiro da Terra Média: Sanwise Gangi, o maior juiz hobbit que já andou pelos bastidores de fanfics. (ÊÊÊÊÊÊÊ!!! UHUUU!!! Clap, clap, clap)
_Ô narradoras puxa saco! Manera aê! _ gritou Charlotte.
Foi mal... mas voltando ao nosso sensato, lindo, maravilhoso...
_ Hum-hum! _ Charlotte.
Anh... então, o juiz Sam Gangi entrou na sala. Todos se levantaram, ele senta, todos se sentam. Ele se levanta, todos se levantam, ele senta, todos se sentam. Ele levan...
_ Esse juiz é um INCOMPETENTE! _ Charlotte acabou se descontrolando.
_ Calma, srta. Promotora. _ Sam ajeitou suas vestes de juiz superior e arrumou a sua peruca branca de cachinhos _ Estava apenas provando o gosto do poder... hum-hum... então vamos começar. Os personagens da fanfic Dois Passados acusam suas criadoras de vandalismo literário, insanidade, danos morais, e abuso de autoridade. A defesa deseja se pronunciar?
_ NÓS SOMOS INOCENTES! _ LAP chorando.
_ Ssssshhhh! Ainda não é a hora de chorarem! _ sussurrou o Tio Laranja.
_ Avisa quando for, tá? _ sussurrou L em resposta.
_ Meritíssimo, minhas clientes não pagantes foram acusadas injustamente...
_ EU PROTESTO!
_ Negado, srta Malfoy!
_ Hunf! _ Charlotte sentou-se emburrada em sua cadeira.
_ Como eu estava dizendo, minhas clientes são inocentes.
_ Óóóóóóóóóó! _ todos, até as acusadas.
_ Elas estão cientes de tudo o que fizeram e fazem. Não é mesmo, LAP?
_ Zzzzzzzz _ LAP.
_ LAP?!
_ Anh? _ L.
_ Orcs? _ A.
_ Onde? _ P.
As três limparam as babas que escorriam pelo canto da boca.
_ Como eu disse _ continuou o Tio Laranja revirando os olhos _ Elas tem plena consciência do que fazem.
_ Hum-hum! _ L.
_ Claro! _ A.
_ Com certeza! _ P.
_ Elas nunca escreveriam uma fanfic que poderia influenciar seus leitores a cometerem atos de insanidade ou violência. _ continuou o Tio Laranja _ Se por acaso a promotoria encontrou alguma prova que prove ao contrário, por favor _ ele indicou a frente do "palco" (Ah, qual é! Nós somos artistas, não advogadas! Sobre julgamentos só sabemos o que aprendemos com os filmes...) para Charlotte _ fique à vontade.
_ Seu anta! _ sussurrou A para o Tio Laranja que voltava para o seu lugar _ Agora ela destroça a gente!
_ Como meu colega, também não diplomado acabou de sugerir; sim, eu tenho provas... muitas provas! _ ela entregou ao juiz uma pasta preta rabiscada de branquinho.
A e P lançaram um olhar mortal para L.
_ Oh-ou! _ ela consegui dizer.
_ Isto, _ continuou Charlotte _ é chamado pelas acusadas de Precios . São provas incriminadoras suficiente para mandá-las direto para uma prisão.
O juiz analisou as dezenas de folhas com três letras distintas.
_ Huuuuummmmm... lamento srta promotora, mas não são provas suficientes para mim. _ concluiu ele.
Charlotte não pareceu surpresa.
_ Claro que não... _ ela entregou ao juiz vários caderninhos de 50 centavos caindo aos pedaços dentro de saquinhos WIB's para manter as digitais.
_ Aqui estão as provas restantes.
_ Óóóóóóóó! _ o júri.
A e P lançaram outro olhar mortal para L.
_ Pô, era uma reunião da LAP! Não tinha como fazer a reunião sem os caderninhos ou o Precios! _ L defendeu-se das amigas.
_ É... _ A concordou _ Mas quem agarrou as mochilas recheadas de provas contra a gente e as trouxe para cá?
_ Não me olhem assim! _ falou L começando a fazer beiço _ senão... snif...snif, snif... BUUUUÁÁÁÁÁÁÁ!!!
_ SILÊNCIO NO TRIBUNAL! – Juiz muito sensato.
_... snif, snif...
_ Mais alguma prova? _ perguntou o juiz.
_ Não vejo mais necessidade de prova alguma, meritíssimo.
_ Pois bem, pode voltar ao seu lugar. Já tomei uma decisão sábia e coerente sobre essa discussão.
_ EI! _ Harry manifestou-se. _ O júri não está aqui para enfeite!
_ SILÊNCIO NO TRIBUNAL! (BAM!) _ Sam bateu com o seu martelinho versão Chapolim, só que verde e roxo. _... silêncio! (BAM!), silêncio! (BAM!), silêncio! (BAM!), silêncio! (BAM!), silên...
_ PÁRA, SAM!!! _ Charlotte deu um fim na cantoria.
_ Já parei... Júri, vocês tem algo para dizer?
_ Não é assim, Sam! _ Charlotte começou a ficar vermelha de impaciência _ Primeiro tem que pedir para eles avaliarem a situação.
_ Muito bem, discutam.
...cri, cri, cri...
_ Aqui não, hobbit tolo! _ Charlotte entre os dentes _ Em uma salinha a parte!
_ Ah é... eu li algo sobre isso naquele Manual do Bom Juiz que vocês me emprestaram... então vão para a salinha. Enquanto isso vamos ouvir uma gravação: tu-tututu-tututu, ligação a cobrar. Pra aceitá-la (A: NÃO É ESSA FITA, L! L: Ops!...) (clik) Yo te aaaamo, yo te quiiiiiero, vida miiiiia...
Meia hora depois.
_ Aqui está a nossa decisão, meritíssimo. _ Harry entregou o papelzinho cuidadosamente dobrado para o juiz.
Ele abriu o papel, virou-o em várias direções, olhou de todos os ângulos e perguntou:
_ Que língua é essa?
_ Eu falei que não devíamos ter deixado o Rony escrever! _ Hermione resmungou _ Nós as declaramos culpadas!
_ PROTESTO MERITÍSSIMO! _ Tio Laranja _ Exijo uma réplica!
_ Uma o quê? _ perguntou o juiz batendo o martelinho sem parar.
_ AHHHH! CHEGA! ME DÁ AQUI ESSA COISA! _ Charlotte arrancou o martelinho de Sam.
_ Mas... snif, como eu vou pedir silêncio agora?
_ Pega isso. _ ela lhe entregou um estojo de pano em formato de tigre.
_ NÃÃÃO! MEU FRED! DEVOLVE! _ L começou a chorar de novo.
_ Vocês são maus! _ A os olhou incrédula.
_ Muito maus! _ ajudou P, enquanto abraçava L que tinha começado a soluçar _ Como podem tirar o estojo dela?! Seus cruéis!
_ SILÊNCIO NO TRIBUNAL! _ Sam bateu com o tigre _ Anh... esse não faz barulho! Não quero mais. _ ele jogou o estojo para L.
_ Ah! Fred! _ ela agarrou o tigre com força _ Nunca mais vou deixar você perto dessas pessoas malvadas. Não se preocupe... snif, snif...
_ Voltando... o que é que você queria mesmo, Tio Laranja?
_ Uma réplica.
_... (pisc, pisc)... não sei o que é isso... nem as narradoras devem saber... então não vou permitir. E pelos poderes a mim concedidos pelo mago Clow e Elberet, eu as declaro... CULPADAS!
_ PROTESTO! _ uma voz ameaçadora ecoou por todo o tribunal e as portas abriram-se de repente, apagando todas as luzes.

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