Party, Party \õ.



As férias iam passando calmamente, todos os dias Misty, Morgana, Hermione e Gina recebiam cartas de Stefany, e contavam para a amiga, novidades do vilarejo, como o fato de que uma das casas vazias dos povoado fora vendida para um bruxo, que iria morar lá com a filha. Ainda não haviam conhecido a garota, mas souberam que ela era da idade delas e que fora transferida de Beauxbatons para Hogwarts.
-Olá Stefany. – cumprimentou Vanessa ao ver a porta sendo aberta por Tefy.
-Oi Vamp’s. Entra. E aí? O que te traz aqui?
-Vim me despedir.
-Já vai voltar para a França?
-Não. – respondeu a garota tristemente. – Minha mãe está com uns problemas no trabalho, então, ela e meu pai decidiram que eu viria morar com ele. Então, ele achou melhor que nós nos mudássemos daqui de Londres.
-Ah não! E para onde você vai? Vai deixar endereço?? Deixa vai!
-Vou para um vilarejo ao nordeste do país.
-Que pena amiga! – Stefany fez cara de sofrimento por perceber que não iria mais ver a amiga.
-Não fique assim. Sempre que der eu te mando uma carta.
-Vanessa Katze mandando carta para alguém? Quem é você e o que fez com a minha amiga? – Elas trocaram sorrisos. – É bom mesmo que você escreva. Se não eu posso fazer coisas ilícitas para descobrir seu novo endereço.
-Tudo bem. Eu escrevo. Agora tenho que ir. – deu um abraço na amiga antes de sair correndo.
Naquele instante uma carta chegou para Stefany.

“Senhorita Stefany!
E aí? Como estão as suas férias?
Acontece que nós tivemos uma idéia magnífica... Você não quer vir para a nossa casa não? Diga que sim... Só contamos a idéia se você vier às cinco horas da tarde por via flu para a casa das gêmeas... E MANDA LOGO ESSA RESPOSTA!
Quinteto Fantarológico sem Tefy.”

Deu um sorriso ao ler a carta das melhores amigas do mundo inteiro. Foi até a cozinha, onde sua mãe fazia um bolo de chocolate.
-Mãe, posso te pedir uma coisa? – pediu pegando uma colher na gaveta.
-Pode, querida. Tira essa colher daí! – alertou quando Stefany aproximou a colher da panela com cobertura.
-Ah mãe! É só um pouquinho que nem vai fazer falta.
-Você sempre fala isso, mas quando vamos colocar a cobertura não tem mais nada porque a senhorita come tudo. Qual pedido você quer me fazer?
-A Misty e Morgana me chamaram para passar o resto das férias na casa delas. Posso ir? Elas querem que eu vá hoje à tarde, às 5 horas.
-Você vai se comportar?? Dormir cedo, acordar cedo, não comer muito e principalmente não cantar músicas estranhas escandalosamente?
-Prometo como a boa escoteira que eu sou. – ela respondeu levantando a mão esquerda.
-Stefany, você não é escoteira, e de qualquer modo, é a mão direita que levanta.
-O que vale é a intenção. Mas eu vou poder ir?
-Se eu dissesse que não eu seria a má da história. Tá bom. Para a alegria de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que você vai.
-‘Brigada mãe! – Tefy agradeceu, pulando no pescoço da mãe e dando um beijo estalado no rosto da mesma, para ir correndo para o quarto arrumar as suas coisas e mandar uma carta para as amigas.

Olá garotas!
Espero que estejam preparadas! MINHA MÃE DEIXOU! Me aguardem que às 5 horas eu apareço por aí.
Beijo da Gorda!”


***

-Pai, eu realmente não quero ir para esse vilarejo...muito menos estudar em Hogwarts. Por que não pode ficar tudo como era antes? Eu lá na França com a mamãe e estudando em Beauxbatons?
-Vanessa, eu já disse que essa proposta é...impensável. Não irá mais morar na França. Você não gosta de ficar aqui, com o seu pai e perto das suas amigas?
-E as minhas amigas da França? Como que ficam?
-Você vai poder mandar corujas para elas.
-Pai, me diga uma boa razão de eu ficar remotamente feliz em ir para esse vilarejo?
-Bom... – o pai suspirou pesadamente. – Que tal se eu dissesse que a família Potter mora lá?
-Família Potter? A família Potter? James Potter e Lily Potter? Essa família Potter? A família que derrotou Você-Sabe-Quem?
-Sim, - ele falou, cansado. – essa família.
-Agora sim, eu fico mais feliz. Até que o senhor escolheu bem o vilarejo paizinho. Agora fica de olho na direção, sim? Que eu vou dormir um pouco.
O senhor Katze olhou para a filha que já fechava os olhos e se preparava para dormir. A viagem até o vilarejo não seria muito longa. Chegariam aproximadamente às cinco da tarde. Voltou o olhar para a estrada. Gostaria de dizer para a filha que a mãe fora internada mais uma vez por causa do alcoolismo, mas quando recebeu a notícia da mãe de sua ex-esposa, viera junto uma carta, em que a própria Catherine, mãe de Vanessa, pedia para que não contasse para ela e que ele ficasse com a guarda dela. Não queria que a filha soubesse que quebrara o juramento feito entre as duas.

***

Harry estava sentado no meio do campo de quadribol, alisando a testa. Estranhamente, sentia falta da cicatriz. Essa nova vida era a coisa mais estranha que lhe acontecera em toda a sua vida. A personalidade do “outro” Harry já lhe era muito familiar. E lembranças de tudo o que ele vivera ali, Harry já conhecia muito bem, porém, lembranças de sua vida, aquela que ele mesmo vivera no outro mundo, ainda estavam bem vivas em sua mente. Lembrava-se em como amava Gina, como seu coração batia descompassado ao vê-la, no seu perfume. Lembrava-se da sua enorme amizade com Hermione e com Rony. O “Trio Maravilha”, como Malfoy chamava. Até de suas brigas com Malfoy ele se lembrava perfeitamente.
Ali, naquela nova vida, ao ver Gina, seu coração não tivera nem lembrança do que uma vez ele sentira por ela. Pelo contrário, seu coração parecia dançar samba, rock, todos os tipos de músicas ao mesmo tempo, mas ao ver Misty. Ele ainda era amigo de Hermione, mas a maior amizade dele eram Rony, Michael e Roger, que, por sinal, ainda não conversara com ele. Já a maior amizade de Hermione eram Gina, Misty, Morgana e Stefany, que iria chegar aquele dia.
Aliás, as garotas estavam na maior empolgação devido à chegada da amiga. E, não se sabe como, elas descobriram que a nova família, composta por um bruxo que trabalhava no Ministério e sua filha, que ainda estava estudando e que fora transferida para Hogwarts, chegava também naquele dia.
“A única coisa que continua a mesma é a minha inimizade com o Malfoy. Mas eu acho que até mesmo essa desavença é diferente.” pensava Harry, quando Michael apareceu e sentou-se ao seu lado.
-O que foi Harry? Faz tempo que eu não te vejo com essa cara.
-Nada... – o garoto respondeu, ainda avoado.
-Nem vem com essa. Eu te conheço desde a barriga da mamãe... anda, desembucha.
-É que...não. Não é nada.
-Já sei! Você teve aquele sonho estranho de novo! – Harry olhou para o irmão interrogativamente. – Você sabe...aquele em que você é filho único, é órfão e Voldemort ainda vive...
“Então o Harry daqui sonhava comigo lá? Ou será que de fato não existe ‘lá’, e o ‘aqui’ que é real?”

-Aquele que eu tenho uma cicatriz em forma de raio na testa? Sim, é nisso que eu estou pensando.
-Cicatriz na testa? Esse dado é novo. Você nunca tinha mencionado antes. Ou será que falou e eu não lembro?
-Essa noite... – falou pausadamente, tentando se recordar. – Eu tive um sonho. Acho que foi o último deles.
-Por quê?
-Porque...eu morri. – então seu cérebro se acendeu quando ele pronunciou a última palavra. Lembrou-se claramente do sonho e o relatou ao irmão: Dumbledore o acordando no meio da noite e levando para o mesmo cemitério aonde, em seu quarto ano, ele lutara contra Voldemort. Ele lançando um Avada Kedavra no Lord das Trevas. Quatro jatos verdes voando em sua direção. E ele morrendo.
-Não quer falar mais sobre isso? Sobre o porquê de você ter ficado assim após o seu sonho?
-Não, acho que não. – Ficou pensativo por um tempo, até que um barulho o acordou de seu devaneio. Levantou-se, logo sendo acompanhado pelo irmão. – Vamos. Acho que já está na hora de recrutarmos o Roger. Ele não pode passar as férias todas em Londres, você sabe disso.

***

Misty andava de um lado para o outro em seu quarto. A decoração em rosa-bebê e com móveis clássicos normalmente a acalmavam, mas naquele momento a estavam irritando. Foi até um dos três pufes que ficavam numa das extremidades do quarto e se jogou lá.
Acabara de voltar da casa dos Potter. Tinha ido até lá para falar para Michael de algo que até se esquecera o que era. Ele e Harry estavam no campo de quadribol, e ela não pode evitar entreouvir a conversa. Não pode evitar de ouvir Harry contando de seu sonho para o irmão. E sentiu-se mal. Simplesmente ao pensar na morte dele, pois o amava embora não quisesse assumir isso para ele, não sentiu-se bem.
Levantou-se e ficou segurando um dos seus ursinhos de pelúcia, ainda andando de um lado para o outro. Com um grito de raiva, o jogou em direção à porta.
Um pio de coruja pôde ser escutado da sacada. Ao abrir a carta, viu que era a resposta de Stefany. Correu para avisar as amigas.

***

“Cara, simplesmente odeio não ter nada o que fazer.”
Roger pensava, enquanto andava de uma lado para o outro em sua casa. Tentou entrar na internet, mas a mesma estava falha.
“Droga de mecanismos trouxa!”
-Roger, telefone para você!
O garoto saiu correndo até o telefone.
-Alô.
-Roger? Cara, pra que essa cara? – era Michael.
-Michael! Você está bem? Estamos falando por telefone, não dá para você saber com qual cara que eu estou. Mas você é louco de nascença. Deve estar mal da cachola.
-Muito engraçado, mas respondendo á sua pergunta, estou bem, muito bem. E sabe por quê? Estou de férias. Quer mais o quê?
-Nada. Só a companhia dos meus melhores amigos. Que tal?
-Cara, você prevê o futuro mesmo. Estou te ligando para te chamar para vir aqui para casa.
-Claro! – Roger falou de forma irônica. – É só falar a hora que eu já apareço aí.
-Roger, deixa de lado a ironia e vamos ao que interessa. O Quinteto das meninas vai se reunir hoje. Stefany está chegando. Que tal você pegar seu malão, um pouco de pó de flú e nos encontramos aqui em casa? Essas férias você se hospeda aqui.
-Agora sim Michael Potter está falando a minha língua. Me espere que daqui à meia hora eu apareço aí na sua lareira.
Despediram-se e Michael foi correndo arrumar suas coisas. Quando estava tudo pronto, foi até sua mãe.
-Tchau mãe.
-Como assim? Aonde você pensa que vai?
-Eu estou indo para a casa do Michael e do Harry. Mas não se preocupe, eu passo aqui antes de ir fazer as compras dos materiais.
-Claro. Para pegar dinheiro. É só para isso que eu sirvo, para dar o meu dinheiro.
-Não mamãe querida. Mas para isso também.
A mãe sorriu antes de lhe abraçar.
-Comporte-se bem. Não quero receber nenhuma coruja da senhora Potter falando do seu mal-comportamento.
-Ela nunca te mandou uma coruja falando que eu me comporto mal.
-Eu sei, mas para tudo tem uma primeira vez.
Roger saiu da sala gargalhando. Foi até seu quarto, pegou o malão e voltou para a sala. Jogou o pó de flu na lareira e sua mãe lhe ajudou a virar o malão.
-Mansão Potter! – gritou para as chamas verdes. Logo estava girando pelas lareiras bruxas.

***

Michael estava sentado em sua cama, muito pensativo. Acabara de conversar com o irmão e já ligara para Roger. E estava gastando o tempo até a hora em que o amigo falou que chegaria para ver um álbum de fotos. Tinha muitas fotos dele e Harry com Morgana e Misty, outras somente dele com Morg, outras dele com outras pessoas. Mas foi numa foto que ele parou. Era uma foto de Morgana que ele havia tirado no verão passado. Era apenas ela na foto, e mais ninguém. Ele estava com a câmera enquanto conversava com ela, então, num impulso, tirou a foto da garota. Adorou a forma como ela ficou vermelha de vergonha.
-Ela sempre fica linda. – falou baixinho, passando o indicador no rosto fotografado.
Passou tanto tempo perdido em pensamentos, que quando reparou, podia ouvir a voz de Roger vinda do outro lado da porta.
Se levantou da cama e foi para o corredor.
O irmão e o amigo conversavam enquanto levavam a bagagem do último para o quarto de hospedes.
-E aí está o grande preguiçoso. – falou Harry, desviando o olhar para a porta e vendo Michael.
-Desculpa. Eu acabei perdendo a hora.
-Claro. Imagino até fazendo o quê. – respondeu o gêmeo.
-Pensando na doce Morgana. – falou Roger.
Então os dois começaram a rir.
-Muito engraçado. – respondeu ironicamente. – Apesar de ser verdade.
-Nós nunca erramos.
-Haha. Vamos guardar logo esse malão para que possamos dar uma volta.
Harry olhou o relógio.
-Quase cinco horas. Stefany deve estar chegando.
-Então... – começou Roger.
-...nós vamos para a... – continuou Michael.
-... casa das Burjack. – completou Harry.

***

Draco estava na biblioteca, folheando um livro qualquer enquanto pensava no que fazer. Por fim, ao ver que já eram cinco horas, resolveu dar uma volta pelo vilarejo. Nada como exercitar os músculos.
Estava andando pela calçada quando viu os gêmeos Potter e o Kent saindo da mansão dos Potter.
“Aff...tudo o que eu precisava para o meu dia ficar pior. A Trupe Ternura reunida. Provavelmente a Mossar também deve estar chegando. O que para eles deve significar uma festa, para mim vai ser o meu enterro. Agora nada pode ficar pior!”

Draco foi atravessar a rua, mas acontece que a mãe dele nunca lhe disse para olhar dos dois lados antes de atravessar uma rua, então ele logo ouviu o som de buzina e sentiu um forte impacto um pouco abaixo de seu quadril.
Quando tornou a abrir os olhos, estava em sua sala de estar, na mansão Malfoy, e uma menina com os cabelos castanhos claros e olhos verdes, se debruçava sobre ele e lhe dava leves tapinhas no rosto.
-Ok! Agora eu posso dizer que vivi tempo suficiente para ver Draco Malfoy ser atropelado por um veículo trouxa.
Levantou-se e olhou para a garota. Sabia que a conhecia, só não se lembrava da onde, nem seu nome.
-Quê? – falou bobamente.
-Draco, Loirinho, nunca te disseram para olhar dos dois lados da rua antes de atravessá-la? Um carro pode vir e te atropelar.
“Loirinho? Só uma pessoa me chama assim..”

-Vanessa? – perguntou. Então tornou a perguntar para ter certeza. – Vanessa Katze?
-Não filhote, Mamãe Noel.
-Pelo visto continua a mesma. A delicadeza de sempre. O que te traz a esse pacato e entediante vilarejo?
-Eu vim morar aqui. – respondeu a garota, de forma seca. – Mas não sabia que você morava aqui.
-Peraí. Eu fui atropeldo!
-É...continua o mesmo lerdo. – a garota falou, olhando para o pai. – Sim Dracquitcho, você foi atropelado pelo meu pai.
-Dracquitcho? Não, obrigado, prefiro Loirinho. Dracquitcho é muito...gay.
Vanessa deu uma sonora gargalhada.
-Já está melhor? – Ele deu um aceno afirmativo com a cabeça. – Então eu já vou. Depois passa lá em casa.
-Tá bom. Tchau Vanessa. Tchau Senhor Katze, desculpa o incômodo.
-Que isso Draco, mas da próxima vez, preste atenção. Pode ser que você acabe sendo seriamente atropelado.
Assim que o Senhor e a Senhorita Katze saíram de sua casa, Draco perdeu alguns tempos pensando.
Vanessa Katze era sua melhor amiga, se conheceram na França, ainda crianças, pois a mãe dela era francesa e ele passava boa parte do tempo lá, com a mãe, que ia fazer compras. Passavam dias e dias brincando e ela era, com certeza, a pessoa que melhor lhe conhecia. Mesmo que não se vissem desde que ele entrou em Hogwarts e ela em Beauxbatons, sempre conversava com ela por cartas. Era somente com Vanessa que ele conseguia se abrir, desde crianças, hábito que começou quando ele conseguiu contar para ela que era a cobaia dos feitiços de seu pai. Depois que entram na escola, Vanessa pegou o hábito de vir para a Inglaterra nas férias, mas eles nunca conseguiam se encontrar, pois ela ficava em Londres e ele não saia do vilarejo. Mas ela nunca havia comentado que iria morar na Inglaterra.
Levantou-se lentamente do sofá e foi para a janela. Viu um grupo animado saindo da Mansão Burjack.
-A Trupe Ternura está finalmente reunida e está na hora de Draco Malfoy se divertir um pouco e tirar o sorrisinho da cara desses... – nem conseguiu completar o pensamento. Saiu porta a fora e foi andando calmamente e, aparentemente, sem intenção, em direção ao grupo.

***

Terminou de pintar suas unhas e realizou um feitiço secante. Conferiu se o cabelo ainda estava do modo como o havia arrumado.
-Agora sim Gina Weasley está pronta para sair de casa. – disse confiante para o espelho.
Gina passou o dia inteiro em seu quarto, se arrumando para a eventual casualidade de topar com algum garoto na rua. Não que estivesse desesperada para arrumar um namorado. Terminara com o último antes das férias começar. Como era mesmo o nome dele? Não se lembrava e não queria se lembrar. Figurinha repetida não completa álbum. E que álbum! Gina Weasley era, com certeza, uma das garotas mais populares de toda a escola, e uma das mais bonitas. Algumas invejosas a chamavam de “vadia, vaca” para coisas piores, mas ela não se importava. Sabia que quando namorava com um garoto era fiel a ele e nunca, repito, nunca, ficava com algum garoto pouco depois de terminar um namoro. Normalmente dava um prazo de um mês. Aliás, o prazo de Johnny terminava naquele dia. Isso! O ex se chamava Johnny. Um sextoanista da Corvinal, muito lindo por sinal.
Gina colou uma calça jeans e um baby look. Calçou um tênis e logo estava pronta para circular.
Ia saindo de seu quarto quando Hermione entrou.
-Oi Mione!
-Gina! Olá. Vai sair?
-Dar uma volta pelo lugar. Por quê?
-Não demora. Stefany está chegando. Esteja às cinco na casa da Misty e da Morgana.
-Ok general. – Gina fez continência antes de sair correndo.
Estava andando pela rua quando viu Draco Malfoy ser atropelado.
“Apesar de querer vê-lo muito mal, não posso deixar essas pobres pessoas cuidarem dele sozinho!”
pensou, penalizada, ao ver uma garota saído correndo do carro.
Foi até lá.
-Ai meu Merlim! Será que você o matou, papai?
-Provavelmente não. – responderam Gina, se aproximando, e o pai da garota enquanto saia do carro.
-Olá. – saudou Gina. – Gina Weasley. Desculpa estar aproximando assim, mas é que eu vi o acidente. E acredite: não foi culpa sua. Essa Doninha nunca olha pros lados antes de atravessar uma rua.
-Doninha? – perguntou a garota, confusa, então pareceu se lembrar dos bons modos. – Perdão. Vanessa Katze. Mas se eu não me engano, você o chamou de Doninha.
-É. Um apelido que demos para ele, e que ele odeia.
-Isso significa que você o conhece?
-Não. Graças à Merlim eu não o conheço. A não ser que você considere saber o nome e o suficiente para odiá-lo como conhecer.
-Desculpa, mas você está me deixando muito confusa. E se você sabe, pelo menos quem ele é, deve saber onde ele mora. Poderia chamar o pai dele, ou a mãe?
-Eu o odeio porque nossas famílias são inimigas. E quanto a chamar o pai ou a mãe, não dá. O pai está morto e a mãe só Merlim sabe. Aquela lá mais viaja do que tudo. De qualquer forma, - virou-se para o pai de Vanessa. – se o senhor puder carregá-lo, a Mansão Malfoy fica logo ali, poderei mostrar o caminho.
-Mansão Malfoy, você disse? – perguntou Vanessa.
-Sim. – falou Gina, um pouco temerosa ao ouvir o modo como a garota falou.
-Esse garoto é Draco Malfoy?
-Correto.
-Então, eu posso dizer, com toda certeza de que eu o conheço melhor do que ninguém.
Gina olhou para a garota de forma estranha. Conduziu-os até a entrada da Mansão de Draco e logo saiu, indo em direção à casa de Misty. Queria ver as amigas logo e se livrar de qualquer pensamento que envolvesse Draco Malfoy. A não ser que este envolvesse a Doninha sendo atropelado por um carro.

***

Morgana estava sentada em um banquinho na cozinha, olhando a elfa doméstica de sua casa fazer um bolo em homenagem à chegada de Stefany.
-Por favor Tella. Só um pouquinho de cobertura.
-Mestra sabe que não pode comer enquanto Tella não terminar de fazer. Se sobrar, Tella dará a cobertura.
-Mas eu quero agora Tella. Por favor. Só um pouquinho.
-Não Mestra. Se quiser comer doce, peça para Relooc fazer um brigadeiro para a senhorita.
-Obrigada Tella, você é demais! – Morgana saiu correndo pela casa em busca do elfo, até que se lembrou que bastava chamá-lo que ele logo iria aparecer. – Relooc!
-Chamou Mestra?
-Relooc, por favorzinho, você faz brigadeiro para mim??
-Claro senhorita. Se aguardar na sala de televisão, Relooc levará o brigadeiro para lá em dez minutos.
-Obrigada Relooc.
E assim Morgana foi para a sala de televisão.
Já estava muito contente degustando seu brigadeiro quando várias coisas aconteceram ao mesmo tempo: Misty chegou correndo na sala, Stefany saiu tropeçando da lareira e espalhando pó por todo o lugar e Tella chegava acompanhada de Harry, Michael e Roger.
Morg ficou lá, parada, olhando da irmã para a amiga e desta para os meninos com a colher pendurada na boca.
-Oie amoras da minha life amarela. – saudou Stefany, se recompondo.
-Oi Tefy! – praticamente gritou Misty.
-Oba! Brigadeiro! – comemorou Michael, se jogando ao lado de Morgana no sofá e puxando a colher de boca da ruiva e se servindo de brigadeiro e colocando a colher em sua boca.
-Oba! Misty! – comemorou Harry, praticamente correndo até a garota.
-Tefy! Há quanto tempo!! – cumprimentou Roger ao ver a garota.
-Oi gente! – gritou Gina entrando atrás de Relooc, acompanhada de Rony e Hermione. – Hey Mick, compartilha o brigadeiro! – pediu, tomando a colher, que logo lhe foi novamente roubada por Michael, que se serviu de mais brigadeiro antes de falar.
-Não... é só meu e da Morg. – Gina se afastou cabisbaixa, indo para perto de Stefany
Rony estava muito ocupado conversando em altos brados com Roger e Hermione cumprimentava Stefany, enquanto Misty dava fora atrás de fora em Harry.
Morgana observou aquela babel abismada, antes de gritar:
-POR ACASO É FESTA?
Todos pararam o que estavam fazendo e ficaram olhando para Morgana.
-O que foi? – perguntou Michael.
-Vocês repararam a bagunça que estava esse lugar?
-Huuum... não. – falaram todos ao mesmo tempo.
-Merlim, me dê paciência. – ela falou, abaixando a cabeça. – E Michael, me devolve a minha colher! – reclamou, tomando a colher da mão do garoto, porém, quando foi se servir de brigadeiro, viu que o mesmo havia acabado. – AHH! Você acabou com o meu brigadeiro...seu...seu...ASSASSINO DE BRIGADEIRO!
-Assassino de brigadeiro?
-É! – reclamou emburrada, deixando a panela em cima da mesinha de centro enquanto todos voltavam a fazer o que estavam fazendo antes.
Tella logo levou a panela e a colher embora, e todos se levantaram, desejando dar uma volta.
-Ok, para onde nós vamos? – perguntou Misty, ao lado de Harry.
-Com você eu vou até para a Lua. – falou o moreno.
-Potter, com quem você aprendeu essa cantada?
-Huum... com meu pai, por quê?
-Tá explicado. Meu pai disse que ele era o rei das cantadas mais ridículas de Hogwarts, em se tratando de cantar a sua mãe.
-Mas com ele funcionou. O que me garante que não vai funcionar com você?
-Harry, faz um favor para a humanidade e cala a boca. – pediu Morgana.
-Mas...
-Psiu. – interrompeu a garota, fazendo um sinal de “bico calado”.
-...eu...
-Psiu.
-...quero...
-Psiu.
-...falar...
-EU JÁ DISSE PSIU!
Então o garoto ficou muito quieto, olhando para baixo. Já estavam do lado de fora da casa, e andavam sem rumo. Os garotos riam da forma como Morgana falou com Harry e as meninas comentavam alegremente sobre o último episódio da novela.

***

Hermione estava deitada na rede que havia no quintal dos Weasley. Olhou para uma coruja, que havia pousado ali perto e pegou a carta. Era um bilhete de Misty avisando da chegada de Stefany. Levantou-se e pegou o livro que estava lendo. Deu um suspiro e foi para o quarto, trocar de roupa. Quando entrou, Gina estava saindo.
-Oi Mione!
-Gina! Olá. Vai sair?
-Dar uma volta pelo lugar. Por quê?
-Não demora. Stefany está chegando. Esteja às cinco na casa da Misty e da Morgana.
-Ok general. – Gina fez continência antes de sair correndo.
Deu um sorriso.
-Essa Gina... – entrou no banheiro e tomou um rápido banho.
Enquanto trocava de roupa, pensava em Rony, e se finalmente estava na hora de dar uma chance para ele. Lembrou-se da festa de aniversário de Harry e Michael, que estava chegando. Ia ser uma festa de máscaras. Talvez lá, ela finalmente deixará Rony ficar com ela.
Deu um sorriso depois dessa resolução. Ia saindo da casa quando topou com Rony.
-Oi Mione. – ele disse, dando um sorriso.
-Olá Ronald.
-Mione, você está indo para a casa da Misty?
-Estou, por quê?
-Então me espera, que eu também vou.
-Ah não Rony! Você demora um século no banho.
-Dessa vez vai ser rápido. Eu juro!
Hermione olhou desconfiada para aquele sorriso “eu-tenho-36-dentes-brancos-e-perfeitos” dele. Suspirou vencida.
-10 minutos para você ficar pronto. Se demorar mais do que isso, eu juro que eu vou e te deixo para trás.
-Confie em mim. – ele disse, antes de ir correndo para o banho.
“Hoje eu consigo fazer ela me dar uma chance.”
ele ia pensando no caminho.
Tomou banho e se arrumou em tempo recorde. Quando desceu e foi para a sala Hermione ainda estava lhe esperando.
-Uau! Acho que temos um recorde aqui. Ronald Weasley se arrumou em menos de 30 minutos. Como você se sente.
-Com pressa. Já disse que por você eu faço tudo.
-Deixa de besteira Rony. – a morena disse, saindo da casa, sendo seguida de perto pelo ruivo.
-Não é besteira. Eu realmente quero ficar com você Mione. Quando que você vai me dar uma chance para te provar isso?
-Rony, você quer ficar comigo e com a torcida do Chuddley Cannons.
-Não é verdade...
-Me diga... o nome de alguma garota de Hogwarts com quem você não tenha ficado.
-Você, a Misty, a Morgana, a Stefany, a minha irmã...
-Obviamente que não seja a gente Rony.
Ele perdeu alguns segundos, tentando lembrar alguma garota.
-Emília Bulstrode.
-Mas só porque você a acha feia demais para os padrões de beleza Ronald Weasley...
-Claro!
-Você fica por beleza, Rony, eu fico por conteúdo.
-Aught... Essa doeu... Você acabou de falar que eu não tenho conteúdo.
-Exatamente. Mas...quer saber? Vou te dar uma chance. Me procure daqui à exatamente uma semana. Quem sabe eu tenha uma resposta diferente para a pergunta que você já me fez de diversas formas diferentes?
-Você quer dizer...
-Talvez!
Rony ia dar um pulo de comemoração quando viram que já estavam na porta da casa de Misty e Morgana e Gina estava lá, batendo na porta.

***

Will Camelot era um garoto tranqüilo, sonserino e no momento estava nas férias do seu quinto para o sexto ano. Como todo sonserino bonito e rico que se preze, Will também era popular. Mas ao contrário do amigo Draco, ele não dava muita importância para o fato. Moreno dos olhos castanhos, Will tem uma beleza singular, que atrai o olhar da maioria das garotas.
No momento, Will estava sentado na varanda da frente de sua casa. Estava fugindo de seu irmão e de qualquer coisa que ele falasse.
Voltou sua atenção para os pedestres. Viu, ao longe, uma garota ruiva muito atraente andando.
-Se Draco estivesse aqui, ele falaria que o que estraga a beleza dela é carregar o sobrenome Weasley. – comentou consigo mesmo.
Falando no amigo, também viu o mesmo andando pela rua e levando um tranco de um carro. Também viu o momento em que Gina ajudou a outra garota, “E que garota!”, informando para ela o nome e a localização da casa de Draco. Levantou-se e foi andando até a casa do amigo. Gina estava se afastando dali.
-Hey Gina! – chamou. A ruiva se virou ao ouvir seu nome. Deu um pequeno sorriso e andou em direção ao amigo. Aliás, eu comentei que apesar de ser sonserino e puro-sangue, Will era diferente? Não liga para o fato de os Weasley’s serem considerados traidores do sangue e muito menos se a melhor aluna da escola é sangue-ruim. Por isso mesmo, ele era amigo de Gina e conversava normalmente com as amigas dela.
-Olá Will. Tudo bem?
-Tudo... e com você? Como está se sentindo após ajudar a salvar a vida de Draco Malfoy?
-Ah! Você viu. – ela disse levemente emburrada. – Me sinto suja. Seria melhor para o mundo se ele simplesmente morresse... mas o senhor Katze não fez um bom trabalho ao atropelar a Doninha.
-Senhor Katze. – ele perguntou depois de rir. – Você conhece aquela...quer dizer, aquelas pessoas?
-Aquela garota chama-se Vanessa, Vanessa Katze. E vai morar aqui no vilarejo. A casa dela é aquela ao lado da minha. – respondeu, dando um sorriso ao perceber o interesse do amigo. – E se quer saber a minha opinião, apesar dela ter me dito que conhece o Malfoy melhor do que ninguém, ela parece ser bem legal.
-Como assim? Ela conhece o Draco melhor do que ninguém? Ninguém conhece o Draco melhor do que eu.
-Bom...resolva-se com ela. Foi o que ela me disse quando eu falei que aquela Doninha era o Malfoy: “Então, eu posso dizer, com toda certeza de que eu o conheço melhor do que ninguém.” Garota estranha. Como ela pode conhecer o Malfoy tão bem se nem o reconheceu?
Will deu um sorriso.
-Você tem razão Gina.
-Eu sempre tenho, amor.
-Será?
-Claro! De qualquer forma, não posso ficar mais e te mostrar como eu sempre tenho razão. Tenho que ir para a casa das garotas.
-Ok. Boa bagunça para vocês.
-Pode deixar que vamos fazer sim. Provavelmente os garotos vão para lá também...
-Ah não. Alguém me salve. Marotos e Quinteto Fantarológico reunido só pode sair merda.
-Que merda o quê? Merda é o que você tem na cabeça, por se amigo do Malfoy.
-Pode ter certeza que essa é a mesma opinião dele, mas por ser seu amigo.
Gina e Will se despediram com um abraço. Ela foi para a casa das amigas e ele para a casa de Draco. Viu a menina de nome Vanessa e o pai se afastando da casa, indo em direção ao carro. Ia passando pelos portões quando Draco sai da casa.
-Olá Will.
-Oi Draco. Como está se sentindo?
-Por quê? – olhou para o amigo. – Ah não! Você me viu sendo atropelado!
-Claro! Foi em frente à minha casa. Onde você estava indo?
Draco apontou com a cabeça para o grupo que saia animado da Mansão Burjack.
-Claro. Deveria imaginar...
-Quer mais o quê? Trupe Ternura reunida... tenho que fazer algo para acabar com a felicidade deles.
-Trupe Ternura? Sua criatividade para esses apelidos ainda me espanta. Às vezes me pergunto da onde você tira essas coisas.
-Muito engraçado Will. Por que não vai ver se eu estou na esquina?
-Sim, você está.
Draco olhou para ele e finalmente reparou que eles realmente estavam em uma esquina.
-Idiota. – falou para o amigo, que se matava de rir.
-Idiota você que não repara no espaço antes de tentar cortar as pessoas.
O loiro ficou quieto, olhando para o moreno com desprezo.
-Acho que andar tanto tempo com traidores do sangue não está fazendo bem para a sua cabeça...
-Ah! Cala a boca Draco. Se você realmente conhecesse a Gina, também iria gostar dela... – falou Will, fitando o amigo, então acrescentou em voz tão baixa que Draco não pode discernir as palavras. - ...se é que já não gosta.
-Eu nunca iria gostar da companhia desse pessoalzinho aí. – revidou o loiro, indicando o grupo que estava a cinco passos de distância e que agora ouvia a conversa deles.
-Nunca diga nunca. Olá pessoal. – saudou Will.
-Oi Will... – responderam todos, olhando de cara feia para o Malfoy.
-E aí Doninha? – cumprimentou Gina, com um sorriso na face. – Como se sentiu sendo subjugado por um veículo trouxa? – Todos olharam para ela de forma estranha, menos Will, que ria internamente e Draco, que parecia querer azarar Gina. – Ah! Eu não contei para vocês né? Nosso querido amigo Draco foi atropelado...por um carro. – finalizou com um sorriso maior ainda.
Todos caíram na gargalhada, que aumentou mais ainda ao verem a cara de Malfoy.
-Você me paga por isso Weasley. Ninguém ri da cara de Draco Malfoy e sai impune.
-Ai que meda!!
Deixando Draco e Gina travando um duelo de palavras, Harry foi até Will e perguntou:
-Will, você vai fazer algo no próximo sábado?
-Harry, eu sei que eu sou seu amigo e tudo mais. Mas eu não jogo nesse time.
-Deixa de ser imbecil. Eu estou perguntando porque vai ser nosso aniversário, meu e do Michael...
-Sério? – cortou Will. – Vocês fazem aniversário no mesmo dia? E eu que jurava que não...
-...e nós gostaríamos de sua presença lá. – completou o garoto, sem dar atenção a Will.
-Nossa... que modo mais formal de se convidar uma pessoa para uma festa.
-Deixa de ser imbecil. – Harry falou de novo. – Vai começar as oito...
-...e é um baile de máscaras. O que significa que você tem que arrumar uma roupa de baile e ir de máscara. – completou Michael.
-Sua inteligência é uma inspiração para mim, Michael. – Will fingiu-se emocionado. – Deixa eu ser seu fã?
Michael não agüentou ficar sério. Logo estava rindo.
-Claro que sim. Mas você tem que estar ciente que só pode falar bem de mim para as pessoas. – deu uma piscadinha.
-Então não posso falar de nosso caso secreto para ninguém?
-Não.
-Aaah... que pena. Prometo tentar não espalhar para ninguém.
-Dá para vocês deixarem de ser tão...gays? – reclamou Morgana com um sorriso. – E você Will, me traindo assim... e justo com o Michael.
Will abriu um sorriso gigante. Era a única pessoa que sabia de quem cada pessoa ali gostava, tirando, é claro, Draco e Gina, pois os dois pareciam ser as únicas pessoas que não estavam apaixonadas por alguém.
-Desculpa amor. Juro que não vou fazer mais isso. – ele falou, dando um abraço em Morg.
-Hey. Olha que eu fico com ciúmes. – reclamou Michael.
-Tem para você também. – olhou para Morgana e sussurrou algo em seu ouvido.
Os dois se viraram para o Potter mais novo e com um sorriso falaram ao mesmo tempo:
-ABRAÇO GRUPAL!
Logo Michael estava no chão e todos faziam um montinho nele (tirando Draco, é claro, que ainda estava muito ocupado gritando com Gina.)
Quando todos ficaram em pé novamente, Draco já estava vermelho de raiva.
-É melhor a gente ir. – falou Will indicando o amigo com a cabeça.
Pegou Draco pelo braço e o puxou, enquanto ele ainda gritava desaforos para Gina, que estava igualmente vermelha e com a voz em altura comparável.
-Eu vou mostrar pra essazinha que ninguém fala desse jeito com Draco Malfoy. – reclamava Draco, se afastando de Will.
Já era noite e o lugar estava todo muito bem iluminado. Muitos adolescentes aproveitavam para dar umas voltas.
Draco foi até uma praça e lá se sentou em um banco, resmungando pragas. Logo Will se aproximou e sentou do outro lado, nem prestando atenção ao que ele falava.
-Olá Loirinho! – uma voz alegre o chamou. Ele deu um sorriso enquanto se virava e olhava para Vanessa.
-Olá Vamp’s. – respondeu, utilizando o apelido que havia dado a ela. – Conhecendo o vilarejo?
-Aff... não tem nada de legal para fazer aqui. – ela respondeu se sentando do outro lado dele.
-Basta procurar que você acha. Já pensou em conhecer outras pessoas? Aliás. Will Camelot essa é minha amiga de infância Vanessa Katze. Vanessa, meu amigo Will.
Cumprimentaram-se superficialmente, um, aparentemente, sem dar atenção ao outro.
-Conhecer outras pessoas não é bem minha praia, Draco. Acho que você se lembra disso. Mas acho que eu estou mudando isso...
-Por quê?
-Conheci uma garota hoje. Ela parece ser legal.
-Sério? Que bom! Qual é o nome dela?
Quando viu que Vanessa estava abrindo a boca para falar o nome, Will começou a fazer, desesperadamente, sinais de “não”, para que ela não falasse o nome, por trás da cabeça de Draco. Ela olhou para ele interrogativamente e o ignorou.
-Gina Weasley. – ela falou. Will abaixou a cabeça em sinal de negação.
-QUÊ? Logo uma Weasley? Vai por mim...ela não presta...
-Não fale assim da Gina, Draco... Você não a conhece.
-Graças à Merlim. E nem quero conhecer. Gente da laia dela não vale que eu perca meu tempo.
-No entanto você passou os últimos dez minutos reclamando dela.
Vanessa olhou de um para o outro, então resolveu dar uma volta. Quem sabe conhecia mais alguém?
-Vou indo Loirinho, vou dar uma voltinha. Tchau Will. Prazer em conhecer você.
-O prazer foi meu, Vanessa. Tchau.
-Tchau Vamp’s.
Ao ver Vanessa se afastando, Draco se lembrou de algo.
-Você vai à festa dos Potter?
-Obviamente.
-Ótimo! Vou com você...
-Você vai de penetra numa festa? Quem é você e o que fez com Draco Malfoy?
-...e você vai levar a Vanessa como sua acompanhante.
-Você só pode estar louco.
-Vai por mim e fique quieto. Quer saber? O dia já deu o que tinha que dar. Vou para a minha casa dormir. Amanhã tenho que ir fazer compras.
E Draco saiu, deixando o amigo pasmo, sentado no banco da praça.

***

Após se afastar de Draco e ir andando meio que sem rumo, Vanessa escutou uma voz conhecida:
-Vamos cantar: andei, andei, andei, andei e parei, parei, parei, parei e sentei, sentei, sentei, sentei e deitei, deitei, deitei, deitei e dormi, dormi, dormi, dormi e sonhei, sonhei, sonhei, sonhei que andei, andei, andei...
-QUIETA! – gritaram outras oito vozes diferentes.
-Que isso gente. Só quero animar um pouco a parada. Vocês estão tão cabisbaixos e... – naquele instante o grupo virava a esquina e Stefany avistou Vanessa. – AAAAAHHH! Tô vendo uma assombração!! Vanessa, amor da minha vida, me diga que você não morreu! – implorou Tefy, correndo em direção à amiga.
-Que eu saiba, não, eu não morri.
-Quer dizer então que... você... mudou para cá? Para esse vilarejo?
-Sim...
-Ah maluco... Por que você não falou antes? E...espera... você foi a única pessoa a se mudar para cá recentemente... quer dizer então que seu pai trabalha no Ministério...você também é bruxa?
-Como quê...espera aí... também? Você é bruxa?
-Sou!!!
-Há quanto tempo vocês são amigas mesmo? – perguntou Hermione, se intrometendo.
-Já faz alguns anos...
-Como que pode uma não saber que a outra é bruxa?
-Ih Hermione. Esse povo é tudo confuso. – falou Gina.
-AH! Gente, deixa eu apresentar a minha amiga para vocês. Roger Kent, Hermione Granger, Rony Weasley, Misty e Morgana Burjack, Harry e Michael Potter e…
-Gina Weasley. Já nos conhecemos, hoje mais cedo. – cortou Vanessa.
-E essa, pessoal, é Vanessa Katze minha amiga desde...muito tempo atrás.
-Essa aí vai ser uma versão feminina do Will. – comentou Gina.
-Por quê? – perguntou Vanessa. – Você está falando de Will Camelot né?
-É...esse Will mesmo. Conhece ele melhor do que ninguém, também? – perguntou Gina de forma irônica. Não sabia o por quê, mas sentia uma vontade sob-humana de humilhar aquela garota.
-Não. Acabei de conhecê-lo. Ele estava com o Draco.
-Ah não! – reclamou Harry. – Mais uma amiga do Malfoy.
-Espera... Draco Malfoy tem amigos? Gente. Nós temos que reportar isso para o Profeta Diário. – falou Roger.
Todos riram, mas Vanessa não achou muita graça.
-Não fique assim, logo você acostuma. E Malfoy trata a gente pior – falou Tefy.
-É! Sorria. E já que você é amiga da Stefany, é nossa amiga também. – completou Michael. – tanto é que adoraríamos a sua presença em nossa festa. – então Michael explicou como seria a festa.
E iriam conversar muito mais, se o celular de Vanessa não tivesse tocado.
-Bom gente, tenho que ir. Meu pai está me chamando. Muito obrigada pelo convite, Michael e Harry. Foi um prazer conhecer vocês. Todos vocês. – disse a última frase olhando para Gina.
Despediram-se e Vamp’s foi correndo em direção à sua casa.

***

Uma semana logo passou. Era o último dia do mês de julho, o dia do aniversário dos gêmeos Potter, e a Mansão estava uma bagunça de pessoas, arrumando os preparativos.
-Eu sabia que a minha idéia de Baile de Máscaras ia ser uma boa... – comemorava Sirius, andando de um lado para o outro, mais atrapalhando do que ajudando.
-Sirius...dá para pelo menos ajudar um pouco? – reclamava Lily.
-Mas eu já ajudei! Eu dei a idéia... isso não basta?
-Quer saber? Vá até a Madame Malkins buscar a minha roupa, a roupa do Jay e as roupas dos aniversariantes.
-Mas eu odeio aquela mulher...ela vive dando em cima de mim.
-Quem manda ficar se achando o gostosão? O ultimo feijão de todos os sabores do pacote?
-Lily, você não faz nenhum bem para a minha auto-estima. – ele reclamava enquanto ia saindo.
Quando chegou até a loja da mulher, ela abriu um sorriso e já foi falando com estardalhaço, atraindo a atenção de todas as pessoas da loja.
-SIRIUS QUERIDO! O que te traz aqui hoje, meu amor? Algum pedido especial? Uma roupa para a mulher dos seus sonhos? – ela recitava enquanto o puxava pelo braço até o balcão. – Eu, particularmente, adoro esse tecido, posso fazer um vestido lindo. Quem é a garota em questão? Você sabe que eu não perco um detalhe não é mesmo?
-Err...Madame Malkins, não é um vestido que eu quero. Eu só vim pegar as...
-Que isso querido. Você tem que ter vindo aqui para comprar um vestido...
-Eu... – então ficou exasperado. Ela estava achando que ele era gay? – Eu não sou gay...
-Claro que não querido... Eu não insinuei isso...eu só quis dizer que...
-Que eu sou gay...que vim até a sua loja maldita pra comprar um vestido pra mim...
-Não Sirius... Calma. Vamos conversar direito.
-Não...você me acha gay! Eu não converso com pessoas que me acham gay... Você está achando que eu vim aqui comprar um vestido para mim... que coisa mais...gay!
-Se você não veio comprar um vestido, veio fazer o quê?
-Aqui também vende vestes para homem, caso tenha se esquecido, Madame Malkins.
-Oh! – ela disse, simplesmente.
-“Oh!”? Você me chama de gay e só fala “Oh!”... eu não sou gay, eu vim aqui pegar as roupas dos Potter. A Lily me pediu esse favor.
-Ah, sim! A roupa dos Potter. Por que você não disse antes, então? Elas já estão separadas. E me reservei ao luxo de lhe separar uma roupa também, já que você não veio atrás de uma. – ela, então, mediu Sirius de alto a baixo. – Sirius, será que você pode fazer um imenso favor? Experimente a roupa de James para ver se está no tamanho certo? Vocês dois têm a mesma estatura e já faz um tempo que eu não faço uma roupa para ele.
-Não.Dá.Tempo! – ele falou pausadamente, com grande raiva daquela mulher.
-Claro que dá tempo... e você aproveita e vê se a roupa que eu fiz para você está do tamanho certo. Não quer que tudo fique perfeito no aniversário do seu afilhado?
-Você venceu por insistência. Mas não pense que vou deixar isso barato.
Ela apontou sorridente para um trocador, ignorando a ameaça dele e lhe entregando um conjunto de vestes a rigor.
-O Sirius é tão fofo. Toda vez que vem aqui, ele me ajuda. – ela comentava para uma das freguesas. Cinco minutos depois Sirius saiu do cubículo em que estava com uma cara de completo tédio. – Dá uma volta Sirius. Não acho que está do tamanho adequado... e você, querido? Acha que está muito curto?
-Eu não posso dar uma opinião adequada...estou muito ocupado pensando em formas de torturar a senhora.
-Sempre tão amável. – ela disse com o mesmo sorriso no rosto, sem se afetar em nenhum segundo. – Agora levante os braços, sim?
E ele o fez, no mesmo instante em que do lado de fora da loja passavam Remo e James. Os dois pararam de andar e olharam para ele. Sirius olhou bravo para os melhores amigos, que estavam dando gargalhadas do papel que ele fazia. Sirius deu um sorriso maroto que logo os amigos reconheceram como o de alguém que vai aprontar. E eles não queriam saber quem era a vítima. Logo começaram a, disfarçadamente, sair dali.
-Madame Malkins, olhe ali. O James está na porta de sua loja. Não seria melhor chamá-lo para experimentar a roupa que é dele?
-Sirius, você quer se ver livre de ter que experimentar alguma roupa. Não vou acreditar que James esteja na porta nem que o próprio Você-Sabe-Quem vire uma fênix e renasça das cinzas e venha aqui me obrigar a olhar para a porta para que você fuja.
“Droga de mulher...só porque eu já usei essa desculpa um bilhão, trezentos e cinqüenta milhões, setecentos e noventa e dois mil e duzentas e setenta e oito vezes para fugir dela não quer dizer que agora não seja verdade...”
James e Remo deram risinhos antes de continuar o caminho para ir buscar a encomenda que Lily pedira.
Quando a senhora anunciou que a roupa estava no tamanho adequado, Sirius comemorou e já ia voltando para o trocador quando ela lhe entregou outro conjunto de vestes.
-O que é isso sua louca?
-O que você acha? As suas vestes a rigor.
-Ah não... Você não vai me fazer passar por esse sofrimento e humilhação de novo, né? Você não tem amor à vida não?
-Obrigada Sirius querido, seus elogios são sempre bem vindos.
-Você tá biruta de vez, isso sim. – ele reclamava, retornando ao trocador.
Quando saiu, trajando outro conjunto de vestes a rigor, Madame Malkins pareceu ficar mais alegre.
-Agora sim, estamos chegando a um acordo. – ela exclamou feliz.
-Acordo? Como assim?
-Ah! Desculpe querido, estava falando com o tecido. Ficou perfeito em você! Mais uma vez eu demonstro como tenho boa memória. – então ela começou a alisar a veste, que Sirius ainda vestia.
-Por favor, pare de me acariciar.
-Mas eu não estou te acariciando. Estou acariciando o tecido que é mais uma bela criação minha.
-Pronto! Já que serve perfeitamente em mim, creio que já posso ir embora, não é? Lily espera as roupas e eu realmente tenho que ir. – ele disse, voltando ao vestiário e colocando as suas roupas. Quando saiu entregou os dois conjuntos para a velha senhora.
-Ah! O mundo mágico está tão animado com esse baile de máscaras. – a mulher comentava, enquanto dobrava as roupas e juntava com as vestes de Lily e dos gêmeos em uma sacola. – Tantas pessoas já vieram aqui, comprar suas roupas.
-É, é...eu sei. É só isso? – perguntou Sirius, impaciente, pegando a sacola em cima do balcão.
-É sim. Tenha um boa viagem de volta querido.
-Finalmente! Pensei que ia ter que te estuporar logo. Ou quem sabe te subornar? – ele divagava, enquanto saia da loja.

***

Já era noite, e a mansão estava cheia. As portas estavam abertas para quem quisesse entrar. Harry estava com vestes verdes e uma máscara tapava a região dos seus olhos. Não poderia estar mais óbvio quem era ele. Michael estava de forma igualmente óbvia, mas com vestes num tom claro de azul.
A primeira coisa que Harry reparou foi quando Misty entrou. Ela trajava um vestido justo do busto até a cintura, rosa, tomara que caia, com a saia solta e rodada indo até um pouco acima do joelho, e uma sandália dourada de salto altíssimo e fino. Usava uma máscara também rosa em seus olhos, e o cabelo ruivo caia em cachos ondulados pelas suas costas. Ela deu um sorriso ao ver Harry fitando-a embasbacado, se aproximou e lhe entregou uma caixinha.
-O que é? – ele perguntou curioso.
-Descubra.
Ele abriu a caixa e viu que dentro havia uma corrente.
-Sabe Misty, normalmente são os homens que dão correntes às mulheres.
-Deixe de ser bobo, Harry. Olhe para o pingente.
Retirou a corrente da caixa e viu que pendurada na mesma se encontrava um pingente com o formato de um pequeno pomo de ouro.
-Err... – ela começou, meio insegura, corada. – Ele é de abrir. Então você pode colocar uma foto em cada lado do pomo, na parte de dentro.
-Obrigado! – ele disse, feliz. Sem pensar duas vezes ele se abaixou e lhe deu um pequeno beijo nos lábios, que ela retribuiu.
Quando se afastaram, ela lhe disse, para fazê-lo sumir com o sorriso bobo.
-Não se acostume!
-Mas pelo menos hoje você me concede a honra de ser a minha acompanhante?
Ela pensou por um instante.
-Por hoje, sim.
-Aliás, você está linda! – ele disse, beijando sua mão antes de passar um braço por suas costas e repousar a mão na cintura dela.
Ali perto Morgana, em um vestido mais longo que o da irmã, lilás, com a alça cruzando nas costas e uma máscara prata, sandália prata, de salto fino e alto, estava indo para o lado de Michael.
-Feliz aniversário Michael! – e ela logo deu um abraço nele.
-Obrigado Morg. – ele disse, dando lhe um beijo no rosto enquanto retribuía o abraço.
“Isso Morgana. Ele te deu um beijo no rosto. O que significa? Significa ‘quero ser seu amigo, mais nada!’. Cara. Eu preciso esquecer o Michael... e vamos começar tirando esse sorriso estúpido da minha cara.”
- Tenho um presente para você. – anunciou, lhe entregando um envelope.
Curioso, ele o abriu e viu que nele estava uma foto e um pergaminho. Olhou para a foto, era ele e Morgana brincando de pega. Nem sabia da existência da foto. Observou sua imagem correndo alegremente atrás da imagem de Morgana. Sorriu e desdobrou o pergaminho. Nele estava algo escrito:

“Pensamentos

Qual é a distância do céu?
Deitada no chão,
ergo a mão.
A imensidão azul escapa,
como um véu.
Tento adivinhar a forma das nuvens,
mas nada vejo.
Unicórnios, esfinges, grifos, dançam diante de meus olhos,
mas é para o nada que lanço a minha atenção.
Canto, crio,
mas nada me tira a aflição.
Era para você estar ali ao meu lado.
Tudo seria mais divertido.
A brisa marítima sopra
e a areia gruda em mim.
Escuto Poseidon falar
através das grandes ondas do mar.
Devo ir,
ou logo responderei à minha grande dúvida:
Qual é a distância do céu?


Michael, como é difícil te presentear!
A melhor coisa que eu posso fazer é te lembrar do quão grande é a nossa amizade, e do tanto que você faz falta quando não está por perto.
Lembro até hoje das férias na Grécia... em como passei dias sem saber o que fazer para espantar o tédio. Se você estivesse lá, tudo seria mais simples, mais divertido. Em todas as suas ausências eu me sinto desnorteada, fico ‘mais perdida que cego em tiroteio’!
Você é o melhor amigo que eu poderia encontrar, apesar de estar sempre roubando o meu brigadeiro.
Te amo!
Morg.
Ps.: eu hesitei em escrever ‘te amo’, mas sei que você vai entender...
=D~”


-Puxa Morg! – exclamou Michael, guardando a foto e a carta no envelope e este, por sua vez, no bolso de suas vestes. – Muito obrigado. É o melhor presente de todos. Também te amo!
Morgana deu um sorriso encabulado, ficando vermelha ao receber um beijo na bochecha, próximo à boca.
Michael começou a guiá-la, gentilmente, em direção à pista de dança, onde alguns casais já se dançavam.
-Mione, lembra o que você me disse a uma semana? – Rony perguntou, enquanto valsava com ela.
-Sim, Ronald, eu me lembro.
-Então? Você aceita sair comigo?
-Rony, isso já é um encontro!
Pasmo, Rony deu um sorriso de orelha a orelha. Aninhou-a melhor em seus braços e continuou dançando, embalado pela música.
Stefany estava sentada em uma poltrona, olhando de um lado para o outro com um copo de cerveja amanteigada nas mãos.
-Você não parece feliz. Por que você não parece feliz? – perguntou Roger, se aproximando.
-Eu estou feliz, mas estou entediada. – Roger olhou para Stefany. Trajava um vestido até o meio das pernas, preto com o corpete todo bordado. Uma máscara branca tampava toda a região dos olhos e a metade esquerda do rosto. Sabia que ela logo retiraria aquela máscara, ela nunca agüentou o suspense de uma festa de máscaras.
-Então Roger chegou para com o seu tédio acabar.
-E como você pensa em fazer isso, gentil cavalheiro?
-Simples. Não sei!
Stefany deu uma sonora gargalhada.
-Não sabe?
-Não! Mas eu posso pensar em algo enquanto você me acompanha numa dança
-E quem disse que eu quero dançar com você.
-Eu sei que você quer... Ninguém resiste à beleza de Roger Kent.
-Peraí! Você é Roger Kent!
-Isso! Grande gênio... – ele respondeu sarcástico. – Descobriu isso com a ajuda da sua bola de cristal?
-Não! Deixa de ser estúpido... você é Kent... – disse de forma óbvia.
-Sim...esse é o meu sobrenome! – falou como se estivesse explicando algo muito complicado a uma criancinha.
-Aff! Você é Kent e eu sou Tefy... Isso não te lembra nada não?
-Era para lembrar?
-Você é mais obtuso que uma porta! – ela falou, mas incrivelmente, não estava irritada. Parecia contente e levemente surpresa com algo. – Você é o Kentx e eu sou a Tefy!
Finalmente Roger entendeu.
-Vo-vo-você é-é...
-Sim, sim, a menina do bate-papo... que coisa mais incrível!
Sorrindo, Roger a puxou.
-Que tal continuarmos conversando sobre o tanto que eu sou incrível enquanto dançamos?
-Só você mesmo, Roger. – ela respondeu, também sorrindo. Levantou-se e o acompanhou à pista de dança.
Vanessa trajava uma blusa prata de frente única com uma calça pantalona bege. Saltos altos e uma máscara tampando seus olhos. Estava de braços dados com Will, que usava vestes a rigor e máscara no rosto. Atrás deles entrou um garoto de vestes negras e uma máscara na metade superior do rosto, só permitindo ver os olhos cinza e o cabelo castanho caia com graça na testa. O casal foi para um lado e o moreno foi para o outro. Sim, aquele era Draco Malfoy, que realizara um feitiço para alterar a cor dos cabelos.
-Sabe Will, não sei o que o Draco quer, vindo a essa festa.
-Entenda, o Draco quer provar que pode viver civilizadamente com a...como foi que ele chamou na semana passada? Trupe Ternura!
-E você acha isso minimamente possível?
-Em se tratando de Draco Malfoy? Não... Mas que se importa? Por que não aproveitamos a música e dançamos.
-Você está louco?
-Não, é só que, como, aparentemente, todos os casais se resolveram...
-Você não quer terminar essa frase.
-Tem razão, eu não quero. Mas você bem que podia ajudar, né?
-Então tá. Primeiro: você coloca a sua mão direita na minha cintura.
-Desculpa, mas você não precisa me ensinar como conduzir uma garota em uma dança.
E então, embalaram numa deliciosa harmonia de passos.
-Olá! – Draco falou ao ouvido de uma menina loira de olhos claros. Ela estava com um vestido vermelho, justo apenas no busto e indo até o meio das cochas. Metade do cabelo preso em um coque no topo da cabeça, a parte solta estava com uma escova encaracolada.
-Olá! – ela respondeu com um sorriso que, na opinião de Draco, era sexy demais.
-Me daria, a senhorita, a honra de me acompanhar nessa dança?
-Desculpe, não danço com estranhos.
-Lúcio. – apresentou-se, com o nome do meio. – Agora não sou mais um estranho.
-Molly. – ela respondeu sorrindo. E sim, ela também usou o nome do meio, pois não passava de Virgínia Weasley. – Então agora eu aceito dançar com você.
E dançaram. Dançaram muito. E muitos casais dançaram. Harry e Misty, Michael e Morgana, Rony e Hermione, Stefany e Roger, Vanessa e Will, Draco e Gina. Todos eles acabaram ficando naquela noite, com exceção de Stefany e Roger e Vanessa e Will.
Misty, pouco depois de cantar parabéns para Harry, foi embora, e no dia seguinte o ignorou completamente, a não ser no momento em que lhe disse que o que aconteceu no aniversário dele não iria acontecer novamente tão cedo, se dependesse dela.
Depois de beijar Michael, Morgana o afastou, dizendo que entre eles só deveria existir a amizade. Cantou parabéns para ele e depois foi embora com a irmã.
Rony finalmente deu seu tão ansiado beijo em Hermione. Só que enquanto a garota estava no banheiro, ele acabou beijando uma corvinal. O beijo foi visto por Mione, que pouco depois voltou, lhe deu um tapa e foi, chorando, pra junto de Roger e Stefany, pois não queria atrapalhar Gina, não percebeu, porém, que atrapalhou um quase beijo entre eles.
Após ver Hermione dar um tapa no irmão e ir chorando até Stefany, Gina separou-se de “Lúcio” e foi ver o que havia acontecido com a amiga. Draco, após se despedir de “Molly” anunciou, mentalmente, que a festa já havia acabado para ele. Foi para perto de Will e Vanessa, impedindo assim que o amigo roubasse um beijo da garota. Os três foram embora.
-Gostaram da festa? – perguntou Lily, assim que o último convidado foi embora.
Entreolhando-se, os gêmeos falaram:
-Foi surpreendente.
James deu uma risada.
-Depois me contem o que os surpreendeu.

***

N/A: *coro de aleluia ao fundo*
Olá pessoas...
O q vcs acharam do capítulo?
Espero q bem...
Ele estava quase pronto à um mês...
Mas eu travei na festa...
Droga
=/
Sirius: mentiiira...vc tava era com preguiça d escrever
Autora: preguiça o seu c*zinho...
Sirius: vc tava era com vontade d fik vendo TV...
Autora: pq vc fla soh besteira?
Sirius: eu naum falo soh besteira.../emburrado/
Autora: fla siiim... baile d máscaras? Existem idéias melhores no mundo...
Sirius: aah eh? Fale uma por exemplo...
Autora: ...
Sirius: viiiu?? Naum tm idéia melhor...eu sabia q era um gênio...
Autora: affs... vendo um cachorro...
Sirius: COMO VOCÊ OUSA ME VENDER...??
Autora: ousando... =D~

Comentem povinho do meu S2
^^

;***

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