Descoberta



Um relâmpago cortou o céu e Phillipe Blackheart, um garoto de 16 anos, acordou assustado. Sonhara com Voldemort invadindo sua casa e matando seus pais. Phillipe era um bruxo filho de pais trouxas e estava com medo dos acontecimentos recentes. A morte de Dumbledore, a volta dos Comensais da Morte, uma guerra em Hogwarts.
Levantou da cama e rumou ao banheiro. Enquanto escovava os dentes, pensava nos acontecimentos do último mês na escola, Hogwarts, onde tivera de lutar contra Comensais e quase fora morto, devido o grande poder dos mesmos. As conseqüências dessa luta foram pequenas, além da morte do diretor. Ele mesmo só ficou com uma cicatriz que vinha de acima da sobrancelha até um pouco abaixo do olho. Não conseguia esquecer os olhos que o observavam por baixo de um longo capuz negro, olhos que o procuravam pelo recinto para uma morte rápida.
Phillipe desceu as escadarias e entrou na cozinha, um lugar um pouco pequeno, mas aconchegante. Era um aposento quadrado, onde no canto ao lado de uma janela se encontrava o fogão e os armários e uma bancada extensa. Um pouco atrás, uma mesa de mogno com seis cadeiras, nada muito sofisticado. Sua mãe estava na frente do fogão preparando o café da manhã. Sentia falta de seu pai. Há essas horas, o homem estaria sentado na mesa, atrás do seu costumeiro jornal, esperando o café que estava sendo preparado por sua mãe. Infelizmente, no ano passado, perdera seu pai em um terrível acidente de carro. Klaus, seu pai, estava dirigindo quando um grande caminhão, tentando ultrapassar um carro, não viu o carro do Sr. Blackheart. Klaus tentou desviar, mas o choque foi o suficiente para que o carro fosse lançado por um abismo.
Levantou os olhos até a parede e suspirou.
‘O que aconteceu querido?’ Perguntou sua mãe ‘Parece tão deprimido... ’
‘Claro que não mãe’ respondeu com um sorriso.
‘Então porquê este olhar parado?’
‘Nada demais... Talvez o sono’ Phillipe respondeu.
Não queria preocupar a bondosa Sra. Blackheart. Via que ela estava muito triste ultimamente, assim como Phillipe, por fazer dois meses da morte de Klaus e também a pouco Dumbledore morrera. O clima no mundo mágico estava realmente tenso com os últimos acontecimentos.
Sra. Blackheart olhou profundamente para o filho, e como se pudesse ler a mente do menino, viu sua tristeza.
‘Também sinto falta do seu pai Phillipe. Mas o que posso fazer além de continuar a minha vida? É o que ele gostaria que você fizesse também.’ Disse Joann, mãe de Phillipe.
‘Não é por isso que estou assim mãe’ Phillipe apressou-se a dizer. ‘Claro que sinto a falta do papai, mas... Não estou triste. ’
‘E por que passou tanto tempo em seu quarto, sem falar com alguém?’ Joann disse completamente séria.
‘Eu... Eu... Ah! Eu apenas fico lendo. ’ Respondeu Phillipe mostrando inquietação.
Após a morte do pai, Phillipe, mesmo não tendo motivos, sentia-se culpado pelo acidente e trancara-se no quarto para não ver sua mãe sofrendo. Mal sabia ele que sua mãe sofrera muito mais ao ver o filho em tamanha tristeza do que com a morte do marido.
‘Bom, seja qual for seu motivo de ter ficado naquele quarto, espero que volte a ser uma criança normal. E tome seu café querido, vai esfriar. ’
Olhando para a mãe e a agradecendo pelo olhar de não insistir no assunto, voltou a tomar seu café enquanto comia. Sua mãe era muito bondosa. Sempre se mostrara forte na frente do filho para que o mesmo não sofresse mais ainda pela morte do pai. Era claro que ela sofria muito e o pior, sofria calada. Mas tudo era para o bem do seu filho. Sabia que o filho não agüentaria caso mostrasse algum sinal de fraqueza.

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O luar iluminava um pequeno aposento, os móveis cobertos com um pano fino e branco possuíam um ar fantasmagórico. Era o lugar perfeito para Voldemort se hospedar.
‘Depois da morte daquele Potter, o mundo bruxo estará acabado. Não concorda minha querida Nagini?’ Disse o Lorde das Trevas.
Nagini rondava um corpo, que estava sem uma das mãos, estirado ao chão.
‘Não se preocupe Nagini. Ele era apenas um peso morto.’ Continuou o Lorde ‘Tenho certeza que estarei sem ele, agora que tenho meu corpo e meus seguidores de volta.’
A cobra sibilou olhando para seu mestre.
‘Sim. Também preciso me preocupar com aqueles inúteis que sempre tentam me atrapalhar. Os seguidores de Dumbledore... Sempre um problema... E agora aparece mais um seguidorzinho para tentar frustrar meus planos. Mas ele é muito mais rápido que o Potter. ’
Um sibilo rápido veio da boca de Nagini, como se tentasse alarmar seu mestre de algo.
‘Não se preocupe. O que é dele está reservado. ’ O mestre sibilou para o réptil.

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Phillipe estava cochilando quando ouviu uma batida baixa e contínua vindo da janela. Abriu os olhos lentamente e olhou para o vidro. Viu uma pequena coruja parda batendo seu bico desesperadamente na janela pedindo ao dono para entrar. O garoto levantou da cama e abriu a janela acima de sua cabeça. A coruja disparou para dentro do quarto segurando firmemente um pequeno envelope em seu bico. Dando um vôo rasante na cabeça de Phillipe, a ave pousou em uma gaiola próxima ao guarda-roupa do menino.
‘Obrigado Onn. ’ Disse à coruja, esfregando os olhos.
A coruja piou euforicamente, como se a carta em seu bico fosse urgente.
‘Certo... ’
Abriu o envelope e retirou um pequeno pergaminho de dentro. Era uma carta curta e objetiva.

Venha para Londres o mais rápido possível. Encontro-te no Caldeirão Furado, onde nos hospedaremos até voltarmos a Hogwarts.
Não demore.

Riven

Riven Cooper era um aluno da Corvinal, que, em pouco tempo, se transformara no melhor amigo de Phillipe. Era um menino baixo para sua idade. Seus cabelos eram azuis, não por tintura, mas por um acidente mágico que tivera quando criança. Sua pele era muito branca o que, na opinião de Phillipe, era praticamente imperceptível na neve se não fosse seu cabelo. Mesmo sendo baixo e extremamente branco, Riven fazia muito sucesso em sua casa.
‘Algo realmente sério deve ter acontecido para Riven mandar-me uma carta assim. ’
Phillipe desceu as escadas e avisou a mãe que iria mais cedo para Londres.
‘Por que filho?’
‘Não sei mãe. Riven mandara-me uma carta agora a pouco dizendo para ir para lá o mais rápido que eu puder. Não faço idéia do que ele queira. ’ Respondeu o menino.
‘Tome cuidado, por favor. Sabe que amo você, não sabe Phillipe?’
‘Sei mãe. Amo você também. ’ Deu o último beijo em sua mãe e partiu.


Cerca de uma hora depois conseguiu chegar ao Caldeirão Furado. Era pra isso que viajava pelo Noitibus Ambulante, emergências.
Ao entrar, avistou em uma mesa uma cabeleira azul seguida de uma cabeleira longa e loura. Rumou para a mesa.
‘Oi Riven. Oi Stella. ’ Phillipe cumprimentou aos amigos.
‘Olá Phillipe! Estava tão preocupada com você. Você sumiu e não deu mais notícias suas. Ah! Estava tão preocupada. ’ Murmurou Stella ao o abraçar.
‘Hey Phillipe. Bom, te chamei porque estou preocupado com sua mãe. Você é bruxo e ela trouxa. Você foi atacado por Comensais e eles sabem que você é filho de trouxas Phil. Ela corre perigo se você continuar em sua casa. ’ Disse Riven, que nunca fora de enrolar.
‘Eu sei disso. Por isso estava programando vir nesta semana ainda para o Caldeirão. Mas eu queria garantir sua segurança. Estou com medo de algum Comensal a atacar. ’ Respondeu Phillipe com um ar preocupado.
‘Além disso, temos outra notícia para te dar. A única pessoa que poderia ajudar a sua mãe foi assassinada esta manhã. ’ Disse Riven sério.
‘Quem?’ Perguntou Phillipe.
‘ Minerva McGonagall. ’ Disse Stella ao lado de Riven.

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