Mais Que Palavras



N/A: Antes de qualquer coisa, preciso informar que nesse capitulo tem cenas impróprias para menores. Se você não curte, ou acha que não tem nada haver colocar sexo no universo Harry Potter, peço, NÃO LEIA.
Há todos os outros, ENJOY.

P.S: Recomendo a leitura, a partir da parte “Continuaram conversando até que começa a tocar uma música romântica...”, com a música More than words do Extreme.

Beijocas.

Lana.


Capítulo II

Mais Que Palavras




Remo, deitado em uma das camas da ala hospitalar de Hogwarts, descansa pensando nos acontecimentos da noite.

- Severo Snape... Nunca confiei em você. Mas... Dumbledore... Quem sempre se mostrou confiar indubitavelmente em você? – maneia negativamente a cabeça, o semblante consternado – Isso não podia acontecer... Dumbledore...

- Dumbledore teria se sentido o mais feliz dos homens em pensar que havia um pouco mais de amor no mundo – em seu pensamento, ouviu a voz seca da Professora McGonagall dizer.

- O que eu poderia fazer? – pensa, a cabeça baixa – Ela é minha responsabilidade! – tem vontade de gritar a todos. – Vocês não estavam lá... não sabem a gravidade do que aconteceu...




***



Sírius sobe para o quarto do amigo e o encontra com um sorriso abobalhado. Ele dá um tapa no ombro do amigo, como que para acordá-lo.
- Com essa cara de bobo, você deve ter aprontado bastante com minha priminha, né?- ele fala se fingindo enciumado
- Cara... – Lupin suspira ainda hipnotizado, olhando para a porta em que ela saíra a pouco – Ela disse que me ama... – murmura como para se certificar de que realmente fora verdade.
- Que bom Remo. Vocês merecem, cara! – e continua sarcástico - Quem diria, Remo Lupin de quatro por uma mulher! Com o perdão do trocadilho, é claro. – eles riem – Só me prometa uma coisa. – fala, agora sério - Faça minha priminha feliz. Ouviu bem? É um compromisso que você tem comigo. Ela é sua responsabilidade agora. - os amigos se abraçam e Sírius muda de assunto meio constrangido. – E aí? Vamos jogar xadrez para matar o tempo?

Depois de algumas horas, e muitas vitórias de Sírius, Remo se sente cansado e eles resolvem ficar conversando, Aluado na cama e Almofadinhas jogado na poltrona.

- Sírius,... – Lupin chama maneando a cabeça de um lado a outro, como quem procura alguma coisa no ar – Tá sentindo esse cheiro?

- Não. – diz o outro divertido – Cheiro de que? – já fala malicioso, preparado para uma piada.

- ...Dela... – murmura excitado, farejando o ar – Ah... o cheiro dela.

- Calma meu amigo... – Sírius nota a mudança nos olhos do amigo – Deve ser o travesseiro, a cama... Ela não esteve ai com você?

- Não, ela tá aqui... – a voz já gutural como um ganido – Cheiro... – fala arrastado, sorvendo profundamente o ar, a transmutação já sendo visível no rosto. Sírius, que começa a temer a situação, grita tentando persuadi-lo.

- Remo, acalme-se, você é mais forte que o lobo amigo! Lembre-se você tomou sua poção. Concentre-se, você consegue... – segura o amigo pelos ombros.

A transformação continua deformando o corpo, cada vez mais parecido a um lobo... Um lobo enorme... Um lobo maldito.

O lobisomen, com uma patada, joga Sírius por sobre a escrivaninha, espalhando os pergaminhos organizados e derramando o tinteiro. E sai, derrubando a porta com um estrondo. Para por um momento, sorvendo novamente o ar, farejando de onde vinha o aroma enlouquecedor e segue a esquerda do pelo corredor, em direção a escada. E estaca... visualizando o aroma..., como se o cheiro se materializasse aos pés da escada. Com um pulo ele alcança o objetivo e por um breve momento, aspira o ar prazerosamente, como que para confirmar se era ELA realmente seu alvo. O lobo abre a bocarra, se preparando para o bote inevitável... Nesse instante se ouve um grito acima da escada.

- INCARCEREUS! – e o lobo é envolvido por grossas cordas, caindo no chão, ainda abrindo e fechando a mandíbula, tentando abocanhá-la. – ESTUPEFAÇA! ESTUPEFAÇA! ESTUPEFAÇA! – Sírius urra, pulando os degraus da escada, lançando um triplo feitiço no lobisomen caído, impedindo os ataques à moça.




***




Lupin sente um tremor percorrer seu corpo e abana a cabeça tentando discipar rapidamente a imagem. Massageia a nuca dolorida, tentando desanuviar a mente... Recosta no travesseiro, suspirando de olhos fechados.

– Linda, será que você não percebe? – ele pensa angustiado - É tudo por você... Você não sabe o quanto me dói te ver assim, e não poder te dizer que está tudo bem. Não poder te acariciar... sentir a maciez da sua pele... Ah Deus, eu, sequer, pude dizer que a amo...
Ele esconde o rosto com uma das mãos, pressionando os olhos com o indicador e o polegar, tentando inutilmente segurar as lágrimas. Respira fundo se controlando, limpando rapidamente algumas que teimaram em cair.
Ele dá um violento soco no colchão, chamando a atenção dos presentes. Madame Pomfrey o olha com desagrado. Constrangido, ele acena se desculpando.
Seus pensamentos imprimem dezenas de cenas deles juntos, o angustiando e o fazendo lembrar de uma época doce de sua vida. Uma cena em particular, emerge de sua memória, o fazendo voltar um ano no passado...



***




Desde que entrou para a Ordem, ela não passou desapercebida por ele. Os cabelos coloridos, azuis, verdes, rosas; a espontaneidade, o carisma, a meiguice, a beleza... Ele sempre se preocupava em não transparecer o que sentia pela moça, afinal, ele era bem mais velho que ela, por isso procurava ser discreto, a olhando sempre de longe.
Algum tempo depois, ele passou a perceber umas insinuações vindas dela... uns olhares...uns sorrisos dirigidos a ele sem motivo... Ele preferiu se fazer de desentendido. Ela ainda tentou se aproximar algumas vezes, iniciando conversas que, quando ele percebia aonde iriam chegar, fugia dando qualquer desculpa que lhe viesse à cabeça.
Sírius percebendo o que acontecia, tentava estimulá-lo a continuar, mas ele era sempre irredutível.

– Não Almofadinhas! Tá maluco, a garota tem idade para ser minha sobrinha! – ele falava desconversando.

E Sírius respondia – Ah, não exagera. – e continuava, sentenciando – É Aluado, como sempre, fazendo a garota chegar em você, né? – e fazia aquela cara maliciosa arqueando a sobrancelha. – Não tem problema, eu resolvo isso pra você. – disse da ultima vez.

- Black, você não é maluco. Olha lá o que você vai fazer!! – fala assumindo um ar sério.

Com o atentado a vida do Sr. Weasley no ministério, as crianças Weasley, Harry e Hermione foram passar o natal no Largo Grimald. Após as festividades, fez-se necessário que alguém os acompanhassem até a escola e, providencialmente Lupin e Tonks foram designados a levá-los de volta a Hogwarts de nôitibus.

Após deixarem as crianças, voltaram conversando.

- ...realmente espero que as aulas de oclumência com Snape, dêem resultado. – Lupin falava tentando disfarçar o modo como Tonks o olhava. – Que garota persistente! –pensa observando-a com os cantos dos olhos, que agora mudava seus cabelos para lilás e os olhos azuis. Distraído ele sorri, sem escutar o que ela dizia.

- E então? – ela termina o fitando.

- Hum? – responde desconcertado – Desculpe, eu não ouvi!

- Eu falei que conheço um bar trouxa muito legal. E perguntei, se você não queria tomar um vinho comigo. – ela repete demonstrando casualidade.

- Ahh! – ele balança a cabeça, engolindo em seco e fazendo uma nota mental – Não esquecer de esganar o Almofadinhas.

- O que diz?- o olha ansiosa.

- Você não acha que vamos chegar muito tarde? – ele tenta

- Bem, nós estamos liberados por hoje da ordem, - enfatiza o nós - e amanhã eu estou de folga no ministério....- fala desafiadora - E ai, vamos?

- Tudo bem, ...se é assim, vamos lá. – responde vacilante.

Eles chegam ao bar, se sentam em uma das mesinhas, pedem uma garrafa de vinho e conversam durante algum tempo. À medida que bebem, Remo fica mais descontraído, mais relaxado.

Havia uma pequena pista de danças, que era utilizada a medida em que as pessoas escolhiam músicas em uma jukebox. Tonks vai até a máquina e escolhe habilmente uma delas, dando a perceber que realmente freqüentava o lugar.

- Escolhi uma música bem legal. É de uma banda trouxa não muito conhecida.
Gostaria que você ouvisse. – fala enigmática enquanto se senta.

Continuaram conversando até que começa a tocar uma música romântica...

- Ah, minha música! – ela diz eufórica – Vem dançar? – ela se levanta já o segurando pela mão.

- Dançar?- ele franze a testa – Não...- se esquiva, maneando negativamente a cabeça, de um jeito nervoso.

- Ah, deixa disso! – insiste dando a volta na mesa e falando ao seu ouvido – Só essa...

Ele não resiste.
Ela o leva pelas duas mãos para a pista de dança. Ele envolve com uma mão sua cintura e espalma a outra no meio de suas costas. Tonks o enlaça pelo pescoço, aninhando o rosto na curva de seu pescoço. Remo se deixa levar pela balada romântica, ouvindo sua letra sugestiva.



Saying I love you
Dizendo eu te amo...

Is not the words I want to hear from you
Não são as palavras que eu quero ouvir de você

It's not that I want you
Não é o que eu quero

Not to say, but if you only knew
Não diga, mas se você só soubesse

How easy it would be to show me how you feel
Como poderia ser fácil me mostrar o que você sente

More than words is all you have to do to make it real…
Mais do que palavras é tudo o que você tem que fazer para tornar isso real

Then you wouldn't have to say that you love me
Então, você não precisaria dizer que me ama

Cause, I´d already know...
Porque, eu já saberia...



A música romântica estimula vários outros casais a se dirigem à pista mal iluminada. Ele sente o perfume gostoso dos cabelos da moça e toca seu nariz no ouvido dela, inspirando profundamente, tentando captar cada vez mais seu odor. Ele a sente respirar com dificuldade e se diverte com isso. Sem perceber, começa trilhar, com seu hálito morno e úmido, o espaço entre sua orelha e seu ombro, passando gentilmente a pele áspera de seu queixo no pescoço delicado dela. Ela solta um gemido baixinho, o que ele interpreta como incentivo. Ele sente a pele de sua cintura, que transparecia entre a blusa curta e o cós da calça jeans, e a sente arfar novamente com o contato. Remo avança a mão pela pele macia de suas costas, a acariciando lentamente.




More than words
Mais do que palavras

Now that I've tried to talk to you and make you understand
Eu venho tentando conversar com você, e te fazer entender

All you have to do is close your eyes
Tudo o que tem que fazer é fechar os olhos

And just reach out your hands and touch me
E estender as suas mãos para me tocar

Hold me close don't ever let me go
Me abrace e não me deixe partir

More than words is all I ever needed you to show…
Mais do que palavras é tudo o que eu sempre precisei que você mostrasse...



Tonks joga a cabeça para trás e ele roça os lábios em seu pescoço a ouvido gemer. Lupin para e sorri apreciando, por alguns segundos, a visão dela relaxada, de olhos fechados, mordendo sensualmente o lábio inferior. Ela, percebendo a interrupção das caricias, o olha nos olhos e sorri ao ver a expressão maliciosa dele. Molha os lábios com aponta da língua e mordisca o inferior, ainda o olhando nos olhos, ansiosa com o que viria a seguir. Remo, ainda a mantendo junto a si pela cintura, passa o polegar da outra mão pelos lábios úmidos e entreabertos da moça. Ela pisca demoradamente com o toque, voltando a olhá-lo nos olhos em seguida. Remo passa a mão em seu pescoço massageando delicadamente sua nuca e a trazendo para si, colando os lábios nos dela. Ele os roça nos dela como uma caricia antes de tomá-los, primeiro o inferior, depois o superior como que provando o gosto dela.

- Remo... – ela murmura passando a ponta da língua nos lábios dele, pedindo que ele acabe com a deliciosa tortura.

E ele a beija, ternamente, sem pressa... Introduz a língua na abertura entre os lábios e espera, como um pedido de permissão mudo. Ela os entreabre ainda mais e ele a invade... tomando sua boca com urgência, explorando-a, massageando a língua com a sua. Beijam como se fosse a coisa mais certa do mundo. Um beijo a muito ansiado... forte... seguro... apaixonado...



***



Lupin quase pode sentir o calor do corpo dela próximo ao seu. Abre os olhos como se pudesse vê-la em sua frente naquele momento, para em seguida apertá-los com força, abaixando o rosto, tentando reter um pouco sentimento gostoso dentro de si. Experimenta o gosto salgado da fina lágrima que escorrera de seus olhos.
Angustiado, se levanta e vai até umas das janelas que dão para o lago. Nele se via refletida a lua minguante, a lua que norteava sua vida. Não! Quem norteava sua vida era ela. Sua Dora.

- Sua Dora!? Você está maluco Remo? – seu subconsciente o alerta – Ela não é mais sua... e por sua própria vontade.

- Não por minha vontade! – dialoga com si mesmo – Por minha vontade, eu a teria para sempre.

- Convenhamos Lupin, você a abandonou – em sua mente, ele ouve uma voz muito parecida a de Sírius.

- Tenho meus motivos. Ela não merece viver o que eu vivo. Essa vida pela metade. – ele suspira sentindo pena de si mesmo.

- Seu idiota, ela te escolheu. Não vê que ela está a um ano vivendo pela metade, e por sua culpa. – seu subconsciente grita.

- É pela segurança dela. – argumenta resoluto – Ela é minha responsabilidade. Eu devo isso a Sírius.

- É uma boa lembrança... Você prometeu... – a voz fala serena, como o tivesse fisgado – E você lembra qual foi a promessa?

- Protegê-la!– pensa soerguendo o corpo, vislumbrando o horizonte - De mim se fosse preciso.

- Não... A promessa não foi essa. – a voz em sua cabeça caçoa com vontade – Você prometeu a seu melhor amigo... a ultima coisa que ele lhe pediu... Foi FAZÊ-LA FELIZ. Entendeu seu imbecil! Fe-li-ci-da-de. Essa foi sua promessa...

Remo bota as mãos sobre as orelhas, inutilmente, tentando não escutar o que sua consciência dizia.

- ...E você não a está cumprindo neste momento, não é? – a voz cantarola as palavras sarcasticamente – E essa é a sua responsabilidade – enfatiza o essa – Como você gosta tanto de repetir. – fala jocosa.

- Você está bem Remo? – Madame Pomfrey pergunta o tocando no ombro – Volte a se deitar, vai se sentir melhor. – ela fala preocupada, indicando a cama.

- Obrigada,...e...eu estou bem – diz num murmúrio, e a senhora volta a seus afazeres.

Ele vira sua face a janela, continuando a apreciar a paisagem. Uma suave brisa entra tocando seu rosto. Tentando por em ordem seus pensamentos, ele aspira profundamente o ar da noite. Um suave aroma impregna suas narinas e ele a sente, próxima a si. Tão próxima como se pudesse tocá-la...




***



Uma noite fria e chuvosa de um inverno rigoroso.
Remo lê deitado confortavelmente em seu sofá, envolto em uma manta xadrez, de fronte a lareira. Ouve batidas na porta e se levanta, preguiçoso, para atender.

- Quem pode ser uma hora dessas?- reclama para si

Abre e vê uma Tonks, com os cabelos rosa chiclete colados ao rosto e o sobretudo pingando no chão encerado... A moça tilintando de frio.

- Tonks!? – o homem a puxa para dentro, retirando seu sobretudo e a cobrindo com o cobertor. – Você está ensopada.

A moça o abraça e ele sente a temperatura dela, invadir seu corpo morno, até os ossos.
Lupin, a senta no sofá e segue para o banheiro, ligando a água quente e colocando espuma de banho generosamente na banheira. Experimenta a temperatura da água e volta para a sala.

- De onde você vem? – ele se senta esfregando os braços dela.

- Do ministério! – fala com dificuldade ainda tremendo – Aparatei naquele beco no final do quarteirão.

- Ah garota, você é maluca! – e a abraça tentando aquecê-la.

Alguns minutos depois, a leva até o banheiro. Tonks lhe entrega o cobertor e começa a se despir, de costas para ele. Tira a camisa, mostrando as costas nuas e abre o botão, se preparando para tirar o jeans, quando percebe que ele ainda estava ali. Olha para trás com um sorrisinho malicioso. Ele que, despretensiosamente admirava o belo corpo da moça, percebe a indelicadeza e, muito encabulado, sai fechando a porta.

- Vou trazer um conhaque para você. – a voz abafada, já fora do aposento.

Remo vai a cozinha esquenta a bebida e volta batendo na porta. Com o consentimento dela, coloca meio corpo para dentro, estendendo o copo e olhando dramaticamente para o lado oposto á banheira.

Ela ri alto, o fazendo rir também.

- Pode olhar seu bobo, tem bastante espuma por aqui.

Remo se senta na beirada da banheira, lhe entregando o cálice aquecido. A garota sorve o liquido, sentindo-se aquecer internamente.

- Está se sentindo melhor agora? – pergunta

- Muito... – ela sorri imergindo um pouco mais o corpo n’água.

Ele se espanta com a sensação de pesar, um tanto quanto adolescente, que sente ao não mais poder ver a curva de seus seios sob a nuvem de espuma. Levanta-se, tentando disfarçar o rubor da face, pegando duas toalhas brancas e deixando sobre o banquinho próximo a ela.

- Vou deixar umas roupas para você no quarto. – usa como pretexto para sair do banheiro, por que, vê-la de olhos fechados, com a expressão de prazer que demonstrava, relaxando sob a água morna, o estava provocando pensamentos nada inocentes.
Ele separa a roupa, sem conseguir deixar de pensar, que ela estava, completamente nua, deitada em sua banheira.

- Contenha-se Remo. – diz para si mesmo, passando pelo banheiro em direção à cozinha, se esforçando para não dar uma espiadinha.
Decide cozinhar algo quente para comerem, e opta por um creme de queijo, uma especialidade sua. Quando tem quase tudo pronto e lava a louça que sujara, sente duas mãos mornas envolverem seu tórax por baixo da camisa de malha. Apesar do toque quente, sente um tremor involuntário com a sensação prazerosa. Vira-se, a admirando dentro de seu abrigo de flanela muito maior que ela.

- Muito aconchegante, sua casa. – aninha o rosto no peito dele.

- Obrigado. – e se lembra de perguntar – O que você veio fazer aqui numa noite dessas?

- Vim fazer uma surpresa! Não gostou? – ela faz um beicinho

- Claro que gostei! – a abraça com mais intensidade – Fiz um creme de queijo para gente. Está com fome?

- Morrendo... – ela esfrega as mãos, marota.

Eles se sentam na mesinha da cozinha e saboreiam a sopa, acompanhada de vinho e torradas feitas em casa.

A chuva continua a cair, incessante. De tempos em tempos se vê um clarão seguido por um estrondo. O tempo não parecia melhorar tão cedo.

Após o jantar se aconchegam no sofá. Beijos suaves, carícias inocentes, vão se intensificando e, de repente, Lupin se vê sem camisa, deitado com o tronco sobre ela, no tapete em frente a lareira. Beijos apaixonados,... mãos ousadas,... carícias intimas...

Ele se senta, ofegante. Alisa os cabelos tentando por os pensamentos em ordem.

- O que foi? – pergunta lânguida, se divertindo com a evidente retomada de consciência dele.

- Você... me descontrola... – fala sem se virar, a respiração entrecortada.

Ela passa os dedos levemente seguindo sua coluna até o pescoço. Remo arqueia as costas e sente o ritmo de sua respiração aumentar levemente.

- Não me provoca, menina. – pede, respirando fundo, tentando em vão, controlar a excitação. – Para, ou não repondo por mim!

A moça continua a provocação, trilhando o caminho inverso com as unhas.

- Chega! – ele se vira segurando seu pulso, a puxando para sentar-se também. – Está na hora de você ir pra casa!

Outro clarão ilumina o rosto levado da jovem e logo o som do trovão enche o ambiente.

- Vai me deixar sair com essa chuva? – fala baixinho buscando proteção no peito nu do rapaz.

- Aparata no seu apartamento. – tenta resolver o problema.

- Você acha que eu não ponho um feitiço anti-aparatação?- finge indignação.

Ficam em silencio por alguns minutos até que ele murmura, como que para si próprio.

- O que eu vou fazer com você? – a olha nos olhos, ainda em seus braços.

- Me deixa passar a noite com você? – acaricia uma cicatriz em seu rosto, o fazendo fechar os olhos com o contato.

- Você sabe o que isso quer dizer, menina?- fala rouco, a fitando profundamente.

- Você, realmente, acha que eu sou uma menina? – pergunta eloqüentemente.

- Eu... não... – fica desconsertado com a sinceridade do olhar dela.

- Você não se sente atraído por mim?- continua sem dar importância ao desconforto dele. – Não gostaria de me ter essa noite?

- Claro que eu me sinto atraído por você... – se surpreende com o seu modo direto de falar. – O que eu mais queria era te ter essa noite, mas... – vira o rosto para o outro lado, fugindo do olhar dela.

- Mas o que?- ela puxa seu rosto tentando encará-lo – Qual o problema?

- Isso não é certo... – a distancia delicadamente – Eu ficar com você, não é certo,...

Ainda sem encará-la, se levanta, parando em frente à janela, vislumbrando a tempestade. Ela o segue, abraçando suas costas. Ele se vira retribuindo o abraço com carinho, apoiando o rosto em seu pescoço.

- Ter você assim não é certo... – ele aspira o perfume de seus cabelos, sentindo que isso minava o restante de certeza que ainda tinha – Seu cheiro me intoxica, não me deixa pensar...

- Não pensa,... só me sente... – ela sussurra em seu ouvido, sentindo-o inspirar fundo e beijar seu ombro docemente.

- Eu não deveria sequer tocar em você... – divaga tentando se explicar - Não é justo te ter para mim...

- O que não é justo, é depois dessas semanas juntos, essa ser a noite em que nós fomos mais longe... – acaricia seu tórax. – E você querer tirar isso de mim, me mandando para casa... – sussurra em seu ouvido - Fica comigo...

Remo estremece, e como se as ultimas palavras estivessem rompido o resquício de sensatez que o dominava, é tomado por uma ferocidade súbita. Beija sua boca com volúpia, colando o corpo ao dela. Tonks retribuí à altura, segurando sua nuca aprofundando o beijo. Ele passeia as mãos pelo corpo macio da jovem, parando em seus seios, e, incomodado com o empecilho do tecido, puxa a camisa de flanela por sua cabeça a jogando no outro canto da sala. Ela levanta os braços o ajudando no movimento. Lupin contempla os seios nus tocando os mamilos com as pontas dos dedos.

- Linda... – sussurra, beijando a curva de seu pescoço descendo vagarosamente, até os seios e os suga, lambe, mordisca a fazendo gemer. Desce a mão por seu ventre, cruza o cós da calça encontrando o elástico da calcinha, o segue até as costas e desliza apalpando suas nádegas possessivamente. Ele a puxa, roçando-a em si, fazendo-a sentir sua excitação.

- É desse jeito que eu me sinto atraído por você! – a olha, seus olhos refletindo todo o desejo que sentia.

Sustentando seu olhar ela desce a mão, entre eles, o acariciando levemente sobre o moletom. Ele revira os olhos, gemendo de prazer. Beijam-se apaixonadamente. Remo a leva para a manta estendida sobre tapete. Puxa sua calça com violência, a deixando somente com a calcinha branca.

- Você é linda, menina! Minha menina... – fala admirando o corpo da jovem. Os seios alvos, pequenos, rijos, com os mamilos rosados intumescidos pela excitação. O ventre liso, a cintura fina, os quadris marcados pela renda da roupa intima... Ele sobe os olhos para seu rosto levemente ruborizado, pelo olhar lascivo dele. – Me mostra como você é! – a voz rouca praticamente ordenando que o obedecesse.
Como uma boa menina, ela fecha os olhos, franzindo a testa como se concentrasse por alguns segundos e seus cabelos tomam uma coloração castanha e crescem, ondulados, se espalhando pelo tapete abaixo de si. Ergue as pálpebras mostrando os olhos castanhos, o fitando, ansiosa por sua aprovação.

- Minha linda...

Ele brinca com uma mecha castanha entre os dedos, toca seu rosto suavemente, roça seus cílios, o nariz..., a boca..., a observando apaixonado.

- Remo... – ela murmura de olhos fechados, como que para se certificar que aquilo estava realmente acontecendo.

- Tonks... – responde sorrindo, continuando o caminho de carícias, descendo pelo pescoço, colo e brincando com seus seios – Sabe, isso não é justo! – fala com voz calma passando o indicador um mamilo.

- Não pensa mais nisso. – ela pede com voz chorosa.

- Não é justo você me chamar de Remo e eu ter que te chamar pelo sobrenome. – continua calmamente, descendo a mão por sua barriga, rodeando o pequeno umbigo.

Ela suspira entre o alivio e o prazer.

- A partir de agora, vou te chamar de Dora... – sorri ao vê-la arrepiar-se quando toca a pele ao redor da calcinha – E você vai gostar, não vai? – e desce mais a mão, a tocando sobre a renda e sorrindo maliciosamente.

Dora sente seu corpo arder. Remo intensifica o movimento, a ouvindo ronronar. Ele ultrapassa o tecido e toca sua pele úmida. Ela afasta as pernas, abrindo caminho para as carícias. Sem perda de tempo, ele desliza a mão profundamente, arrancando uma exclamação mais alta dela.

- Remo... – a moça o puxa, procurando seus lábios.

Lupin a beija apaixonadamente, a provocando, hora lenta e suavemente, hora rápida e profundamente. Ela transpassa a calça de moletom brincando da mesma maneira.

- Dora... Dora... – ele repete incessantemente em seu ouvido, beijando-a no pescoço, descendo pelo colo e se apoderando de seus seios, os sugando avidamente.

Continuam nesta tortura sensual por algum tempo, até que ela diz, com voz sôfrega.

- Agora Remo, agora...

Ele se posiciona sobre ela, a olhando ardorosamente, e a penetra com suavidade. E pode ver quando ela gira as orbes, fechando-as em seguida, em puro deleite. Sorri satisfeito intensificando o movimento a fazendo murmurar palavras desconexas. Continua observando suas expressões, cada vez mais instigantes, a possuindo sem pressa. Ele a sente arquear o corpo, tentando aumentar a sensação. Remo rola, puxando-a sobre si, deixando-a mover-se livremente. Tonks se susta por um momento, mas logo entende ao ver o olhar em brasa dele e sentir seus dedos percorrerem seu corpo e massagearem com força os pequenos seios. Ela leva as mãos aos cabelos, elevando-os para cima de sua cabeça, subindo e descendo sobre ele.

Extasiado, era a palavra certa para como ele se sentia. Ela era realmente uma mulher..., uma mulher magnífica. Remo agarra suas ancas, a puxando vigorosamente, aprofundando a penetração. Tonks não se abate, remexe os quadris lentamente, fazendo-o mudar de idéia, soltando-a e se deixando levar pelo gingado do corpo da moça. Ele geme longamente, os olhos só agora fechados, se permitindo ser guiado no ritmo dela. Tonks se apóia no tórax do rapaz acelerando, o instigando a mais. Remo a abraça, e novamente rola sobre ela, reassumindo o comando. Levanta um joelho, a fazendo passar uma perna por sua cintura. Intensifica o movimento mais... mais... e mais, até seus corpos incendiarem de prazer.


Os primeiros raios de sol entram pela janela, despertando Lupin. Ele observa a moça que dormia aninhada em seus braços. Beija seu rosto, o ombro claro e acaricia suas costas acordando-a.

- Bom dia! – diz com um sorriso, afagando seus cabelos.

- Bom dia! – ela responde espreguiçando manhosamente como uma gata.

- Obrigado. – fala simplesmente

- Pelo que? – a jovem franze as sobrancelhas

- Por... esse presente maravilhoso!

- Que generosidade a minha. – fala sarcástica.

Ele fica encabulado, passando a mão pelo rosto e cabelos, enquanto ela o olha suprimindo uma risada. Tonks não agüenta e ri gostosamente o fazendo rir também.

- Você sabe o que eu quero dizer. – fala ainda desconsertado.

- Eu sei... – ela responde o abraçando e procurando seus lábios para um beijo.





N/A: Não,... Não é mera coincidência. Essa ultima cena, eu tirei do filme O Jardineiro Fiel. O vi há pouco tempo, e lembrei imediatamente do Prof. Lupin, na minha opinião é algo que ele certamente diria.

O próximo capitulo é o ultimo, o desfecho tchan, tchan, tchan, tchan

Por favor deixem comentários, preciso deles como de ar para viver.

Agradecimentos finais:

Mari =* Evans (L)³ Potter – Você foi a primeira!!! Obrigada pelo comentário e pelo incentivo. Tá ai o segundo espero que goste.


Mary Williams – Obrigada maninha, por passar aqui, deixar o recadinho e pela grande ajuda. Sem você esse capítulo não teria saído. Desculpe pelas ligações desesperadas, as altas horas da noite. RSRSRS



André Luiz Potter – Obrigadinha por deixar um comentário, André. Ainda não tive tempo de passar para ler a sua, mas não esqueci, logo logo passarei por lá.



lila black – Hummmm ( autora se sentindo) muito obrigada pelo perfeita. RSRSRS Tá ai o segundo.


Beijos também a todos aqueles que leram, gostaram e por qualquer motivo não comentaram. Espero que se animem a comentar da próxima vez.

Beijocas

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