Parte I



Uma doce reconciliação>/b>
por Bruna Malfoy



Parte I





Tonks está apaixonada e não entende como Merlim, coloca na vida dela um homem tão maravilhoso e o tira com um simples agitar de varinha. Como Remus não entende o fato dela não se importar que ele seja um licantropo? Até parece que o fato dela se metaformosear, não fosse para alguns um motivo de preconceito!
A felicidade pode escapar dos seus olhos num piscar de olhos! Após chorar e chorar e chorar… e até os seus poderes de metamorfomaga se esvaírem, ela decide seguir sua vida com alguém que a aceitasse como ela era. Jovem e saudável e cheia de vida. E após essa decisão sua vida voltou a ser o que era antes. Não que ela não tenha deixado de amá-lo ou que o tenha esquecido, mas sua força de vontade era maior de que sempre fora. Frustração. Medo. Mágoa. Vê-lo todo dia na Ordem da Fênix não era fácil. Muito menos ver que ele estava abatido tanto quanto ela estava. Mas porque diabos ele não tomava uma atitude? Porque não pedia desculpas á ela e se reconciliavam de vez? "Não Tonks, você não pode pensar nisso, eu estou com alguém agora... Um homem que me quer e que me ama e NÃO! Eu tenho que parar de pensar nele e pronto!”.








OoO








Cheguei em casa e o encontrei sentado no chão, encostado ao batente da porta me esperando, suas vestes mais amarrotadas que o normal.

- O que faz aqui? - perguntei não conseguindo me livrar do espanto de vê-lo ali.

- Preciso lhe falar é importante…

Achei estranho. Ele não era disso e se quisesse falar comigo era só me mandar uma coruja ou esperar pela próxima reunião da Ordem. Abri a porta e dei espaço para ele entrar, e quando passou por mim senti um leve, mas notável cheiro de álcool. Firewhisky com certeza.

- Tudo bem Remus, mas seja breve, por favor, tenho um assunto pra resolver.

Entrei em casa já tirando o casaco verde e as botas de couro de dragão pelo caminho, até o meu quarto. Só tinha chegado em casa pra tomar um banho e logo sairia de novo. Senti que ele me seguia. Eu não me incomodava de ficar assim na frente dele sabe, perdi essa ‘vergonha’ para com ele há algum tempo. Pra falar a verdade, ainda não tinha me acostumado com a idéia de que não éramos mais um casal. E ficar nua perto dele era uma das coisas que aprendi a ficar do seu lado. Já dentro do quarto eu acendi algumas velas pra amenizar um pouco a penumbra. Só vestia lingerie e procurava por uma calça na gaveta. Não notava seu olhar sobre mim.

- Vi você ontem à noite… - comentou ele, como quem não quer nada.

- É Remus, ontem no jantar da Molly, esqueceu?

- Depois… junto de um homem. Parecia um trouxa.

Havia mágoa na sua voz ou eu estava enganada?

- Não, ele é um bruxo. Você nos viu? Dá próxima vez eu lhe apresento! Sabe, ele é um cara muito legal… músico… um homem incrível e…

- Estão juntos há muito tempo?

- Não… só um tempinho…

Ele ri nervoso e encosta-se na parede me observando, naquela tarefa quase impossível de procurar uma peça de roupa pelo quarto bagunçado.

- Eu não entendo como uma pessoa que se diz apaixonada por alguém consegue sair com outros homens e…

- Estou vivendo minha vida Remus. Independente do que eu disse a você ou não… - e olhando pela primeira vez nos seus olhos eu continuei -… Eu vou aonde me quiserem… e outra, desde quando você ligou para o que eu sinto?

- Eu não a quero junto dele!

- E me quer com quem então? Com você com certeza que não é, certo?

Ele me encarou e vi um certo conflito nos seus olhos. O porque de tudo aquilo eu sequer desconfiava, ou melhor, não queria saber. Olhando nos meus olhos ele repetiu.

- Quero que o largue agora!

Talvez um pouco do meu sangue materno, tenha aflorado naquele instante. Eu ri um sarcasmo, tipicamente digno dos Black.

- Você é muito engraçado Remus… o que te faz pensar que eu o deixaria? A lua cheia está chegando por acaso? Está ficando maluco?

Ele estava bêbado e não estava no meu juízo perfeito. Sei que ele não era de beber, mas a sua atitude estava me deixando com cólera e me fazia dizer coisas, que em sã consciência eu não diria pra ele.

- Acho melhor você ir embora agora, como eu te disse, tenho um compromisso e não posso faltar.

- E esse assunto inadiável por acaso é ele?

Eu o encarei de volta e disse:

- Por acaso, é ele sim!

- VOCÊ NÃO PODE FICAR COM ELE!

- EU FICO COM EU QUIZER, COLOQUE ISSO NA SUA MENTE!

- Eu não estou pedindo Tonks… estou mandando!

- Faça-me o favor… Não me venha com cenas de ciúmes agora…

- Ciúmes?

- Sim! Ciúmes! Eu não consigo classificar isso em outras palavras. E faça o benefício de ir embora porque você está me atrasando!

- Cadê tudo aquilo que você dizia sentir por mim, Tonks?

- Adormeceu! E eu espero que ele durma até morrer de vez!!

Fui até o banheiro e entrei no box lívida de raiva. Quem ele pensava que era pra agir daquela maneira comigo? Não era mais nada meu, nunca se importou comigo e de uma hora pra outra isso? Eu abri a ducha com fúria e gritei:

- E bata a porta quando sair!

Ahhh, mas que ódio! Ele me ignorou todos esses dias, e agora que ele soube que estou com alguém, vem me procurar? De uma vez por todas eu coloquei na cabeça que iria esquecê-lo e estava disposta a tudo por isso! Nada do que ele me falasse, iria fazer-me mudar de idéia. Nada. Ele estava muito enganado se achava que eu iria cair nessa historia de novo.

- Canalha!

- Nojento!

- Insensível!

- Filho da mãe!

Eu estava tão motivada a xingá-lo que não notei que a porta do banheiro abriu e que uma sombra se movia pelo aposento. Eu havia encostado a cabeça na parede, sentindo a água satisfatoriamente quente atingir minha nuca me acalmando. Relaxando. Ouvi o vidro do box abrindo e uma mão me segurando o braço, virando-me de frente.

- Mas que merda é essa? – disse assustada.

- Eu não quero você com mais ninguém entendeu?

- Está escrito na minha testa: propriedade privada de Remus John Lupin, por acaso? Eu não sou sua! Poupe-me das suas idéias malucas Remus, eu já te disse uma vez não vou repetir!

- Será que você não entende?

- Não, eu não enten...

Afinal, eu nunca escutei o que eu não entendia. Sua boca colou na minha de um jeito selvagem e urgente e eu me vi experimentando várias sensações que só ele me fazia sentir.

Como seu beijo poderia me causar tantas sensações assim? Era choque. Era desejo. Era carinho. Era necessidade.

Ele me encurralou na parede não dando espaço para fugir. Mas até parece que eu queria fugir! Parecia que tinha entrado num estado de torpor induzido por ele. Eu não tinha jurado esquece-lo? Não era real tudo aquilo. Era um pesadelo.

Meu corpo tinha entrado numa espécie de transe e com muito esforço eu reuni forças para empurrá-lo para longe de mim…
Ofegando eu sai do box me enrolando numa toalha sendo seguida por ele que desligou o chuveiro e veio atrás de mim.

- Vai embora.... por favor…

Senti mais raiva ainda pela minha voz ter soado tão fraca. Chegando perto de mim, ele sussurrou no meu ouvido:

- Quer mesmo que eu vá?

Senti mais fúria ainda quando meu corpo tremeu com sua aproximação, ele estava perto demais. Próximo demais. Meu coração deu vários pulos quando ele se aproximou outra vez. Boca com boca. Peito com peito. Testa contra testa. Nariz com nariz…

Senti uma de suas mãos quentes repousar na minha cintura, enquanto a outra arrancava a toalha do meu corpo. Ele sabia que seu olhar tinha um poder incrível sobre mim. Havia me esquecido de tudo o que tinha afirmado para ele há minutos atrás. E lá estava eu totalmente rendida. Nua em seus braços. A presa e o predador. A caça e o caçador. A camaleoa e o lobo. A raposa e o cordeiro.

Senti sua respiração abafada contra meu pescoço e não pude resistir. Nossas bocas se encontraram com vontade e eu literalmente me atirei nos seus braços, envolvendo-o pelo pescoço, querendo matar a saudade que me consumia um beijo tão sublime… Tão perfeito.

Largando minha boca ele passou a se aventurar no meu pescoço. Aquilo me dava choque… sim, causava eletricidade. Podia até sentir meu cabelo mudando de rosa para lilás e depois para verde e azul e voltando a ser rosa novamente.

Mordi o lábio, tentando inutilmente conter um gemido e baixei os olhos para seu corpo. As roupas colavam-se a ele, mostrando seu corpo magro e marcado, o deixando extremamente sexy.

Devagar eu deslizei minhas mãos por debaixo da camisa, acariciando seu tórax. Acariciei de leve uma cicatriz um pouco mais profunda e ouvi-o gemer, seu tórax se contraindo levemente, como se o choque que ele me causava também lhe ocorria pelo corpo lhe proporcionando prazer…

- Não Nym… você não pode… ir com ele… não… não seja dele…

- Eu não vou… não sou dele… sou sua… sempre… somente sua…

Como para concretizar o que eu tinha falado eu segurei sua camisa abrindo-a com força, fazendo os botões voarem pelo quarto. Colei-me a ele, sentindo seu peito alvo mesmo molhado me aquecer. Livramos de suas roupas, que nos impediam de continuar. Ele me ergue pela cintura me prendendo no seu colo e me leva até a cama.

A rua já não tinha mais carros trafegando… os cachorros já não latiam mais… as pessoas não conversavam… o único som do ambiente era a nossa respiração. Abafada, quente, sufocada e rápida.

Ele me mordeu o pescoço como para me marcar. Disso eu pude ter certeza. Aproveitei essa ‘brincadeira’ e apertei sua carne com força, rindo logo em seguida do gemido que ele soltou.

Naquela hora, naquele momento, eu vi que não adiantaria tentar me ver livre dele. Como a mordida no pescoço, aquilo era um selo. Uma marca. Uma tatuagem. Uma cicatriz. Eu era dele. E ele era meu. Por mais que eu tentasse esquecê-lo. Meu corpo só respondia aos seus comandos e de mais ninguém. Dele e somente dele. Sua para toda a eternidade, por toda a era Lunar. Mesmo que eu me aventurasse com outros homens eu sabia e tive certeza naquele instante, que ele era o único que iria me proporcionar tudo isso.

Tudo isso que eu estava sentindo agora. Naquele momento que eu senti a mordida no pescoço. Naquele instante que ele desferia beijos ao longo do meu corpo. Busto. Seios. Barriga. Ahhhh… eu estava delirando! Mas eu também não fiquei atrás. Beijei aquele corpo que sempre desejei e senti falta. Braços. Tórax. Pescoço. Aquele cantinho atrás da orelha. Minhas mãos percorriam as pernas, coxas, e bunda. Merlim, o gosto dele era maravilhoso!

Apertões ali. Chupadas aqui. Entrava em êxtase quando ouvia seus gemidos. Aproveitei que ele deslizava as mãos pelas minhas pernas e mexi levemente a coxa, sentindo sua ereção. Rindo comigo mesma, levantei as pernas abraçando sua cintura. Eu o queria dentro de mim… até com certa urgência… Precisava. Necessitava.

Ele olhou nos meus olhos, sentindo que eu dava a resposta para sua dúvida e abracei-o mais forte quando o senti dentro de mim. Soltei um gemido de prazer e afundei meu rosto no castanho dos seus cabelos, aspirando seu perfume que tanto me entorpecia. Que tanto me embriagava. Enlouquecia. Anestesiava… o ritmo aumentou devagar e foi ficando cada vez mais rápido…

Era indescritível senti-lo dentro de mim.

Senti sua semente me invadir as pernas e pouco depois eu também fazia o mesmo. Nos envolvendo agora de uma maneira meio que definitiva, concreta. Eu estava estupidamente feliz e ainda sentia beijos leves pelos meus seios e abaixo do queixo. De um modo divertido, lambi sua orelha fazendo-o ofegar. Dormimos abraçados com nossas pernas entrelaçadas aspirando cada um o seu perfume.





continua…

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.