Cap único



De tirar o fôlego



Você acredita em destino? Eu não acreditava, quer dizer, às vezes ainda acho que não acredito. Tudo que o envolve é muito injusto. Se já está tudo predestinado... Então quer dizer que você não manda na sua própria vida.
Mas do mesmo jeito que acho que não acredito no destino, também não acredito no acaso. Pois acredito que as coisas se realizam por que tem que se realizar. Por isso eu defendo a tese de que eu acredito no destino, mas que me nego a acreditar que eu não tenha escolha de como será o meu futuro! Isso é tudo muito confuso... Acreditem, até pra mim é!

Então, só pra concluir, acredito que tudo acontece por que deve acontecer, mas cabe a você decidir se quer continuar com isso ou não.
E realmente na minha vida aconteceram coisas que me deixaram muito confusa e principalmente triste. Eu preciso desabafar com alguém! Acho que vou contar minha história para você.

Mas por onde começar? Bem... Meu nome é Hermione Granger e tenho 23 anos. Meus pais moram na Londres trouxa, e eu ainda na antiga sede da Ordem da Fênix, umas das únicas pessoas que ainda a habitam, após o termino da guerra. Adoro ler, e caminhar no fim da tarde. Minha cor preferida é vermelho... E se você quiser me dar flores opte pelas que nascem no começo do outono.

Quando eu era criança sonhava com um príncipe encantado como toda garota. Ele chegaria e no fim seriamos felizes para sempre... Doce ilusão!
Apesar de muitas brigas, no fim do meu quarto ano convenci-me de que estava apaixonada pelo Rony. E eu, a “cdf-Granger”, sonhei com ele por muito tempo. Mas depois de muitas lágrimas desperdiçadas no meu travesseiro cheguei a conclusão que Rony seria apenas um amigo. Um grande amigo.

E após isso minha vida melhorou muito. Só que depois das lágrimas por Rony, ninguém mais conseguiu entrar no meu coração. Não que eu não quisesse e eles também. Mas meus relacionamentos não duravam muito. E pode acreditar... Eu acabava virando amiga dos meus namorados. Só amiga.

No quarto ano, tive um curto namoro com o Vítor. Ele era um rapaz esplêndido, mas agente decididamente não combinava. Depois, no fim do meu quinto ano tentei começar um namoro com o Justino. Ele era até legal, sabe? Mas eu não me submeto a homem algum. E como ele queria ser meu dono, com ciúmes do Harry e do Rony, tive que acabar com o namoro, que até hoje nem sei se foi um namoro mesmo.
Ridículo! Tenha dó, não é? Depois que terminamos, ele caiu nos braços de “umazinha” lá. Tadinho...

Acho que foi pura perda de tempo com ele. Pelo menos ele era bonitinho e sabia beijar bem. Depois dele, vieram outros. Não muitos, porque eu não sou de sair por ai “pegando” qualquer um. “Pegando”, que termo horrível...

Bom... Agora me encontro casada. E vocês devem se perguntar quem foi o maluco que se casou comigo! Vocês já irão saber. Tenham calma. Eu disse que iria contar minha história pra vocês, por isso vou começar bem do começo, desde a primeira vez que nos conhecemos. Isso aconteceu há poucos anos atrás...




_Achei que você viria ajudar seu amigo. - A voz dava a impressão de que havia muito ele perdera o habito de usá-la. - Seu pai teria feito o mesmo por mim. Foi muita coragem não correr atrás de um professor. Fico agradecido... Vai tornar as coisas muito mais fáceis...

A referência sarcástica ao seu pai ecoou nos ouvidos de Harry como se Black a tivesse gritado. Um ódio escaldante explodiu em seu peito, não deixando lugar para o medo. Pela primeira vez ele desejou ter as varinhas na mão, não para se defender, mas para atacar, para matar! Sem saber o que estava fazendo, começou a avançar, mas percebeu um movimento repentino de cada lado de seu corpo e dois pares de mão o puxaram e o mantiveram parado.

_Não, Harry! - exclamou Hermione num sussurro petrificado...


E eu nem imaginava que, involuntariamente, estava salvando a vida do meu amor. Mas ai foi apenas um encontro, digamos, “casual”. Agente ia demorar pra acontecer ainda.


A plataforma de desembarque do expresso de Hogwarts estava sombria e silenciosa. Os alunos desembarcavam do trem com expressões de medo e tristeza. Não podiamos acreditar que isso estava acontecendo... Em meados outubro estavamos voltando para nossas casa, sem ao menos concluir dois meses de meu sétimo ano.

Após sucessivos ataques de comensais a Hogwarts, ela não era considerada mais segura para os alunos que a habitavam. E a morte de um Lufa-lufa, foi o fator culminante para que fosse fechada. E agora todos voltavam pra suas casas cabisbaixos, pois não saberiam mais quando voltariam a estudar... Talvez só quando a guerra se finalizasse. E tratando-se de guerras, nunca sabemos ao certo sua duração...

******************************

Eu viveria na sede da ordem da fênix, juntamente com todos os Weasley, Harry e Sirius. E, assim como os outros, estava triste com o acontecido... Alem de perder Dumbledore recentemente, não poderia voltar a um dos lugares onde havia sido mais feliz durante toda a minha vida. Cheguei à sala da ordem, onde estavam todos reunidos e sentei-me num sofá perto de Gina.

Passei os olhos pelas pessoas que estavam ali. Todas com seus corações partidos, como se houvessem perdido uma parte de si mesmo. Via o sofrimento de Harry estampado em seu rosto, sentiu uma profunda tristeza ao pensar que de todos os que estavam ali, Harry era o que menos merecia sofrer.

Continuei olhando e deparei-me com o olhar de Sirius. Tão profundo e verdadeiro e ao mesmo tempo tão triste e carente. Um arrepio passou por mim ao pensar nisso. Sirius, mesmo que não estudasse mais em Hogwarts há algum tempo, também sentia dor, talvez pelo simples fato de nos ver sofrer. E eu considerava Dumbledore o homem que mais admirava e com certeza a pessoa que levaria o segundo lugar seria Sirius. Pela sua fibra e força de vontade. Não sabia como o mesmo tinha conseguido sobreviver tanto tempo em Azkaban. Se fosse eu, com certeza não duraria muito.

Mas sentia, alem de toda a tristeza que me tentava dominar, orgulho, por ter tido a oportunidade de conhecer pessoas como Dumbledore e Siruis e então por esse pensamento eu sorri. Meu sorriso, no momento, foi visto com alegria por Sirius, pois ele sabia que de todas as pessoas que estivessem ali, eu seria a mais forte e retribuiu o meu sorriso. E mais uma vez, um estranho arrepio perpassou pelo meu corpo...



O primeiro sorriso dele... Talvez naquele momento, não sei, ele começou a me conquistar...



Os dias no lago Grimmauld demoraram a passar, mas logo todos já estavam menos tristes. O nosso ingresso como membros da ordem da fênix, deu-nos uma nova esperança de continuar vivendo, continuar lutando... Para alcançar um mundo em que pessoas como Dumbledore não fossem assassinadas.

Eu podia ver claramente nos olhos de cada um esse desejo de luta e com isso, os dias na sede deixaram de ser sombrios e passaram a ser mais animados. Sempre que tínhamos a oportunidade, fazíamos uma pequena comemoração de cada batalha vencida, de cada comensal morto. Podia ver nos olhos de Harry e Sirius uma esperança de um mundo melhor, em que podiam enfim se tornar livres...

Em falar em Sirius, aconteceu uma coisa estranha na nossa ultima comemoração... Estávamos um pouco bêbados e ele me chamou para dançar no meio do salão em que ocorria a “festa”. Dançamos um pouco, até que ele deu um pequeno beijo no meu pescoço, imperceptível para os outros, mas pra mim, um choque... Não consegui me afastar dele, começando a pensar que era o efeito da bebida. Então o levei até seu quarto e antes de cair num sono profundo ele disse que eu estava linda...Até agora não entendi.

Já estamos na ordem há quase um mês, eu divido um quarto com Gina e esta neste momento encontrava-se dormindo. Eu, como em todas as noites aqui vividas, não conseguia dormir logo. Virava-me na cama durante um longo tempo. E nesta noite estava particularmente difícil pegar no sono. Levantei-me da cama com o intuito de ir à cozinha, talvez tomasse um leite quente.

Cheguei à cozinha o mais silenciosamente possível. Não queria incomodar a Senhora Weasley que dormia ali perto. Abri o armário e de lá tirei uma garrafa de leite. Com um leve aceno na varinha, o esquentei. Até que a janela que geralmente encontrava-se aberta durante a noite chamou minha atenção.

Era uma das mais belas noites que já havia visto em toda a minha vida. A lua cheia iluminava todo o céu com a sua estonteante beleza, e as estrelas apenas davam o ar de sua graça. Entretanto um pequeno barulho me tirou de meus devaneios.

_Quem está ai? - perguntei, pouco temerosa, impondo minha varinha.

E então eu o vi... Sirius saiu das sombras da cozinha e dirigiu-se a mim. Abaixei minha varinha e lhe dediquei um sorriso, o qual foi correspondido. Só então meu olhar decaiu sobre ele. Usava apenas uma calça de pijama. Mais nada. Eu tinha que admitir que ele possuía um belíssimo peitoral.

Seu rosto, apesar de sempre estar com aquela barba mal feita, encontrava-se totalmente iluminado pela luz da lua que invadia a cozinha. E quando este sorriu, posso jurar que soltei um gemido bem baixo. Espero que ele não tenha notado. Só então percebi! “Hermione, você quer parar de ver o padrinho do seu melhor amigo de outro modo?” Eu sempre soube que ele era um homem muito bonito, mas parece que esses dias em que estávamos todos na ordem, ele havia ganhado... Vida! E agora não poderia encontrar outro adjetivo que se enquadrasse tão bem nele quanto esse... Lindo! E lembrei-me logo do beijo no meu pescoço.

Abaixei rapidamente a cabeça. Tais pensamentos me deixaram embaraça e logo pensei que estava ficando levemente corada. Quando meu olhar voltou em sua direção, percebi que seus olhos me analisavam, com um leve sorriso malicioso no canto de seus lábios. Por um breve momento pensei que fosse desmaiar ali mesmo... Era impressão minha, ou o padrinho do Harry estava gostando do que estava vendo? Calma Hermione... Você deve está com febre e delirando. Respira, conta até dez. Não funciona!
Coloquei a mão no meu pescoço, estava frio, não estou com febre... Então é verdade!

_O que faz aqui? - perguntamos em uníssono. Demos uma risada. No meu caso, nervosa.

_Eu fiquei com calor, então vim tomar uma água. - Disse Sirius pegando um copo de água e vir em direção, sentando-se no parapeito da janela onde eu admirava a lua. - E você?

_Hã? Eu? É... - Meu Merlim, ele está me deixando confusa. - Eu não conseguia dormir, quer dizer sempre demoro pra dormir, então vim beber um pouco de leite e quem sabe poder dormir... - e então com a coragem a qual só Merlim sabe de onde tirei, sentei ao lado dele na janela, fazendo com o movimento minha camisola subir um pouco e deixar, por conseqüência, boa parte da minha perna a mostra. Ouvi um assobio. Estou delirando ou o padrinho do meu melhor amigo está me cantando? Espero que não seja só delírio. - Por que você assobiou? - perguntei o pegando de surpresa.

_Ahh... Mania de cão! - respondeu rapidamente, o que me fez sorrir. Então ele estava jogando comigo... Talvez desde a noite da “festa”, ele estivesse jogando comigo, quando jurou, no dia seguinte, que não lembrava de nada do que havia dito ou feito. - Como é que você está?

_Eu? - perguntei, estranhando a pergunta. Ele acenou positivamente. - Estou ótima. Melhor impossível! - respondi, bebendo um pouco do leite.

_Tem certeza? - ele indagou, erguendo uma sobrancelha. “Ok, ok, daqui a pouco eu desmaio mesmo.”

_Acho que sim... Poderia ficar melhor? - falei, desafiando-o. Ele abaixou a cabeça e soltou uma risada, mais parecida com um latido. O que não deixou de ser surpreendentemente sexy.

_Claro que sim. Olha o céu lá fora... Ele está... - disse Sirius olhando para fora, não encontrando palavras para descrever tamanha beleza.

_O céu pra mim é a coisa mais linda que existe... Mas a minha preferida é a lua, ainda mais quando está cheia... No meio de todas essas estrelas, que brilham sozinhas, e são tão parecidas entre si, está ela: imponente... Majestosa... Ignorando o fato de ser diferente de todos. - concluí suspirando.

_Nossa... Acho que essa foi a descrição mais próxima da realidade que eu já ouvi. Você a cada dia que passa me surpreende mais menina... - Ele agora me encarava intensamente.

_Eu não sou mais nenhuma menina... - ofendi-me. Ele me olhava daquele jeito e ainda falava que eu era menina?

_Mesmo, Hermione? Não dá pra notar muito no escuro...

_O que você está querendo dizer? - perguntei fingindo inocência. Se ele queria guerra, era guerra que ele iria ter... Sorri internamente.

_Não sei. E não me pergunta mais nada.

E então ele me puxou para si e me beijou. Nesse momento tudo o que parecia estar contido dentro de mim, explodiu e aos poucos as coisas foram fazendo sentido, ou não. Eu conseguia sentir cada parte do meu corpo respondendo àquele beijo; meu coração parecia bater tão lentamente que talvez parasse. Mas eu tinha a angustia por não saber o que ele estava sentindo. Mas se ele que tivera a iniciativa, isso só podia significar que ele queria... Até mais do que eu! Então algumas vozes começaram a gritar em sua cabeça. “Não! Você não pode Hermione! Ele é Sirius Black! Tem a idade pra ser seu pai!” e logo vinha uma segunda voz, quase ao mesmo tempo em que dizia: “Continue, você sente algo por ele, não adianta negar! Curta isso!”. E mesmo que eu achasse que a primeira voz estava certa, eu sempre seguia a segunda. Continuei a beijá-lo, estava tão bom... Os lábios quentes e acolhedores dele não permitiam que parasse o beijo.

Ele passava as mãos pelas minhas costas... Como se eu fosse algo frágil... Que parecia precisar dele... Depois subiu as mãos grandes e tocou meu rosto... Eu estava tão quente. Será que ele também estava assim? Será que isso era um bom sinal? Então como se eu não tivesse muita certeza de tal ato, interrompi o beijo.

_Sirius, o que foi isso? Por que você fez isso? - eu quase gritei, levantando-me. Ele fez o mesmo.

_Shiii... Assim você pode acordar alguém. - disse ele aparentemente preocupado.

_Ok, mas por que você fez isso? - perguntei, ainda confusa por tudo o que aconteceu... Afinal... Eu tinha gostado de beijar Sirius Black! Percebeu a gravidade da situação?

_Vem aqui. - Ele me chamou a chegar mais perto dele. Até que me puxou e colou-me a ele. - Desde o dia que vocês chegaram e você sorriu pra mim que eu ando meio bobo ao ver você. Não sei o que está acontecendo comigo. Acredite, nunca aconteceu antes... Mas eu não consigo te ver e ficar sem ao menos te tocar! Você deve ter percebido isso. - Balancei a cabeça afirmativamente. - Não é como com as outras garotas, você não me atrai apenas, faz com que eu tenha vontade de levantar todas as manhãs apenas por que eu sei que você vai me dirigir um sorriso quando eu entrar na cozinha pra tomar café. Não sei se você consegue me entender, mas agora, mais do que nunca, eu preciso de você por perto, do seu toque, carinho, do seu beijo...

Nesse momento eu sentia que meus olhos estavam cheios de água e não tive coragem de resistir ao beijo que veio a seguir.

Num movimento rápido, ele levantou-me pela cintura e então eu estava encima da mesa. Nossos lábios se encontraram mais uma vez, em um beijo mais insistente embora ainda suave, enquanto que eu me deitava na mesa, com o corpo dele sobre o meu. As mãos frias dele encontravam-se acariciando meu pescoço e as minhas seguravam firmemente em suas costas nuas. Sua boca desgrudou da minha, deixando um rastro de beijos do meu rosto até meu pescoço, tirando suas mãos de lá, as quais começavam a explorar meu corpo.

Sem nenhum pudor, deixei com que ele, com as mãos, acariciassem meus braços e minha cintura suavemente. Sua boca voltou em busca da minha, tocando meus lábios, meu pescoço, minha orelha, sussurrando.

_Você me deixa louco, Hermione. Você me deixa louco...

E sorri quando ele tornou a erguer a cabeça para me olhar nos olhos, e em seguida estávamos nos beijando como se sempre estivéssemos juntos. Carinho, certeza e doçura se misturavam à saliva, línguas, o hálito quente tocando o rosto do outro. Sirius me imprensou mais com seu corpo na mesa, me fazendo perceber o quanto ele me desejava. Suas mãos escorregaram rapidamente para minha perna, massageando-a, subindo lentamente minha camisola, como se quisesse chegar em alguma parte proibida. Enquanto minhas mãos acarinhavam sua cabeça, segurando seus cabelos, como para reprimir meus leves gemidos.

Suas mãos saíram das minhas pernas e foram para os botões da minha camisola e então o resto do juízo da melhor aluna de Hogwarts voltou em mim e pude perceber o que eu estava fazendo. Parei de beijá-lo e o empurrei levemente de cima de mim. Ele, acho que compreendendo o que acontecia, foi sem nenhuma resistência. Olhei-me e pude ver uma garota suada, com as pernas à mostra e um pouco do colo também, e percebi que estava indo um pouco longe demais.

_Desculpa, Hermione. - Disse ele se recompondo e virando-se de costa. Acredito que para eu não ver seu “estado”.

_Tudo bem. Eu só estou um pouco confusa com tudo isso... É tudo muito novo pra mim. - eu consegui falar, mesmo estando super envergonhada com toda aquela situação... Inusitada!

_Eu insisto, me desculpe! Não era nem pra eu ter te beijado pra inicio de conversa, ainda mais ter te agarrado desse jeito encima da mesa. Desculpa.

_Eii... Se eu não quisesse não teria deixado! - Minha face queimava, mas eu tinha que esclarecer as coisas com ele.

_Então você quis? Quis realmente que tudo isso acontecesse? - ele falou, agora com um pequeno sorriso brotando em seus lábios.

_Sim... - eu disse, abaixando a cabeça. Ele me abraçou forte, alcançando meus lábios para um beijo lento e suave que me fez soltar um pequeno suspiro, nos seus lábios. Sentindo que a sessão de caricias iria recomeçar, afastei-o novamente. - Por favor, Sirius, eu não estou muito acostumada com isso. Não sei se você me entende. Mas, digamos, que eu não tenha uma vasta experiência sobre esse assunto.

_Claro. Desculpe mais uma vez... É que não resisto a nós dois. Você é minha tentação. Doce tentação.

_Assim você me deixa envergonhada. Eu sou apenas uma... Menina!

_Você acabou de provar que tem a pureza de uma menina, mas a sensualidade de uma mulher - ele sussurrou no meu ouvido, alisando meus cabelos.

_Vou dormir. Amanhã agente se fala. Boa noite! - Tentei me desvencilhar dos braços dele, mas não consegui.

_Vai sem me dar um beijo? - Sorri pelo seu comentário. Apesar de tudo, ele ainda sabia ser um adolescente quando queria. Dei-lhe um leve beijo nos lábios e corri de seus braços.

_Vou dormir. Boa noite! - falei indo à direção a saída da cozinha.

_Se eu consegui dormir, Hermione... Se eu conseguir dormir depois de tudo o que aconteceu.

Dirigi-me correndo para o quarto que dividia com Gina. Joguei-me embaixo dos meus cobertores, sorrindo feliz. Não queria pensar nas conseqüências do que aquilo trazia, apenas aproveitar o que estava acontecendo. E a melhor coisa que eu poderia fazer era deixar que tudo que tivesse de acontecer, acontecesse. Joguei-me nas mãos do destino, ele que fizesse comigo o que quisesse, não me importava mais. Se eu tivesse Sirius comigo, tudo estaria bem. Pela primeira vez, em muitos dias, dormi sem fazer esforço algum.


Esse foi o meu primeiro real amasso. E posso dizer que nenhum foi melhor que ele. Realmente, homens mais velhos possuem, vejamos, uma pegada forte. Ahh... Estou começando a sentir falta daquele carrancudo. Oh desculpem, eu não contei para vocês o que aconteceu! O Sirius está com ciúmes de mim por que eu andei dando umas saídas sem falar pra ele. Se ele soubesse o motivo... Com certeza não teria saído desse jeito de casa. Mas ele volta. Sempre volta. Agora deve estar na sua forma animaga vagando por ai, pensando que estou traindo-o. Como ele é bobo. Mesmo sabendo que eu o amo tanto, ainda sente ciúmes... Só os homens mesmo!


Acordei com raios de sol batendo no meu rosto... O dia parecia estar lindo lá fora. Ainda estava meio boba pelo que tinha acontecido na noite passada... Os lábios dele beijando os meus, passando pelo meu pescoço. Suas mãos em minhas costas, depois em minhas pernas... Mais um arrepio pela minha espinha. Agora me sentia uma adolescente apaixonada, e não tem sensação melhor que essa, garanto...
Não me importa mais se ele é mais velho, pois age como se não fosse. Se ele não se importa com isso, não serei eu que irei me importar. Quero viver esse romance com ele e que seja eterno, enquanto dure. Espero sinceramente que dure eternamente...

Depois que me aprontei, desci rapidamente as escadas, contando o momento que iria reencontrá-lo. Não sabia que reação seria a dele. E se por acaso ele tivesse se dado conta que fizera uma besteira e não me quisesse mais? E se ele estivesse comigo só pela minha aparência? Não, calma Hermione, você conhece o Sirius, sabe que ele não faria algo assim... Se ele te beijou daquele jeito ontem, é por que ele sente algo por você! Isso... Fica tranqüila!

Cheguei à cozinha e meus olhos se depararam logo com os deles. Então suspirei aliviada... O brilho do seu olhar me provara que tudo era verdadeiro. Ele me dirigiu um sorriso enorme, o qual não deixei de retribuir. A cozinha estava cheia. Toda a família Weasley encontrava-se tomando café, juntamente com Sirius e Harry.

_Bom dia! – cumprimentei cordialmente, com um sorriso feliz nos lábios.

_Bom dia, Hermione! – Harry me respondeu, ao mesmo tempo em que me chamava pra sentar entre ele e Rony. – É impressão minha, ou você está mais radiante hoje? Alguma novidade?

_Não, Harry! Impressão sua. – peguei uma xícara de café quente e coloquei na boca – Não está um lindo dia hoje?

_Engraçado...

_O que é engraçado? – perguntou Rony, entrando na conversa.

_A Mione é a segunda pessoa hoje que diz isso... Que o dia está lindo! – falou Harry pensativo, com um leve sorriso.

_Quem mais falou? – Rony questionou, agora com a boca cheia de comida.

_O Sirius... – Nesse momento, engasguei com tudo, e comecei a tossir rapidamente. – Tudo bem Hermione? – Harry disse, me olhando preocupado e dando leves batidas nas minhas costas.

_Tudo sim... Engasguei-me com o café. Desculpe. – sorri, tentando esconder a vergonha que sentia. Pois tinha percebido que Sirius notou nossa conversa.

_Ok, então! Mais cuidado da próxima vez... Não podemos perder nossa maior fonte de pesquisa!

_Engraçadinho... – falei, recompondo-me. – Bem, vou subir pra tomar um banho, mais tarde vou sair com a Tonks pra fazer uma pesquisa sobre novos feitiços na Floreios e Borrões.

Sai o mais rápido possível da cozinha, não queria encarar Sirius por nada nesse mundo! Ele deve está me achando a maior criança que ele já viu! Meu Merlim... Que vergonha! Eu tinha que engasgar bem na frente dele? Essas coisas só acontecem comigo...


Essa cena foi realmente hilária... Depois que nós nos casamos o Sirius me confessou que só não morreu de rir naquela hora, para eu não ficar com mais vergonha ainda... Se é que era possível. Mas o que aconteceu a seguir desse café, foi realmente maravilhoso... Ahh, Sirius, volta logo...!


Tomei o meu banho, por uns quinze minutos, em seguida comecei a me enxugar lentamente. Fui em direção à banca do banheiro pra pegar as minhas roupas. Então percebi que não as trouxe. Maldição! E agora o que farei? Não poderia vestir minhas roupas sujas. O único jeito seria me arriscar a ir apenas de toalha. Que Merlim me ajude e ninguém me veja...

Abri a porta do banheiro rapidamente, fechei-a por fora, e quando ia me virar para seguir o corredor em direção ao meu quarto, dei de cara com Sirius, que logo me imprensou na porta do banheiro. Não sabia de onde ele tinha surgido, mas eu não posso negar que gostei profundamente deste contato.

_Sirius! – exclamei surpresa pra ele.

_Você ainda não falou comigo hoje... – falou ele, roçando levemente seus lábios no meu rosto.

_Eu falei lá na cozinha – tentei argumentar com ele, mas estava começando a não agir racionalmente com aquele contato.

_Você sabe do que eu estou falando... – aproximou-se mais ainda de mim, capturando minha boca e me dando um beijo arrebatador. Agarrou-me pela cintura com uma mão, enquanto a outra alisava meu cabelo castanho. A mão que estava na minha cintura subiu, fazendo-o perceber meu estado e tenho certeza que senti um sorriso entre um beijo e outro. Mas então eu me dei conta de que estava indo longe demais num local tão público.

_Sirius... – tentei falar com ele.

_Sim... – eu finalmente interrompi o contato, segurando as mãos deles, que pareciam ter se multiplicado.

_Nós estamos no meio do corredor, pode chegar alguém e... – fui interrompida por mais um beijo. Será que ele não entendia? Só então percebi que quem não estava entendendo era eu. Em menos de um segundo, ele abriu a porta do banheiro e me levou lá pra dentro, ainda sem acabar com o beijo.

Senti-me sendo encostada à pia do banheiro, então Sirius parou de me beijar. Encarava-me com uma expressão que eu não saberia explicar. Só posso dizer que me agradou muito.

_Você tem um gosto tão bom... – sorri com o comentário. Outros meninos já tinham me dito que gostavam de me beijar. Mas ouvir isso de Sirius foi espetacularmente bom!

Agora ele me olhava de cima a baixo, confirmando o meu estado. Sorrindo mais uma vez.

_Como você está? – perguntou carinhosamente no meu ouvido, fazendo-me estremecer.

_Estou bem e você?

_Ótimo! Posso te fazer uma pergunta? – concordei num breve aceno. – Você já foi tocada por outro homem?

_Não – respondi rapidamente, surpresa. Essa pergunta dele me deixou totalmente constrangida e tenho a nítida certeza que ele gostou disso. – Isso é um defeito? – falei, com a voz um pouco alterada. Pra que ele queria saber disso?

_De jeito nenhum. É mais uma coisa pra se admirar em você e principalmente respeitar. – Nossa! Essa resposta tirou todo o resquício de uma possível ofensa.

_Por que você quer saber? Você me quer? É isso? – Nem precisa dizer que você nunca imaginou, que eu, Hermione Granger, algum dia falaria isso. Mas é porque você não deve ter tido um homem como o Sirius em seus braços.

_Garota... Você está brincando com fogo!

_Me desculpe. Não sei o que deu em mim pra falar isso, acho melhor ir, tenho que me vestir - e me soltei dele pra ir embora. Mas ele me impediu segurando firmemente no meu braço.

_Antes me responda outra coisa... Você também me quer? – Eu entendi o que ele quis dizer com aquele “também”?

_Pode parecer loucura, mas você é tudo em que eu tenho pensado durante esse tempo. – Não sei o que me deu, para ser tão sincera com ele. Mas algo me dizia que não podia deixar um homem como ele passar pela minha vida sem deixar um rastro. – Mais alguma coisa?

_Sim... Isso! – ele falou, beijando-me o pescoço nu em seguida.

Fiquei em choque. Sentia-o beijar o meu pescoço e dar pequenas mordidas nele, quando ele se afastou, olhou-me nos olhos, aqueles que me fascinavam. Beijou meu pescoço e não resistiu em mordê-lo de leve, como se estivesse a marcar seu território. No momento seguinte, me afastou e olhou-me novamente com intensidade. Então segurou a minha mão e me levou até o chuveiro, e não deixei de ficar apreensiva.

_O que está fazendo? – perguntei, segurando em sua camisa entreaberta.

_Nada... Só quero tomar um banho. Você não quer? – disse-me dando aquele sorriso... Quando ia retrucar dizendo que já tinha tomado, ele se pronunciou de novo. – Sei que acabaste de tomar um. Mas não foi comigo...

_Tens razão. Mas não esqueça de que eu sou...

_Shii... Não farei nada que não me deixes! Apenas aproveita o momento...

Ele ligou o chuveiro, e sentimos a água gelada escorrendo por nossas peles. Encostou-me na parede e se encostou a mim. Seu cabelo já estava pingando e eu já sentia minha toalha ficar encharcada e colada ao meu corpo. Prendeu-me contra a parede e me beijou com fúria. E eu correspondia como nunca tinha correspondido a ninguém, mal nos separávamos para respirar.

Eu continuava não fazendo nada para pará-lo. Queria e desejava aquilo tanto quanto ele. Sentia-me amolecer nos seus braços, meu coração batia forte. Ele me puxou pela cintura de encontro a si e me sentiu apertá-lo com os braços no seu pescoço. Passado alguns minutos, ele deixou a minha boca e caminhou com os lábios para o meu colo. Ergueu-me no ar, ainda me mantendo encostada à parede. Beijava o meu colo nu e deixava pequenas marcas avermelhadas. Ele ouvia-me gemer baixinho e eu sabia que isso o estava deixando louco.

Colocou-me novamente no chão e voltou a beijar a minha boca, enquanto eu sentia suas grandes mãos percorrerem a lateral dos meus seios, passarem pela minha cintura e alcançar meus quadris por cima da toalha. Afastamo-nos finalmente e quando o olhei, o vi todo encharcado, seus cabelos pingando muito.

Senti um gosto de sangue nos meus lábios no momento em que Sirius os trincou, mas não me afastei, na realidade o gosto a sangue e a água misturados no beijo ainda dava mais vontade a ambos.

_Eu te adoro, Hermione! – ele sussurrou para mim gravemente.

No momento seguinte me puxou pelo pescoço de encontro a si. Mais uma vez os nossos lábios estavam unidos, nos beijando com desejo e fúria. Ele abriu a minha toalha vermelha e encostou-se ao meu corpo, suspirando pesadamente. Porém, nessa altura, eu abri os olhos e cortei o beijo.

_Você perdeu o juízo? Eu estou... Estou... – questionei, com ele ainda junto a mim.

_Nua? Eu sei... Mas se eu me afastar de ti, eu vou ver. Então... – ele parou de falar, como se tivesse receio do que diria.

_Então o quê?

_Então... Deixa-me continuar. Você me conhece Hermione, sabe que eu não seria capaz de te forçar a nada...

_Eu sei, Sirius... Continue antes que eu desista...

E mais uma vez ele me beijou. Eu sentia meu coração cada vez mais acelerado, e sem mais um pingo de decência em mim, arranquei a blusa dele, rasgando-a inteiramente. Ele rodou, ficando ele encostado à parede e deixou que a minha toalha caísse no chão. Ele então conseguia sentir cada pedaço do meu corpo. Uma de suas mãos, que estava alisando a minha cintura, desceu lentamente pela minha lateral, chegando à minha coxa, que nesse momento, já estava um pouco levantada. Sua mão massageou-a por um certo tempo, até que seguiu caminho para um lugar antes inexplorado.

Um prazer invadiu-me quando senti a mão dele na minha intimidade. Mordi os lábios dele nesse momento, fazendo-o parar de me beijar. Ele encostou sua testa na minha e começou a fazer leves carícias no meu sexo. Soltei um gemido, enquanto ele massageava o meu clitóris com movimentos leves e circulares. Eu nunca tinha chegado tão longe com nenhum homem, mas ele tinha esse poder de me deixar vulnerável.

Suas mãos me tocavam cada vez mais intensamente e eu estava sentindo uma onda de prazer enorme. Eu suspirava e gemia ainda mais, poderia dizer que estava chagando a meu primeiro orgasmo. Sua boca devorava a minha, tentando explorar o máximo que pudesse. Ele tinha sido o único que me fizera sentir o desejo de fazer o que ele tanto ansiava.

Ele segurava, com a mão que estava livre, firmemente os meus quadris enquanto passava a língua pelo meu pescoço. Revirei os olhos de prazer, agarrando os seus cabelos, incentivando-o a continuar. Sendo que durante todo esse tempo, ele não tinha olhado para meu corpo. Sorri por pensar nisso, apesar de ser literalmente um cachorro, ele sabia ser um cavalheiro quando queria.

Aos poucos, ele retirou relutante suas mãos de mim. Não entendi o por quê, estava gostando muito daquilo. Mas ao invés de se afastar completamente, ele voltou a encostar-me à parede e com um só impulso fez com que eu enrolasse as pernas na sua cintura e elevou-me. Continuou a beijar-me os lábios e depois o pescoço, o colo, os ombros, e ouvia-me arfar baixinho.

_É melhor pararmos, Sirius.

_Você quer parar? – perguntou, chupando o meu pescoço, me abraçando muito forte.

_Não... Mas é melhor! – respondi ainda com os vestígios de prazer pelo meu recém orgasmo.

Ele olhou para mim e beijou-me suavemente. No momento seguinte colocou-me no chão e fechou os olhos, virando-se de costas. Sorri, e peguei a minha toalha que se encontrava encharcada no chão e enrolei-a no meu corpo despido.

_Pronto. Já estou “vestida”. – Sirius voltou-se a mim, fechou a água e pegou também a sua camisa rasgada. Corei nesse momento. Como eu tive coragem de rasgar a roupa dele? Mas eu precisava senti seu peito de encontro ao meu. Merlim... O que deu em mim?

_Hermione, olhe se está alguém lá fora? – disse Sirius enquanto saíamos do boxe do banheiro. Então eu abri um pedacinho da porta e vi que não tinha ninguém.

_Não, pode sair.

Quando ele estava saindo, e passou por mim, beijou-me uma última vez, depois saiu do banheiro, deixando-me sozinha. Fiquei durante minutos, parada no mesmo lugar pensando no que tinha acabado de acontecer. Eu e o Sirius tínhamos nos beijado, e não fora só um beijo, fora muito mais. Eu ainda podia sentir o gosto dele em minha boca, e meu coração estava acelerado, mas tinha que reagir. Não sei quanto tempo mais passei lá dentro, só me dei conta, quando ouvi alguém batendo furiosa na porta.

_Hermione! Você desistiu de sair comigo, ou o quê? – gritou do outro lado da porta, Tonks. Céus! Eu esqueci completamente do meu compromisso com ela.

_Desculpa Tonks! Tive um pequeno acidente de percurso, mas já me arrumo – falei, saindo do banheiro.

_Você ainda está de toalha, Hermione!

_Desculpe Tonks! – implorei a ela.

_Não tem problema. – então fui para o meu quarto colocar uma roupa – Hermione... – Virei-me pra saber o que ela queria – Que marca avermelhada é essa no seu pescoço? – Ai, Merlim! Esqueci da marca! E agora, o que eu digo?

_Ah... Não sei, apareceu do nada hoje! – disse, tentando me fazer de mais inocente possível.

_Eu conheço marcas desse tipo, Hermione. O Lupin deixou muitas delas pelo meu corpo – Por um breve momento pensei ter visto Tonks ficar corada. – Tinha alguém no banheiro com você?

_Não, Tonks! Impressão sua... Deixa-me ir me arrumar, senão nos atrasaremos! – e sorri.

_Meu Merlim! Sua boca também está inchada! Hermione, vá se trocar que nós teremos uma conversinha sobre esses amassos que você vêm dando.

_Você está enganada. – Tentei retrucar. Ela não podia saber o que acontecia entre eu e Sirius. Estava muito cedo ainda.

_Mione, vá se vestir. Eu tenho certeza do que estou falando, você também sabe que é verdade. Agora o que você precisa é de uma mulher pra te aconselhar, já que não tem como falar sobre isso com sua mãe, e com Molly está fora de cogitação. – suspirei conformada.

_Ok, Tonks! Eu não vou mentir pra você! Preciso mesmo desabafar essa história com alguém. Só não me peça pra te dizer quem é. – E então, antes que ela me parasse novamente, corri para meu quarto.

_Esse meu primo não toma jeito...

_O que você disse Tonks? – perguntei desconfiada; Será possível?

_Nada... – ela falou sorrindo envergonhada. Abanando a mão mostrando pra eu continuar meu caminho.


A Tonks depois me contou que já tinha notado que seu primo, Sirius, estava me olhando diferente desde o dia em que cheguei à Ordem. Ela foi uma das primeiras pessoas que nos apoiou quando contamos que estávamos juntos. Uma das melhores mulheres que eu já conheci... Mas vamos voltar pra história, porque só está na metade! Espero que ele volte antes de eu a terminar...


Depois do episódio do banheiro, tivemos apenas mais um incidente, já que dois dias depois ele teve que viajar numa missão da Ordem, me deixando aqui, morrendo de saudades. No nosso ultimo encontro, ele disse que nós estávamos namorando. Fiquei sem reação, mas ele apenas falou que era por precaução, já que sabia que eu gostei do Rony. Algo sem cabimento algum. Rony nunca me fez sentir todo o prazer que ele me proporciona e nem me deixava boba depois de uns simples beijos.

Uma semana após que Sirius viajou, nós acabamos definitivamente de limpar toda a casa dos Black’s, e dá pra acreditar que ela possuí dez quartos? Pois é, e assim eu me mudei para um quarto que poderia ser apenas meu. Mesmo com isso, eu não conseguia me alegrar, eu queria que ele tivesse comigo, no meu quarto novo. Queria inaugurá-lo com ele.

Enquanto arrumava meu novo quarto, ouvi uma batida na minha janela, e percebi que era uma coruja trazendo uma carta. Abri-a com o coração na mão. Depois de uma semana, começava a me preocupar com ele, pois não havia dado nenhuma notícia desde então.

“Minha menina...

Você não sabe a saudade que sinto de você! De suas unhas arranhando suavemente minhas costas, o calor de seu corpo no meu. A saudade está me fazendo cometer loucuras como escrever essa carta... Mas a minha vontade de te encontrar é muito maior do que a distância que nos separa. Logo estarei de volta. Não sei se você está sentindo a mesma falta que eu estou. Não vejo a hora de te reencontrar. Você está conseguindo fazer brotar em mim algo que há muito tempo está adormecido. Não preciso explicar com palavras o que é. Você já deve ter percebido, afinal fora a melhor aluna de Hogwarts. Apenas espero que você esteja a minha espera, assim como eu conto os dias pra te ver novamente.

Alguém que te quer muito...”

Se eu já estava boba, agora eu podia jurar que estava babando. Eu não poderei respondê-lo infelizmente, mas estarei esperando todos os dias. O meu homem, o meu Sirius! Alguém que me quer muito...!

**********************************

A semana seguinte passara-se devagar para mim. A saudade me corroia, apesar de ter vivido apenas alguns momentos ao lado dele. Treinava duro o dia inteiro, para que quando chegasse a noite, eu estivesse cansada o suficiente para dormir rapidamente.

Hoje, como nunca mais havia feito por falta de tempo, peguei um livro qualquer pra ler e depois de uns dez minutos lendo, o cansaço começou a tomar conta de mim e acabei dormindo na minha poltrona mesmo, enrolada ao meu cobertor fino, pois estávamos no começo do outono, e às vezes, fazia calor á noite.

Dormia tranqüilamente, quando senti braços em volta do meu corpo. Ainda sonolenta, não vi quem estava me carregando, depois de retirar meu cobertor e me deixar apenas com minha roupa de dormir. Até que fui colocada na minha cama e o seu inconfundível perfume invadiu minhas narinas.

_Sirius... Você voltou? – perguntei com os olhos entreabertos, segurando seu rosto firmemente. Não podia ser mais um sonho.

_Voltei sim, Hermione! Voltei pra você! – senti que ele sentava na minha cama e então abri meus olhos de vez, sentando-me também. Tinha que confirmar que ele encontrava-se ali. Sorri abertamente ao vê-lo. Ele tinha um rosto meio cansado, mas irresistível.

_Me beija... Por favor! – Acho que ele estava esperando eu dizer isso... Será que ele ainda tinha dúvidas de que era ele que eu queria? Depois os homens dizem, que nós mulheres é que somos inseguras.

Ele pousou as mãos nos meus ombros e forçou a deitar-me, no momento seguinte estava por cima de mim.

_Com certeza – sussurrou Sirius antes de me beijar.

Eu o prendi pelo pescoço e puxei-o ainda mais para mim. Enquanto ele trincava meu lábio inferior. Ele levou as mãos às minhas pernas e afastou-as, encaixando-se no meio delas. Pôde me sentir tremer, mas em vez de afastá-lo, eu arqueei minhas pernas e o prendi pelos seus quadris. Sirius afastou os lábios dos meus e sorriu.

_Estava com muitas saudades suas... Muitas saudades...

_Eu também, Sirius!

_Eu vou fazer você sentir coisas que nunca sentiu antes, posso?

_Apenas vá com calma. – ele ia falar algo, mas eu o interrompi – eu sei que você não fará nada que eu não queira. – Com o que eu disse, ele se sentiu a vontade para continuar.

Então desabotoou a minha camisa rapidamente. Ele olhou para os meus seios cobertos e beijou-me o colo. Eu tinha as mãos nos cabelos dele, acariciando-os. Sentia suas mãos percorrerem a minha barriga, e elas iam subindo até chegarem às alças do meu soutien, e depois ele fez com que as alças escorregassem pelos meus braços. De seguida as mãos dele foram até aos meus seios e ele delicadamente os destapou.

Ele deve ter me sentido tremer porque me disse:

_Eu não vou te machucar.

Então levou os dedos levemente à pele rosada dos meus seios e em seguida voltou a tapá-los. Subiu até alcançar minha boca. Quando olhou pra mim, viu que eu estava completamente vermelha.

_Nem nos meus sonhos eras tão linda.

_Eu nem quero saber o que fazia no teu sonho... – ele deu uma risada gostosa, beijando-me em seguida, ternamente.

Sirius afastou os lábios dos meus e os encaminhou para meu pescoço, enquanto pegava minhas mãos e levavam para a parte do seu corpo que eu ainda não tivera coragem de tocar. Agora eu já respirava aceleradamente, por sentir com as mãos o poder que eu tinha sobre esse homem, eu sentia que o seu corpo pedia o meu, que ele queria me ter por completo.

_Sirius... – ele apenas me olhou por uns momentos questionando. Eu não respondi nada, apenas comecei a abrir as calças dele e ele as tirou rapidamente. Sorriu e voltou a deitar sobre mim, agora só com camisa e roupa interior. – Me faça sua...

_Você tem certeza?

_Não... Mas você me deixa louca.

_Eu não quero que você se arrependa do que fizer comigo.

_Mas eu quero...

Ele me beijou e no momento seguinte levou seu corpo para baixo e beijou minha barriga, começou a subir até chegar ao meu soutien, parou e voltou a deixar meus seios à mostra. Encaminhou seus lábios para lá e beijou-os carinhosamente. Durante minutos ele beijou meus seios fazendo com que eu gemesse baixo e segurasse seu cabelo com força. Até que ele se afastou de mim, mais uma vez tapou meus seios e depois voltou a beijar meus lábios.

Foi a minha vez de puxá-lo. Enrolei minhas pernas na cintura dele e gemia no seu ouvido, enquanto que ele beijava meu pescoço. Eu podia ver claramente que ele começava a enlouquecer com meus gemidos, e que ele estava em seu limite, pois se continuasse iria fazer o que eu pedira. Afastou-se lentamente de mim beijando-me e depois se levantou. Vestiu as suas calças e depois abotoou a minha camisa.

_Aonde você vai? Não quer ficar aqui comigo, não? – perguntei, ainda com minha respiração acelerada.

_É claro que eu quero ficar com você, mas é melhor eu ir para meu quarto. – Então eu levantei da minha cama e sem aviso enrolei minhas pernas na cintura dele. Sirius sentou-me na minha mesinha e beijou-me com necessidade e fúria. Passamos algum tempo assim, até que ele se afastou – Está na hora de você dormir e eu também. É melhor.

Eu saí, então de cima da mesa e ele caminhou até a porta, mas antes de chegar a esta, voltou em minha direção, me beijou novamente e depois disse:

_O que você me pediu hoje, iremos fazer no dia que você tiver certeza.

Acenei com a cabeça e depois ele saiu do meu quarto deixando-me sozinha. Eu sabia que ele tinha feito um esforço enorme para não ceder ao meu pedido, mas foi melhor assim, mostrava que acima de tudo, de todo o desejo que nós sentíamos um pelo outro, que ele me respeitava e que no fundo gostava de mim. E isso era o que importava.


Esse momento foi incrível, às vezes ainda agradeço a ele por ser tão compreensivo. Mas eu não pude deixar de rir depois que o Sirius me falou que assim que saiu do meu quarto teve que tomar um banho bem gelado, antes que, sem pensar, voltasse ao meu quarto e me fizesse sua.



Os meses passaram-se numa velocidade incrível e logo estávamos no natal. A senhora Weasley decidiu fazer uma pequena ceia para que o confraternizássemos. A casa estava cheia. Parecia que todos os integrantes da Ordem da Fênix encontravam-se ali festejando. Eu estava muito feliz, pois além dos meus encontros as escondidas com Sirius continuassem, a guerra estava cada vez mais perto de acabar. Vencíamos quase todas as batalhas e estávamos animados com possibilidade de vitória.

Depois da festa, eu e Sirius tínhamos combinado de nos encontrarmos no meu quarto. Ele me disse que queria falar uma coisa séria comigo, e eu simplesmente não fazia idéia do que ele estava falando. Talvez fosse sobre Rony. O Sirius estava com muito ciúme dele, porque as vezes o Rony me abraçava e me dava beijos no rosto. Eu dizia que era besteira, mas ele teimava em falar que era homem, e que os homens percebem essas coisas. Decidi não mais discutir. Ele que pensasse o que quisesse.

Já era quase uma da manhã quando ouvi minha porta se abrindo, no silêncio da noite. Levantei-me da cama e fui de encontro a ele, segurando minha varinha que tinha um pequeno feixe de luz na ponta. Acho que ele percebeu que eu estava meio tensa, pois segurou a minha mão e levou até a cama, sentando-se comigo.

_Sirius, aconteceu algo? Você disse que queria falar comigo uma coisa séria. Eu fiz alguma coisa e não estou sabendo? – perguntei tremendo levemente.

_Não, você não fez nada. É que eu queria te entregar meu presente de natal a sós, num momento só nosso. Bem aqui está. Espero que goste, eu mesmo escolhi. – e então ele me entregou uma caixa de veludo preto e quando abri me deslumbrei. Ele havia comprado uma corrente de ouro com uma pedra em forma de coração vermelho, que deduzi ser rubi.

_Sirius... É lindo! Mas eu não posso aceitar. Deve ter custado muito caro e... – então ele colocou as mãos em minha boca.

_Shi... Não diga nada. Embora quase ninguém saiba, eu tenho uma pequena fortuna no meu cofre. E você o merece. Quando o vi lembrei de você e não resisti, tive que compra-lo. É seu... Só seu, assim como eu. – Sorri com o que ele tinha dito. Eu sabia que ele era meu, mas ouvi-lo falar, era maravilhosamente bom. – Posso colocar em você? – apenas acenei afirmativamente.

Levantamos da cama, para que ele pudesse prender a corrente melhor. Ele afastou o meu cabelo e passou com cuidado as mãos pelo meu pescoço, apertando a corrente. Depois voltou a deixar meus cabelos cair pelas minhas costas e percebi que não resistiu em inspirar o perfume que emanava deles. Abraçou-me pela cintura e começou a depositar pequenos beijos no meu pescoço. Sentiu minhas pernas falharem e por isso segurou-me com mais força pela cintura.

Beijou-me o pescoço com cada vez mais força, até que começou a dar-me pequenos chupões. Virou-me então para ele e me olhou por uns segundos, em seguida beijando-me. Começou por ser calmo e suave, e aos poucos se tornou mais possessivo. Sirius começou a caminhar até a parede e eu não fiz objeção alguma, não era capaz de dizer não para ele. Senti bater de leve com as costas na parede, e no momento seguinte o corpo dele estava contra o meu e eu estava totalmente prensada entre a parede e ele. Senti suas mãos percorrerem minha barriga, a lateral do meu corpo, minhas coxas. Eu respirava cada vez mais rápido, e sentia meu corpo pedir o dele, assim como sabia que o dele pedia o meu. Levei minhas mãos até os botões da camisa de Sirius e com elas trêmulas comecei a desabotoá-los. Percebi as mãos dele na minha barriga subindo devagar de encontro aos meus seios. Tremi quando ele delicadamente envolveu meus seios com suas mãos.

_Calma, eu vou devagar! – disse ele, quando começou a abrir minha blusa. Minhas mãos roçaram de leve ao seu corpo e isto pareceu o estar agradando imensamente. Passou as mãos em volta da minha cintura e ergueu-me ligeiramente, caminhando para a cama. Ele sentou-se comigo sentada nele. E então eu fiz com que ele se deitasse, ficando assim sentada na cintura dele. Comecei a beijar o peito dele e podia ouvi-lo respirar cada vez mais pesadamente. Eu sabia que aquilo que estava fazendo com ele era torturante, pois ele queria mais, desejava mais, mas sabia que eu não lhe daria aquele prazer, não naquele dia.

Ele me puxou pelo pescoço e beijou-me de maneira desejosa. Rodou na cama, ficando por cima de mim. Tirou a minha camisa rapidamente e deitou-se por cima, acariciando meu corpo. Minhas pernas enrolaram na sua cintura, puxando seu corpo para mais perto do meu. Voltou a beijar o meu pescoço, ouvindo-me arfar baixo. Começou a caminhar seu corpo para baixo de mim, ficando com os lábios próximos aos meus seios, ainda tapados pelo soutien. E com uma calma surpreendente ele desfez-se do meu soutien e começou a beijar meus seios. Ouviu-me gemer baixinho e no lugar dos beijos delicados,mordidas fracas, entretanto que deixavam algumas marcas avermelhadas. Eu gemia por causa das carícias dele, tinha meus olhos fechados e minhas mãos agarravam o lençol da cama com força. Ele continuava a morder meus seios, quando suas mãos se dirigiram para minhas coxas e depois para o quadril. Começou a abrir o botão da minha calça e depois o éclair. Pareceu-me que ele estranhou quando eu não me opus e por isso ergueu seu corpo, voltando a me encarar.

_Vai me deixar continuar?

_Você quer que eu não deixe?

_Seria melhor...

Eu em vez de lhe dizer algo, levei minhas mãos para as suas calças, resolvendo que chegara a hora de ele sentir o prazer que tanto proporcionara a mim no banheiro. Depois que abri sua calça, ele me colocou por cima, talvez adivinhando o que vinha a seguir. E não deixando de sorrir. Com as mãos trêmulas, segurei firmemente seu membro, mas sem olhá-lo. Não sabia ainda exatamente o que fazer, por isso o Sirius segurou minha mão e começou a movimentá-la de cima para baixo, me mostrando como fazer. Depois de pegar um ritmo, ele soltou a minha mão e levou as suas para meus cabelos, trazendo-me para um beijo apaixonado. Continuei fazendo movimentos no seu membro, enquanto ele parava nossos beijos para poder soltar gemidos. Até que senti-lo ficar tenso e então ele trincou meus lábios, revirando os olhos e um líquido saiu do seu membro, diretamente nas minhas pernas.

Tirei minha mão do sexo dele e deitei-me totalmente por cima, sentindo seu pênis duro e ereto batendo em mim, nunca me senti tão desejada em toda a minha vida e me surpreendi por não ficar envergonhada, por senti-lo tão perto. Então peguei a mão de Sirius e levei-a para dentro de minhas próprias calças. Eu podia ver que ele estava admirado, mas mesmo assim me beijou e começou a me acariciar. Instantaneamente senti o meu corpo tremer e ficar mais tenso. Depois de um tempo ele tirou a mão de dentro da minha calça e me olhou.

_Eu te amo... – ele me declarou. Nessa hora senti minha respiração parar por um momento. Não acreditava que ele estava se declarando. Estávamos há dois meses juntos e ele havia finalmente me dito.

_Eu também te amo. Amo-te muito... – respondi sinceramente. Ele tinha que saber que eu o correspondia.

_Eu não sei o que você faz comigo, mas me deixou totalmente dependente de você. Não me imagino mais sem você. Eu só volto de cada batalha, por que eu sei que você estará aqui me esperando. – vi uma fina lágrima derramar por seus olhos. – Hermione, eu não quero fazer algo que não queira... Você tem certeza?

_Sirius... Eu não tenho certeza de nada, mas o que estamos a fazer não faz mal a ninguém. – Ele sorriu e voltou-me a beijar. Acariciando-me com cuidado, podendo sentir eu me contorcer de prazer por baixo de si. Então o senti sair de cima de mim, talvez não agüentando mais se segurar;

_Boa noite, meu amor. Como é bom dizer isso... – e ele se dirigiu para fora do meu quarto.

_Boa noite, amor... – e dormi assim mesmo, sem blusa e encharcada de prazer... Queria relembrar nos meus sonhos, o momento vivido.


Coitado do Sirius... Até hoje ele me diz como se segurava pra não me possuir. Eu era muito má com ele e nem sentia. Mas ele diz também que valeu muito a pena esperar... Minha primeira vez com ele foi inesquecível. Ele foi tão carinhoso, tão gentil, tão perfeito... Aliás, como ele sempre é.

Ele ainda não voltou... Estou começando a ficar preocupada. Já vai fazer dez horas que ele saiu de casa e nada ainda. Talvez ele esteja na casa do Harry! Por que não pensei nisso antes? Depois que o Harry casou com a Mary, ele vive lá quando briga comigo. Eu estou começando a ficar impaciente!

Na mesma velocidade que o mês de janeiro chegou, ele passou. A primavera começava a dar o ar de sua graça e lindas flores já podíamos ver no pequeno jardim que a senhora Weasley cultivava. Eu estava ansiosa com a chegada do mês de março, pois descobri com Tonks que era o aniversário de Sirius. Juntamente com ela, a Senhora Weasley e Gina resolvemos organizar uma pequena festa surpresa para ele.

Pedimos a Harry e a Lupin para distraí-lo o máximo possível nesse dia, pois não havia possibilidades de tirá-lo de casa. Arrumamos tudo numa sala no último andar. A decoração, apesar de simplória, ficou bastante bonita e agradável. Compramos bebidas e comidas, e não esquecemos de chamar seus amigos, tal como antigos colegas de Hogwarts.

Foi difícil resistir a tentação de dar um beijo de feliz aniversário para ele naquele dia, mas tive que me controlar, para que ele pensasse que apesar de ser seu aniversário, aquele dia fosse mais um dia comum em nossas vidas. Quase desistir, quando vi na hora do almoço ele meio cabisbaixo. Não só pela pouca atenção que nós demos a ele, mas também por eu o ter evitado durante todo o dia. Estava preparando uma grande surpresa para ele.

À noite, usei um leve e decotado vestido preto, adornado pelo colar que ele tinha me dado no natal, que chegava acima do meu joelho, e uma sandália de salto médio, pouca maquiagem. A tarefa de levá-lo até o local da festa ficou comigo, e eu nem tive que fazer esforço para tal. Fui em direção ao seu quarto. Quando adentrei, o encontrei deitado e pensativo. Minha vontade foi de correr ao encontro dele e antecipar a surpresa, mas me contive.

_Hermione? O que faz aqui? Não é muito cedo para nos encontrarmos? Apesar do silêncio, acho que ainda há pessoas acordadas. – perguntou ele, levantando-se e me dando um leva beijo nos lábios.

_Quero que você venha a um lugar comigo. – Ele ia dizer algo, mas o interrompi. – Não fale nada, apenas me siga. – ele então confirmou, e veio comigo.

Subimos as escadas silenciosamente. Tenho certeza que ele não entendia por que estávamos indo lá pra cima, já que quase ninguém nunca o fazia. Peguei na sua mão e ele sorriu amavelmente. Abri a porta da sala e entramos no local escuro. Torcia para que todos ligassem logo a luz, antes que ele me agarrasse e todos nos flagrassem. Então Tonks o fez e gritou com todos um sonoro: “Surpresa!”

Ele me olhou sorrindo e pude perceber que ele tentava conter as lágrimas que queria cair de seus olhos. Sabíamos que ele ficaria muito emocionado, afinal não comemorava um aniversário desde que entrara em Azkaban, por isso eu tive essa idéia. Então, parecendo não importar mais, ele me puxou para um abraço. O correspondi e ouvi-o sussurrar para mim um obrigado. E a única coisa que eu respondi foi falando pra ele aparecer no meu quarto mais tarde, porque essa era só a primeira parte da surpresa. Acho que ele não me entendeu. Mas não tinha problema.

Sirius foi felicitado verdadeiramente por todos que ali estavam e eu não conseguia conter a emoção de ver meu amor feliz. Ele merecia aquilo e muito mais. Ficamos todos por mais umas três horas ali, até que eu resolvi me retirar. Não sem antes relembrá-lo que eu o estava esperando mais tarde no meu quarto.


*****************************************


Há uma semana que já me sentia preparada pra ser dele. Mas eu não queria que esse momento acontecesse sem motivo algum. Por isso resolvi esperar por seu aniversário. Seria um dos presentes que eu daria a ele e espero sinceramente que ele goste. Conversei com a Tonks sobre isso e ela me deu uns bons conselhos, e preparou para mim um poção anticoncepcional. Ganhei dela também, uma langerie preta, que fazia conjunto com uma camisola de seda também preta, que chegava aos pés e deixava as costas nuas. Juro que na hora que ela me deu fiquei com vergonha, mas agora, depois de experimentá-la, eu tenho certeza que o Sirius vai gostar.

Esperei por meia hora, até que vi a porta do meu quarto ser aberta. Eu vestia a camisola, mas por cima um robe, para que não ficasse amostra por enquanto. E então o vi. Ele estava tão feliz. Se eu soubesse já teria feito uma festa assim antes. Às vezes ele parecia uma criança. E eu sei que foi justamente isso que me conquistou. Pois por mais que ele não seja mais, tem a fome de viver de uma. Meu Merlim! Como eu amo esse homem!

Ele veio devagar até mim e me deu o beijo mais gostoso que eu já tinha recebido em toda a minha vida. E suas mãos já queriam me explorar, por isso cortei um beijo e vi a carinha de frustrado dele.

_Calma, meu amor! Deixa eu te dar meu presente antes. – e me dirigi até minha mesinha.

_Ah, Mione, não precisava. O presente que eu mais queria, Merlim me deu. Foi conhecer você. Poder ficar com você! – uma lágrima queria teimar em descer pelo meu rosto, mas eu não deixei, apenas dei um leve beijo em seus lábios como forma de agradecimento.

_Aqui está. Foi um pouco difícil encontrar, mas pedi a Tonks que me ajudasse e aí está. – ele abriu o embrulho e se deparou com uma foto em que tinha, ele, James, Lily e Harry com apenas um ano de idade.

_Como você conseguiu? Essa foto foi tirada no batismo do Harry! Eu pensei que todas haviam sido destruídas. – Sirius falou, agora já derramando mais lágrimas. Realmente foi difícil encontrar a foto, mas foi só lembrar que poderia haver algo como um negativo, então entrei em contato com todas as empresas de fotos e descobri qual tinha feito a cobertura do batizado, o resto foi fácil.

_Não importa agora. Você gostou? – perguntei apreensiva.

_Eu adorei, amor! Nunca pensei que poderia haver possibilidades de reaver esta foto. Muito obrigado mesmo! – comentou ele, agora com poucas lágrimas nos olhos. Então comecei a limpá-las com a ponta dos dedos, e ele logo deixou a foto na minha mesa para dar atenção a mim. Soltei-me dele e fui para perto da minha cama. Só que ele me abraçou por trás e começou a depositar beijos no meu pescoço. Eu respirava cada vez mais depressa e suas mãos ganharam vontade própria, deslocando-se da minha cintura aos meus seios. Eu sentia meu coração mais acelerado, os beijos dele eram tão bons, e as mãos envolvendo os meus seios me faziam tremer.
Ele virou-me para ele, beijando-me nos lábios, em seguida. Então, relutante me afastei dele. E percebendo a expressão de confusão, comecei a explicar.

_Agora... Vem a última parte da minha surpresa. – dizendo isto, eu abri meu robe e ele pôde ver minha camisola de seda preta. Vi seus olhos me olharem de cima a baixo, enchendo-o de desejo. – Quero que você me possua, Sirius! Que me transforme numa mulher... – apesar de toda a firmeza, não posso negar que fiquei envergonhada ao lhe dizer isso.

_Você tem certeza mesmo disso? Não quero que você faça só porque eu quero.

_Eu quero, Sirius. Já tem um tempo que eu me sinto pra pronta pra isso. Apenas esperei um momento especial, e acho que esse é perfeito. – Ele não me disse mais nada, puxou-me para um beijo, revelando toda a paixão que nutria por mim.

Beijou a minha boca por alguns instantes depois e se abaixou na minha frente. Ele pegou a barra da minha camisola, e foi levantando-a lentamente, passando suas mãos pelas laterais do meu corpo. Quando chegou à minha cintura ele parou e começou a beijar a minha barriga, descendo às vezes para minha coxa. Depois continuou levantando-a até que chegasse aos meus seios, onde eu levantei os braços para ele poder tirá-la por completo.

Novamente pude sentir ele me olhando inteiramente, já que agora eu estava apenas de calcinha. Voltou a abaixar-se de novo, agora para tirá-la. Passou os dedos levemente pelos lados, até que a abaixou muito devagar. Nessa hora, eu estava escarlate.

E outra vez, ele começou a distribuir beijinhos por toda a minha barriga, sendo que a cada instante, ele descia um pouco mais. Seus beijos estavam na minha coxa e foi movendo os lábios. E logo depois senti a respiração dele por entre as minhas pernas e no minuto seguinte, ele me estimulava.
Eu gemia baixo, levando minhas mãos ao cabelo dele, acariciando-o. Sentia-me como nunca. Ele me fazia gemer de prazer. Deixei-o continuar me estimulando por mais um tempo, até que soltei um gritinho, segurando com mais força em seus cabelos.

Levantou-se e me deu um beijo. Pude sentir o meu gosto, na boca dele. Ele pegou-me ao colo e me deitou na cama, ficando a me observar. Quando viu que eu o chamava, deitou-se em cima de mim e sentiu minhas mãos desabotoando a camisa dele, tirando-a em seguida. Ele beijava-me o pescoço, e me ajudou a tirar suas calças, ficando só com uma peça no corpo. Então senti que a energia que circulava nós dois poderia incendiar o universo.

Então em vez de deitar sobre mim, ele deitou-se ao meu lado, passando sua mão por cada pedaço despido do meu corpo. Não havia um pingo de raciocínio lógico da melhor aluna de Hogwarts em mim. Eram como se milhares de explosões acontecessem em cada parte do meu corpo. Então fiquei por cima dele, e com os lábios úmidos comecei a distribuir beijos no seu tórax e abdômen, que o faziam soltar alguns pequenos gemidos.

Sem eu esperar, ele virou-se, ficando por cima agora, pressionando seu corpo contra o meu, fazendo-me sentir a dureza de seu membro por baixo da cueca.

_Olha o estado que você me deixa...

_Me deixa assim também...

Ele nem esperou o término da minha frase e logo suas mãos encaixaram-se nos meus seios. Eu revirei os olhos em êxtase total. Para me fazer contorcer-me, ele desceu as mãos para as coxas, deixando com que eu sentisse, seu peso sobre mim. Então, puxou-me para um beijo desnorteador. Parecia que ele me desejava de uma forma completa, delicada e violenta, ao mesmo tempo.

Deixou a minha boca e voltou a dirigir sua atenção aos meus seios, beijando-os. Eu gemi alto, agarrando o lençol, assim que ele começou a lambê-los e a chupá-los. Porém sua atenção foi desviada por minhas mãos que foram de encontro a sua cueca. E então ele se desfez dela rapidamente. Sirius colocou seus lábios nos meus e suas mãos avançaram para os meus quadris. Permanecemos só em carícias por uns momentos. Então, ele desceu mais a mão em direção ao meu sexo, fazendo uma vibração passar por mim. Jogando-se sobre mim, ele beijou-me sem dar chances de eu respirar. Sentia-me tonta.

Começou a brincar comigo, seus dedos me tocando, beijando-me até me deixar completamente vulnerável. E desceu, cheirando meu pescoço, minha barriga e fez-me abrir as pernas. Podia sentir o calor do corpo dele passando pro meu. Depois, passou as mãos pelas minhas costas, acariciando-me o traseiro, enquanto eu beijava devagar seu peito e ombro.

Quando percebeu que as carícias estavam tornando-se mais urgentes, os beijos mais envolvente e erótico, Sirius levou a mão até o meu rosto e começou a contornar nele cada detalhe que eu possuía. Eu sabia o que ele queria fazer a seguir, e movi minha cabeça afirmativamente, sentindo a seguir um beijo na testa. Ele começou a se posicionar sobre mim e sentir como eu estava tensa.

_Eu não vou fazer nada que possa te machucar. Só relaxe e confie em mim. – disse ele dando-me um beijo no rosto.

_Eu confio em você. Eu amo você, Sirius! Amo você!

_Também te amo, linda! Te amo!

Segurei firme nos ombros deles, ao sentir ele me penetrar. Uma onda elétrica perpassou no meu corpo. Mordi meu lábio inferior, e não agüentando mais, soltei um grito de dor, que foi contido por um beijo de Sirius. Ele engoliu em seco com a força do meu beijo e a sensação de estar dentro de mim. Relaxei, e a dor inicial passou. Ele tinha os olhos pregados nos meus e começou a mover-se devagar. Ouvia-me gemer baixinho, primeiramente eram gemidos de dor, mas depois passaram a ser de prazer.

Ele agarrou minhas mãos, levando-as para uma almofada e começou a mover-se mais depressa e com mais força, estando a seguir num ritmo constante, gemendo um no ouvido do outro. Eu também me movia por baixo dele, e os meus gemidos eram cada vez mais altos. Nós só afastávamos o olhar quando nos beijávamos. Intensificando as investidas, segurando-me e me penetrando fundo diversas vezes fazendo-me arranhar suas costas e pedir que ele não parasse. Enrolei minhas pernas na cintura dele, puxando ainda mais, e nessa altura, ele gemeu alto, continuando com o ritmo, fazendo-me fechar os olhos.

As mãos dele deixaram as minhas e foram até as minhas costas, apertando-me. Até que cheguei ao meu limite e gemi ao ouvido dele ao mesmo tempo em que o prendia dentro de mim. Ele soltou um gemido rouco e abafado no meu ouvido e movimentou-se ainda mais rápido. Ele parecia quase satisfeito e por isso me apertou ainda mais. No momento seguinte, eu vi seu semblante contorcer-se de prazer e ambos gememos no ouvido um do outro.

Sirius saiu de cima de mim com a respiração acelerada e me puxou para si, encostando-me a seu corpo. Passou as mãos pelos meus cabelos e perguntou?

_Você está bem?

_Não podia estar melhor, meu amor!

_Te amo tanto... – sorri ao ouvir essas palavras e murmurei um “eu também” pra ele. Enrosquei-me no seu corpo, entrelaçando nossas pernas. Ele me abraçou de forma protetora. Estava feliz e agora sabia que eu era só dele e ele só meu. – Hoje vou dormir aqui. Não quero acordar amanhã sem ter você nos meus braços.

_Eu também não quero que você vá... – E então ele tapou-nos com o lençol e adormecemos em seguida.


Eu já tinha dito que nossa primeira vez tinha sido maravilhosa? Nossa... Agora que estou relembrando, acho que maravilhosa é pouco para descrever tudo o que eu senti quando estava com ele. Entretanto o que nos acordou no dia seguinte não foi nada agradável...

_Harry! – ouvi um grito no meu sonho. – Harry, venha ver isso! – continuei ouvindo um grito. Eu reconhecia essa voz de algum lugar...

_Sirius! – percebi então que não era um sonho. Estavam chamando o Sirius. Será que algo acontecera? Ainda de olhos fechados, tentei me virar, mas senti um peso em cima de mim. Só então as lembranças da noite passada invadiram minha mente e me fizeram sorrir involuntariamente. – Sirius! – ouvi a voz de Harry o chamar. Mas a voz de Harry estava muito perto, como se ele estivesse aqui conosco...

_Ai, meu Merlim! Harry! Rony!– entendi tudo o que estava acontecendo e abri os olhos rapidamente, dando de cara com Harry e Rony. – Sirius... Acorda! – Balancei-o devagar.

_Que foi meu amor? – ele me perguntou tentando me dar um beijo.

_Meu amor? – gritou Rony. Nessa hora, Sirius se deu conta do que acontecia e me olhou nervoso, olhando depois pra Harry e Rony.

Ele pegou um travesseiro, tapou suas partes íntimas e levantou-se da cama, deixando eu ficar com todo o lençol.

_Calma, garotos! Nós vamos explicar tudo a vocês e...

_Eu não quero saber de explicação nenhuma! É por isso que você não queria ficar mais comigo? Quando eu tentei te beijar antes do natal? – gritou Rony pra mim. Agora eu sabia que tudo ia por água abaixo.

_O quê? Por que você não me contou isso, Hermione? Eu sabia que ele ainda queria você! – Gritou Sirius comigo. Eu não o tinha contado esse detalhe porque sabia que ele não ia gostar.

_Por favor, Sirius! Agora não é hora para ciúmes! Depois nós conversamos sobre isso. Temos que resolver outro problema agora.

_Sirius... – dessa vez o Harry se pronunciou e nós olhamos para ele. – Você e a Mione estão... hum... Vocês sabem?

_Harry, nós estamos juntos desde que vocês chegaram ano passado de Hogwarts. Nos amamos e vamos continuar juntos – falou Sirius, agora se vestindo. Ele olhou para mim e sorriu, o que me tirou um peso das costas, por achar que ele estivesse zangado.

_Hermione... Eu não acredito que você está fazendo amor com um cara que tem idade pra ser seu pai! Eu simplesmente não posso acreditar! – Rony disse, balançando a cabeça negativamente.

_O Sirius é tão homem quanto você, quer dizer, é mais homem que você! Eu nunca me senti tão amada e desejada por alguém como eu sinto quando estou nos braços dele...

_Hermione... Pára de falar! É estranho pra nós saber que você já fez aquilo, você pra agente é como uma irmã e... – Harry voltou a se pronunciar.

_Pra mim ela nunca foi uma irmã, Harry! Eu sempre achei que apesar das brigas, nós ficaríamos juntos...

_Sinto muito, Rony! Mas eu amo o Sirius. – falei, abaixando minha cabeça, percebendo que eu ainda me encontrava nua, mas envolta de uma coberta e assim levantei-me, resolvida a expulsar todos do meu quarto, para me vestir.

_Mas que gritaria é essa? Está dando pra ouvi-la lá de baixo. – E eu pensei que não poderia ficar pior. Mudei de idéia assim que vi o Senhor e a Senhora Weasley adentrando no meu quarto. E a expressão que eles fizeram ao notar o que acontecia, me deixou muito envergonhada. - Eu estou entendendo direito o que aconteceu aqui? Digam-me que não, por favor!

_Calma, Molly, querida! – pediu Arthur, com um olhar repreendido.

_É isso mesmo, mãe! A Hermione está tendo um caso com o Sirius! – Rony soltou, ainda com raiva. Eu juro que ainda mato aquele ruivo.

_Sirius! – gritou a Senhora Weasley chocada. – Eu não acredito! Ela tem a idade... – mas Molly foi interrompida.

_Eu sei que ela tem a idade pra ser minha filha! Mas eu a amo! Será que vocês não entendem isso? Se ela que é a maior interessada não se importa com a nossa diferença de idade, por que vocês têm que se importar? – Estourou Sirius. Ele tinha toda a razão. Não podiam interferir nas nossas vidas assim.

_Concordo plenamente com ele. Eu adoro e respeito todos vocês. Sempre os apoiei em todas suas atitudes. Então agora que eu preciso disso, vocês querem destruir minha felicidade? Eu não vou permitir! – falei para todos, me encaminhando na direção de Sirius. Ele sorriu para mim, como me apoiando e entrelaçou sua mão na minha.


A partir daquele momento nos sentimos realmente livres. Ele dormia quase todos os dias no meu quarto, era maravilhoso. Com o tempo eles se acostumaram com a idéia de que nós estávamos juntos, de que nós nos amávamos. Rony foi o que mais demorou a aceitar, mas também, após de um tempo, aceitou. Depois, a guerra finalmente foi terminada, com a nossa vitória. Quase morri, com a espera por Sirius e meus amigos. Tivemos perdas, mas os que sobreviveram derrotaram o mal com vigor e agora todos podiam viver livres. O Sirius e o Harry estavam liberados para o amor e isso me deixou muito feliz.

Feliz... Um dos dias que eu fui mais feliz foi quando o Sirius, um ano após do fim da guerra tomou coragem e me pediu em casamento. Foi linda a maneira como ele se preocupou para que tudo saísse perfeito. Comprou minhas rosas favoritas e foi à minha casa falar com meus pais. Chorei feito uma boba, pois não esperava o pedido. Perguntei o por quê de ele querer se casar logo, já que tínhamos uma vida inteira pela frente. Ele apenas me respondeu dizendo que me amava e que não queria perder mais tempo. O que eu podia fazer? Apenas aceitar.

Casamos numa igreja trouxa, como meus pais queriam.Todos os nossos amigos estavam presente e isso foi muito importante para nós. O Harry e a Mary foram os padrinhos do Sirius e o Senhor e Senhora Weasley, os meus. A cerimônia foi linda e depois do “Sim”, fomos a uma comemoração na casa dos meus pais. Foi tudo muito lindo e perfeito. Passamos nossa lua de mel na Grécia, precisamente em Atenas, mesmo que quase não saíssemos do quarto de hotel.

E hoje, quando fazemos exatamente quatro anos de casados, ele brigou comigo, por que ontem, assim como durante a semana, eu andei saindo sem falar pra ele para onde ia. Quando me casei com o Sirius, sabia que ele era ciumento, mas às vezes passa dos limites. O Rony, quando era solteiro, fora impedido de chegar perto de mim. O Sirius apesar da cara de mal, é uma das pessoas mais inseguras que eu conheço. Quero ver qual vai ser sua reação quando eu revelar o porquê de eu estar saindo durante esses dias e...

Ouvi um barulho na porta lá embaixo. Ele deve ter finalmente se dado conta de que tinha sido bobo e voltou pra me pedir desculpas como sempre. As escadas rangiam, me dizendo que ele estava subindo. Fingi então que estava dormindo, até que senti um beijo no meu pescoço. Sorri internamente.

_O que você está fazendo aqui? – perguntei, fingindo-me de irritada. – Você não disse que eu estava te traindo, que ia embora?

_Ah, meu amor, você sabe que eu não sei viver sem você! Tentei até ficar no caldeirão furado, mas me lembrei de tudo o que nós passamos pra ficarmos juntos e voltei, morrendo de saudades... – começou ele, tentando me beijar.

_Pode se afastar, Senhor Black! Você me magoou dizendo que eu estava te traindo... Como pôde pensar isso? – perguntei, agora realmente irritada, levantando-me da cama.

_Você quer o quê? Sai durante toda a semana e no dia do nosso aniversário, quando acordo, não te vejo mais na cama! No que mais eu poderia pensar, Senhora Black - ele frisou a última parte.

_Eu ia te contar o que estava escondendo hoje... Quando agente estivesse comemorando! Mas não... Você nem quis me ouvir explicar, nem nada! – falei, nervosa. Ele conseguia me tirar do sério quando queria.

_Meu amor, eu não quero brigar com você! Eu confio em você, ok? Só não gosto de segredos entre nós...

_Eu sei... Mas é que eu só queria contar depois que tivesse certeza. – eu disse, abaixando a cabeça. Será que ele aceitaria o que eu tinha pra contar?

_Contar o que, amor? Vamos acabar logo com isso... Hoje é o nosso dia.

_É que eu estou... – eu tinha que tomar coragem e contar logo de uma vez o que estava acontecendo!

_Você está...? – ele perguntou, me incentivando, segurando minha mão firme.

_Estou grávida! Desculpe, eu pensei que tinha me prevenido, mas esqueci de tomar a poção... – não olhei para seus olhos. Até que sentir uma mão no meu queixo, levantando-o. E encontrei o sorriso mais lindo que já vi naqueles lábios que tanto amo beijar.

_Isso é maravilhoso, Hermione! Não precisa se desculpar! Eu sempre quis ter um filho com você, mas pensei que talvez você não quisesse por ser nova e...

_Não fala mais nada... Esse filho é uma das melhores coisas que me aconteceram. Você foi a melhor coisa que me aconteceu... Eu te amo tanto, Sirius!

_Eu também, Hermione! Você não imagina o quanto... Amo muito, muito, você!

Olhávamos um para o outro com paixão. Ele não pensou duas vezes em passar as mãos por trás do meu pescoço e me beijar. Era tão bom sentir o sabor dele, e voltar a beijá-lo. Ainda não acredito que depois de cinco anos juntos, meu coração ainda dispara quando o beijo. Passei os braços em volta do pescoço dele, acariciando seus cabelos, fazendo-o se arrepiar como sempre acontecia. Era um beijo fervoroso, cheio de paixão, como era hábito em nós. Quando nos afastamos, nossa respiração estava acelerada. Ele então com a mão livre puxou-me pela cintura para si e mais uma vez me beijou. Abracei-me a ele e enrolei minhas pernas em sua cintura.

Ele afastou os lábios dos meus e levou-me para a nossa cama, deitando-se por cima de mim. Suas mãos encontraram minha camisola, recém vestida, e a arrancou do meu corpo. Levou suas mãos às minhas costas desapertando o soutien. Eu tremi quando senti seus lábios nos meus seios, beijando-os com carinho. Eu acariciava os cabelos dele, enquanto ele levava as mãos para o meu quadril e se desfez de última peça de roupa que tornava o total contato dos nossos corpos impossível. Sirius voltou a me beijar e em seguida apoiou os cotovelos na cama e olhou para mim. Ele sorriu e pegou as minhas mãos, colocando-as por cima da minha cabeça e segurou meus pulsos apenas com uma mão.

A outra mão dirigiu-se para o meu quadril e delicadamente me puxou para si, encaixando os nossos corpos, fazendo-me gemer no seu ouvido. A sensação era maravilhosa quando nós estávamos unidos. Sirius se movimentava calmamente, não querendo esquecer nenhum pormenor dessa noite. Eu ouvia seu gemido com prazer, queria abraçar-me a ele, mas ele não largava minhas mãos, de uma maneira que eu não seu explicar, o fato de ele prender meus pulsos me excitava mais ainda, e eu desejava que o ritmo dele aumentasse.

Quando eu comecei a me movimentar por baixo dele, ele fez o que eu queria e acelerou o ritmo. Eu gemia cada vez mais depressa no seu ouvido e ele chegou a uma altura que ele próprio se permitiu gemer no meu ouvido. Meu corpo estava cada vez mais tenso e ele sabia que eu estava quase a chegar no meu limite. Olhou dentro dos meus olhos e viu que eu estava feliz. Minhas mãos fecharam-se com força e ao mesmo tempo eu o prendia dentro de mim. Então ele largou meus pulsos e minhas mãos foram direto para suas costas dele abraçando-o, numa tentativa de o manter ainda mais perto.

Segundos depois ele me beijava com desejo e ao mesmo tempo abraçava-me, sentindo-se no seu limite. Ele deitou a cabeça no meu peito e me abraçou com amor. Sentia a respiração quente e descompassada dele no meu pescoço, e ele podia ouvir meu coração bater forte de encontro ao meu peito. Ele olhou para mim e acariciou minha face. Deu-me um beijo carinhoso e saiu de cima mim, deitando-se ao meu lado e puxando-me de seguida para o seu corpo, abraçando-me de uma maneira protetora.

_Um filho, Hermione... Vamos ter um filho! – Sirius falou feliz, cheio de orgulho na voz.

_Promete que nunca me deixará? – perguntei pra ele abaixando a cabeça.

_Meu amor, depois você diz que eu que sou inseguro. Eu nunca, ouça bem, nunca vou te deixar... Eu é que morro de medo de que você me deixe.

_Seu bobo...

Ele puxou-me para si, beijando-me de uma maneira arrebatadora. Me inclinou de volta à cama e passado alguns minutos nos encontravamos novamente ofegantes e nos braços um do outro. Encostei minha cabeça no peito nu e úmido dele e adormecemos passados alguns minutos.

Então você pode me perguntar se eu sou uma pessoa feliz e eu digo que sim, porque eu amo meu marido e ele me ama. E só há quatro palavras para descrever a minha relação com ele: De tirar o fôlego...

FIM

N/A: Bem... as vezes eu tenho esses desvaneios e ponho a me fazer fics q naum me levam a nada, mas q me distraem bastantes!! Fazer essa fic foi realmente complicada... Mas eu adoro esse shipper, e nunca tinha me aventurado por ele antes... Aqui está a minha primeira tentativa de S/Hr e NC... Espero que todos gostem!! Fiz especialmente pra o seu challenge Cassie... !!! Eh isso... bjuss

N/A2: bem galera... eh isso... espero q vcs gostem da minha nczinha.. ehhehehehehehhe bjuamM!!!!!!

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