Macho Pleno



Notas: Essa fic é um adendo à Um Para o Outro (O Mundo Bruxo)
Agradecimentos: À loba interior em todas as mulheres. Ao povo ensandecido das madrugadas no msn que descobriu comigo as palavras certas de sexo pra tudo poder ficar bom, bonito e gostoso. Clau, Shey, Nanda e Roxane, as alfas. Fer Potter, beta na marra, caçada a laço, como um imenso troféu brilhante!
Disclaimer: Universo Potteriano, de JK Rowling. Suas personagens,
quase todas.
Não estou ganhando dinheiro escrevendo isso. Mas adoraria reviews!

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Macho Pleno

A lua estava mudando. Em três dias completaria o ciclo perigoso e ele já mal conseguia se conter. Sentia a ansiedade crescendo, entornando como um líquido volátil, corrediço, que se expandia tomando seu corpo e seus sentidos.

Todos os cheiros do mundo afluíam incontroláveis, e o garoto os sentia até mesmo pela boca, numa explosão de sensações.

Junto aos cheiros e sabores, vinham as dores.

Remus encostou a testa em brasa na parede de pedras frias, arfando, chamando baixinho por ela.

- Heloísa...

Seu desejo de macho, agora aos dezesseis anos, fugia ao padrão normal dos adolescentes, ele sabia. Mas ele não era só um adolescente. Ele era um animal.

Desde que a lua dera sinal de mudança, estar com ela, beijá-la, sentir-lhe o corpo e os carinhos, se tornara um imperativo, uma ordem incontestável.

Doía. Essa mudança crescente doía muito por dentro de seu corpo meio menino, meio bicho, como se todos os seus órgãos e fluidos estivessem numa insana transformação.

Ele vagueava aflito, sem destino aparente, pelos corredores do castelo de Hogwarts. Seus passos o levaram até às vizinhanças da cozinha, atrás da garota, na sala comunal da Lufa-lufa.

Tentava sorrir amistoso, meio desconcertado pela timidez e pela agonia, toda vez que cruzava com um ou com outro aluno.

Ia e vinha pelo corredor, pelas escadarias adjacentes, esperando, como se o caminhar incessante amenizasse sua tensão interior.

Impacientou-se.

A pedido do Diretor Dumbledore, aproximara-se da menina bobinha, ingênua. Ela era tão simples, sem mistérios, que ele juraria a si mesmo não temer nenhum daqueles perigos que rondam a comodidade masculina, sua segurança, sua estabilidade. Ela não parecia mesmo ser alguém que ameaçasse seu autocontrole.

Mas a cada ciclo da “sua” lua, sentia que enlouquecia. Os beijos, os toques, estar perto dela ia ficando mais avassalador a cada mês. A cada avanço sensual que ele dava, ansiava por mais. “É coisa de homem”, pensara, Sirius e James disseram, seu pai dissera. Mas ele sabia que era mais. O bicho sabia. Estava por dentro dele, gritava a cada investida da lua; ele sentia no cheiro doce e inebriante que vinha dela todo mês, regularmente.

A cada ciclo, sentia seus nervos e seu controle se espicaçarem. A cada mês, precisava empregar mais força e mais domínio sobre si mesmo. “No dia seguinte se recolheria”, pensou decidido. “Por segurança”. Lembrou da promessa ao Dumbledore e de tudo que representou a ajuda do diretor.

Quando Heloísa o abraçou por trás, enlaçando a cintura dele, Remus se virou instintivamente e a agarrou com força, pressionando o corpo dela com o seu de encontro à parede. Sua boca não esperou por nada, nem pelo cumprimento, nem pelo susto dela. Era urgente a fome do beijo, da língua, de tê-la toda.

Heloísa se abriu receptiva. Não tinha os constrangimentos e a frieza britânica, apesar dos anos todos que passara ali. As lembranças quentes, cálidas da sua vida na terra tropical ao lado da mãe e do pai tão apaixonados, sensíveis, sinceros, criaram as bases do temperamento confiante e aberto dela. Não temia o amor, nunca o temera, mesmo que não o tivesse em abundância.

E não temia o fogo sazonal de Remus Lupin, ao contrário, divertia-a e excitava. Amava ser tocada por ele de maneira terna, nas mais das vezes, e de maneira arrebatadora, em momentos como aqueles.

Tudo nele queimava: os beijos, as mãos, o hálito, o rosto dele colado ao seu, e ela se deixava envolver, relaxando tendões, músculos e pudores. Rindo e se derretendo. Para ele, sempre tão tímido, contido e fechado, aquele riso aberto, aquela virada de cabeça que ela dava, jogando os cabelos revoltos para trás, expondo boca, pescoço, colo, eram a porta escancarada que o jogava naquele mundo de delícias absurdas e delirantes.

A presença dos outros alunos transitando pelo corredor, os gritinhos e risadinhas que davam diante da cena acalorada, trouxe-os à razão novamente, e tomando-a pela mão, correram para fora, para longe dos olhares curiosos e do zelador hostil do castelo, que os vivia advertindo sobre os castigos inomináveis que aguardavam quem fosse pego em atos impróprios na escola.

A noite se aproximava lá fora, trazendo no fim de outono um frio cortante, fino, incômodo. Seguiam pelos jardins, caminhando lado a lado sem se tocarem, desatentos ao rumo tomado, concentrados em seus próprios pensamentos e na respiração um do outro. O vento açoitava rostos e cabelos.

- Vou pra casa amanhã, Heloísa. Minha mãe tá doente.

Tudo ficava mais difícil. As mentiras principalmente.

Ela o observou abaixar os olhos, as mãos escondidas nos bolsos da veste de segunda, constrangido e tenso como se vivesse mergulhado em segredos.

Contorcendo apertadamente suas próprias mãos, a menina calou perguntas e declarações que reservara para ele na intimidade, sem entender direito o porquê desse afastamento mensal, sistemático, mas não insistiu. “Sentia” que quando estivesse pronto, ele seria dela, todo ele: corpo, mente e coração.

A atenção dele se acendia a cada gemido que ela dava quando o vento gelado fustigava seu corpo. Pelo canto do olho ele a observava encolher-se esfregando os braços, enquanto caminhavam a esmo.

Enlaçando-a pelos ombros, aconchegou-a bem perto de si e a conduziu para o lugar mais protegido que vira, para onde o vento não entraria tão forte, para onde não precisaria parar de tocá-la, onde pensar muito ficaria em segundo plano.

Enquanto caminhavam por entre as raízes retorcidas, mais visíveis e expostas à medida que penetravam a floresta na penumbra, Remus percebia o acelerar crescente da respiração dela e a apertava mais contra seu corpo.

Uma nesga de céu apareceu entre as copas densas, derramando o brilho de uma lua dourada sobre a clareira que se abria à frente. A luz incômoda ainda não era forte o suficiente para lhe alterar a natureza, mas transtornava o bicho dentro dele, embolando razão, senso e desequilíbrio.

Procurando refúgio entre as sombras, Remus a encostou contra a árvore retorcida, afundando as narinas no pescoço, nos cabelos cacheados dela, acariciando o rosto da menina com o seu.

Suas mãos, agora mais corajosas que antes, enlaçavam-se às dela, buscando a cumplicidade, criando um envolvimento quase infantil.

Contato. As bocas se encontravam em beijos amorosos, cheios de carinho, em meio a gemidos lânguidos e aquecidos.

Falavam-se baixinho, quase para dentro um do outro, as coisas que o coração e o desejo misturavam. Palavras de intimidade, sussurros de entrega, prazer.

Com mãos e bocas, se conduziram aos limites experimentados até então. Sentiam o gosto um do outro, o sabor que suas línguas deixavam no contato, nas carícias, no jeito de se possuírem. Os gemidos davam o tom, enquanto a vergonha, o autocontrole, a timidez eram deixados para trás.

Remus buscou o beijo que queria: longo, molhado. Seu calor pedia isso, para se afogar ali, para se saciar. Esfregou a língua nos lábios dela, em toda extensão da boca, marcando território, conhecendo. As mãos deslizando firmes pelas laterais do corpo da namorada iam e vinham, enquanto ela arqueava os quadris de encontro a ele, gemendo e arfando ligeira quando os polegares dele a tocavam nos seios ou pressionava o pênis duro no corpo dela.

- Remus...

- Shiii... Eu não vou te machucar...

Afundando o rosto no pescoço da garota, Remus afastou ligeiramente os quadris e, segurando a mão de Heloísa, a levou sobre o seu membro, conduzindo a garota na carícia quente, fazendo-a esfregá-lo e apertá-lo na palma da mão, enquanto misturava seus sons de amor e prazer aos dela.

O rapaz comprimia os quadris de encontro a ela, intensificando o contato, perdendo de vez o controle. As mãos longas traçavam caminhos de fogo pelo corpo da menina, suspendendo o suéter escolar e alcançando os seios com os bicos intumescidos, massageando-os com firmeza.

Tensão demais. Era um adolescente apaixonado, inexperiente, afoito.

Ela gemeu outra vez, ansiosa, assustada.

- Remus!

- Shiiii... Calma... Eu vou fazer devagarzinho... Não fica com medo... Isso! Assim...

E os seus beijos molhados cobriam de novo os gemidos dela, preparando-a para as carícias enquanto seu corpo retomava incessante o assédio.

Quando sentiu que ela agia sozinha, receptiva e deliciada, tocando e esfregando com a mão o pênis que pulsava forte, dolorosamente endurecido e confinado dentro das calças, ele deslizou a mão sobre a coxa dela, suspendendo a saia até sentir o toque da calcinha. Os dedos dele brincaram com o contorno do elástico, distendendo-o de leve para se insinuarem por sob a peça.

A cada movimento novo que fazia, sentia-a retesar de surpresa e expectativa, mas sua língua logo resolvia a situação, provocando a menina, forçando de leve a rendição dela, penetrando-lhe a boca como um coito molhado, dominando-a como um bicho faria.

Conforme ela se abria para o beijo sensual, Remus explorava com a mão o sexo dela, roçando com a ponta dos dedos os pêlos já úmidos, procurando a abertura para mergulhar. Quando sentiu o desenho macio, carnudo dos lábios que se fendiam entre as pernas dela, não conseguiu conter um gemido profundo de deleite e prazer, fechando os olhos e aspirando o som que fugia da boca aberta sob a dele.

Heloísa gemeu longamente ao sentir a ponta dos dedos dele tocando-a, percorrendo suave toda extensão de sua carne, brincando com as sensações que provocava, para trás e para frente ao longo de sua abertura, até aprofundá-lo um pouco mais e achar o ponto do prazer absoluto, concentrado, e sentí-lo massageando-o entre os dedos quentes.

Remus sentia-se explodindo de excitação. Enquanto sugava e lambia a boca, a língua quente dela, sentindo-a delirando, segurou e massageou o clitóris entre os dedos, fazendo-a enlouquecer de prazer e abrir-lhe as calças, tocando ansiosa o membro completamente duro e molhado, pronto para experimentá-la.

- Isso... Assim... Esfrega, é seu... – ele sussurrava entre os beijos e a respiração cortada.

Ela o puxou para fora das calças, sentindo o tamanho, a textura, massageando-o em toda a extensão. Guiando o membro de encontro ao próprio corpo, Heloísa o encostou entre suas pernas, e o rapaz, tomando-o para si, esfregou a ponta macia e molhada no clitóris dela enquanto afastava a calcinha com a outra mão.

Com o pênis encaixado perfeitamente na fenda dela, segurou-a pelas nádegas com firmeza, massageando-as enquanto retornava ao beijo profundo. Movimentou os quadris num vai e vem contínuo, lento, enquanto a segurava presa ao seu corpo, sentindo o pênis deslizando sobre o clitóris na abertura quente e lubrificada dela.

Conforme a tensão aumentava exigindo urgente mais contato, ela gemia sussurrando:

- Mais, Remus! Mais... Vem... Mais rápido! Faz mais!

Ele acelerou os movimentos enquanto sua língua a penetrava forte. Murmurava para ela, entre beijos:

- Goza... Goza no meu pau... Isso! Ah... Toda molhadinha, toda quentinha! Assim... Vem... Goza pra mim...

- Remus...

- Isso! Goza no meu pau, meu benzinho, goza...

Heloísa sentiu seu corpo todo se retesar como se toda a energia do universo se concentrasse num único ponto entre suas pernas, enquanto experimentava aquela coisa quente e molhada, lisa, deslizante. A voz doce, carinhosa, sussurrou para seus sentidos, e a boca possessiva desceu então sobre a sua, aspirando as ondas e espasmos ritmados que seu corpo todo liberava, como se derramasse prazer e saciedade por toda a floresta.

Ela sentiu as pernas vacilarem, dobrando ligeiramente os joelhos e liberando a respiração num suspiro longo, profundo. O sangue pulsava em todo o seu corpo novamente, latejando cada célula, cada nervo. Remus a segurou para que não caísse; o pênis ainda endurecido, exigindo atenção.

O homem vencera. Sobrepusera-se à fera por momentos, superara a força do instinto. Mas agora o bicho exigia satisfação. E como o bicho pedia, a virou sobre as raízes mais altas que saiam do chão à sua volta, aproveitando para lhe tirar completamente a calcinha, ajoelhando-se atrás dela.

- Remus...

- Calma, meu bem... – sussurrou, abraçando-a carinhoso por trás. – Eu não vou te machucar... Não vai doer, confia em mim... Eu vou fazer devagarzinho... Não fica com medo...

Beijou-a longamente na nuca, na orelha, enquanto massageava os seios dela e comprimia o pênis de encontro às nádegas nuas.

Inclinou-a sobre a raiz, posicionando-a de quatro.

Segurando o membro gotejante com uma mão, esfregou-o sobre o sexo dela espalhando calor e umidade em toda região, mantendo-a firme junto a si, sustentando-a com o braço livre, sobre as raízes.

Dentro do fundo de sua mente, sabia que quem estava diante dele era a namorada menina, virgem, suave e terna, despreparada como ele e sabia que deveria iniciá-la com carinho e delicadeza para que ela não temesse nunca o amor, para que não desacreditasse na magia que o amor constrói entre duas pessoas, para que o olhasse e o visse como o homem que a fez uma mulher feliz.

Mas a lua estava mudando. Em três dias completaria seu ciclo. Remus Lupin estava deixando de ser um menino, e o bicho dentro dele ficava mais forte a cada ano, a cada etapa de sua vida.

O cheiro da fêmea no cio invadiu suas narinas, e só o que ele conseguia pensar com lucidez é que precisava possuí-la, torná-la dele.

Posicionou o pênis latejante na entrada da vagina e o pressionou firme, rompendo barreiras, preenchendo-a por dentro, enterrando-se até estar todo enfiado dentro dela. Segurava-a, apertando-a contra si, imobilizando-a. Com a mão livre, segurou-a pelos quadris firmemente, enquanto deslocava o corpo para sentir o membro recuando até a ponta lentamente e de novo arremeter-se dentro dela até o fundo.

O pouco de sanidade e lucidez foi se esvaindo a cada investida que dava; o bicho assumindo o controle. Segurou-a com firmeza e a possuiu com força, os movimentos profundos incessantes, o vai e vem acelerado, o arfar, o gemido rouco do animal.

Heloísa sentiu o pênis entrando quente, estirando as paredes do seu corpo, deslizando firme, escorregadio, até sentí-lo todo enterrado dentro de si. A leve dor inicial foi substituída rapidamente pela sensação do preenchimento e pelo calor do corpo dele encostado no seu. Gemeu baixinho de prazer. Sentia-o entrando e saindo de dentro do seu corpo cada vez mais rápido, cada vez com mais firmeza, enquanto o ouvia gemer forte com a respiração entrecortada.

Conforme ele acelerava o vai e vem e a apertava mais junto a si, ela o ouvia num som rouco, abafado, que lhe lembrava um rosnado. Ficou atenta, arfando, com a respiração suspensa, enquanto ele se arremetia quase violento dentro dela.

Quando ele retesou o corpo com o pênis enterrado fundo dentro de seu sexo, ela sentiu a descarga do líquido quente derramando-se por dentro enquanto ele pulsava, agarrado às suas costas, e soltava um longo e fundo gemido.

Remus ainda manteve lentamente o vai e vem do membro enterrado dentro dela enquanto seu corpo ainda pulsava, expelindo as últimas gotas do seu sêmen quase de bicho.

Teve vontade de ficar ali para sempre, mergulhado naquele corpo quente e macio. Dele, todo dele.

Queria falar alguma coisa, qualquer palavra bonita que servisse para agradecer a deliciosa trepada, sua primeira trepada, mas só conseguia forças para respirar agarrado às costas dela, equilibrando os dois sobre as protuberâncias das raízes salientes.

A mão dela alcançava o rosto do rapaz por sobre o ombro, e Heloísa o acariciou.

- Agora eu sou sua...

Ele não disse nada. Fechou os olhos e se enterrou o mais que pode dentro dela, abraçando-a com carinho.

Quando os corpos se acalmaram e o fogo amenizou-se por dentro, ele se mexeu, saindo devagar do corpo dela, os dois sentindo o deslizar suave do pênis já flácido e a sensação molhada do esperma se espalhando de volta.

Ele a abraçou, virando-a de frente sobre seu colo, aninhando-a em seus braços, e se beijaram apaixonadamente.

Quando o frio da noite os envolveu mais forte, perceberam que já era hora de estarem em suas camas, no calor protegido de suas Casas escolares.

Correram em direção ao castelo assim que deixaram a orla da floresta. Remus parou a uma certa distância, olhando para trás como se algo o chamasse. Olhou a vegetação densa de onde haviam saído, procurando a sensação que o invadia. Seus olhos foram atraídos para além das copas farfalhantes, para o brilho dourado que se derramava sobre tudo, imperioso para ele, governante. Levantou o rosto firmando o queixo, a sensação o invadindo. Macho, era como se sentia, era o que era agora. Um macho pleno.

Voltou-se para a garota mais adiante à sua frente que o olhava sorrindo, esperando. “Minha”. Sorriu de volta para ela. A vida de homem o esperava.



FIM

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