Cap. I



Titulo: Lei do Retorno

Cap. 1

Hermione se encontrava inquieta naquele salão comunal da Grifinória, também pudera, ela decidira que iria contar a verdade para Harry.

Verdade essa que a consumia todos os dias e noites, que perturbava seus sonhos e até atrapalhava sua vida, já que ela agora estava começando a ficar com a cabeça longe nas aulas e seu desempenho escolar estava indo para o ralo.

Não fazia a menor idéia da reação de Harry, mas já estava na hora de resolver isso, não dava mais para simplesmente ignorar o fato de esta apaixonada por ele desde o quarto ano.

O nervosismo era notato à distância para que a conhecesse, pois ela estava quase abrindo uma cratera no chão de tanto que andava de cá para lá, esfregava uma mão na outra e mordia os lábios com tamanha força, que só não os feria por milagre divino.

Repassava tudo mentalmente para que na hora não gaguejasse e destruísse a declaração tão bem ensaiada.

A espera estava praticamente agonizante, e não via a hora de respirar aliviava quando tirasse aquele peso de cima dela, ela tinha que se livra daquilo, tinha que por para fora todo aquele sentimento que ficou guardado por tanto tempo.

As horas iam passando e para o desespero dela, Harry não chegava, o que fazia com que ela ficasse mais nervosa.

Harry se encontrava em uma detenção, por causa do Prof. Snape, ele simplesmente tinha respondido a uma provocação dele, e como o seboso não iria deixar aquilo passar em branco, aproveitou a oportunidade e lhe aplicou uma detenção.

Mas o fato estranho era que Harry já era pra ter chegado, pois pelo o que ela se lembrava, ele seria dispensado às dez horas, e agora já era onze em meia e nada do moreno.

Aquilo estava a deixando nervosa, coisas horríveis passavam pela cabeça da castanha, que não parava de fitar um minuto se quer o buraco do quadro da mulher gorda, como se a qualquer momento ele fosse surgir da passagem.

Com o coração na mão decidiu que não iria mais esperar ali naquela tortura, iria procurá-lo, pois aquilo estava esquisito, e pra ela, só podia significar uma coisa, Harry estava em perigo, só podia ser.

Saiu do salão decidida, mais ao mesmo tempo com muito medo do que podia lhe acontecer, pois ainda era uma aluna aplicada e que não gostava de quebrar as regras.

Começou a procurá-lo às cegas pelos corredores, nem sabia por onde procurar, mais resolveu andar pelos corredores pra ver se o achava, e se não o encontrasse, procuraria nos arredores do colégio.

“Harry onde você está?”. Foi um de seus pensamentos.

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Lá estava ele mais uma vez, perdido em pensamentos, era sempre assim pra aquele louro de olhos prateados. Sempre que perdia o sono, ele vagava pelos corredores vazios e escuros do colégio, a procura de paz para seus pensamentos confusos.

Malfoy era considerado por muitos, um garoto mimado que sempre sabia o que queria, mais não era bem assim. Draco era um garoto como outro qualquer, claro que mimado, mas com duvidas e incertezas como qualquer pessoa normal.

Às vezes ele sentia como se não passasse de um mero boneco nas mãos de seus pais, por quem tinha uma devoção muito grande. Ele achava no seu intimo que o casal se aproveitava dessa devoção do filho, para que o manipulasse da forma que eles queriam, e isso ultimamente vinha desagradando muito o mais novos dos Malfoy’s.

E nessas horas de duvidas e incertezas, era que ele perdia o sono e vinha caminhar solitariamente pelo castelo, como isso fosse uma forma de colocar todos os pensamentos em ordens.

Ele já tinha vagado por uns corredores e tinha simplesmente parado de frente a uma janela e estava admirando a lua cheia. Ela se encontrava linda e redondamente amarela, como um grande queijo no céu.

Ninguém sabia, mais uma de suas paixões, além de sua principal é claro, de colecionar vassouras, era a Lua. Ele adorava ficar olhando pra ela, e a achava linda, por ser tão única. Malfoy muitas vezes perdia horas apenas a contemplando e a adorando, como um objeto poderoso. Inalcançável para ele. Acho que por isso que ela a idolatrava tanto.

Draco estava acostumado a ter tudo que queria, e muitas vezes não dava o devido valor às coisas que lhe eram dadas, por simplesmente vim fácil de mais. Mas com a lua era diferente, pois ele sabia que não a podia ter, e ele tinha uma queda pelas coisas que ele não conseguia ter pra si. Era sempre assim, se não conseguia ter pra si, passava a adorar essa coisa.

Já tinha ficado muito tempo fora da cama, e ele não estava nem um pouco a fim de pegar uma detenção.

Desencostou da parede de onde estava e retornou a caminhar pelo corredor vazio e escuro, as mão no bolso da calça, a blusa semi-aberta, ele não tinha se arrumado, apenas colocado a calça e blusa da escola, apesar da noite fria, ele não a sentia, já estava acostumado demais com lugares gelados, o frio nunca o afetava.

Deixou seus pés o guiarem pelo caminho já conhecido, o salão comunal da Sonserina, nas masmorras escuras e geladas da escola.

Enquanto caminhava, ouviu um gemido vindo de algum lugar, parou de chofre, querendo saber de onde tinha vindo o som. Ficou se perguntado se teria ouvido coisas, se o sono já estava o afetando para que não atinasse mais e começasse a ouvir barulhos, mais de repente ouviu outro gemido, mais alto e ainda mais longo.

Meneou a cabeça, para que pudesse identificar da onde vinha o som, mais ainda não conseguia dizer da onde vinha o tal gemido. Deu alguns passos e mais uma vez, os ouviu, mais altos e cada vez mais longos.

Na certa era um casal aproveitando as salas vazias do colégio. Movido pela curiosidade, começou a se mover como um felino, pisando de leve e sem fazer nenhum ruído, queria muito saber que era o casal que estava se amassando a aquela hora da noite.

Estava louco de vontade de impor sua autoridade, iria fazer o casalzinho pegar uma detenção, e na certa ganharia alguns pontos para Sonserina por está fazendo o seu trabalho.

Lógico, que se for contar com qualquer professor que não seja Snape, ele não ira sair ileso e com pontos, provavelmente ira pegar uma detenção também por está fora da cama no horário não permitido. Mas ele, graças a Merlin, podia sempre contar com seu adorado professor Snape.

Draco se aproximou devagar de uma sala, da onde se podia ouvir os gemidos escaparem por entre a porta, deslizou lentamente para a brecha desta, para que pudesse enfim ver quem estava fazendo aquela orgia toda. Mas infelizmente não pode ver muita coisa, já que no começo do corredor ele pode ver uma garota morena, com cabelos muito cheios e uma cara muito preocupada.

- Ora, ora se não é sangue ruim. – Seu famoso sorriso irônico serpenteou em seus lábios enquanto a encarava. Sua noite estava apenas começando.




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