A bordo do Expresso de Hogwart



-Você, com certeza tem algum problema mental. –dizia um garoto muito bonito, de mais ou menos 16 anos, cujos cabelos negros caiam-lhe aos olhos azulados. Caminhando rumo ao Expresso de Hogwarts. –Não sei o que você viu naquela pimentinha. Sou muito mais a Jú, ou a Michelle... Ah! Sou muito mais todas! Para que você quer ela e somente ela?Se pode ficar com todas as que quiser? Eu realmente não consigo entender.
-Amor, paixão... Será que você conhece alguma dessas palavras? –foi a vez de um garoto magrelo, com cabelos e olhos castanhos, nem de longe bonito como o outro, que estava um pouco atrás, falar –Será que você não entende? Aquela ruivinha mexeu com o coração do nosso amigo aqui. Agora, ele só tem olhos para ela, ele gosta dela.
-Paixão, amor... Fala sério, isso é coisa de gente retardada. Eu nunca que ia querer ficar com uma única garota para o resto dos meus dias! O coração... hunft –completou com certo desdém.
-Pois eu aposto como, não demora muito você vai crescer, vai se apaixonar e só vai querer ficar com ela, somente ela.
-Pois é exatamente isso que eu quero ver! –Agora, falou o garoto que estava mais à frente, subindo as malas no trem. Esse tinha belos olhos castanhos esverdeados e cabelos negros com pontas apontando para todos os lados. –Sirius Black apaixonado! A garota com certeza vai ter trabalho pra conseguir essa façanha.
-Com certeza! Se algum dia essa tragédia se abater sobre a minha vida, em primeiro lugar: -disse o menino bonito, dando passagem para que o de trás subisse no trem na sua frente e o acompanhando.-Será daqui a longos anos, quando eu já estiver cansado de viver a vida, se é que se chegará a esse ponto, o dia que eu irei me apaixonar. Segundo: Ela vai ter que ser a menina, entendem? Linda, não, linda não. Perfeita. E nada de garotas quietinhas demais, sou mais as safadinhas. E em último: Esqueçam tudo isso, por que eu nunca vou me apaixonar. –e completou com um sorriso maluco.
Os outros dois reviraram os olhos, enquanto se sentavam numa cabine vazia.
-Agora eu tenho que ir. A profª. Minerva tem que dar umas instruções para nós. –disse o garoto de cabelos castanhos
-Ah sim, é claro. –concordou o do cabelo bagunçado. –Isso é uma vergonha para nós, os marotos, um monitor! Ai, eu acho que vou entrar em crise! –completou em tom falsamente dramático.
-Ah! Seja menos gay! –respondeu o outro saindo.
-Gay é a pu... –ele gritou abrindo a porta. -Você sabe de quem eu falo!
O outro se dirigiu ao outro vagão sorrindo.
-Coitadinha da mãe do Remo! –disse Sirius em falso tom de pena. –Aliás, todas as nossas mães, a cada cinco minutos, são agredidas verbalmente. Exceto se tratando da minha, que vocês podem xingar a vontade que eu até ajudo. Isso é um escândalo! Pobres da tia Bia e daYully! –e por fim pôs a mão no peito, fingindo um desmaio.
-Depois dizem que eu que sou o gay! –disse olhando para o amigo.
–Ah! Cala essa boca.
Ele riu e o outro olhou pra fora da janela, o trem agora já se movia.
-Hei! Espera um pouco! –disse repentinamente. –Cadê o Pedro?
-O vi embarcando. Daqui a pouco ele nos encontra, pelo menos... –sua expressão era de quem não tinha certeza do que havia dito. -É o que eu espero.
-Olá pessoal! –falou uma voz que acabara de entrar.
A voz era de um garoto gordinho e baixinho, de cabelos castanhos claros, muito colados no couro cabeludo, e olhos castanhos acinzentados.
-Ah!Finalmente, Rabicho! Nunca vi levar tanto tempo no banheiro, quase perde o trem! Parece até mulher se arrumando! –falou Sirius quando o viu.
O garoto apenas sorriu e se sentou. Ele seguiu se deliciando com seus preciosos feijõezinhos de todos os sabores, enquanto os outros trocavam figurinhas de sapos de chocolate, ou olhavam as garotas que passavam no corredor (principalmente o Sirius). Depois de algum tempo o garoto chamado Remo voltou.
-Finalmente! E aí? Quem são os outros? –perguntou Sirius.
-Sim...Os da lufa-lufa são: Amélia Bones e Thomas Bolleir, os da Corvinal: Graziella Tomys e o Chang.Ah! Os da Sonserina: ... Adivinhem só, alguém que amamos muito. –anunciou Remo.
-Snape? - arriscou Sirius.
-Não, alguém que amamos mais: sua adorada priminha: Narcisa e o nosso querido e amado amiguinho: Lúcio Malfoy.
-Eca! Isso tá uma nojeira! –criticou Sirius, com cara de profundo nojo. –E os nossos? Ou melhor, a nossa. Por que de você, já sabemos.
-Ah! Alguém de quem o Tiago gosta bastante... –nisso, o garoto de cabelos bagunçados, que estava prestando mais atenção no movimento das árvores do que na conversa dos dois desencostou a cabeça do vidro e olhou com uma cara de quem diz: “Que é que tem eu?” –A ruivinha de olhos esmeralda.
-Lily? –perguntou o garoto com cara de quem já sabia a resposta. –Não me admira nem um pouco.
-Me admiraria se não fosse! –exclamou Sirius.
-Pois eu achava que talvez pudesse ser a Elisabeth.
-É, ela com certeza seria uma forte candidata! –reconheceu Sirius –Não entendo como ela consegue ser tão atenta, estudar tanto, ser tão inteligente, não sei que graça que ela vê nas aulas, quase sempre já sabe o que o professor está ensinando!
-Se ela sabe, todos nós poderíamos saber, ela só reforça o que o professor ensina. Ela tem a mesma base que nós, mais um cérebro brilhante e uma excelente memória. -falou Remo.
- Embora eu não consiga ter metade da paciência e concentração dessa menina, –expôs o garoto de cabelos bagunçados (chamava-se Tiago) –concordo com o Aluado, ela não é mais inteligente que nós, só é mais aplicada. Gostaria muito de ter um décimo da atenção dela.
-Quem vê você falando assim até pensa! –debochou Sirius. –E ela até que é bem rebeldezinha, pisa no calo dela pra ver!
-É mesmo, ela é do tipo de garota que não se deixa passar pra trás, mas só um detalhe: em primeiro lugar: Espera eu terminar a frase, eu gostaria, porém, jamais me ligaria numa aula inteira, atento e fazendo anotações, e não foi isso que eu disse. E em segundo: Ninguém vai me ver falando assim, por que ninguém vê ninguém falando: ouve. –disse Tiago em resposta. –Ah, me esqueci! Isso é demais para o seu cérebro!
Remo revirou os olhos e Pedro riu.
-Tá!Já chega!É melhor a gente se arrumar, já devemos estar chegando. –ao dizer isso, consultou o relógio, extremamente estranho, que trazia no pulso.
Os três já estavam prontos, só faltava o Pedro conseguir fechar as calças. O garoto estava deitado no banco, prendendo a respiração e tentando puxar o zíper da calça para cima, sem sucesso.
-Alguém me ajuuuu... –e parou aí, de tanto se mexer, tentando fechar a calça, rolou e caiu deitado no chão, aos pés dos colegas, que estavam esmagados no banco a frente, pra deixar o outro livre.
Houve risadas e Tiago, entre risos, lhe estendeu a mão e o ajudou a voltar ao banco.
-Tudo bem, pelo menos, consegui fechar. –disse Pedro.
-Depois eu falo que você vai acabar explodindo... -caçoou Sirius.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.