Brenda Givens



Capítulo
Um


Brenda
Givens


 


N/A:
Bom, essa foi a primeira fic que eu escrevi, decidi publicá-la somente agora.
Fiz uma revisão básica, apenas corrigi os principais erros, então, se
encontrarem algo de errado, disfarcem (rs..).


 


        
Assim que Ginny pisou no chão de Hogsmeade foi recebida pelo
vice-diretor: Brian Gomes. Brian é vice-diretor de Hogwarts desde 1997, quando
Alvo Dumbledore, o ex-diretor, se aposentou, e Minerva McGonagall assumiu o seu
cargo. Brian tinha cabelos louros compridos na a altura dos ombros. Normalmente,
ele prendia os cabelos, mas hoje eles estavam soltos. Sua pele era rosada, e
seus olhos eram castanhos. Brian também tinha um nariz um pouco grande, o que
logo dava a primeira impressão de sua personalidade: uma pessoa fria e severa.
Mas Gomes era o contrário, ele era extrovertido e brincalhão, os alunos adoram
ele.


 


-         
Você receberá a aluna às 16 horas. Hagrid mostrará o
caminho para a sala onde deverá esperá-la.


 


Hogwarts não mudara quase nada
nos últimos dez anos. Ginny já estava com os seus 21 anos, e Hagrid e Filch
ainda trabalhavam na escola. Boas lembranças o colégio lhe trazia. O
vice-diretor havia sido muito discreto e rápido, parecia que estava com pressa.
De qualquer forma, Ginny já esquecera disso. Estava apenas preocupada com o seu
trabalho agora. Ela trabalha como terapeuta e psicóloga. É a primeira vez que
ela trabalha com um assunto ligado ao assassinato. Ginny nem gostaria de ter
aceitado a proposta da diretora, Minerva McGonagall, em tentar ao menos fazer
com que a aluna Brenda Givens falasse alguma coisa. Ela está muda desde o dia
do assassinato, provavelmente despertou-lhe um trauma, ou um choque. O
assassinato da aluna Janice Kahlen aconteceu no dia 17 de junho de 2001. Janice
e Brenda estavam no dormitório feminino, quando alguém se infiltrou lá e lançou
uma maldição em Kahlen. Brenda presenciou tudo, pelo menos é o que se
acredita, porém, ela não abre a boca, ela não fala, ela está muda.
Provavelmente, ela sabe quem lançou a maldição, ou como era a pessoa que fez
isso, mas a morte de Janice provocou uma espécie de trauma em Givens, que a
impede de deixar-lhe dizer alguma coisa. Agora, Ginny veio tentar fazer com que
ela fale algo, se lembre do dia do assassinato, por mais duro e terrível que
isso seja para a aluna.


À tarde, Hagrid levou Ginny até
a sala onde ela conversaria com a aluna. Era uma sala de aula comum, porém
totalmente vazia, havia apenas uma mesa e duas cadeiras. Uma em frente para a
outra. Ginny sentou-se numa cadeira e aguardou a chegada da aluna. Pouco mais de
10 minutou, Brenda Givens entrou na sala e sentou-se rapidamente. Givens tinha
os cabelos castanhos escuros e curtos, usava óculos. Seus olhos eram azuis e
através deles dava para se saber que ela estava impressionada com alguma coisa.
O nariz era pequeno e os lábios vermelhos e bonitos. Brenda tinha 15 anos. Após
analisar Brenda, Ginny tentou conversar um pouco com ela, embora parecesse inútil.


 


-         
Bom dia, Givens. O meu nome é Virgínia Weasley, eu sou
terapeuta e psicóloga há um ano. É a primeira vez que eu trabalho num caso
como o seu, então se você pudesse me ajudar um pouquinho seria ótimo. Eu sei
que vai ser difícil, mas eu gostaria que prestasse muita atenção no que eu
falar.


 


        
Era absolutamente inútil tentar conversar com Brenda. Ela parecia que
nem estava ouvindo o que Ginny estivesse falando, era como se ela conversasse
com as paredes. Brenda apenas olhava para a mesa, a cabeça baixa.


 


-         
Brenda, está me ouvindo? - ela não responde, não fala,
não mostra nenhum sinal. Era como se estivesse sozinha na sala.


 


Ginny começou a perder a paciência.
Isso não devia acontecer.


 


-         
Muito bem, vamos começar. Brenda, olhe pra mim. - Brenda
Givens não responde, a cabeça continua baixa. Ginny fala bem alto, como quem
estivesse dando uma bonca. - Brenda! Olhe para mim!


 


O rosto de Brenda Givens muda
completamente. Agora os olhos passam a estar aterrorizados. A aluna estava com
medo, parecia que estava com uma sensação ruim, um pressentimento horrível.
Brenda começa a tremer. Ginny dá um suspiro e diz:


 


-         
Desculpe, eu não devia ter feito isso. Eu sei que é difícil
para você, mas precisamos saber quem é o assassino de Janice Kahlen. - nesse
momento, Brenda volta a mirar a mesa - Eu gostaria muito que você me
ajudasse. Na próxima vez que nos encontrarmos, conversaremos mais a sério.
Procure tentar se lembrar de alguma coisa, e dizer-me, não precisa falar, pode
ser através de gestos, por escrita, ou qualquer outra coisa, mas diga alguma
coisa sobre aquele dia. Pode sair, se quiser. - A aula continua sentada,
olhando para a mesa. Ginny saiu da sala, mas ela continuou lá. Tudo aquilo
estava deixando-a preocupada. Esse trabalho iria ser mais difícil do que ela
pensava, e isso não seria nada bom, disso ela tem certeza.


 


        
Andava pelo corredor pensando sobre o assunto, quando encontra a diretora
Minerva McGonagall. Minerva é rápida, e vai direto ao assunto.


 


-         
Como foi? - pergunta.


-         
Péssimo. - responde Ginny - Brenda apenas ficou
olhando para a mesa, não prestava atenção em nada do que eu falava. Parecia
que ela estava em outro lugar, parecia que o corpo dela estava na sala, mas sua
mente passeava por algum outro lugar. Ela até se assustou quando gritei.


-         
Você gritou com ela?


-         
Foi preciso.


-         
Eu devia ter conversado com você antes... sobre os
problemas dela. Com certeza, você já deve ter percebido algumas coisas. Apareça
na minha sala, depois, quando tiver tempo, eu estarei esperando.


-         
Tudo bem. - e Minerva andou em direção ao final do
corredor, enquanto que Ginny seguiu o caminho oposto.


 


Ginny percebeu uma coisa que
havia falado para a Profª Minerva. Realmente, parecia que Brenda Givens não
estava naquela sala, enquanto tentava conversar com a aluna.


Seguiu até o pátio e encontrou
um grupo de alunas sentada na grama, conversando. Ginny foi até elas, precisava
de informações sobre a aluna, e algumas delas, Minerva certamente não poderia
oferecer.


 


-         
Posso me sentar com vocês?


-         
Pode... - respondeu uma das aulas, era ruiva, cabelos
longos e lisos. Seus olhos eram verdes e usava óculos.


-         
Vocês conhecem Brenda Givens?


-         
Eu conheço um pouco... - disse uma segunda aluna, esta
era a mais alta das quatro alunas, tinha cabelos loiros escuros muito compridos
e encaracolados. Seus olhos eram azuis.


-         
Fale-me sobre ela.


-         
Bem... ela era minha colega de aritmancia. Ela gostava
muito dessa matéria, eu nem tanto. Era super simpática, extrovertida, uma
pessoa que faz amizades facilmente. Agora, mudou totalmente. Ela se isola de
todo mundo, está sempre sozinha, e o que é mais estranho, você sabe porquê...


-         
Não sei... por que?


-         
Bem, ela não pode ficar sozinha num ambiente. Quer dizer,
tem que ter alguém junto com ela no mesmo cômodo, pode ser que cada um esteja
em lados opostos, cada um no seu canto, mas ela não pode ficar sozinha num
ambiente.


-         
E o que acontece se...


-         
Se ela ficar sozinha? Ela começa a gritar... mas gritar
muito alto, ela se contorce ao chão, é horrível a cena. Eu já vi, e não
quero ver novamente.


 


Nesse momento, um impacto veio a
Ginny. Um susto enorme, um pressentimento horrível. Foi então, que ela se
lembrou: Brenda tinha ficado sozinha naquela sala.


        
Saiu correndo o mais rápido que pôde, ao chegar lá Brenda estava no chão,
chorando. Os braços e as pernas estavam moles, parecia que a aluna tinha
perdido o controle deles. Eis que aparece uma visão. Ginny começa a ver algo.
A sala fica escura, Ginny está sozinha. Um segundo depois, ela volta a si
mesma. Imediatamente, leva a aluna à enfermaria.


        
Apenas depois que começou a pensar naquela visão. Foi tudo muito rápido,
mas o suficiente para que pudesse ser percebido. A sala ficara escura.
Certamente, para a aluna, a sala não ficou escura. Talvez fosse por causa da
aluna que isso aconteceu. Talvez não. Ginny ficou a tarde toda pensando nisso.
Foi então que se lembrou de ir à sala da diretora, Minerva.

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