Insanidade




Hermione acordou e olhou no relógio ao lado de sua cama e viu que ainda eram 7 horas da manhã. Sentou-se sem sua cama e parou pra pensar no que sonhara: Um Harry e uma Gina se beijando loucamente e depois um monte de crianças ruivas de olhos verdes correndo por todos os lados. Ela assustou-se só de lembrar da situação, então se levantou seguiu para o banheiro, na intenção de tomar um bom banho. Já embaixo do chuveiro ficou pensando em tudo o que ocorrera na noite anterior.
‘‘Harry não tinha o direito de fazer isso comigo! Justo a Gina, minha ex-melhor amiga...Espera...eu to falando como se fosse namorada dele ,como se ele gostasse de mim e eu dele; somos apenas bons amigos!’’.
Pensava também em como iria encarar os dois quando descesse, e chegou a conclusão que o melhor seria não encará-los. Ela então resolveu ir embora, seus pais precisavam dela em casa para cuidar de tudo e ainda tinha Bichento.
Ela se trocou e como não havia trazido quase nada de casa não tinha o que levar. Desceu as escadas (sem antes dar um olhar em Gina, que ainda dormia profundamente) e chegando na cozinha, viu que não havia ninguém de pé, pois ainda eram 7:30 da manhã.
- Não devem ter acordado ainda...Melhor deixar um bilhete. -Hermione disse a si mesma e em seguida pegando um papel e uma caneta na mesa e escreveu o seguinte bilhete:

Não se preocupem comigo, voltei pra minha casa.
Mando cartas
Beijos,
Hermione.


Deixou o bilhete em cima da mesa e saiu pra fora da casa e de lá aparatou em sua casa. Abriu o portão da frente e entrou no jardim. Bateu na porta da frente e em seguida uma mulher a atendeu.
-Mãe!-Hermione abraçou sua mãe com carinho-Como você está?E o papai?
- Hermione, filha!-disse a Sra. Granger, abraçando a filha de volta-O que faz aqui? Pensei que estava com seus amigos!? – perguntou ela, surpresa.
-Ah, mãe, é uma longa história... – disse Hermione, massageando o pescoço e parecendo desconfortável em tocar nesse assunto.
-Vem vamos entrando que eu estou preparando um bolo e conversamos melhor...-disse ela, passando o braço ao redor dos ombros da filha carinhosamente e a puxando para dentro.


E assim os dias seguiram-se normalmente ate aquela manha de terça-feira...



Hermione estava caminhando de volta para sua casa e carregando a sacola de pão a qual sua mãe havia pedido para ela ir buscar para o café-da-manhã. Ela só não entendia o porque dela ter pedido para que ela fosse comprar os pães no supermercado que ficava a uns trinta minutos de sua casa quando havia uma padaria na esquina de sua casa.
Dobrou a esquina e se deparou com uma ambulância branca parada em frente a sua casa. Estranhando a situação, Hermione resolveu se aproximar mais e correu em direção a própria casa. Chegou na frente da ambulância e leu o que estava gravado nela: Hospital Psiquiátrico Beller. Não conhecia nenhum hospital com esse nome ainda mais psiquiátrico... Ela então entrou correndo dentro de casa e jogou a sacola de pão no chão assim que fechou a porta.
Passou pela cozinha e quando entrava na sala de estar, já gritando por sua mãe, a encontrou sentada no sofá. Ela estava chorando no ombro de seu pai que a olhava com pena. Hermione não entendeu a cena e se aproximou deles.
-É ela?- perguntou um homem vestido inteiro de branco que havia saído do lado da cortina e apontava na direção de Hermione, que a essa altura já não entendia mais nada.
Seu pai baixou o olhar pro chão e apenas afirmou com a cabeça. Nessa hora sua mãe começou a soluçar.
-Rápido, Thomas!- o homem gritou para o outro, que segurou Hermione firmemente pelos braços. Ela, que agora havia acordado para a situação, se debatia com toda força para se livrar do homem que a agarrara.
-MÃE! PAI! ME AJUDEM! POR FAVOR!- Ela gritava a seus pais que tapavam os ouvidos.
Um terceiro homem de branco agora entrava na sala. Ele vinha trazendo uma maca e uma pequena maleta também branca. Assim que viu o que acontecia ele abriu a mala e de lá tirou uma seringa e um vidrinho; enfiou a agulha da seringa no vidro e sugava todo o liquido de dentro dele. Assim que terminou o processo foi em direção do homem que segurava Hermione, que já estava se cansando de tanto gritar e não ser atendida pelos pais, mas continuava se debatendo, tornando para homem cada vez mais difícil a tarefa de contê-la. O terceiro homem se aproximou dos dois e com um braço segurou Hermione e com o outro enfiou a agulha da seringa no braço dela, que gritou de dor. Aos poucos ela foi relaxando os músculos ate que não conseguiu se agüentar em pé e teve de ser segurada pelo primeiro homem.
O pai dela apenas olhava a cena com toda a atenção do mundo, enquanto sua esposa fazia o mesmo. Eles viram Hermione ser colocada na maca e ser presa por tiras de couro na parte dos pés, cintura e ombros.
Hermione continuava deitada sem conseguir se mexer direito devido ao líquido que havia na seringa (e que agora circulava em suas veias) e as amarras da maca; não tinha desmaiado completamente, estava em um estado quase inconsciente, mas ainda conseguia ouvir algumas coisas, mesmo que não enxergasse direito.
Sentiu quando a maca começou a andar, saindo da casa e pode escutar algumas vozes que provavelmente eram dos vizinhos:
-Bem que às vezes eu via ela fazendo coisas estranhas no quarto.
-Ela nunca falava com ninguém.
-É porque ela não tem amigos.

A maca foi colocada dentro da ambulância e sua mãe entrou nela, seguida de seu pai, e sentou-se no banco ao lado da maca. O primeiro homem de branco chegou ao seu lado e seus pais perguntaram:
-O que vocês fizeram com ela?
-Não se preocupem, apenas injetamos nela um sedativo. Ela estava muito agressiva e agitada.- Ele respondeu ajeitando melhor Hermione sobre a maca.
-Ela vai ficar bem? Quando ela vai acordar?-O pai dela perguntou.
-Vai, assim que chegarmos no Hospital ela deverá acordar. Vocês tem certeza de que querem interná-la? Ela pode fazer o tratamento em casa mesmo...
-Não, será melhor pra ela ficar lá. Ficando em casa ela pode ter outra recaída e eu e meu marido não podemos cuidar dela em tempo integral.
-Tudo bem, era só pra confirmar mesmo. Olha eu vou sentar lá na frente, se acontecer alguma coisa com ela é só chamar.
Ele saiu da ambulância e entrou na parte da frente, deu partida e eles começaram a andar. Saíram da cidade e entraram no campo passando por árvores e mais árvores.
Hermione sentiu que ia perdendo a consciência aos poucos enquanto tentava ver pela janelinha para onde era levada. Pensou ter reconhecido algo, mas poderia ter se enganado facilmente. Antes que apaga-se totalmente percebeu que sua mãe se aproximou da maca e sussurrou no seu ouvido em um tom de voz que nada pareceu com o dela:
-O Lord manda lembranças!

E deixou-se levar pela inconsciência.




-Droga!Hermione não podia ter feito isso! Precisamos dela aqui conosco...-Harry resmungava na cozinha enquanto jantava.
-Se ela foi embora é porque teve seus motivos.- Ron defendeu-a.
-Melhor não falarmos mais nisso.-Harry desconversou e puxou um assunto qualquer com Tonks que estava ao seu lado.




Naquele mesmo momento,mais em um lugar totalmente diferente...




-E a menina? Conseguiram?-Voldemort perguntou para a pessoa a sua frente.
-Sim milord. Ela já foi internada e eu cuidarei para que receba o tratamento adequado.-Bellatrix sorriu de forma debochada, estando ajoelhada perante ao lord, que estava sentado em sua poltrona com Nagini em seus ombros.
-Ela desconfiou de alguma coisa?
-De nada.
-Isso é bom...já mandou a carta?
-Sim,agora é só sentar para assistir.-Bellatrix deu uma risada maligna e cruel, sendo acompanhada por Voldemort.



De volta para a Ordem...



- Olhem chegou uma coruja! - Tonks se levantou para abrir a janela para a coruja poder entrar, mas antes disso fez vários feitiços nela para ver se havia alguma magia ou algo parecido. - Limpinha!

Pegou a carta na mão e leu em voz alta para todos presentes:

Olá a todos.
Estou bem!
Só queria avisar que vou passar o resto das férias na França com meus pais.
Não se preocupem.

Atenciosamente,
Hermione.



-É praticamente um bilhete!-Tonks reclamou enquanto virava a carta-bilhete ao contrário para ver se havia algo, mas não achou nada.
-Pelo menos ela avisou onde está e não precisamos mais nos preocupar.- disse Lupin, pegando a carta de Tonks e sentando-se de volta na mesa, terminando de comer.




Hermione acordou ainda meio dopada pelo tranqüilizante e aos poucos foi percebendo que estava deitada em um colchão no chão. Estava em uma sala totalmente branca e estofada. Também já não vestia mais suas roupas, usava uma blusa branca junto com uma calça larga também branca, mas percebeu que tinha um leve conforto na região da virilha. Colocou sua mão por cima da calça no locar e pode perceber que tinha algo no meio de suas pernas. Quando foi se levantar para poder abaixar a calça e ver o que era escutou um barulho de plástico roçando em outro.
-Ah, que ótimo!Estou usando uma fralda!- Abaixou a calça e pode constatar que era mesmo verdade: usava uma fralda branca que ia até pouco abaixo do umbigo e estava presa firmemente com adesivos nas abas.
Nem se deu ao trabalho de tirá-la, deitou na posição que estava antes e, com restos do sedativo ainda no corpo, adormeceu logo em seguida.
Acordou algumas horas depois, sentindo uma enorme vontade de ir ao banheiro. Levantou-se rapidamente e começou a procurar algum botãozinho pra chamar alguém.
Achou um botão preto em meio a todo o branco e o apertou, esperando logo em seguida.
Uma pequena janela que havia na porta se abriu e uma voz de mulher disse:
- O que você quer?
-Eu preciso usar o banheiro, urgentemente!
-Qual é o seu nome?
-Hermione Granger.

A mulher pareceu procurar o nome de Hermione em algum lugar e depois respondeu:
-Sinto muito, não posso te deixar sair!
-Porque não? Afinal onde eu estou?
-Você não sabe querida? Você esta no Hospital Psiquiátrico Beller.
-Hospital Psiquiatrico? Mas porquê? Eu não tenho nenhuma doença!
-De acordo com os seus pais, isso não é verdade!
-Mas como eu faço pra ir ao banheiro, agora?
-Faça o que você tem que fazer...
-O que você quer dizer com isso?
-Você esta usando uma fralda, não está?

Hermione sentiu um imensa vergonha de responder essa pergunta a uma completa desconhecida.
-Estou...
-Então faça na fralda!
-Mas eu tenho vergonha! Não uso mais desde os meus 2 anos de idade! E não há nenhum motivo eu estar usando uma agora!
-Mas isso é uma das regras do Hospital, meu bem:Todos os pacientes portadores de doenças mentais que não puderem sair de seus quartos deverão usar alguma proteção ate 2ª ordem.
-Mas eu não tenho nenhuma doença! Já disse e vou repetir: Eu não tenho nenhuma doença! Eu não sou louca!
-Se acalme criança. Você ira se curar, não se preocupe. Daqui a pouco eu volto pra te trocar, até mais.
-Não vai! Volte aqui! Droga e agora o que eu faço? -Hermione começou a se desesperar, pois sua bexiga estava quase explodindo.Tentou ver se conseguia se controlar por mais alguns minutos e percebeu que poderiam ocorrer sérios problemas com sua bexiga se segurasse por muito tempo e resolveu então relaxar. Aos poucos a fralda foi se enchendo e ela começava a se sentir a pior das pessoas, começou pensar no que realmente teria acontecido. Por que estava em um Hospital Psiquiátrico? Porque seus pais a internaram? Não tinham motivos! Pelo menos ela não se lembrava de nenhum...eles tinham andado meio estranhos ultimamente, distantes e quase não conversavam com ela direito. Mas qual será o motivo que disseram pra a internarem?
Ouviu vozes no corredor e em seguida a mesma janelinha se abriu novamente e a mesma voz feminina de antes disse:
-Já terminou querida?
-Já.-Hermione envergonhada respondeu.
-Então se se encoste à parede que eu vou entrar pra te trocar.

Hermione fez o que ela pediu e a porta se abriu. Pensou seriamente em sair correndo, mas poderiam pegá-la em questão de segundos e poderia ser pior depois. Resolveu obedecer a mulher a sua frente, o jeito carinhoso dela lembrava a Sra.Weasley e de repente se lembrou: Os Weasley! Claro, eles dariam por falta dela e iria investigar! Ela estaria salva desse hospício até a manhã seguinte, se tudo corresse corretamente.
A mulher interrompeu seus pensamentos:
-Querida você poderia se deitar no colchão de barriga pra cima?
-C-Claro.- agora sim a vergonha realmente a abateu. Pelo o que entendeu seria ‘‘trocada’’ por aquela mulher que veria sua fralda molhada...- Você precisa mesmo fazer isso? Será que eu não poderia fazer sozinha?
-Claro que não querida, porque isso é o meu trabalho, fazer com o que você se sinta bem! Não precisa ficar com vergonha, eu já fiz isso varias vezes com outras pessoas e com você não vai ser diferente. E outra coisa, você não iria conseguir colocar uma fralda corretamente sozinha.
-Outra?!?
-Sim querida, faz parte do seu tratamento tratamento!
-Tratamento do que? Será que eu poderia falar com alguém responsável por isso aqui?
-Claro, mas antes me deixe te trocar.
-Ok. -Hermione deitou-se no chão e deixou a mulher trocá-la.

~*~

Hermione deixou ser levada na cadeira de rodas até a sala do diretor do hospital, a mulher que a havia trocado agora guiava a cadeira de rodas. Passaram por vários quartos onde puderam ouviur pessoas que gritavam, que choravam e que falavam coisas sem sentido algum.
Pararam em frente a uma porta branca assim como as do resto do corredor, mas naquela havia uma plaqueta de ouro com os dizeres: Doutor Allan Beller,Psiquiatra.
Entraram na sala que era bastante espaçosa, sem muita mobília, apenas um sofá no lado direito, uma estante cheia de livros no lado esquerdo e ainda no lado esquerdo uma porta que levava provavelmente ao banheiro e no meio da sala uma grande mesa com vários papeis espalhados por ela, modelos de cérebros e um notebook no centro que estava sendo usado por um homem de meia idade, cabelos pretos com alguns fios brancos, parecia ter um porte atlético, rosto bonito sem muitas rugas, o que o deixava bem atraente.
-A que eu devo a visita de minha mais nova paciente?- Ele parou de mexer no notebook e voltou sua atenção a Hermione que entrava empurrada pela mulher.-Pode nos deixar a sós Suzanne.
-Sim senhor.-Suzanne posicionou a cadeira de rodas em frente à mesa do Doutor e saiu fechando a porta atrás de si.
-Ainda não me respondeu o motivo da visita.-Ele parecia ser bem simpático.
-Exatamente isso, eu nem deveria estar aqui!-Hermione respondeu dando um olhar desafiador a ele.
-E posso saber porque não?-Ele parecia se divertir com a expressão da garota a sua frente.
-Porque eu não tenho doença alguma!
-Aqui nos meus registros diz que você tem sim.
-Mas isso é impossível! Nunca nenhum exame que eu fiz alertou nada e eu estou extremamente normal!
-Depende do que estar normal signifique pra você.
-Normal eu quero dizer que não aconteceu nada de diferente na minha vida.
-Então como esta indo a escola?-ele parecia se divertir ainda mais com a indignação da garota a sua frente.
-Bem, muito bem!-Hermione agora ficara encurralada, não poderia falar nada sobre Hogwarts ou ai sim falariam que ela estava louca.
-Bem como?
-Pra que você quer saber?-Hermione se irritara com as perguntas feitas por ele, e achou melhor dar um novo rumo a conversa porque senão poderia falar coisas que não devia.
-Estamos apenas conversando.
-Mais eu não quero conversar! Quero saber porque estou aqui!
-Ok mocinha, não precisa ficar irritada, eu vou explicar tudinho.-O Doutor se endireitou na cadeira e olhava Hermione atentamente.- Há algumas semanas atrás seus pais me procuraram, explicando toda a situação e eu me comprometi a investigar e a te tratar; Não se preocupe, seus amigos não ficaram sabendo.
-Me tratar do que exatamente?
-Esquizofrenia. -O Doutor achou estranho o comportamento de Hermione, que parecia não ter idéia nenhuma sobre o assunto. - Seus pais não conversaram com você?
-O que eles teriam que conversar exatamente?-Hermione tinha começado a se enfurecer.-Que assim que eu voltasse do supermercado eu seria dopada por dois caras e acordaria em um hospício? NÃO, eles não conversaram!
-Se acalme, senão teria que te tirar daqui.-Ele se levantou e caminhou ao redor da mesa parando ao lado de Hermione, puxou a cadeira de rodas em direção da porta e completou - Vamos dar um passeio que eu lhe explico tudo.







N/A:Não se animem tão facilmente com a volta de Sétimo Ano!!
Foi apenas uma idéia que surgiu na minha mente a parte do Hospício,Hospital Psiquiátrico ou manicômio(os termos que eu irei usar).
O que pode durar mais 2 ou 3 capítulos e ai se eu sentir que devo continuar,continuarei ou não!

Comentem senão eu paro de vez...*risada maléfica*

Nandoka_Granger




N/B: ainnn, vc voltou com O Sétimo Ano!! ++
que tudooo! xD

não desanima de novo não, viu amigaa? ;)

sem maiores comentaários ;x

kisses for everyone! ;*
Marisa Estela





N/I ta ok, dessa vez eu n tive nada a ver com o cap, ela fez por ela mesma e eu só li

Porcaria ¬¬’

Hasuhsauhsauhsau

Aqui eh Luana falando, a idiota/intrometida/irmã
XD


Ótimo cap, Nanda
=D

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