Perseguição



Noite escuta. Escuta-se apenas o som do piar dos pássaros. É uma ótima noite para uma coruja procurar comida, já que todos os animais temem se mexer. Até uma criatura maior temeria. Mas Edwiges era uma coruja diferente. Não temia nada, nem mesmo Voldemort. Os únicos pontos fracos dessa coruja que se conhecia são as três maldições imperdoáveis. Ela sente quando uma se é soltado uma por perto. Mas será que suas entranhas estariam enganadas? Será que ela estava doente? Estava sentindo tão firmemente a maldição imperius... Um ruído. Apenas isso. O último som que Harry Potter escutou do bico de sua coruja.



Naquele quarto destruído pelo seu primo egoísta Dudley Dursley, nosso protagonista riu ao escutar. Com certeza pensava “Ela deve estar brincando!”. Seu estômago revirou dentro de sua barriga e ele se perguntou: “Impossível... eu acabei de jantar.”. Com uns minutos, sua cicatriz também doía, mas ele não podia gritar, sequer se mexer. O que seria aquilo? Seria mais um sinal de fortificação de Voldemort? Seria Snape tentando pô-lo em um novo corpo? Outro grito pairou naquele forro naquela noite.



Harry acorda assustado. De costume, escuta a voz aguda e fria de sua tia Petúnia obrigando-o a se levantar e tomar um café morfado com uma panqueca cobiçada e lambida por um cachorro. Mas ele preferia aquilo a voltar para Hogwarts. Não poderia mais colocar a vida de seus amigos em risco. Seria um covarde. Também já era costumeiro os resmungos de seu tio Valter:



--- Esse correio só serve para trazer contas!



Cansado de escutar aquelas bobagens, Harry sai de mansinho e anda lentamente pela rua, procurando algum cachorro para enfeitiçar. Quase que o acha. Acha um bêbado “ruminando” cachaça. Era impressão dele ou todas as pessoas ao seu redor estavam desmaiando? O calor aumentava gradativamente e consideravelmente. Via um grupo de meninos jogando basquete. Todos estavam deitados agora. Mas o que mais lhe chamou a atenção foi o fato de não estar nervoso, de não fazer nada e continuar andando.



Chegou até um beco sem saída (já estava andando há muito tempo e não se cansava). Olhou para cima e viu um homem de capuz preto e cara de caveira. UM COMENSAL DA MORTE! Ele descia lentamente e Harry Potter olhava para ele com a maior normalidade. O comensal falou:



--- Milorde, eu não consegui capturar o garoto...



Não se sabe como (mas se saberá daqui a pouco) Potter respondeu:



--- Incompetente! Não consegue nem capturar um verme! Você não merece estar nesse grupo! Você é um sangue impuro! Vá! E só volte quando estiver com o garoto.



--- Sim, Milorde!



Harry o olhou e viu que era Malfoy. Mas como o tratara com tanta naturalidade? Por que não soltou nenhuma magia nele? Porque deu ordens e o comensal recebeu? Sentiu uma dor no peito. Aos poucos, um corpo verde-escuro saía dele. Esse corpo era deformado, parecia um aborto gigante. Mas agora Harry o viu e ficou nervoso. Gritou, mas ninguém o escutou. Viu que ele mesmo tinha soltado um feitiço da impenetrabilidade de sons. O que seria aquilo? O corpo verde-escuro falou:



--- Ó Harry... você é tão inocente ao me deixar entrar em você e não seguir a Leglimência avançada de corpos que lhe foi ensinada... agora você acaba de se matar e deixar-me dominar o mundo! DÊ-ME SUA VARINHA!
Obrigado por uma força do além, Harry entregou a varinha a Voldemort.



--- Imperius em dose pouca. Gostou? – Fala isso em tom de resmungo. --- Agora você verá! AVADA KE...



--- EXPELLIARMUS! – Grita uma voz do além. De onde seria? --- Pegue sua varinha, Harry! RÁPIDO!



Harry se vê livre de todas as forças e pega a varinha. A voz grita:



--- Fuja! Você será informado dos fatos mais tarde!



O garoto sai correndo e percebe que andou muito mesmo. Porém não demorou muito para chegar na casa dos tios. Estava zonzo. Tudo girava. Acabou desmaiando, mas não de maldições, de cansaço. Já era madrugada e alguém o acordou. Harry olhou mais de perto e percebeu alguns aurores ao seu lado; Lupin, Tonks, Quim e outro que não conhecia, deveria ser um novo aprovado.



Remo Lupin adiantou-se e falou:



--- Harry, lamentamos a perda... você não pôde fazer nada. Seus tios estão dormindo, o Heitz está cuidando de não deixarmos acordá-los.
Harry respondeu surpreso:



--- PERDA? Mas quem morreu!?



Lupin olha para os colegas, e com o olhar triste responde:



--- Nós realmente lamentamos... não pudemos fazer nada... seu amigo Rony morreu e Neville foi petrificado.



O adolescente quase adulto olhou ao redor e finalmente estava ciente da cena presente. Rony morrera! Mas como? Um comensal o matou?
Responde indignado:



--- RONY MORREU? MAS QUEM O MATOU? QUEM FEZ ISSO COM ELE? NÃO! ELE NÃO PODE TER MORRIDO! NÃO! NÃO FOI VERDADE, VOCÊS ESTÃO DE BRINCADEIRA!



Lupin força Harry a beber uma poção, e o jovem fica mais calmo.



--- Não sabemos quem o matou, tudo que sei é que seu corpo foi encontrado abandonado na floresta proibida. Hagrid o achou, e como você, inicialmente não acreditou...



Como estava mais calmo, o jovem de 17 anos suspira até recuperar o fôlego.


--- Eu sei quem o matou! Foi... Grayback! Eu escutei ele jurando a Voldemort que abalaria minha vida sem me matar. Voldemort queria me matar pessoalmente! Isso é uma perseguição!



Lupin responde:



--- Harry, nós viemos buscá-lo por ordens da Profª. Minerva. Você irá para Hogwarts e...



--- NÃO! HOGWARTS NÃO! SE EU VOLTAR PARA LÁ MAIS UMA PESSOA VAI MORRER! POR FAVOR... – Diz indignado.



Remo, e seus amigos aurores seguram Harry e dão outra poção para ele se acalmar.



--- Melhorou? – diz.



--- Um pouco – responde.



--- Bom, agora vou lhe informar mais coisas, como lhe foi prometido mais cedo. Antes de começar, quem o salvou de Voldemort foi Heitz, aquele auror que você não conhece – diz apontando – Nós estamos desde a semana passada detectando sinais de maldições imperdoáveis nessa área. Hoje confirmamos que Voldemort e seus comensais que andam soltando tais maldições. Voldemort entrou em você através de um sonho que quero que você me conte depois. Foi fruto de uma Leglimência que o Professor Snape não lhe ensinou, a Leglimência...



--- De corpos. – Completou Harry – Continue.



--- Isso mesmo. Você deu abertura para ele durante o sonho, que com certeza, aparecia ele. Evite sonhar isso denovo. Novamente, o auror Heitz irá lhe ensinar tudo, ele será o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Pode confiar. – fala tudo isso em tom de confiança. – Continuando...



A voz de Lupin é interrompida por um barulho vindo do lado de fora da casa dos Dursley. Todos perceberam que a cena estava ficando obscurecida e temerosa. Um lobo rugiu.



--- Continuando, temos que lhe manter em segurança, senão os comensais virão aqui para tentar te matar.



--- Mas vocês conseguiram pegá-los? – Pergunta Harry.



--- Alguns. – Responde Lupin olhando temeroso para a janela. – Bem, vamos logo... precisamos ir antes que aconteça qualquer...



Quando o antigo professor de Hogwarts ia acabando de falar, um monstro invade a sala e olha diretamente para Heitz. É uma espécie de monstro branco, que mais parecia com um benfeitor.



--- Rápido, vamos fugir daqui! – Grita Heitz.



O monstro captura Tonks e sai correndo rapidamente. Lupin grita indignado:



--- TONKS! NÃO! VÃO E ME ENCONTREM NO MINISTÉRIO DA MAGIA AMANHÃ. LEVEM HARRY A... BEM, VOCÊS SABEM ONDE!



--- Vamos Harry! – Chama Quim.



Todos as pessoas que restavam no aposento aparataram juntamente com Quim. Agora algumas dúvidas restavam na cabeça de Harry, mas ele estava muito cansado para poder procurar esclarecê-las.

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