Prelúdios de Um Antigo Amor

Prelúdios de Um Antigo Amor



Hermione acordou cedo, e quando Vitor desceu, ela já tomava seu café da manhã enquanto lia o Profeta Diário.
- Bom-dia Hermioni-ni – disse o búlgaro.
- Olá Vitor, mandei preparar o seu prato favorito para iniciar uma manhã: gemada com chocolate! – disse ela servindo o prato para Krum.
- Muito obrrigado Mioni-ni… Não prrecisava tanta prreocupácon! – disse ele sério, mas abrindo um olhar cobiçoso para o prato em sua frente.
Hermione se contentou em voltar ao seu jornal enquanto o namorado comia rapidamente. Em quinze minutos eles já desciam a movimentada rua comercial.
- Vitor, achei alguns lugares bem interessantes para irmos conferir. Tem este – disse Hermione enquanto apontava em um pergaminho o endereço -, este também é bom, mas vai competir diretamente com a Artigos Para Esportes Mágicos melhor não.
- Vamos onde focê quiserr, minha doçurra! – respondeu ele dando um beijo na garota que ficou rubra. – Sabe que confio plenamente em focê.
Eles continuaram pela busca de um lugar para a nova loja da família de Krum, que seria um novo estabelecimento para produtos esportivos. Acabaram parando em frente as Gemialidades Weasley, onde Hermione quis entrar.
- Tudo bem, mas se aquele garroto virr falarr mal de focê eu azarro ele! – falou Krum carrancudo.
- Não se preocupe com o Ronald, ele não tem nada a ver comigo, você sabe muito bem disso! – disse ela desmanchando o bico de Krum com um beijo.
Hem… Pigarrearam.
- Acho que à frente de nossa loja virou um point para namorados! – ironizou Rony que vinha carregando sacas de lixo.
Hermione ficou rubra, mas Vitor se pôs na frente dela e sacou a varinha apontando diretamente no meio dos olhos de Rony, que recuou alguns passos.
- Eu e a Hermioni-ni viemos aqui parra negócios… Não estrrague isso senão…
- Rony você está bem querido? – perguntou Luna, que surgiu de dentro da loja parecendo confusa com a movimentação. – Ah! É a Hermione Granger! Venha, entrem, acredito que você é Vitor Krum o apanhador búlgaro?
Hermione puxou Vitor pelo braço e juntos entraram na loja, ignorando os olhares fuzilantes de Rony.
Luna mostrou a maioria dos novos produtos. Hermione comprou algumas varinhas-falsas, um diário anticuriosos e uma linda fita que mudava de cor dependendo da roupa que a pessoa usava.
Vitor Krum comprou uma caixa de pomos de ouro, só que estes eram feitos com chocolates, e como a própria embalagem dizia: “Uma grande tentativa em cada mordida!”.
- São quatorze galeões tudo! – bufou Rony detrás do balcão.
- Eu pago. – informou Krum para Hermione que já se precipitava para a bolsa. – Tome aqui está, e fique com o trroco, porr faforr… - disse ele.
- Não precisamos de gorjeta, principalmente de estrangeiros! – reclamou Rony passando o troco de volta. – Voltem sempre!
Luna o olhou zangada, e antes de sair Hermione virou-se para ele:
- Ronald, percebo que mesmo dois anos depois você continua sendo o mesmo estúpido de sempre! – e bateu a porta ao passar.
- Ela que me aguarde! – reclamou Rony.
- O que disse Rony? – perguntou Luna furiosa. – Pensa que não percebi como você olhava pra ela? Eu não sou idiota Ronald!
E pegou a bolsa, preparando-se para sair quando Rony a segurou pelo braço e disse:
- Luna… Não queria te magoar, é que não suporto o jeito como ela fala comigo, parece que nem me conhece mais!
- Eu também não te conheço mais Ronald! – disse ela puxando o braço. – Passar bem!
Rony ficou observando a garota sair da loja sem nem olhar pra trás. Ele se jogou na cadeira e bufou:
- Duas em apenas uma hora! Que dia maravilhoso!

A noite caiu e Hermione estava pronta para sair com Vitor. Iam jantar em um restaurante de comida italiana, a preferida do rapaz. Mas assim que ele foi se encontrar com ela na portaria Tom, o dono do bar e hospedaria informou:
- Sr Krum? Tem um homem o esperando na lareira, disse que é urgente!
- O.k. – falou ele carrancudo. – Já volto Hermioni-ni.
Ela se sentou em uma das poltronas da recepção e ficou esperando a volta do namorado. Mas eis quem surge, Rony. Ele parecia muito decidido enquanto cruzava o bar, mas quando notou Hermione parou de chofre.
- O que foi? – perguntou ela. – Está com tanta raiva de mim assim?
- NÃO É DA SUA CONTA! – gritou ele.
Hermione abafou uma risada antes de se voltar para o garoto.
- Você está sempre enfurecido com algo desde que cheguei… Percebeu Rony?
- Não sou nada seu para me chamar de Rony, Srta Granger. Agora eu trabalho como empregado na loja dos meus irmãos, e como você é uma de nossas compradoras devo lhe respeitar! – ele já ia se retirar quando Hermione se interpôs em seu caminho.
- Ronald… Porque faz isso comigo?
Ele olhou para os pés como se aquilo fosse a coisa mais interessante do mundo e respondeu baixinho:
- Não gosto dele sabe disso!
- Espere Ronald, você não gosta dele, ou não quer que ele fique perto de mim?
Ele encarou a menina com uma expressão de profunda angustia e quando começou:
- Hermione… Eu gos…
- O que ele querr, Hermioni-ni? – perguntou Vitor que vinha chegando.
- Calma Vitor! Ele não estava fazendo…
Mas Krum acertou um soco no nariz de Rony, que pelo visto quebrara, mas ele não deixou barato sacou a varinha e lançou um feitiço em Krum, que levou as mãos aos olhos.
- PAREM COM ISSO… POR FAVOR, ALGUÉM AJUDA AQUI! – gritava Hermione.
Ao perceber que ninguém queria se intrometer na briga, alguns até já torciam pelos seus favoritos ela sacou a varinha e apontou pros dois:
- Impedimenta!
Os dois rapazes ficaram imóveis, o tempo suficiente para Hermione se interpor no meio dos dois. Quando a mobilidade voltou, ela falou:
- Se os dois continuarem com isso vou chamar o Harry! Parem, por favor, Vitor – e se voltou para Krum -, mostre que você não se importa com essas acusações!
- ELE COMEÇOU! – vociferou Rony, o sangue pingando do nariz.
- RONALD! Pare com isso você também! Episkey. – e o nariz dele parou de sangrar, mas ainda estava muito vermelho. – Melhor ir ao St Mungus pra ver se não fraturou nada mais sério.
Krum baixou os olhos e deu a mão à Rony, que apenas resmungou antes de sair pela porta do estabelecimento. Hermione olhou zangada pra ele.
- Desculpe-me, mas pensei que ele estava chateando…
- Ele não tinha feito nada contra mim Vitor! – falou Hermione com lágrimas nos olhos. – Não quero mais sair hoje Vitor, tudo bem pra você?
O búlgaro pareceu se importar sim, mas resolveu não comentar nada.
- Pelo menos vamos tomarr um sorrvete, sei que focê adorra…
- Não, por hoje mais nada, por favor.
Ela se retirou para o quarto, ignorando os olhares curiosos dos ocupantes do bar. Quando chegou em seu quarto se debulhou em lágrimas. Não entendia porque Rony sempre fazia aquelas coisas com ela, se ele gostava dela porque não falava logo?
Mas desta vez ele ia falar alguma coisa, senti isso! – resmungou ela baixinho dando socos no travesseiro.
Foi quando uma coruja muito pequena do tamanho de uma bola de tênis surgiu na janela, piando vorazmente. Hermione a reconheceu, era Pichitinho, a coruja de Rony. Ela abriu a janela e pegou um pedaço de pergaminho escrito as pressas, talvez por Rony.
Hermione se quer saber daquilo que eu iria lhe contar aparece aqui no parque, estou esperando você.
Rony.
Ela não pensou duas vezes, mas em vez de sair pela porta aproveitou a janela aberta e foi beirando o lugar até cair no beco que levava a rua.

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