Desespero



Chegando lá a mãe correu pegar os ingredientes para começar a receita enquanto Hermione sentava na mesinha e pensava num plano que desmascarasse os comensais, já que a mãe os achava tão legais assim.
- Olha, mãe, esses homens...eles não são o que você pensa. Não são bonzinhos, são assassinos que vieram me chantagear para falar onde o Harry está.
- O Harry é tão bonito, não é minha filha? Se eu fosse você...
- Não, mãe, esquece o Harry, temos que nos preocupar com eles aqui em casa! Se eu não falar eles vão nos matar e se eu falar vai ser uma traição ao meu melhor amigo!
- Traição? Eu não sabia que você tinha um caso com ele...
Hermione unhou as palmas das mãos para não perder o controle. A mãe fazia os bolinhos tão rápido que ela nem precisou ajudar e logo eles estavam no forno, onde ficariam por 20 minutos.
- Que ótimo, agora podemos conversar com seus amigos!
E foram mesmo. Apesar da mãe ter um ar satisfeito, Hermione não perguntou o que era e pensava em algo. Ou tentava, pois não havia o que fazer.
- Já se decidiu, Granger? Não vamos ficar esperando.
- Ah desculpe, mas é só mais 20 minutinhos e já vão ficar prontos! – disse a mãe.
- Eu não posso falar, eu não quero. Prefiro morrer do que deixar vocês matarem o Harry, que pelo menos pode acabar com esse terror que estão causando.
- O Potter não vai acabar com nada, Granger, então fique do lado vencedor, nos fale onde ele está e pouparemos seu sofrimento.
Hermione se calou e sentiu um desespero enorme. Ficou em silencio refletindo sobre as suas possibilidades de sair dessa, mas nada parecia ajudar, muito menos sua mãe parada observando os três sem parecer ter entendido a discussão.
Ela pensou em Rony. Devia ter saído com ele antes, agora ia morrer e seu tempo fora desperdiçado com a escola, e agora ela nem ia mais se formar...Sua mãe tagarelava com Lucio e Snape como se os dois fossem simpáticos ou legais enquanto Draco olhava para as paredes com repugnância. E agora? Seu pai simplesmente chegaria do consultório e encontraria as duas mortas ali...ou então o trio ficaria esperando para mata-lo também.
- Nossa, os bolinhos, eu me esqueci completamente! – berrou sua mãe e correu para a cozinha.
Eu não vou mais tentar convence-la, pensou Hermione. O caso estava perdido. Logo ela voltou da cozinha e entregou um bolinho para cada comensal e voltou a contar sobre sua vida. Hermione não sentia mínima fome então simplesmente olhou Snape fazer um sinal de que não teria problema comerem uns simples bolinhos trouxas. Tudo bem que Draco fez uma cara de profundo nojo, mas devia estar com fome porque comeu como se tivesse vindo da Somália.
Então, repentinamente, Lúcio se levantou e disse com a voz cheia de fúria:
- Sua sangue-ruim idiota, voltaremos mais tarde para incendiar a casa com vocês todos dentro! E estamos te ajudando porque vamos te dar mais algumas horinhas para pensar nas opções.
- E, se pensar em escapar, te atacaremos na esquina mesmo pois estaremos te vigiando. – acrescentou Snape.
Mal saíram e ela se virou para a mãe, desesperada.
- Mãe, por favor, me ajude a pensar em algo! Eu não quero morrer e nem quero que matem vocês dois!
Mas a mãe nem deve ter prestado atenção, pois foi lavar a louça.
Acabou sua chance. Ela se sentou no sofá, esperando seu pai chegar para convence-lo.




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