Lembranças



Quando Harry entrou na casa notou que esta estava muito diferente: no hall de entrada havia alguns quadros pendurados (e nestes as pessoas se moviam e falavam), um móvel cheio de fotos e um lustre encantado, que soltava estrelinhas brilhantes e coloridas até o chão, onde desapareciam.
- Fique à vontade! - Maggie deu-lhe um tapinha amigável nas costas - Vou buscar um suco para você. Gosta de abóbora?
- Sim, claro... Mas não é necessário... - Harry estava envergonhado, já que não recebia tanta atenção desde as férias de Natal, que passou com os Weasley na sede da Ordem.
- Claro que é! - Maggie sorriu e colocou a mão na cintura - Tudo para o meu afilhado! Volto em um segundo.
E ali, sem jeito, Harry começou a observar os quadros (que em sua maioria eram de paisagens campestres). Porém logo sua atenção se voltou as fotografias no móvel: em uma viu uma garotinha de cabelos enrolados loiros e olhos negros, com as vestes de Hogwarts sorrindo e acenando: “Deve ser Maggie” ; na do lado a garota estava um pouco mais crescida e abraçava uma mulher loira e um homem de olhos negros: “Provavelmente são seus pais” ; em outra foto a garota estava rodeada de outras garotas que conversavam alegremente, e entre elas, Harry reconheceu uma garota ruiva de olhos verdes: “Minha mãe!”
- Vejo que encontrou minhas fotos antigas... - Maggie voltara, com um copo cheio de suco de abóbora - Já achou sua mãe?
- Sim, é esta aqui, não é? - Harry parecia surpreso ao ver a mãe, provavelmente com treze anos de idade discutindo com o grupinho.
- Ela era muito mandona... Sempre queria estar certa e se achava a mais inteligente do mundo... mas era uma das poucas que me suportavam.
- Como assim? Você não me parece insuportável...
- É que eu era diferente. Eu passava grande parte do meu tempo lendo e inventando histórias, ao invés de jogar xadrez ou snap explosivo. E isso não se pode considerar normal na Lufa-Lufa...
- Você era da Lufa-lufa? - Harry estava mais que admirado agora.
- Claro! - Maggie exclamou alegre - E sua mãe era uma grifinória... isso foi um problema até nos tornamos amigas, pois ela sempre se achava superior a todos... E foi comigo que ela aprendeu que podemos fugir dos padrões, independentemente de que casa estamos...
- Então minha mãe brigava com você porque você era de outra casa?
- Ela parou de implicar comigo depois de uma aula de feitiços, onde eu consegui executar perfeitamente um feitiço convocatório, que ela não conseguia de maneira alguma, e eu a ensinei. Aí ela percebeu que eu era talvez até mais inteligente que ela, só não era popular. - Maggie apontou para o grupinho de meninas tagarelas da foto - Está vendo essas meninas? Só começaram a falar comigo porque virei amiga de Lílian...
Harry começou a ver as outras fotos e percebeu que em quase todas sua mãe estava presente: as duas duelando “Hum, eles também tiveram um clube de duelos”; as duas com vestes de baile (Lílian de vestido azul e Maggie de vestido lilás); as duas e mais um grupo de meninas sentadas na beira do lago de Hogwarts, refrescando os pés.
- Eu me lembro disso! - Harry exclamou ao ver a foto do lago - Quero dizer, ano passado eu presenciei essa cena na penseira...
- Foi uma das muitas vezes que seus pais brigaram em público, mas nessa ele atacou o pobre Snape...
- Eu vi a cena! E o quanto meu pai era terrível...
- Ele não era tão mau assim, mas ele tentava de tudo para chamar a atenção de Lílian depois do baile... É, nos tivemos um baile de inverno em nosso quarto ano e Lílian foi com Remo Lupin, o que deixou Tiago doido de ciúmes! Eles passaram a brigar por um bom tempo, e ela sempre insistindo que a culpa era dele por não a ter convidado antes.
- Mas como eles começaram a sair se ela o odiava? - Harry ainda não entendia aquilo, mesmo depois das explicações de Sirius e Lupin a respeito da situação de seus pais.
- Ela não o odiava. Ele tinha uma queda por ela e ela também, mas era muito orgulhosa para admitir que gostava de um encrenqueiro como Tiago Potter... Mas você sabe no que essa história deu melhor que ninguém.
Harry percebeu que o modo como eles agiam era praticamente o mesmo de Rony e Hermione, mas nenhum de seus amigos alguma vez assumiu que gostava um do outro mais do que como amigo.
- Acho que está na hora de você vir comigo. - Maggie fez um sinal com a cabeça, indicando para seguir o corredor - Eu realmente preciso de ajuda para desempacotar algumas coisas.
- Claro! Vim para lhe ajudar com os móveis...
- Na verdade são algumas coisas que eu acho que você gostará de ver, pois o resto já está em seu devido lugar, graças a minha amiguinha aqui -Maggie puxou a varinha, que estava prendendo seu cabelo como um coque, e mostrou-a a Harry, que sorriu.
Os dois seguiram até o fim do corredor e subiram as escadas. Seguiram por um corredor idêntico ao do andar de baixo e entraram na terceira porta à direita. Harry viu-se em um cômodo amarelo: as paredes, o sofá, as poltronas... Quase tudo ali era amarelo, tirando um grande baú encostado em uma das paredes e o tapete que ocupava quase todo o chão, que era preto.
- Bem Lufa-lufa, não acha? -Maggie sorriu novamente e sentou-se no chão, em frente ao baú. Somente depois desse comentário Harry notou que havia diversas faixas listradas em amarelo e preto penduradas pelas paredes.
- Realmente...- Ele respondeu admirado ao fitar um grande texugo de pelúcia sobre uma das poltronas.
- Sente-se aqui perto de mim - Maggie sorriu enigmática, pegou sua varinha e tocando de leve o baú e dizendo alohomorra, este se abriu - Vamos Harry, pegue alguma coisa de dentro do baú para que eu possa começar a lhe contar minhas histórias.
Receoso do que poderia sair de lá de dentro, Harry pegou uma caixinha vermelha que estava por cima de tudo.
- Ótima escolha! - Maggie tirou a tampa da caixa e dela tirou uma pena, que parecia ser de pavão, e entregou-a nas mãos de Harry - Esta pena foi o motivo de sua mãe e eu sermos amigas, como já mencionei...Tínhamos de executar um feitiço convocatório e tirar de nossas mochilas uma de nossas penas. Consegui executa-lo logo na primeira vez que o fiz, o que deixou Lílian muito nervosa, pois ela não havia conseguido. Foi quando o prof. Flitwick disse que isso cairia em nosso exame final que ela veio me pedir ajuda. Praticamos por semanas, sempre com esta pena, até que ela conseguiu, mas durante este período descobrimos que tínhamos muito mais em comum do que imaginávamos, e daquele momento em diante nos tornamos praticamente inseparáveis...
- Nossa... - Harry observava a bela pena que segurava - Quem poderia imaginar que uma pena poderia unir duas pessoas!
- Ou pelo menos trazer a tona lembranças a tanto tempo esquecidas. Vamos, pegue o próximo pacote!
Harry, agora mais confiante, enfiou a mão dentro do baú e retirou um saquinho prateado.
- Ah! - exclamou Maggie alegremente, abrindo-o e colocando seu conteúdo nas mãos do afilhado - Essas são as embalagens dos doces que compramos em nossa primeira visita à Hogsmeade. Não se preocupe, estão bem limpas...
Harry viu um saquinho de Feijõezinhos de todos os sabores, uma embalagem de Sapinhos de chocolate e um cartãozinho da Dedos de mel, no qual estava escrito à mão: “Para minha querida amiga Maggie, de Lílian Evans”
- Minha mãe escreveu isso? - Harry mostrou o cartãozinho a Maggie.
- Oh sim! Foi o presente de natal dela, em nosso terceiro ano: um saquinho de chocobolas, meu doce favorito! E eu lhe dei uma pena nova, igual àquela que acabamos de ver.
Era a primeira vez que Harry via a caligrafia de sua mãe, por isso fitou-a com atenção antes de guardar novamente o cartãozinho e pegar um novo pacote no baú. Quando o fez, escolheu uma caixa lilás, não muito maior que a da pena e ao abri-la encontrou uma rosa vermelha, que parecia ter sido colhida há um instante.
- Isto é uma recordação do nosso baile de inverno - Maggie sorriu, mas um ar de tristeza surgia em sua face. Ela pegou a rosa, sentiu seu perfume e devolveu-a as mãos de Harry.
- Como ela está assim até hoje? - Harry achara estranho a flor se manter intacta por tanto tempo.
- Um feitiço conservatório...Não é dos mais simples de se fazer, mas o que é conservado permanece idêntico por pelo menos cinqüenta anos. Não funciona para pessoas, se é o que você queria saber...
- Não não...Você disse que minha mãe foi com Remo Lupin. Mas por quê?
- Bem Harry, como eu já lhe disse sua mãe era muito orgulhosa. Quando soubemos que haveria um baile de inverno ela logo achou que Tiago a convidaria, mas estava errada... Ele e Sirius ficaram por semanas procurando “o par ideal”, Sirius como sempre cheio de convites e Tiago sendo recusado por todas as que convidara. E Lílian, com raiva de não ter sido sua primeira opção, resolveu provoca-lo convidando um de seus melhores amigos para o baile.
- Quando Tiago viu que não tinha par e era quase véspera do baile, logo foi procurar Lílian, e ao descobrir que ela iria com seu amigo começou com uma de suas crises de ciúmes, reclamando, implorando, resmungando pelos cantos... Acabou indo ao baile com Violet Brown, uma garota de sua casa que havia brigado com o namorado alguns dias antes.
- Nossa...Posso imaginar a situação, algo parecido aconteceu com Rony e Hermione em nosso baile. Mas e você? Deve ter ido ao baile com alguém especial, para guardar essa flor...
- Eu... - Maggie fechou os olhos por um segundo e voltou-se a Harry novamente - Eu não fui ao baile com alguém especial, ou pelo menos não especial para mim. Eu não era popular, mesmo após começar a andar com sua mãe, e nunca fiz muito sucesso com os garotos... Fui ao baile com um garoto muito simpático da minha casa, Isaac Smith. Ele era bonito e jogava no time de quadribol, mas eu não sentia nada por ele.
- Mas e a flor? Não foi ele que lhe deu? - Harry estava confuso.
- No meio do baile, depois que comemos, Isaac começou a passar mal... Ele era alérgico a peixe, mas infelizmente só descobriu isso após comer um prato e ficar todo inchado. Ele teve de correr à enfermaria e eu fiquei sozinha no baile; Lílian e Remo estavam dançando, Tiago se remoendo de ciúmes e ouvindo Violet lamentar o fim de seu namoro, até mesmo Pedro Pettigrew havia achado companhia no baile... Eu estava sozinha, e resolvi dar uma volta perto do lago.
- Após andar por vários minutos, sentei-me num banco ao lado de uma bela roseira encantada e comecei a chorar. Chorei porque estava sozinha novamente, sem um par, provavelmente horrível... Mas alguns minutos depois Sirius sentou-se ao meu lado. Estava perfeito, seu cabelo lhe caía sobre a face tão graciosamente... E ele perguntou o motivo de meu choro. Contei toda a história (Não que me sentia sozinha e horrível, mas o que havia acontecido com Isaac) e ele sorriu para mim e disse: “Sorte a sua que seu par foi embora. A garota com quem saí pensa que eu estou apaixonado por ela...” E eu, em minha total e completa ignorância, perguntei: “Mas você não está? De tantas garotas que pediram para ir ao baile com você. ela foi escolhida...” Ele sorriu novamente, deitou a cabeça para trás, voltou-se para mim e respondeu: “Eu não sabia quem escolher, então sorteei um nome. Mas nunca pensei que isso fosse me dar tanta dor de cabeça!”. Nós rimos e conversamos pelo resto da noite, até que o baile se deu por encerrado. Quando nos levantamos para voltar para o castelo ele arrancou esta rosa da roseira ao nosso lado e me deu, dizendo “Obrigada por me fazer companhia” então me piscou um olho, ajeitou o cabelo e entrou no salão principal.
- Nunca mais vi Sirius como um simples garoto encrenqueiro da Grifinória, mas como alguém especial, capaz de entender até mesmo aos meus sentimentos...
- E vocês chegaram... - Harry, encabulado, corou com a pergunta que fez, já que nunca tinha conversado sobre sentimentos íntimos com alguém - Chegaram a sair, você sabe... A namorar?
- Oh não... Sirius tinha um milhão de pretendentes, todas da Grifinória e da Corvinal, mas nunca prestou atenção em nós da Lufa-Lufa... Muito menos em mim.
- Mas você mesma acabou de dizer que ele lhe deu esta flor e que conversaram a noite toda! Como ele podia não prestar atenção em você?
- Conversamos e rimos a noite toda, mas para ele isso não passou de uma simples conversa e a flor foi um símbolo de agradecimento apenas... Mal nos falamos após aquela noite, somente quando estávamos num mesmo grupo de aulas e quando seus pais começaram a sair.
- Mas você gostava dele... Por que nunca perguntou se ele sentia o mesmo ou convidou-o para sair?
- Eu era fraca, Harry... Nunca tive coragem de mencionar sequer isso a alguém que não fosse sua mãe... Apesar de achar que era extremamente evidente quando estávamos juntos, Sirius nunca notou, ou pelo menos mencionou, alguma coisa a respeito. E se ele gostasse de mim, com toda certeza teria me convidado para sair, coisa que ele fez com metade da escola... Uma coisa é certa, Harry: nunca repita o que eu fiz, ou você viverá para sempre com um peso no coração.
- Eu gostava de uma garota - Harry resolveu se abrir para a madrinha, já que ela parecia entender do assunto e não ficaria dando palpites como seus amigos - E no último ano saímos juntos... Mas ela não é como eu pensava e sempre me aborrecia, querendo conversar sobre o antigo namorado que... eu presenciara a morte, quando Voldemort retornou... Ela também tinha crises de ciúmes e choro a cada minuto... Algo realmente frustrante...
- Você ainda é novo - Maggie sorriu e tocou seu braço carinhosamente - E sairá com muitas outras garotas no futuro, até que finalmente encontre seu verdadeiro amor e possa começar uma família.
- Maggie, você encontrou esta pessoa especial?
- Encontrei muitas pessoas especiais em minha vida, mas simplesmente ainda não achei a pessoa certa.
Harry sentiu-se muito bem após ter se aberto com a madrinha. Foi como se tivesse tirado um peso da consciência, estava leve, e a morte de Sirius não parecia algo insuperável agora que tinha alguém com quem se abrir, alguém para lhe contar histórias e lhe dar conselhos que poderiam ser úteis; sentiu que tinha uma família novamente.
Ele guardou a flor e pegou uma caixinha dourada, menor que todas as outras que já tinha pegado. Ao ver a caixa, Maggie correu para fechar as janelas do quarto, sentando-se em seguida e fazendo um sinal para que Harry a abrisse. No instante que tirou a tampa da caixinha, algo voou de dentro dela, mas rapidamente foi pego pelo garoto.
- Acho que sabe o que é, não? - Maggie sorriu alegre novamente - Seu pai não desgrudava disso por um segundo sequer...
- Este é o pomo de ouro que ele roubou! - Harry abriu a mão cuidadosamente, segurando-o com dois dedos apenas - Na penseira eu vi ele brincando com isso...
- Ele era um excelente apanhador, e pelo jeito você também é. Sempre gostei de assistir aos jogos de quadribol, mas nunca fui muito boa em esportes... Cheguei a ser artilheira substituta da Lufa-Lufa em meu segundo ano em Hogwarts, mas quebrei o braço em meu primeiro jogo e achei melhor parar...
- Eu entrei para o time durante o primeiro ano em Hogwarts... Nem sabia o que era quadribol naquela época, e aprendi jogando. Dizem que sou bom, mas aposto que meu pai era melhor.
- Só pela rapidez com que você apanhou este pomo, sem saber ao menos o que era, você já ganhou algumas vantagens sobre ele... E eu acho que você poderia melhorar cada vez mais. Ele é seu.
- O quê?! - Harry não podia acreditar - Você está me dando este pomo de ouro?
- Claro! Logo que você nasceu seu pai insistiu que você seria apanhador do time de sua casa. E que seria o melhor que aquela escola já viu! Ele guardou o pomo nessa caixinha e guardou-a em seu quarto, para lhe dar quando tivesse idade para entender o que era quadribol. Como aqueles tempos eram de guerra e não havia certeza da sobrevivência de ninguém, ainda mais de seus pais que trabalhavam para a Ordem da Fênix, ele nos fez prometer (eu e Sirius) que se algo lhes acontecesse, o pomo lhe seria entregue. Na noite em que seus pais morreram fui até sua casa, como já havia dito, e depois que Sirius partiu comecei a andar pelo lugar, como se estivesse procurando algo que nem eu sabia o que era, e encontrei esta caixinha próxima a seu berço. Peguei-a e prometi a mim mesma que a entregaria a você um dia, como seu pai queria. Por isso ela não me pertence, mas a você. Quero que aceite como um presente de seu pai, não meu.
- Muito obrigado - Harry observou o pomo novamente e o guardou em sua caixinha, então sorriu para Maggie e a abraçou por algum tempo.
- Eu estou de volta, Harry. Lembre-se de mim quando precisar conversar, estarei por perto de agora em diante e prometo que não o deixarei sozinho. Mas agora já está anoitecendo, por isso é melhor que volte para a casa de seus tios. Preciso fazer algumas entrevistas e pesquisas para minha reportagem e devo passar alguns dias fora, mas se por algum motivo precisar falar comigo antes de minha volta, mande-me uma carta.
- Sim, eu mandarei. Estarei esperando ansioso pelas histórias que ainda tem para me contar...
- Espere um segundo, sim? - Maggie, parecendo que teve uma idéia, começou a procurar algo no baú, mexendo nos pacotes e tirando algumas coisas lá de dentro, até que se sentou novamente, segurando um livro antigo com uma capa de couro, muito parecido com o diário de Tom Riddle, mas em sua capa estava escrito “L.E.” - Isso é para você também, era de sua mãe. Trocamos de diários no final do sétimo ano, e quero que fique com ele agora, pois eu sei que é muito bom escutar histórias que aconteceram no passado, mas não há nada melhor que nossos próprios pais contando-as.
- Eu nem sei o que dizer...
- Diga que você o lerá com atenção e muito carinho.
- Com certeza farei isto!
- Então está na hora de você ir para casa. Assim que eu voltar lhe procurarei.
- Ok. Só tenho um problema... Como entrarei em casa com essas coisas sem que meus tios percebam? Pois eu aposto que vão me interrogar para saber o que fiz em sua casa...
- Hum... E se você mandar sua coruja vir busca-los quando estiver completamente escuro?
- Como sabe que tenho uma coruja?
- Eu a vi esta manhã. E vi você se jogando no chão também...
- Ah... Ok, eu mando Edwiges assim que escurecer por completo.
- E eu colocarei suas coisas em uma caixa maior, para que ela possa levar os dois de uma vez.
Os dois se despediram e Harry voltou para a casa de seus tios, fingindo ter passado maus momentos na casa da vizinha, mas mesmo assim foi coberto de perguntas:
- Por que demorou tanto? -Valter estava nervoso.
- Aquela mulher tem muitos móveis pesados, e eu não sou muito forte, então foi complicado subir tudo aquilo para o segundo andar...
- Você não fez nada estranho, não é mesmo? -Petúnia estava receosa da resposta do sobrinho.
- É claro que não! -Harry fez uma cara de tristeza- Vocês sabem que não posso usar magia fora da escola... Senão já estaria aqui faz tempo...
Vendo as caras de alívio de seus tios Harry subiu para seu quarto, alegando estar muito cansado e que ia dormir um pouco. Uma vez lá, esperou ansioso a noite chegar e o movimento na rua diminuir, então soltou Edwiges com a ordem de pegar o pacote na casa de sua madrinha e voltar, o que não levou mais de cinco minutos.

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