Capítulo 04

O GUARDIÃO DE PIPOCAS E BACONS

BUM. A porta caiu. E de lá saiu...
- São eles mesmos! Prendam eles. – disse um homem com uma serra elétrica.
- POLÍCIA! Mãos para cima! – gritou um policial.
- Cala boca homem! Os tios estão dormindo! – sussurrou Rárry.
- Esse homem me falou que houve aqui uma invasão domiciliar! – sussurrou o policial.
- Porque você está sussurrando? – perguntou Rárry.
- Para não acordar seus tios. – respondeu o policial.
- É mesmo... – falou Rárry e olha para a porta, que estava no lugar certo novamente – Oxi! A porta não tinha caído?
- É mesmo. – respondeu o policial.
De repente, a televisão atrás do policial liga sozinha e dela sai uma garota toda podre com os cabelos cobrindo o rosto e pega o policial para dentro da TV.
- Chocante! – disse Rárry comendo pipoca com bacon – Oxi! De onde veio essa pipoca com bacon?
- São minhas! – disse uma voz.
- Oh Senhor! Desculpe se pequei! Pensei que maça fosse o fruto proibido! – exclamou Rárry.
- Não são minhas! – disse novamente a voz.
Numa parte do canto direito da casa, um vaso de orquídeas começa a tremer, e de lá sai uma mão enorme.
- Oh meu Deus! Não bastava O Chamado agora O Grito! – exclamou Rárry.
O vaso se quebra e um homem gigantesco sai de lá.
- Ai que susto! Em um momento cheguei a me preocupar! – aliviou-se Rárry.
- O que está acontecendo aí em baixo? – gritou Tio Disney.
- Como eles não escutaram o barulho de uma serra elétrica, de uma porta caindo, de um policial gritando, mas escutam o barulho de um vaso de orquídeas quebrando. Isso tem mutreta! – Rárry sussurrou para si mesmo.
- Não poderia preparar um balde de pinga para mim, poderia? Não foi uma viagem fácil... – disse o gigante.
E se dirigiu onde Bebê da Hipoglós estava deitado.
- Chega para lá seu leitão a pururuca. – ralhou Pégrand, fazendo Bebê da Hipoglós ir correndo para trás de seu pai. – Ah aqui está o Rárry! A última vez que o vi você era um bebê. Você parece muito com uma lhama.
- Exijo que... – começou Tio Volte.
- Que?
- Que você aceite esses biscoitos de rapadura com caviar. – disse ele dando um risinho.
- Em todo caso, Rárry – e retirou do casaco um embrulho – Tenho uma coisa aqui. – e entregou a Rárry – ele dormiu quando passávamos pela Avenida 5 de Março.
Nesse momento, uma carta passa por debaixo da porta e Pégrand a pega e lê:

"Querido Pégrand.
Essa fala era para ser dita NO COMEÇO DA FIC!
Atenciosamente,
Alvo Dabliudor. "

- Err... não era nada. – disse ele amassando a carta e tacando-a na lareira, fazendo com que ela se ascendesse.
- C-c-como fez isso? – perguntou Rárry.
- O que? Tacar papel amassado na lareira? – perguntou Pégrand.
- Não. Fazer, aquilo que... aff... Esquece. Quem és tu afinal? – perguntou Rárry.
- Mafioso Pégrand, Guardião das Pipocas e Bacons de Mongoiárts. Claro que sabe tudo sobre Mongoiárts não é?
- Mongo quem? – perguntou Rárry.
- Rárry... você é um...
- Superman? Batman? Mulher Maravilha? Não deu...
- UM BRUXO! – exclamou Pégrand.
- Como posso ser um bruxo? Eu sou só, só... – disse Rárry.
- Rárry Póter, o Menino que o aborreceu. – acrescentou Pégrand.
- Quem é esse? – perguntou Rárry.
- Você... – respondeu Pégrand - Seus pais são famosos, você é famoso!
- Meus pais... eram bruxos? – perguntou Rárry.
- Sim, sim, sim. Eles eram bruxos. Uma aberração! Quando minha irmã ganhou a carta, era Linha para cá, Linha para lá. Teve um dia então, que cortaram a TV no meio e me deram um pedaço de Queijo Gorgonzola e me expulsaram de casa.
- Olhe, leia isso. – disse Pégrand e pegou uma carta entregando-a ao garoto.
- “Ovos, leite, farinha, tamagochi...”
- Não, é assim aqui. – e entrou a carta certa a ele.

"ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA MONGOIÁRTS
Diretor: Alvo Dabliudor
(Ordem da Dercy Gonçalves, Décima terceira Classe, Grande Macumbiero, Macumbeiro Chefe, Cacique Mínimo, Presidente da Tanzânia, Vocalista do U2 e Cozinheiro nas horas vagas)

Pesado Sr. Póter,
Temos o prazer de lhe informar-lhe que Vós mercê tem um cantinho na Escola de Magia e Bruxaria Mongoiárts. Estamos anexando uma lista de livros e bagulhos necessários.
O ano letivo começa em 1° de abril. Aguardamos sua coruja até antes de 1º de abril, no mais retardado.

Atenciosamente,
Genevra McDonalds,
Diretora Substituta, Vice-Presidenta da Tanzânia, Baterista do U2 e Gerente do McDonalds inglês."

- Viu? – perguntou Pégrand.
- Eu não vi, eu li. – respondeu o garoto.
- Tanto faz... Então vai ou não cimigo?
- Ele não vai! – gritou Tio Volte.
- Porque? – perguntou Pégrand.
- Por que temos que molhar a almofada. Observe. Para carimbarmos o passaporte dele, temos que molhar a almofadinha do carimbo, para ele ir até a porta, nós temos o carimbinho, para ele poder ir até a feirinha dois quilômetros daqui, nós temos o carimbédio. Mas para ele ir até esse lugar ai, nos temos o carimbaço. Entendeu? – perguntou Tio Volte.
- Claro. – e deu um soco no Tio Volte. – Corre Rárry.
Quando estavam no barco indo em direção ao porto Rárry se lembra:
- Espera aí! Os Disney já estavam acordados quando a serra cortou a porta!

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