Capitulo 04



Poucos alunos estavam no salão principal naquele Domingo, dando a Draco e a Issl liberdade o suficiente para tomarem café juntos, sem os olhares dos curiosos. Haviam decidido não contar estarem juntos para ninguém, por enquanto. Draco não queria que Issl tivesse problemas no time de quadribol, e Issl não queria que Draco tivesse problemas com sua família. Tanto que, quando ouviram mais alguns alunos chegando ao salão, Issl deixou a mesa da Soncerina e sentou-se na ponta da mesa da Grifinória, como se nada tivesse acontecido...:

- Bom dia, minha querida. – cumprimentou Nathanael, sentando-se ao lado de Issl – dormiu bem?
- Como sempre, amor. Mas e você? Caiu da cama foi? Nunca o vi tão cedo por aqui...
- Acabei acordando e não consegui pegar no sono denovo. Mas, faz parte. Só quero saber quando vai me explicar todo o motivo de sua alegria. – e encarou Issl, com um sorrisinho; ele percebera que a amiga estava radiante, mas ao mesmo tempo, percebera que ela não estava a fim de falar nada pra ninguém
- Minha alegria? – e o encarou, tentando parecer séria – ué... ainda estou feliz pelo jogo, oras! – e desviou o olhar
- Olha Issl, se você ainda não quer me contar nada, tudo bem. Mas, lembre-se que as notícias correm rápido nessa escola...mais cedo ou mais tarde eu saberei. – e tomou um gole de suco
- Bem... – e pareceu ponderar por uma instante – acho que pra você não tem problema eu contar...mas, prefiro Ter certeza de tudo, antes. Tá bom?
- Desde que você me prometa que serei o primeiro a saber... tudo bem. – e sorriu
- Tudo bem... você será! – e abraçou Nathanael – você será sim! Sem sombra de dúvida!! – e então o encarou novamente – mas e você? Alguma novidade?
- Hmm... é.... bem..... não. – e sorriu – é difícil acontecer alguma coisa realmente interessante num castelo como esse. Sempre as mesmas pessoas... sempre os mesmos fuxicos... enfim... sempre as mesmas coisas.
- Algum fuxico novo? – Issl perguntou por perguntar. Ela não se interessava muito pela vida de quem mal conhecia, mas precisava desviar sua atenção de Draco, para deixar de parecer uma boba alegre sorridente
- Bom, ouvi algumas meninas do quinto ano comentando de uma garota da nossa casa que levantou, saiu por aí e só voltou lá pelas 4 e pouco da manhã. Também ouvi falar de um casalsinho que estava aos beijos e abraços numa das varandas que tem no segundo andar... o básico de sempre. – Issl engasgou! Aquilo era sobre ela e Draco!! – Issl...? você tá bem? – e Nathanael lhe deu uns tapinhas nas costas, para que ela desengasgasse
- ...tô... tô sim... só engoli torto.... – e tossiu um pouco mais
- Calma... não precisa se matar.
- Imagine se precisasse. – e deu um sorriso amarelo – mas, assim... esse tal casal... sabem quem eram eles?
- Não... ninguém descobriu... pelo menos não ainda. Do jeito que funciona a rede de fofocas dessa escola, em pouco tempo alguém já vai Ter descoberto.
- Que... indiscreto, não?
- Fazer o que? Tem gente que tem sete vidas mesmo... – Issl deu risada! Nathanael tinha cada trocadilho... (N/A’s: quando Nathanael diz: “Tem gente que tem sete vidas” faz uma alusão aos seres desocupados que cuidam da vida dos outros, ao invés da própria)

Draco observava Issl da mesa da Soncerina; lá estava ela, novamente falando com aquele tal de Nathanael Angelô. O rapaz se roía de ciúmes ao ver o relacionamento tão próximo que os dois tinham... o pior é que não dava pra saber se ambos tinham (ou haviam tido) algo... mas que parecia, ah! isso parecia mesmo!!
Assim que o garoto viu Issl deixando a mesa da Grifinória, foi atrás dela; segurou-a pelo braço e ambos se deteram perto das escadas:

- Sua falsa...
- Sua o quê?! – Issl se incomodara MUITO com o tom de voz de Draco
- Falsa!! Como você se atreveu a ficar comigo sendo que estava com Angelô?! Como se atreveu a enganar tanto a mim, quanto a ele?!
- Da onde você tirou essa idéia absurda?!
- Da onde?! Dessa ceninha de hoje de manhã; acha que eu não vi quando vocês se agarraram? Faça-me o favor... todos aqui nesse salão viram!!
- Você não devia julgar os outros antes de saber o que está acontecendo!!!
- Não estou julgando! Estou apenas falando aquilo que eu vi!!!
- Eu... – Issl estava realmente transtornada – como você pode ser tão ignorante, Malfoy?! – aquelas palavras atravessavam o peito da jovem como facas afiadas – se eu estivesse com alguém, eu jamais seria capaz de olhar para outra pessoa!!!
- Não é o que você está me provando agora, Minyagon!! – Draco nunca imaginou que ser chamado pelo sobrenome pudesse doer tanto!
- Como assim?! Agarrada você disse?! Era apenas um abraço!!
- Um abraço, sei...
- É! Um abraço!! Não sei por que você está tendo esse ataque de ciúmes besta!!!

Nesse instante, a porta do salão principal se abriu atrás dos dois, que nem sequer repararam nesse “pequeno” detalhe:

- Não estou com ciúmes de ninguém aqui! Só não gosto que toquem no que é meu!
- E desde quando eu sou sua?!
- Desde que eu te pedi em namoro!!! – e deu um beijo possessivo em Issl; a jovem desvencilhou-se de Draco
- Eu me recuso a ficar com alguém que não confia em mim!!! – Draco, ao ouvir aquilo, afastou-se, subindo a escada mais ou menos até a metade, então, virou-se e disse:
- Mas eu confio em você!
- Não foi isso que você me provou agora pouco!!! – Issl virou-se de costas para Draco; ainda meio desconcertada, sentou-se no chão e voltou-se para o garoto
- Eu confio em você, eu só não confio nos outros!!!
- Eu nunca vou deixar meus amigos na mão por sua causa, Draco!!
- Desde que eles sejam SÓ seus amigos mesmo...!!

Ao ouvir aquilo, Issl teve um acesso de raiva; sem nem ao menos pensar, tirou seu tamanco de madeira e lançou em Draco, que se defendeu com a mão esquerda; imediatamente ele sentiu uma dor fora do comum, mas não deu atenção àquilo:

- Pois bem, se é assim que você quer. – e com isso, Draco deu as costas e foi embora!

(N/A by † Myunna Daewoo †: então é isso?! É isso que ele faz?! Ele vira as costas e sai andando!? Ele pica a mula?! Puxa o carro?! Como é que pode?!?!!?) (N/A by Lola Potter: Calma que ainda não acabou!!!)
No caminho, Draco pensava: “Putaquepariu! Esse deve Ter sido o pior dia da minha vida!! Primeiro, durmo mal! Depois, sou acordado no susto com os berros da Pansy!! Não contente, depois de cair da cama, piso numa tachinha! Aí, quando eu acho que não dá pra piorar, desço pro café da manhã e não tem nada que eu goste. Aí eu penso que as coisas vão melhorar quando a Issl chega... e quando eu pisco o olho ela tá nos braços de outro cara... e o pior de tudo, bem na minha frente!!! E ainda por cima minha mão não para de doer...!?!?!? Não acredito que ela teve coragem de tacar aquele tamanco assassino em mim!!!”; o garoto parou e observou a própria mão... um tanto inchada e roxa...
Enquanto isso, no Hall, Issl não sabia mais o que fazer. Sentia os olhares dos alunos que estavam tomando café da manhã sobre si, mas não tinha coragem de se levantar e sair dali... não tinha coragem e nem forças para isso. Ela conseguia ouvir a voz de Nathanael, mas, não conseguia entender o que o garoto dizia... era como se nada mais tivesse importância alguma...:

- Vambora gente! Tem nada pra ver aqui não!! O Show acabou!!! – Nathanael enxotava os curiosos de perto de Issl; passado algum tempo, agachou-se perto da meia-elfa – Issl, você tá legal?
- Não Nathanael... eu não estou legal... – disse, sem levantar o olhar – eu estou mal... isso se não for pior! Eu não acredito que... como ele pôde...?
- Era isso que estava te alegrando hoje de manhã, logo que eu cheguei na mesa?
- Falou bem, era! – e levantou-se, Nathanael a acompanhou – agora, não adianta mais chorar o leite derramado... o que passou, passou. – a voz de Issl era firme, mas ainda assim, lágrimas insistiam em lhe escorrer pela face
- Issl... – e a abraçou. Issl apoiou sua cabeça no peito de Nathanael – pode chorar o quanto quiser tá? Eu estou aqui, tá bom?

Nathanael foi guiando Issl até o lago. Ele sabia o quanto à amiga gostava de ficar observando as águas serenas, horas a fio, para clarear as idéias. Depois de ajudá-la a sentar-se, preparava-se para ir embora, quando ela o segurou pelas vestes. Nathanael ladeou Issl, encostando-se numa árvore; com isso, Issl encostou-se no ombro amigo, chorando mais do que antes.

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