O Garoto Herói



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– CAPÍTULO VINTE –
O Garoto Herói


Harry agora se encontrava na frente do portão enferrujado do Godric’s Hollow pensando "Destroni, Destroni, o que pode ser?". Harry abriu o portão facilmente e entrou com passos leves e sutis no rol da casa velha. Ele não entrou justamente pela porta principal, Harry agarrou a Firebolt entre os braços e sobrevoou a casa de telhado afastado e quebradiço. Harry escutava vozes na sua cabeça, como se estivesse fazendo legilimência em alguém, vozes que dizia palavra de conforto, vozes meigas, parecia– se as vozes de Lílian Evans e Tiago James. Em um rodopio no ar, Harry entrou em uma janela esfarelada que dava acesso ao seu antigo quarto, a mesma parede que emergia luz da ultima vez, agora estava fortemente amarelo ouro, “algo tem que esta atrás dessa parede”, pensava Harry saindo da Firebolt e puxando a varinha com a outra mão.
– Destroni. – Disse Harry com clareza mirando a varinha para a parede.
Nada aconteceu.
– Destroni, Destroni. Mas nada acontecia.
Harry por um minuto ficou olhando os retos de mobílias e lembrou um ótimo jeito de como destruir a parede.
“Deletrius” foi o que o garoto falou vendo o fecho de luz amarelo sumir da parede.
“Alorromora”, Harry se sentiu no Caldeirão Furado ao ver os tijolos da parede se alinharem em uma forma de portal escuro e sombrio.
“Lumus”, Harry agora adentrava o portal. Em seu primeiro passo no escuro, Harry foi sugado por uma espécie de prisma enevoado.
Um tobogã gigante levou Harry para uma caverna subterrânea, algo que parecia a Câmera secreta.
Pedras pontiagudas davam origem a faíscas de fogo ao caírem, gostas de águas eram despencadas do alto da caverna formando possas de água. Harry rodou seu olhar em trezentos e sessenta graus e encontrou algo brilhante um pouco distante dele, parecia– se uma abertura ou uma lanterna.
Harry recuou alguns passos para pegar sua vassoura que cairá afastado dele e começou a sofre de dor na cicatriz, a alma de Voldemort devia estar muito perto para sua cicatriz doer tanto. Harry caminhava lentamente em direção a luz no fim da caverna escura e pavorosa, sua mão tremia bruscamente, seus olhos faiscavam de agonia, as vozes que haviam penetrado sua mente do lado de fora da casa agora já era mais sonoras e penetrantes, “cuidado meu amor” “siga em frente Harry”, vozes que Harry sabia que vinham de seus pais. Próximo ao objeto chamejante, Harry definira como um talismã pequeno e brilhante logo acima de um banquinho velho e encardido que tinha como referencia “Lílian Evans”, esculpido de preto, em uma das pernas do baquinho. Harry olhara assustado para o nome da mãe cravado em tal lugar, ele correra em direção do talismã, mas foi impedido por uma barreira transparente, semelhante a do ano anterior na bacia de poções. Harry rodará a menção do circulo impenetrável e deu de cara com mais um nome da mãe exposto ao chão junto ao do seu pai, mas agora trazia– se o sobrenome Potter. Parecia uma espécie de tumulo secreto.
– Que? – Perguntava Harry a si mesmo. – Será que meus pais... Estão... Enterrados aqui?
“Sim, Harry meu filho, ai resguarda nossos corpos”, parecia– se a voz de Tiago.
Harry não agüentava mais de tanta dor em sua cicatriz, não conseguia ao menos se mover.
“Seja firme, querido, estamos do seu lado”, agora a voz de Lílian que penetrava.
Outra voz entrou claramente na mente de Harry “Destroni”, ele lembrava da breve aparição de Dumbledore e levantara a varinha em direção ao circulo imaginário.
– Destroni! – Mas uma vez nada acontecera.
“O amor, Harry, o amor faz penetrar ate em barreiras mágicas”.
No mesmo instante que Harry escutou a voz da mãe, ele levantou–se e tentava pensar nas coisas que ele mais amava. Nada vinha a sua cabeça, há não ser Horcruxes e Voldemort, mas em um vestígio de imaginação ele lembrou da primeira vez na Toca, do primeiro beijo em Gina, da alegria dos amigos, das conversas com Dumbledore, das assistências de Molly. O amor reinava naquele momento, no corpo e na alma do garoto.
Harry dera alguns passos para perceber que adentrara o circulo da magia, um talismã azul ofuscante, brilhava no centro do baquinho, em vez do símbolo de Rufflepuff esta posto como na taça. Agora estava o pequeno nome bordado a ouro “Grinffindor”, mesmo com a cicatriz no auge da ardência, Harry retirou a taça de dentro da caixa negra e exibiu– a para o talismã. Ele se aproximou o Maximo do baquinho ate poder colocar a taça ao lado do outro objeto, feito aquilo, Harry se afastou, mirou a varinha com força para a taça e o talismã.
– DESTRONI!
Em segundos, Harry fora jogado pela explosão para cima do tumulo dos pais. Cacos de brilhantes rodeavam todo o local, parecia– se uma mina de diamantes. Os ecos da explosão chateavam os ouvidos de Harry, mas sua cicatriz instantaneamente parara de doer.
Harry estremeceu. A dor em sua cicatriz cessará quase que por completo. Seu coração batia acelerado. Olhou para o chão repleto de cacos brilhantes e de repente lembranças invadiram– no. Lembrou– se de Dumbledore sendo jogado pelo Avada Kedavra de Snape e logo depois invadiu– o uma outra lembrança e agora era a do ataque de Voldemort ao ministério. Lembrou– se dos sonhos que tivera de seus pais. Viu mais uma vez o Lord se levantar do caldeirão no seu quarto ano. Lembrou de Sirius e de seus amigos, e de Gina. Grossas lágrimas caíram e rolaram por sobre seu rosto refletindo o brilho dos cacos espalhados pelo chão. E então a voz de seu pai retrucava:
”Harry, volte para os outros. Não há mais nada a se fazer aqui.”
– Pai. Eu vou poder falar com vocês e ouvi–los agora?– Perguntou Harry em menção do tumulo.
“Harry querido, você terá sempre nossa ajuda seja lá onde estiver. Falar não poderemos mas estaremos com você.” Dissera a voz de Lílian.
Mais lágrimas rolaram pelo rosto de Harry.
”Harry, nunca se esqueça que amamos muito você e que sempre estaremos contigo!”. – As vozes sumiram por completo depois do suave “adeus de Lílian.
Harry sentiu um vento de leve lhe tocar a bochecha lhe lembrando um beijo e sentiu uma mão lhe apertar de leve o ombro e então a paz dominou o lugar que antes era repleto de magia. Harry com o coração pesado catara suas coisas e aparatou para a Sede.
Molly e Arthur com umas caras de preocupação, assim como Rony e Mione, aguardavam o menino na sala. Ao verem Harry todos perguntaram aonde ele tinha ido, o que havia acontecido?
– Antes preciso dar uma palavra com o Dumbledore. – Disse ele tremendamente sujo.
. Entrou com o rosto pesado e antes mesmo que se direcionasse ao retrato a imagem de Dumbledore apareceu.
– Acho que dessa primeira parte da conversa a Srta. Granger e o Sr. Ronald deveriam participar.
Harry concordou com um simples balançar positivo. E quando Molly e Arthur se retiraram da sala, Rony e Hermione passaram um tempo em silêncio e então Harry contara sua ida à casa de seus pais e o que havia acontecido (omitindo o fato de seus pais falarem com ele). E então Dumbledore olhou para eles num tom assustado.
– Harry preciso que se retire, por favor, tenho que falar com a srta. Granger e o Sr. Weasley a sós.
Harry não entendeu o pedido de Dumbledore, porque ele não poderia ouvir essa conversa? Seria tão seria?
Harry pensou no que era tão importante ao ponto de ser omitido dele, e quando fez menção de falar, Dumbledore interrompeu pelo olhar sereno de seu professor que dizia para ele se retirar.
Harry começou a caminhar em direção a porta quando sem entender nada.
– Harry não se preocupe com essa conversa e não tente entende– la, depois mandarei chama–lo para falarmos sobre o seu feito heróico hoje e sobre o que ouviu.
Harry então abriu a porta menos pensativo e saiu fechando devagar para tentar ouvir o que Dumbledore estava dizendo, e sem conseguir êxito fechou– a por completo.
Harry caminhou ate a cozinha onde se encontrava Sra. Weasley sentada fazendo a sua torta de abóbora,
Quando o garoto se aproximou ela olhou para ele franzindo a testa.
Sra. Weasley com um tom de preocupação e nervoso, perguntou:
– Harry querido, onde você estava? Fiquei bastante desgostosa!
– Ah... – Disse ele se lembrando de tudo que tinha passado no dia. – Estava na casa dos meus pais.
Molly agora estava perplexa, não acreditava que ele tinha se arriscado a esse ponto sem avisar a ninguém.
– Harry, você não pode sair assim...
Ele não estava mais escutando o que Molly dizia, ele estava longe dali imaginando o que Dumbledore falava com Rony e Hermione, que ele não poderia saber.
Quando percebeu a falta de mais alguém lhe dando sermão.
– Senhora, onde esta o Arthur?
– Ah sim... Problemas com o trabalho, nada que se preocupar Harry. – Disse ela voltando– se para terminar a sua torta de abóbora, enquanto Harry se roia de ansiedade.


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