Pôr - do - Sol



Pôr-do-Sol

Antes de mais nada, é importante lembrar, que infelizmente Harry Potter não me pertence, não tenho milhões e milhões de euros... A sortuda, é a “Tia” JK Rowling e seu cérebro genial!

N/A: Muito, muito, muito romântica ( pelo menos para o meu gosto...) não pergunte o que aconteceu com a pobre da minha cabeça, afinal, quem me conhece, vai poder afirmar que isso foi apenas um lapso tremendamente estranho, que eu definitivamente não sou assim, então, se você não gosta de histórias, muito melodramáticas, aconselho a não prosseguir, agora, se o gênero te agrada, sigo em frente e boa leitura, espero sinceramente que goste!

Pequeno aviso: Essa short NÃO contém expoiler do 6º livro, na verdade ela nem ao menos tem algo a ver com a história original... Tipo, não é Universo Alternativo, porque, Harry Potter é ele mesmo, menino-que-sobreviveu, Gina Weasley tem seis irmão ruivos e gracinhas ( ok, não tenho tanta certeza em relação ao Percy, mais...) Hogwarts é a mesma escola de magias, etc. Mais o fato é que isso provavelmente nunca vai acontecer, ou melhor, nunca vai acontecer, como disse acima foi apenas um pequeno devaneio! Bom, não vou enrolar mais, porque o que era para ser pequeno aviso já esta com algumas linhas a mais do que o esperado, é isso, nos vemos no final da fic!

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Soltei novamente outro suspiro, aquilo era maravilhoso, não conseguia parar sequer um instante de olhar hipnotizado para o horizonte, vermelho, por sobre o lago, que por natureza, as seis horas de uma tarde de final de verão permanecia completamente imóvel, como se fizesse o mesmo que eu. Observasse.

Definitivamente isso era algo que me acalmava, desde a infância, costumava me refugiar, nos últimos raios dourados do dia, e pensar que se era possível que ele voltasse, todas os dias, manha apos manha, seria possível que mesmo nos piores momentos, onde tudo parecia errado, onde eu não conseguisse achar saídas ou alguma resposta, minhas ilusões poderiam continuar a nascer, nos momentos em que eu precisasse.

Lembro-me de tardes, em que por qualquer besteira que eu fizesse ( podia escutar até hoje, os grunhidos pavosoros do meu tio, com frases sem sentido “ Moleque, você não arrumou a cozinha?!” indo em minha direção, normalmente com algo nas mãos, que pudesse me causar alguma dor, “sem sentido”... O que adiantava argumentar dizendo que Sim, eu havia arrumado a cozinha, mais que Duda, havia acabado de comer um lanche e por este motivo, existiam louças na pia? ) seria castigado, ficaria trancado, alguns dias, e normalmente minha refeição seria a base de restos. Restos do Duda, quase inexistentes.

Os hematomas que “apareciam” ocasionalmente em meu corpo, sempre feitos para serem escondidos, em outras palavras, nesse quesito existia a mira, ou um simples regra, bata, bata e bata, tome ao menos o cuidado, das marcas ficarem sempre abaixo das roupas... E no caso de erro, o que acontecia era ainda mais simples “ Ora, coitadinho, sempre se machucando, eu e seu tio, ainda o avisamos antes de ir ao parquinho, para que tomasse mais cuidado, nosso Harry querido é meio estabanado! Mais os garotos de hoje em dia nos obedece?” , quase sempre as mesmas frase, ensaiadas e perfeitas, acompanhadas de sorrisos “ sinceros”... A imagem perfeita para a família perfeita.

E apesar de tudo, aquilo continuava de uma forma extraordinária me dando forças, parecia algo perfeito demais para ser real, ok, isso parece exagero, mais aquilo era algo que me tirava todo o fôlego, normalmente nesses dias, ou quando mais uma criança se afastava de mim, por saber que bem, eu era o sobrinho “ louco” dos Dursley, costumava ir, no final da rua, no parquinho, que naquela época ainda não era um “parquinho” era bem mais um local vazio e abandonado, onde eu ficava os finais de tarde e sabia que ninguém iria me achar e assim, poderia ficar sozinho, contemplando algo que me oferecia paz.

Ficava durante mais ou menos uma hora, tentando controlar os pensamentos, tentando fazer com que o que eu passasse tivesse algum sentido, costumava pensar que bem, se o Sol ia e voltasse, meu pais poderiam ir e votar também, certo? Ia dia após dia, na esperança de que assim, que o vermelho sumisse por completo, e o azul que se tornava mais escuro a todo o momento, surgisse, veria chegando de mãos dadas e sorrisos cristalinos, parecendo cheios de expectativas, ficava imaginando ver os olhos da minha mãe,vedes iguais ao meu, olhos aos quais tia Petunia insistia em dizer que eram “Irritantemente cheios de si, como os da tua mãe” esperava com ansiedade conhecer os mesmos cabelos espetados do meu pai, que pareciam enfurecer meu tio, que urrava todas as vezes que era obrigado a sair e me levar junto, eu e meus cabelos sem jeito algum, esperava que viessem me buscar e que assim, tivesse alguém que poderia me aceitar do jeito que eu sou.

E durante essa hora, em que observava as vários tonalidades em que o Sol se tornava, até o vermelho intenso, reluzente, o que conseguia me deixar mudo de estupefação, que surgia antes que novamente retornasse ao azul, um azul mais escuro e finalmente a noite enluarada. Durante essa hora, nada mais importava, não me preocupava, com o que meus tios poderiam fazer ou pensar, ou se seria castigado por eles, por não estar em casa, cumprindo com minhas “ obrigações”, não me importava, se na hora em que chegasse em casa levasse mais uma surra do meu “querido” primo, mesmo que não houvesse um motivo aparente para este, Durante esta hora, existia, apenas eu, o vermelho que me iluminava no momento e minhas ilusões que insistiam em continuar vindo me visitar, todos os dias, manhas após manha, pôr-do-sol à pôr-do-sol.

Era engraçado, que eu sentindo tudo isso em relação aquilo, simplesmente com o tempo acabasse me esquecendo, me esquecendo de como o efeito em mim era milagroso, de como aquilo me deixava em paz comigo mesmo.

E pensando bem, posso ver, que a companhia do pôr-do-sol, foi aos poucos sendo esquecida, quando conheci a companhia dos outros. Assim que entrei em Hogwarts, conheci pessoas como, eu, descobri sobre mim mesmo, aprendi a ter e conviver com amigos e apesar de uma das minhas maiores ilusões terem sido destruías, a de ver novamente meus pais, com o tempo, acabei me esquecendo da beleza do vermelho, aprendi a viver sem ele e sem o deslumbramento que me causava, conheci um novo mundo, o mundo que aprendi a chamar de lar e a amar.

E apesar de tudo é tão irônico, o mundo é tão irônico, e agora olhando o horizonte chego a conclusão de que, ao me despedir sem dar ao menos o merecido adeus, ou ao menos sem o agradecimento tão merecido pela companhia que o pôr-do-sol me dispensou, pelo apoio sempre mudo que me deu, vejo o quão irônico ele foi, ou seria o quão ciumento?

Pois ao dizer adeus sem a devida despedida, o vermelho, o mesmo vermelho vibrante, o vermelho que me tirava o fôlego, o vermelho que me lembrava a labareda viva e ardente do fogo, decidiu tomar forma...

Vermelho. Vermelho. O mesmo vermelho que agora sentava ao meu lado...

- Harry?... - a pergunta tinha um tom meio inquisidor, mais mesmo assim, sua voz, parecia feita sob feitiço, era forte e determinada, mais ao mesmo tempo, simplesmente perfeita, como o vermelho, como ela própria.

Permiti por um momento que um fino sorriso brincasse com meus lábios, afinal, durante a ultima meia hora, estava olhando fixamente para um ponto fixo, o vermelho e agora que o desvio enfim, meus olhos voltam novamente para ele. Existe sentido nisso?

- Gina... algum problema? - Senti minha voz, um pouco rouca, talvez por que ultimamente eu não estava a usando muito, ou talvez apenas, por enxergar o rosto dela, delicado, fino, o nariz pequeno, combinando perfeitamente com os lábios pequenos e carnudos, ou os olhos redondos, simetricamente em seus olhos, que me deixavam louco, porque apesar de castanhos claros, brilhavam demais para ser olhos comuns, lembravam brasas, lembravam o fogo, o vermelho, o mesmo que me arrebatava. Os olhos que sorriam acompanhados pela alma.

- Comigo não... Mas e com você, senhor Potter?... Parece estar em outro mundo... - a voz tinha o mesmo tom forte e confiante, mais era desferido de uma forma tremendamente marota, fazendo com que meu sorriso novamente circundasse por meus lábios.

- Não há nada comigo Gina - tentei usar o mesmo tom dela, talvez um pouco mais sério, mais meu fracasso ficou evitando assim que escutei uma voz que continuava falha e rouca, e me lembrando das duas opções que havia criado agora a pouco, cheguei a conclusão que definitivamente não se tratava da primeira.

- Você não sabe mentir muito bem, sabe? - Ela me olhou mais profundamente, e foi inevitável sentir um arrepio subir por toda minha espinha. Os olhos dela.

- Me diga então, senhorita esperteza... - precisava provar a mim mesmo, que poderia agir normalmente na frente dela, mais meu intimo me provava, pouco a pouco, que aquilo era uma doce ilusão - ... O que é, que eu tenho?

Ela ficou muda por alguns segundos e cheguei sinceramente a pensar que talvez, ela não fosse responder, os segundos provavelmente se transformaram em minutos, mais perto dela, o que era o tempo? Estava quase desistindo de obter alguma resposta que respondesse o que era afinal aquilo que eu estava sentindo, e por fim, com outro sorriso, pareceu ter chego a alguma conclusão, conclusão esta com a qual eu não conseguia enxergar. Ou simplesmente não queria.

- Quem é a garota, Harry? - minha primeira ação foi arregalar os olhos em completa estupefação. Como ela sabia? Sentia minha boca ligeiramente aberta e o riso que ela soltava por ter me deixado naquele estado. O que era aquilo, estava escrito na minha testa agora, o conflito que eu estava sentindo?

- Como?! - foi a única coisa que conseguiu sair pela minha boca, e tenho noção de que provavelmente aquilo não passou de um sussurro, mais que parecia ter sido escutado, pois o riso dela, apenas se tornava maior e mais alto.

- Me diga Harry Potter - O tom de gracejo era mais do que evidente na voz dela - quem foi a garota que roubou o seu coração? - Sentia meu coração, que naquela hora, já não estava em seu ritmo normal, apenas acelerando, devagar, pouco a pouco.

- O que é que você esta falando? - acuado, assustado, nervoso, vocês podem dar o adjetivo que mais preferirem, porque no intimo eu sabia que era uma mistura de tudo um pouco o que eu estava sentindo no momento.

- Não seja tonto Harry - O que era aquela obviedade toda estampada no rosto dela, a qual eu não conseguia notar? - você esta apaixonado - que naturalidade era aquela?! Como assim alguém diz apenas um “ vocês esta apaixonado ” com toda essa calma? Não, não era verdade. Não podia ser. Não...

- Não... - disse, continuava a encará-la, mais de alguma maneira aquilo parecia ser mais complicado a cada segundo que se passava.

- Claro que esta - obvio, obvio, obvio, era apenas isso que passava o rosto bonito dela, para ela aquilo era um fato concreto, mais...

- Como você pode saber? - disse de supetão, não podia dar simplesmente o braço a torcer, não podia ceder, não podia simplesmente deixar que algo como aquilo acontecesse...

Ela deu uma espécie de sorriso sapeca, se inclinou ligeiramente para frente e falou em um tom, um pouco mais baixo, como se estivesse prestes a me contar um segredo.

- Bom, você esta com todos os sintomas, sabe? - que benditos sintomas eram aqueles? Como saber se realmente estamos apaixonados por alguém? Como? Como? Como?

Me senti franzir a testa e encará-la sem saber ao certo, o que fazer...

- Hum, vejamos... 1º Você tem se afastado dos outros ultimamente... Rony e Mione me disseram...

- Não vou ficar grudados com eles o tempo todo, sabe? Não é muito legal ficar perto, principalmente nas cenas melosas dos dois! - ela deu um meio sorriso, como se concordasse com aquilo e continuou.

- 2º Você anda meio distraído, um prova disso é os pontos que você anda perdendo...

- Não me diga que a Mione...

- Não apenas ela... - seu meio sorriso apenas aumentou - Fiquei sabendo do seu pequeno acidente na aula do Snape, sabe? - a contragosto teria que admitir que isso era um “pouco” verdade sim... Ultimamente, o vermelho andara assombrando mais do que ele gostaria...

- Sabe, aquilo foi um pequeno acidente! - Ela arqueou um pouco as sobrancelhas, como se dissesse claramente com os olhos que não acreditava em sequer uma palavra dele - Ei, no meu mundo existe a palavra acidentes! No seu não?!

Afinal, qual era o problema, acidentes acontecem, e se os sinais a que ela estava se referindo, fossem esses dois, ela perdera seu tempo, aquilo definitivamente não era algo que convencesse.

- Harry querido - ultimamente ela havia aprendido a ser um pouco irônica, e aquilo era definitivamente estranho, não parecia ser a mesma Gina de antigamente... Mas ele sabia o porquê - No meu mundo existe sim a palavra acidente, acredite, eu já fui mestra nisso - fiquei tentado a perguntar, o por que, mais ai como imagens sem sentido, por segundos vi a imagem da menininha enfiando o cotovelo na manteiga, os vários pisões no pé, dados por Neville... Me pergunto se são a esses acidentes que ela se refere... - ...Mais acontece, que explodir, dois caldeirões seguidos na sala do Snape, não é acidente!

- Ora, e eu posso saber por que, não?!

- Bom, pelo menos no meu mundo, isso pode significar três coisas, uma, é que vocês está pedindo para receber uma bela de uma azaração, acompanhada de vários sermões de “como os grifinórios são inferiores”e não conseguem fazer nada direito, duas, você é m burro e pronto sem chances de contestações ou terceira, e tenho certeza a alternativa correta, você estava no mundo-da-lua pensando em alguma garota - terminou com uma espécie de tom, sabe-tudo, que poderia definitivamente fazer jus aos da Mione.

- Hum, que tal a primeira? - Bem, diante as alternativas, me pareceu a melhorzinha, era claro, obvio até que não queria uma azararão e que os grifinórios definitivamente não são inferiores, longe disso, diria até mesmo que são o contrário, se levássemos em consideração que nos últimos anos quem levou todos os troféus de casa fomos nós... Mas não poderia negar que atrapalhar a aula do Snape era sempre um verdadeiro presente... Eh, definitivamente um resposta digna... Só havia um problema, eu sabia que não era a verdadeira...

- Ah claro... E hipógrifos botam ovos, Harry nós dois sabemos que você tem procurado o menor números de confusões possíveis, não é? - ok, me esqueci, tinha esse problema também, mais ainda teria sido uma boa resposta.

Soltando um alto suspiro disse:

- E por que isso teria a ver com alguma garota? Não poderia ser simplesmente distração por um outro motivo? - a encarei esperando ver uma cara de resignação por parte dela, mais o que achei foi um sorriso, um sorriso típico de quem sabe das coisas...

- Ah, claro que poderia! - Os olhos brilhantes e com jeitos inocentes poderia até mesmo ter me enganado naquele momento, mais o sorriso, definitivamente a coisa não tinha parado por ai.

- E então? - Essa era a pergunta obvia e eu sabia, queria acabar com isso de uma vez.

- Bom, sem duvida poderia ter significado qualquer outra coisa, se sua lista de ações parasse por ai, podemos dizer, que, bem, esse é apenas mais um sinal, mais alguma coisa que comprova e nós leva ao fato! -

- Ótimo Holmes, prossiga com as suas pistas que levam ao crime... - disse tentando descontrair o ar, na verdade acho que apenas o meu, já que ela parecia estar se divertindo com aquilo, no entanto o meu ficava cada vez mais pesado e quente.

- Holmes? O que é isso? - Sua expressão vencedora pareceu diminuir um pouco, afinal, não é a melhor coisa do mundo admitir, nem que por besteiras desse tipo, que não sabe de alguma coisa, mais bem, esquecimento temporário, sabe? É estranho as vezes pensar que muitas coisas que durante grande parte da minha vida eram comuns ( ok, nem tanto, eu era proibido terminantemente de chegar perto de TV, rádio, videogame computador e derivados...não que seguisse todas essas regras, mais...) como a literatura trouxa, a qual, meus tios querendo me proibidor ou não, eram obrigados a aceitas, já que cometeram o erro de me matricular em alguma escola ( ou isso, ou o conselho tutelar bateria nas portas deles, e convenhamos, isso ficaria bem feio perante os visinhos....rs) mais para famílias como a dos Weasley´s, Sir Arthur Conan Doyle, era apenas algum cara de titulo e nome comprido...

- Ah, não esquente, é apenas um personagem de livros trouxas... - Ela parecia querer perguntar mais sobre esse tal de “ Holmes” mais na ultima hora, desistido, pois abriu e fechou a boca em um movimento quase impressionante, sacudindo a cabeça e assumindo novamente o ar sabe-tudo, presunçoso.

- Bom, mais voltando ao nosso assunto principal... Tudo isso seria perfeitamente normal, se sua lista parasse por ai, mais...

- Ok, Gina, prossiga com sua lista... - ela de uma forma marota, me estirou a língua, parecendo divertida.

- Não tire minha alegria Harry! Preciso de toda essa cena, sabia?! - e riu logo em seguida com as próprias palavras, e me vi novamente naquele estado em que simplesmente era impossível não segui-la, rindo assim com ela.

Olhei por um segundo para a frente e meus olhos tiveram em um breve vislumbre novamente do pôr-do-sol e aquele simples momento foi o suficiente para que eu soltasse um longo suspiro.

Se estivesse olhando para o lado veria que o sorriso da moça de cabelos vermelhos estava ainda maior.

- Esta vendo! - Exclamou ainda mais vitoriosa, se é que isso era possível, fazendo com que eu olhasse imediatamente para ela.

- Esta vendo o quê, Gina? - levantei minhas sobrancelhas, em clara pergunta - Acho que você precisa procurar auxilio médico imediatamente! - continuei tentando soar divertido.

- Hum-hum... - ela limpou a garganta de maneira pomposa e com seu belo sorriso presente continuamente nos lábios - e aqui vamos nós, ao 3º item da lista!

- .....

- Suspirando sempre que possível! - fechei a cara, aquilo era perseguição, sem duvida, ou ela estava tirando uma com a minha cara! Puxa, suspirar?! Desde quando isso é algum sinal? Qualquer um suspira! Não é sei lá, como se eu começasse a gaguejar, ou mesmo ficasse vermelho como uma pimenta, como ela, toda as vezes que eu chegasse perto de alguém, mais era simplesmente um “suspiro!

- Ora Gina! Suspirar?! Qualquer um suspira! Não é uma coisa muito incrível, sabe? - respondi tentando não deixar meu orgulho ainda mais espatifado.

- Ora, quem digo sou eu! Qual é o problema com o suspiro? - meu rosto tinha uma clara resposta, a total descrença - Não me pergunte quem onde é que eu vi isso, acho que li, sei lá... A questão é, nos pequenos gestos se encontram os maiores sentimentos, ou algo do gênero - ela pareceu refletir.

- Continua sendo apenas um suspiro... - disse aquilo, tenho certeza mais para irritá-la, do que realmente ouvir a resposta.

- Harry, por favor! Não seja um copia de Roney e sua insensibilidade! - ela me olhou querendo demonstrar brabeza, mais eu conseguia envergar que atrás daquela expressão se encontrava outra, pronta para gargalhar - a idéia é: Não importa que seja um suspiro, o teu suspiro, é de alguém apaixonado!

Não sabia o que dizer, esta certo que essa idéia de suspiro, não estava me convencendo muito, mais a quem eu queria enganar? A mim mesmo provavelmente... Parecia que todo mundo já havia visto o que eu simplesmente recusava, as pessoas dizem que o pior cego é aquele que não quer ver, mais o que adianta enxergar se no fundo eu sei que aquilo vai ser bem pior?

Pra começo de conversa, o que eu podia fazer? Admitir enfim o que sentia e depois botar a vida dela também em risco? Eu seria o que? Que espécie de paixão é essa? Afinal, em qualquer história de amor que você lê, sempre vê algo do gênero “ E o grande herói, abre mão de seu grande amor, para salvar a vida da bela mocinha...” Ironia ou não, era simplesmente o certo, não iria, tentar algo que eu sabia, querendo ou não, poderia terminar sem mais nem menos, e não queria vê-la sofrendo, não mais, e é claro, existiam também outros motivos...

- O que você quer que eu diga, Gina? - eu simplesmente não sabia.

É engraçado como as pessoas nunca esperam que eu simplesmente me renda, imagino que se a situação fosse qualquer outra teria dado boas risadas, por causa do olhar que ela me mandou, talvez, incredulidade?

- Como?! - Foi a vez dela perguntar.

- O que quer que eu diga? Que, bem, você pode estar certa? - Continuava me olhando de forma impassível, acho que ela imaginava que eu iria negar até meus últimos herdeiros antes de admitir aquilo. Herdeiros, que provavelmente nunca iriam chegar.

- Harry você... Quero dizer... Hum...? - Uma habilidade recém descoberta: na verdade acabei de descobrir, facilidade, para em assuntos sérios como esse, pensar em alguma out0ra coisa, lembranças... Sintomas também de pessoas apaixonadas?... Mas, a quanto tempo, ela simplesmente não perde a fala por “minha” causa?

- Pra que negar, não é verdade? - pra que mentir para mim mesmo? - dizer que não? - quando todos os meus atos me desmentem? - quando você acaba me dando todas as evidencias possíveis? - você e essa sua lista maluca - com essas suas teorias sem pé nem cabeça - ou você, que me deixa maluco?.

Ela por um bom tempo ficou sem assunto, tentando entender o que havia sido aquilo, aquela pequena, aceitação...

Como se saísse de um estado de torpor, me respondeu com um sorriso brilhante.

- Mais isso é ótimo, Harry! - Ela nem imaginava...

- E eu posso saber por quê? Não acho que isso seja assim, tão bom...

- Mais é claro que é! Já estava na hora de você parar de se preocupar apenas com o mundo, e começar a pensar um pouco mais em você também! Oras, você vai ver - ela me deu um sorriso ligeiramente malicioso - que quando estiver com essa garota, vai esquecer de tudo o resto rapidinho!

Como dizer, que aquilo, era praticamente impossível?

Talvez, pela alternativa mais fácil?

Ou a mais esperada?

- Me diga Harry - o modo confidente, era estranho... - e a garota?

- O que tem a garota?

- Oras, como assim, “ O que tem a garota?”... - ela revirou os olhos... - já falou com ela ao menos?...

- Não... - parecia que o chão simplesmente era melhor alternativa no momento, parecia bem mais interessante, do que os belos cabelos vermelhos que tanto admirava

- Como assim, “Não”?! - Ela elevou um pouquinho mais a voz, como se precisasse entender direito aquilo.

- Não, é não, Gina... - por que aquilo era tão embaraçoso... E complicado?

- Aff, e o que você esta esperando?!

- Como assim, o que eu estou esperando? Não é assim tão simples Gina...

- Como não é? - Ela parecia brava novamente, só que ao contrário da ultima vez, não existia nem um pontinho de divertimento na sua voz - Vamos Harry, é só você chegar perto da bendita garota, com seus belos olhos verdes esmeralda e lançar este teu charme que você tanto teima em esconder!

- Merlin, então está muito bem escondido, sabe, ultimamente, diga-se de passagem, nesses últimos dezessete anos, ele andou meio perdido...

Minha intenção era fazer com que o clima relaxasse, mais ao contrário, o rosto dela pareceu levemente inflado, como se aquilo, não estivesse muito, melhor, nada certo!

- Harry! - ela chamou a atenção, como se eu estivesse prestando atenção em qualquer outra coisa que não fosse ela - você está se rebaixando ou é impressão minha?! - minha boca caiu, COMO?! - Ora! - ela parecia indignada e não vou negar que aquilo me assustou um pouco - Quem essa garota pensa que é? Neta do ministro da Magia?! Ora, por favor! Tenho certeza que qualquer outra garota nesta escola, livre e desimpedida, ficaria no mínimo encantada de sair com Harry Potter!

- Bom, não acho que queira sair com alguém encantada... por sair com Harry Potter... - olhei pro lado, desviando meus olhos, apenas por segundos dos dela.

- Bruff - ela bufou - você me entendeu, muito bem! Não me refiro apenas ao Harry Potter, menino-que-sobreviveu! - com o “ NÃO?!” estampado na minha cara ela completou - claro que não! E você esta se rebaixando novamente!... Estou me referindo, à Harry Potter, garoto moreno, de 1, 86?...

- 1,89 - corrigi, antes mesmo de me controlar...

- Que seja, 1,89 de altura, incríveis olhos verdes...

- Ah, claro, incríveis olhos verdes, que lembram sapinhos cozidos... - soltei novamente antes que pudesse me segurar, e arregalei os olhos logo em seguida, afinal o comentário, não havia sido nem um pouco gentil. Olhei para ela, pronto para pedir, mil e uma vezes desculpa, mais quando olhei, ela me encarava, de modo divertido, na verdade divertidíssimo, parecendo achar extrema graça daquilo. Me pergunta se essa é realmente a mesma Gina que me mandou o poema, dos sapinhos cozidos e lousas de aula...

- Qual seu problema com sapos? - perguntou de forma brejeira, não me deixando responder, pois continuou logo em seguida - Ahm, com cabelos maravilhosamente pretos, revoltos, que o deixam de maneira singular, parecendo que acabou de descer de um vôo - me pergunto o que é que tem demais, cabelo preto bagunçado... - ... Capitão do time de quadribol, um dos melhores aparadores do século, com um porte invejável - ela espremia os olhos na minha direção, tentando capitar todos os meus detalhes, era engraçado, Gina Weasley estava tentando levantar meu ego?...

- Apesar de discordar de metade desse seu discurso Gina, acredite, é impossível ...

Outro bom motivo, era meramente esse: Aqui estou eu, deprimido, me “abrindo” com “A” garota, todo desiludido e ela tentando encher minha bola, dizendo um monte de qualidades, inexistentes, é importante frisar, me dando forças para que eu chegue em alguma garota e me declare... Moral? Bem, o que adianta gostar de alguém que te manda ir atrás de outra?! Se eu ainda tivesse qualquer esperança em relação a isso, apesar dos motivos já citados, eles simplesmente teriam que sumir, afinal, que se ela gostasse de mim “ de verdade” não iria me mandar atrás de outras, certo? Iria me deixar mal, e tentar me consolar depois, não ia? Ok, está certo isso é ligeiramente sonserino, mais mesmo assim, é o tipo de coisa que se espera, ao menos agora, depois.. De, bem...

- Quem é essa garota Harry? - Ela perguntou depois de algum tempo, tempo esse que eu tenho certeza ela esperava que eu dissesse os “motivos” que fariam o meu “futuro relacionamento” impossível.

- Gina, acredite, não...

- Ela tem nome não é verdade? - novamente meus pensamentos sem noção aparecem, e eu simplesmente chego a conclusão de que, nem mesmo se Voldemort estivesse do meu lado eu estaria tão nervoso.

- Ahm... Eu... Ah... - não sabia o que dizer.

- É uma sonserina?

- Não! - Ela ria diante da careta que fiz em seguida, careta de asco. Ultimamente faltava usar, uma camiseta com os dizeres: I HATE SLYTHERIN´S e tudo o que eu NÃO precisava era uma sonserina nas costas...

- Bom, e mesmo que fosse, acho que poderíamos dobrar isso, não é mesmo? - ela rio e ao que parece, piscou, os olhos para mim?!... - porque, você é sangue-puro e isso você e mais metade do mundo mágico, se não todo, descobriu - revirei os olhos, isso havia sido uma grande, grande história, a qual eu me encontrava ainda “um pouquinho” extressado, mais outros quinhentos essa história... - Todo mundo sabe, que os Potter´s são uma família de linhagem e bem - ela pereceu um pouco sem graça agora - dinheiro é o que não falta para você... - agora mais do que nunca, porque com a maioridade, foi permitido que eu visse tudo o que realmente me pertencia... E mais “algumas” coisas herdadas de Sirius...

- Não é sonserina...

Ela pareceu pensar mais um pouquinho antes de perguntar...

- Ela tem namorado? - Ela me olhava fixamente, me vendo abrir e fechar a boca várias vezes, por fim não me dando a chance de responder ( felizmente!) porque logo respondeu.

- E mesmo que tiver, você precisa checar se ela gosta realmente dele, não se pode descartar a possibilidade de termino de namoro, certo? - CERTO? Será que realmente a coisa funcionava assim?

- Eu, um... Ah... - Necessário dizer que estava me sentindo um retardado? Não conseguia responder, nada!

Desistindo por fim de falar qualquer coisa, ficamos os dois durante alguns segundos em um completo silencio, apenas observando o belo espetáculo que se desenrolava a nossa frente.

- Harry? - ela me chamou novamente, só que agora bem baixinho, fazendo com que eu me aproximasse bem dela para que pudesse escutar.

- Se eu pergunta uma coisa, você promete que vai me responder? - a voz dela agora continha um tom ao qual não soube identificar, o que me fez erguer as sobrancelhas, era tão sério, assim?

- Acho que sim...

- Promete? -ela insistiu com os olhos grudados nos meus. Em outras palavras, como é que eu poderia dizer um não?

- Prometo.

Ela pereceu pensar, pesar um pouco o que iria dizer, antes de se expressar audivelmente, por fim, com os olhos ainda pregados em mim, dizer:

- Você esta assim, porque, bem... Ahm... O Ela, na verdade é ... Ele? - demorou um pouco para que eu pudesse entender o que é que ela realmente queria me dizer, e pelos seus olhos ligeiramente arregalados, acho que ela estava levando meu silencio por consentimento...

- NÃO! - Merlin, era o que me faltava, se ela realmente achasse isso, era simplesmente o fim de TODAS as minhas ilusões!

- Por que, NÃO?!- ela riu, provavelmente por causa da minha expressão - qual é o problema?

- Ahm, bem... Nenhum! Digo, eu não gosto... Mas... Ahm... Se tem quem gosta... Acho, quem bem... Cada um com suas preferências! - E realmente não tenho nenhum preconceito, a negativa toda é simples... Imagina só se ELA pensasse que sim?! Ela nunca sequer iria olhar para um garoto que imaginava que também fosse um concorrente...

Diante do meu nervosismo, obvio pelo gaguejamento ridículo, ela começou a rir novamente. Gina era complicada as vezes, nem sempre você conseguia ver se ela falava seria ou não com você, porque do nada ela simplesmente começava a rir!

- Então, não vejo motivo nenhum, pelo menos aparente, para essa negativa toda! - Ela pareceu receber uma “ mensagem divina” por que abriu a boca imediatamente e me encarando com os olhos arregalados perguntou - Não é a Mione, certo?

Mione?! Não! Nossa, ela sequer era uma garota na minha concepção! Tá, eu exagerei, eu via a Mione, como uma garota, porém de uma forma platônica! Ela para mim, era como uma irmã, que eu nunca tive!

- Gina, Mione é como se fosse minha irmã! - exclamei horrorizado, como se a idéia fosse bizarra.

- Ainda bem, ou você e meu irmão iriam ter uma bela briga - ela o olhou séria - e ai, sejamos sensatos Harry era realmente um caso perdido, é bem obvio que os dois se gostam...

- Sim, sim! Os opostos se atraem! - Ela riu, e eu imediatamente pedi, um milagre para que aquilo não fosse verdade em todos os casos, ao menos, não “naquele” caso em especial...

- Ótimo, agora me diga, quem é a garota...

- Gina, sério, não é muito legal... - tentei dar uma desculpa qualquer, apesar de quase todas já estarem se esgotando...

- Sou sua amiga não sou? - novamente aquele olhar e me vi sacudindo a cabeça freneticamente, de cima para baixo, e bem aquilo não era bem mentira, ela era minha amiga, “apenas” minha amiga - Então! O que é que custa contar para mim?

- Ahm...

- Vamos Harry! Prometo não contar para ninguém! - diante do meu impasse ela pareceu refletir e disse:

- Mentira - sobre o que? Olhei sem entender - Vou contar sim para uma pessoa ... - disse como se isso fosse obvio e aceitável...

- Gina!

- Ah, mais é claro! Vou contar para a causadora de tudo isso!

- Que?

- Harry, acorde! Vou ir falar com a garota ora essa! Vou dar uma de cupido - tinha que tirar isso da cabeça dela! - E não adianta tentar me convencer, vou acabar ainda sendo a madrinha de tudo isso! - Merlin, Alá, Deus, ou seja lá no que você acreditem, socorro! O que eu poderia dizer?

O que eu poderia dizer?

Como dizer aquilo?

Que espécie de sangue grifinório é esse?

E se eu não tiver um amanha?

Ir embora com isso entalado?

Continuar com essa situação?

Dizer tudo, não esconder nada?

Talvez, pela alternativa mais fácil?

Ou a mais esperada?

Guardar tudo isso comigo?

Os olhos dela, as brasas cor de mel que incendiavam infinitamente...

Os cabelos, vermelhos, estes mesmos que me assombravam...

Me deixavam em êxtase...

O pôr-do-sol...

“ Faça com que cada minuto de sua vida valha a pena...”

Soltei outro longo suspiro, me dando conta que talvez ela pudesse estar certa, e que talvez esse fosse mesmo um dos sinais, suspiros constantes...

Ia ser tudo ou nada, sabia que meu tempo estava acabando e que não poderia ir para uma guerra, com tudo isso entalado na garganta, no coração, egoísmo?

- Gina, Eu posso morrer a qualquer minuto... - ela no entanto sorriu

- Faça com que cada minuto de sua vida valha a pena, se a garota gostar de você, vai preferir aproveitar tudo o que tem direito, então quanto mais cedo você desembuchar, mais tempo poderão ficar juntos, não acha?

Ótimo, estava resolvido, quem sabe ela não tivesse razão? Quem sabe, eu não tivesse uma chance? Quem sabe... Isso, estava decidido, sem pesar mais conseqüências, ia dizer.

Outro suspiro.

- E então?

- Ok...

- Ok?

- Eu conto...

A atenção, totalmente na minha direção, esperando, curiosa?

- Gina, a menina é v...

- GINA! - Ambos olhamos em direção ao castelo, vindo em nossa direção se encontrava um garoto loiro, de rosto fino e aristocrático, que poderia ser chamado de bonito, se não fosse é claro a cara, definitivamente contrariada, como se não gostasse de nada, absolutamente nada, sobre o que estivesse vendo.

- Harry, eu... - Gina começou, parecendo dividida, era claro, não sabia se ia em direção ao namorado, que parecia irritado, talvez por ela ter sumido durante um bom tempo, ou pela companhia, ou se ficava com o amigo e descobria enfim o que é que o estava deixando tão angustiado.

- Vai Gina, ele vai brigar com você.

- Mais...

- Não tem problema, conversamos um outro momento...

- Promete para mim?

E pela terceira vez, em menos de uma hora, me vi assentindo, contra a minha vontade.

Ela me deu um sorriso e disse apenas.

- Nos vemos mais tarde!

Na verdade nem ao menos tive tempo de responder qualquer coisa para ela, a vi se afastando, com um pequeno sorriso no rosto, um sorriso que aumentava, passo a passo, segundo a segundo enquanto se dirigia até o outro rapaz e me lembrei repentinamente o que por um segundo que parecia interminável havia esquecido, um outro porque, de que aquilo era impossível...

Ela perguntou se era uma sonserina, e era, longe disso, meu problema na verdade era com UM sonserino, um “pequeno” abismo que nos separava.

Se a garota tinha um namorado, minha resposta havia sido quase afirmativa, pois ela tinha, mais em seguida, a parte que aquilo era um fácil, eles podiam terminar, me deu esperanças... Mais para que nutri-la? Não era tão fácil, assim, era? Eles haviam enfrentado a família Weasley e Malfoy para ficar juntos, não iriam terminar assim, tão facilmente.

Se era Ele? Não definitivamente, era ELA, os cabelos, os olhos, ou mesmo seu timbre singular de voz, ela...

Levantei novamente meus olhos, os quais nem mesmo havia percebido que havia abaixado, desviando minha atenção dos dois, e um riso cruel invadiu minha cabeça ao ver os dois se beijando, as mãos dele, em volta de sua cintura possessivamente, os braços finos e branquinhos circulados fortemente em volta do pescoço, as mãos dele, massageando, seus cabelos vermelhos, de forma intima, ou os lábios grudados em meio a sorrisos compartilhados e murmúrios sussurrados...

Me pergunto, o que é que havia comigo? Durante quatro anos, os meus quatro primeiros anos, havia visto a garota e simplesmente, ela não havia sido nada para mim , havia sido somente a irmãzinha do meu melhor amigo... Mas agora, lá estava ela, abraçada carinhosamente com Draco Malfoy, e me pergunto se apenas eu fui incapaz de ver, me pergunto a que ponto minha cegues consegue impedir meus atos, consigo ver que aos pouco ela vai saindo da minha vida e ao mesmo tempo cada vez mais entra o seu timbre de voz que já não sai da minha cabeça .

Sentindo que uma lágrima escorria do meu rosto, pensei, prepotentemente que a famosa frase de Charles Dickens, não poderia ser totalmente verdadeira “ Nunca devemos nos envergonharmos-nos das nossas próprias lágrimas” porque, a raiva, o ressentimento, a mágoa, o remorso o arrependimento que estavam impregnados nessa única lagrima, eram grandes motivos de vergonha, vergonha por não ver o que estava diante dos meus olhos...

Desviando meus olhos da cena romântica que se seguia a minha frente, voltei para o céu, onde o pôr-do-sol estava para se completar, naquele momento em que existe apenas uma fina linha vermelho laranjada enquanto todo o resto, já esta escuro pronto para receber as estrelas que começam a acordar, pude ver, enfim o tom que havia decidido me perseguir, igual, não havia outra definição.

Em meio a lagrima derramada e o coração partido, pude soltar um sorriso, eu bem sabia que desde a infância o que me fascinava tanto nesse momento, nesse tom, era seu ar de mistério, era saber, que era possível essa mescla de cor acontecer sem a ajuda de fios e energia elétrica, ou sem uma varinha e murmúrios de palavras incompreensíveis para que ela ficasse encantada, naquele momento achei minha definição perfeita, naquele momento mais do que nunca, o pôr-do-sol me lembrou uma mulher ciumenta, prepotência ou não, mais do que nunca aquele pôr-do-sol me pareceu uma garota solitária que buscava por companhia a presença de um garoto tão sozinho quanto ela, prepotência ou não, me parecia simplesmente uma mulher inconformada com o abandono, querendo dar o troco, prepotência ou não, a esperança voltou, me fazendo enxergar, ou talvez a loucura estivesse vindo me procurar mais cedo que o previsto...

Prepotência ou não, ao olhar mais uma vez para trás, em meio ao abraço, compartilhado com outro, o pôr-do-sol, o meu pôr-do-sol me sorriu. Prepotência ou não, agora o mistério já não me parecia tão grande.




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N/A2: Desculpe-me os erros de português! Ela não está betada!... ( Preciso urgentemente de um beta...rs... Algum candidato?!... ^-^’ )... Então, sinto pelas virgulas desnecessárias... Pelos “mais” e “mas” trocados, etc...rs

N/A3: Pois é, milagres acontecem... Provavelmente esta é a primeira fic, short e derivados que eu consegui terminar... Bem, não de verdade, na MINHA cabeça, eu enxergo uma continuação, vejamos um final mais feliz, porque bem, a idéia era que a short fosse Harry/Gina, então, no próximo e ultimo capitulo, essa loucura das ultimas frase do Harry iria se dar luz... Isso é claro, se alguém chegar a ler isso, porque a continuação, o que acontece depois, EU sei... Só vou escrevê-la se realmente alguém ler isso, ah, e isso não é nenhuma chantagem! De verdade, mais é que, está para existir pessoal mais preguiçosa que eu, e acreditem, digitar tudo isso ( até aqui: 6749 palavras) foi uma verdadeira prova de força de vontade, apenas porque eu prometi para uma amiga que iria postar... ( Dany, você está me devendo uma!!...rs) Mas, como boa leitora que eu sou, rs, sei como é chato você estar lendo alguma coisa e a continuação evaporar, então, se alguém estiver lendo, e quiser realmente saber o que acontece, poste uma mensagem para mim, ou me mande um e-mail, ok?!... Ai, vou saber se devo ou não fazer a bendita continuação! Então, acho que é isso... Agradecimentos? Ahm, claro que existe algumas amiga, que me ajudaram a escrever, mais a pergunta é: Elas querem ser lembradas por me incentivar a escrever essa joça?! ^^ .... Bom, de qualquer forma, obrigado para elas! Tenho certeza que elas sabem quem são! Ah, claro, obrigado todas as pessoas que tiveram coragem de ler! Espero que tenham gostado e que não tenha ficado muito cansativo ( principalmente, minha narrativas...rs)... Mais agora de verdade, tchau!... Vou parar antes que esse N/A fique maior que a short, que de pequena não tem muita coisa ( meus dedos que o digam!!) é isso, bye!! Brousire.


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