Capitulo Unico



Numa gélida manhã, um bonito rapaz de 16 anos acordava no seu quarto no Grimmauld Place, número 12. Sirius Black abriu os olhos lentamente, ainda com as lembranças vividas do sonho que acabar de ter com sua prima Bellatrix. Sentia o corpo quente enquanto flashs do sonho invadiam sua mente. Estremeceu ao retirar as cobertas, nunca tivera um sonho tão real. Seu corpo estava cansado como se realmente tivesse vivenciado o sonho. Quando ia se levantar reparou em suas roupas jogadas no chão, exatamente no lugar do sonho. Será que tinha realmente sonhado com aquilo?


Ela dormiu no calor dos meus braços
E eu acordei sem saber se era um sonho



De repente a noite anterior voltou com força a sua mente...

Flashback

Sirius acabara de abrir a janela do seu quarto para receber a coruja que bicava insistentemente o vidro. Quando ia retirar o pergaminho dela foi interrompido por uma voz:

- Correspondências priminho? Sua mãe não ficará feliz quando souber que você anda se correspondendo com a escoria.

Se virou para a origem do som. Parada a porta do seu quarto estava Bellatrix, sua prima, vestida com um robe negro levemente transparente por cima de uma camisola também negra. Sirius cruzou os braços e apoiou-se na janela tentando entender o que Bella fazia àquela hora da noite em seu quarto.

Bellatrix, uma linda morena, com seus cabelos negros caindo em cascata pelas costas até a cintura, olhos azuis, iguais aos de Sirius, mas com uma frieza que lhe era característica. Sirius se perguntava constantemente como alguém poderia ser tão desprovida de sentimento, ela podia ser extremamente bela, talvez a mais bonita que já tivesse visto, mas era cruel e traiçoeira como uma serpente. Era o orgulho da família Black. A mesma família que Sirius odiava mais que tudo na vida.

- É uma carta do Tiago – Respondeu Sirius mais para si mesmo que para ela – É a única coruja que encontra essa casa.

- Isso porque as proteções que Titia pos impede qualquer contato com os sangues-ruins e mestiços que você chama de amigos, podendo viver com a elite você prefere a ralé.

- Temos noções diferentes do que é a ralé – Interrompeu Sirius – E ainda não entendi o que você veio fazer no meu quarto no meio da noite.

- Perdi o sono e não existe nada mais agradável que perturbar você.

Ela tinha um sorriso estranho nos lábios que fez Sirius erguer as sobrancelhas. Bella, em geral, evitava qualquer contato com ele, mas há uma semana ela parecia ter resolvido lhe provocar de todas as formas. Ainda não tinha entendido o que ela queria com isso.

- Pena que eu não acho nada agradável a sua companhia, prima – Ele ironizou a ultima palavra – e tenho coisas mais interessantes a fazer do que lhe ouvir.

- Minha presença lhe incomoda? Ou será que você tem medo de mim?

- Não tenho medo de você querida, sua presença é desagradável e sua companhia completamente dispensável. – ele voltou atenção para a janela aberta.

- É uma pena – respondeu ela enquanto caminhava para perto da janela onde Sirius se debruçava – Eu tinha varias idéias sobre o que fazer com a sua companhia esta noite, Priminho – Ela completou enquanto se debruçava sobre a mesma janela que ele.

- O que poderia ser agradável com você, Bellinha? - Ele perguntou com a voz ligeiramente rouca, mesmo sendo detestável Bellatrix ainda era muito atraente e Sirius, em geral, não dispensava nada que usasse saias.

- Varias coisas, você não faz idéia de nenhuma? – Ela disse ao mesmo tempo em que se virava para encará-lo – Pensei que fosse mais inteligente priminho.

Sirius se perguntava se o tom de malicia na voz dela era imaginação ao não, já tivera vários sonhos, digamos, inapropriados com a prima, mas em nenhum deles ela invada seu quarto para provocá-lo. Conhecia bem a fama dela em Hogwarts, seduzia, manipulava e depois descartava. Resolveu deixá-la continuar apenas para ver aonde isso daria.

Algum tempo atrás pensei em te dizer
Que eu nunca cai nas suas armadilhas de amor


- Faço idéias de varias, Bella – Ele se virou para olhá-la – mas duvido que você seja capaz de alguma delas.

- Está me subestimando Sirius? – Ela assumiu um ar provocativo – Eu posso fazer seta noite mais agradável do que você possa imaginar.

- Porque isto agora? Se você não tivesse uma pedra de gelo no lugar do coração, poderia dizer cogitar a hipótese de você estar apaixonada por mim. – Concluiu em tom de zombaria

- Você acha que eu não sou capaz de me apaixonar?

- Amor é para fracos, foi você mesma que me ensinou isso.

- Nisso você tem razão – Disse olhando nos olhos deles e se aproximando – Mas todos nós temos fraquezas. A diferença é que eu não pretendo me entregar ao amor e sim ao momento.

- Isso não é amor, pode ser desejo, luxúria ou até mesmo paixão. Mas ninguém é capaz de amar apenas por um momento. – Sirius respondeu ao se afastar ficando de costa para a cama e de frente para a janela.

- Não me interessa o nome que você dá a isso, apenas vamos aproveitar este momento. – Disse enquanto caminhava até Sirius jogando seu peso em cima dele fazendo ambos caírem na cama

Naquele amor a sua maneira
Perdendo o meu tempo a noite inteira


Sirius desistiu de discutir e resolveu aproveitar o momento, retirou o robe negro dela jogando-o no chão ao mesmo tempo em que invertia as posições na cama. O beijo de Bellatrix era vicioso como uma droga, doce como o mel, e intenso como uma tempestade. Sentiu que ela começara a desabotoar sua camisa. Sabia que o que estavam prestes a fazer era errado, mas esse era um erro que ele adoraria cometer.

Fim do Flashback



Foi tirado dos seus devaneios pela mesma voz que sussurrara em seu ouvido durante a madrugada inteira.

- Ainda dúvida que minha companhia possa lhe ser agradável priminho? – Indagou ela parada a porta, na mesma posição da noite anterior.

Sirius parou para observá-la, usava um vestido vinho que terminava abaixo do joelho com uma fenda até a metade da coxa direita, seus longos cabelos estavam jogados para o lado e ela conservava o mesmo ar provocante da noite anterior. Tinha sido a melhor noite da sua vida, mas jamais revelaria isso a ela ou a quem quer que fosse.

- Não duvido Bella, alias nunca duvidei. Até o pior dos seres sabe ser agradável quando lhe é conveniente.

- Continua com a língua afiada priminho – Disse em tom de desdém – Pensei que depois de ontem você me mandaria flores, bombons e que eu não sairia mais de seus pensamentos.

- Precisaria de mais que uma noite para eu me apaixonar por você, precisaria da eternidade.

- Não me importa o que você é ou não apaixonado por mim, tive o que queria e isso me satisfaz. Apenas vim dizer que uma palavra sobre isso pra alguém e você morre.

- Não me passou pela cabeça dizer nada a ninguém – Até por ninguém acreditaria completou em pensamento. – Vou levar esse segredo pro tumulo.

Não mandarei cinzas de rosas
Nem penso em contar os nossos segredos


- Pode ter certeza que vai, porque eu pretendo estar lá no momento dela para garantir. Quem sabe até me encarrego do serviço.

- Achei que ontem você tinha dito que era apaixonada por mim, querida – o tom de ironia na voz dele era claro – Você teria coragem de matar o amor da sua vida?

Ele olhou atentamente nos olhos dela, mas não enxergava nenhum sentimento: amor, ódio, paixão nada disso. O olhar dela era frio e inexpressivo. Não saberia dizer o que passava pela cabeça dela neste momento, e nem em qualquer outro. Duvidava que ela fosse realmente sentir alguma coisa. Pensou na ultima frase dela. Seria capaz de matá-lo? Se cruzasse o caminho dela no futuro poderia descobrir embora talvez se arrependesse da descoberta.

- Você esta sendo pretensioso, alias como sempre foi. Você mesmo disse que eu não sabia o que era amor, pois bem continue pensando isso e deixe a noite passada apenas na lembrança que eu farei o mesmo. O que eu senti ou o que me levou a fazer aquilo é um assunto apenas meu. – Ela se virou para sair do quarto – Apesar de tudo foi uma noite incrível, Adeus Sirius.


Naquele amor a sua maneira
Perdendo o meu tempo a noite inteira



- Esse ainda não é nosso adeus Bella – Disse num murmúrio sabendo que ela jamais escutaria.

Sabia que jamais voltaria a se envolver com a prima novamente. Os caminhos de ambos eram opostos. Ele escolhera o bem e tinha certeza que ela não. Ela nunca medira esforços para conseguir o que queria e agora não seria diferente. Talvez se ela tivesse a capacidade de se entregar aos sentimentos fosse diferente. Mas do que adiantavam esses pensamentos agora? Tinha tido a apenas uma noite e nada mais os ligavam. Foi para o banheiro pensando se fora mesmo uma boa escolha dormir com ela. Sabia que jamais esqueceria aquela noite. A noite em que ela foi dele por tempo suficiente para eternizar a lembrança.

A noite inteira, a noite inteira
A noite inteira, a noite inteira


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