Helena Ravenclaw & Barão Sangrento: A história contada em todas as suas faces do Amor ao Ódio.

Helena Ravenclaw & Barão Sangrento: A história contada em todas as suas faces do Amor ao Ódio.

     O que você irá ler nas linhas a seguir se trata apenas da realidade em que acreditamos no momento decorrente, sem alterações do começo ao fim. Apenas a liberdade em um meio inexplorado e vago. Então, avante no romance entre HELENA RAVENCLAW E BARÃO SANGRENTO, onde você poderá se encantar ou também se decepcionar. O jogo do amor lhe permite todas as cartas, se tiver coragem de usar.



     Aqui vemos algumas facetas desse vasto leque de cartas, da paixão ao ódio. A história teve seu momento inicial quando você aceitou ler as primeiras linhas, uma boa viagem e nos vemos mais à frente no final dessas palavras aqui presentes.



     Hogwarts. É nesse imenso castelo cheio de seres, magias e segredos que nossa jornada se inicia. O amor surge nos corredores das masmorras e vai até o alto da torre.



     Então, você não sabe nem o que dizer? Eu irei lhe contar. Foi aqui, onde um nobre bruxo (Maximillian) ou apenas jovem B. puro sangue pertencente a casa Slytherin viu em si o sentimento despertar para com a jovem Helena Ravenclaw.



     Um sentimento forte, profundodeiro que fez com que esse jovem passasse a ser leal a mãe de Helena, a bela Ravenclaw das ravinas: Rowena, uma das fundadoras da escola. Analisamos e concluímos que dessa forma ele esperava conseguir se aproximar mais de Helena que era tão bela e inteligente quanto sua mãe, uma maneira ambiciosa de conseguir seu objetivo, o amor e a afeição da jovem moça, e assim fazendo jus a casa que pertencia.



     Mas jovem B. Estava equivocado. O tempo foi passando, o respeito e até mesmo o temor dos demais ali, ele teve. Conseguiu a confiança de Rowena também, contudo, o que ele mais desejava no fundo de sua alma, que prevalecia sob seu temperamento forte e genioso, ele nada conseguiu obter, um olhar afetuoso, palavras gentis e amáveis e um sorriso carinhoso de sua amada dama Helena, mas ele nada disso conseguiu.



     E verás aqui nomes que serão para sempre registrados neste castelo, nomes que ouvi enquanto passava por um dos corredores:



     -Por que és assim comigo, minha cara lady? Todo este tempo tenho cortejado com meus sentimentos, doce minhadama!



     -Meu caro Barão, ou dizendo, pensei que tivesse sido não sou um objeto para que possa intitular sua, meus desejos são outros, minha mente vaga por espaços e pensamentos diversos e não pretendo mudarisso.



     Incrível como o tempo nos reserva surpresas.



     E assim se seguiu até o fim dos estudos em Hogwarts. O jovem B. Insistia em seus sentimentos, chamando a obstinada Helena de sua lady, sua dama para todo o sempre e ela se recusando a atender a esses nomes, na contrapartida, ela continuava a chamá-lo de Max, seca e inflexível ou até mesmo chamá-lo simplesmente de Barão.



     O fim da vida em Hogwarts estava mais próximo e com ele os pensamentos de grandeza de Helena. Estavam cada vez mais fixos em sua mente, do mesmo modo que os sentimentos do jovem B. estavam mais aflorados e intensos.



     E assim as primeiras linhas de um futuro onde mente e sentimentos se encontrariam novamente eram escritas pelos dois, já não mais tão jovens.



     O tempo foi passanso e Helena após Hogwarts viu sua vida meio inquieta, se perdia em livros e pensamentos distantes, alguns até gananciosos. Desde muito nova sentia certa temeridade ao aproximar-se de sua mãe, que era a mais inteligente bruxa já conhecida.



     Ela queria toda aquela sabedoria, ela pensou em como a vida seria mais fácil se ela fosse a bruxa mais inteligente da história. Helena nunca foi de sonhar baixo, alguns minutos imaginando eram bastante para se perder, quando ao fundo de suas fantasias ouvira uma voz, que ela particularmente conhecia, não por vontade própria, mas, conhecia...



     -Helena? Minha dama, você está Venha quero mostraralgo.



     -Barão, por favor…



     -Insisto que não me chame de Barão, sabe meu nome.



     -Max, não me chame de Dama, não sou sua Dama



     -Sempre será minha Lady, reforço meus sentimentos porti.



     -Barão, estou ocupada, se não algo proveitoso, então tirar daqui não vai.



     Ela revirava sempre os olhos e voltava a ler, jovem B. Agora estava mais velho, a barba já crescia em seu rosto, seu semblante mudara, continuava pomposo e subjulgando a todos, mas ao ver Helena não se continha em amá-la. Ele continuou ali, a observar, sem muitos resmungos, contudo, por dentro barão consumia-se. Nunca antes ninguém tinha lhe dito um não, e agora ele não conseguia um único olhar carinhoso de sua amada.



     Isso o revoltava profunda e terrivelmente então virou-se para não mostrar a ela sua revolta, não queria que as coisas só piorassem para ele, decidiu então voltar mais tarde.



     Helena e sua mãe haviam sido convidadas a uma festa, e ela não cansava de observar e, de certa forma, invejar as habilidades de sua mãe, principalmente sua sabedoria e como ela era requisitada por todos por ser sábia e bela. Aos olhos de muitos ela se equiparava em Inteligência e beleza à sua mãe, porém ela não enxergava assim. Seus olhos, que eram acinzentados, escondiam os desejos gananciosos da bela moça. E sua mente, que um dia fora colorida, hoje só via as cores prata e azul, que cintilavam forte sobre a cabeça de sua mãe. Não era de hoje que se via observando e desejando aquele diadema, a joia mágica de sua mãe, a qual lhe traria Inteligência, toda a Inteligência que sempre sonhou ter.



     -Mas como? Como o terei?



     -Minha dama? O que pensas aí tão solene em voz alta? Como terá o quê, minha Lady?



     …ah, queres meu amor? Tu já tens e sempre soube disso, eu aqui me ajoelho diante de ti, venha para os meus braços, minha amada, amada Deusa da sabedoria….



     Enquanto jovem B. continuava sua declaração, ela em sua mente guardou apenas as palavras “Deusa da Sabedoria”, era o que sempre quisera? Ser sábia, ainda mais que sua mãe? Para isso só precisava do diadema. Então colocou o plano em prática.



     -... O que terei de fazer para que queiras meu amor? ...



     -Barão, desculpe-me! Eu tenho que ir…



     E o jovem B. em seu momento declarado ficou ali plantado, enquanto ela fora correndo em direção ao pátio onde sua mãe se encontrava. Ao vê-la correndo subiu-lhe um ódio, ressentimento. Começou a amaldiçoar o amor que sentia por ela, e disse da boca para fora que não mais a veria.



     Esse tempo sem o jovem B. em seu encalço foi o suficiente para que Helena executasse seu plano. Falou sutilmente com sua mãe assumindo a falta de gosto com relação a festa, e que não havia para si um par decente, que animasse sua noite, queria então ir para casa. Sua mãe automaticamente lembrou-se do jovem Barão.



     -Helena, minha filha, por que não com o jovem Max? Ee é um bom moço, certamente faria sua noitemelhor.



     -Ah mãe, o Barão não, ele vive me chamando de “minha dama”, coisa que não sou e afinal eu não gosto da companhia dele, quero ir para casa.



     -Ok Helena, em instantes iremos. 



     Não demorou muito até chegarem em casa. Era tarde e foram dormir, Helena conhecia onde sua mãe guardava o diadema. Estava desprotegido, sua mãe confiava plenamente nela. As horas se passaram e um pouco antes de levantar para furtá-lo, parou, e em sua mente pensou o que faria quando o roubasse de sua mãe. Para onde iria? Nesse momento só lhe veio à mente o livro que sempre lia falando de uma nova terra chamada Albânia ninguém a conhecia, era o lugar perfeito para recomeçar. Mas como se livraria de pistas da sua localização? Lembrou-se então que ao colocar o diadema teria toda a sabedoria que precisaria para sair dali. E assim o fez, na madrugada daquele dia ela o furtou e sumiu, sem deixar rastros.



     O jovem B. por sua vez, em casa se remoía de ódio por não conseguir o amor de Helena. Decidiu então ir até ela e levá-la para sua casa ele mesmo, com seu consentimento ou não.



     Na manhã seguinte Jovem B. encontrou apenas Sra. Rowena a chorar, pois sua filha havia ido embora, e tinha levado consigo seu diadema. Não se sabia o paradeiro, por incrível que pareça nem um único bruxo a viu passar, disse Rowena a Barão, que estremeceu logo após a notícia. Nunca mais veria ele sua amada?



     Do outro lado, na Europa, quase 3 dias depois, chegou Helena num país pouco conhecido, de muitas florestas e camponeses, esses o chamavam de Albânia. Se alojou, e com sabedoria escolheu todos os passos a dar, logo já estava abrigada próximo a uma floresta e ali continuaria vivendo até decidir o que fazer para colocar sua inteligência em ação naquele novo mundo.



     Passado o choque da informação inicial que recebeu da própria Rowena que ali em sua frente estava a chorar, o jovem B. tentou se recompor e pôs-se então a consolar ela que lamentava continuamente a perda de sua filha. Rowena não se importava com o diadema, seus pensamentos estavam unicamente em sua filha Helena.



     -Ah, se conseguisse compreender o porquê de toda essa situação! – pensava.



     Não demorou e começou a pensar e cogitar hipóteses, e dentro de sua inteligência não conseguia encontrar uma resposta.



     Ao passo que jovem B. remoía dentro de si a dor e a amargura de mais uma vez ter sido rejeitado, tais sentimentos envenenavam cada vez mais sua alma.



     Passou-se mais um tempo e Rowena nunca esqueceu de sua filha, a lembrança de tristeza que carregava era imensa e constante. Parou até de frequentar as festas para que era convidada, pois sempre se lembrava da última noite que vira sua filha. Jovem B. permaneceu ao seu lado, porém ele decidiu não mais pensar em Helena, resolveu esquecer que ela seria sua perfeita dama. Entretanto, mesmo depois de anos ainda se lastimava por nunca a ter por completo. Como Barão, Jovem B. era de longe muito cogitado como marido. Por mais que beleza não fosse seu forte, as mulheres se derretiam ao saberem da história do amor dele por Helena.



     Ele até tentou ser um homem normal e se apaixonar novamente. Em uma de suas viagens, conheceu uma mulher muito interessante que também estudou em Hogwarts um tempo após ele. Tornaram-se amigos e começaram a interagir ainda mais, viram alguns interesses em comum, e ele logo imaginou que poderia apaixonar-se novamente.



     O nome dela era Catarina Lynch, uma Irlandesa linda, que estava loucamente apaixonada pelo Jovem B. Ele a pediu em namoro e ela sem demora aceitou e começaram a namorar. Por um tempo tudo estava dando certo, ele de tudo tentou para conseguir amá-la como amava Helena e esse foi seu erro, falhou estupidamente, pois Catarina era uma mulher admirável de muitas qualidades, porém não tinha toda a admiração que a Helena tinha aos olhos do jovem B. Os anos foram se passando e o romance foi ficando cada vez mais frio. Catarina percebia que o seu amado barão não era mais o mesmo e resolveu perguntar-lhe o que estava acontecendo. Ele quando ouviu a pergunta ficou sem saber o que dizer. Durante todos os anos com Catarina ele ainda pensava em Helena. Por um momento ele tomou coragem e a disse que sempre pensava na moça por quem sempre nutriu amor e que ainda amava de todo o seu coração.



     Catarina ao ouvir a declaração de seu amado ficou profundamente triste e magoada. Ele por sua vez não sabia mais o que fazer, amaldiçoava e surrava seu corpo em prantos por nunca ter sido alvo do amor de Helena. Começou então a se isolar e nem mesmo a Rowena ele dava notícias e o ódio com o tempo começou a consumir seu coração.



     E nessa passagem de tempo, temos um vislumbre do que se passa no outro lado do continente. Helena se encontrava já uma mulher adulta e formosa no auge da beleza e inteligência agora que possuía o diadema de sua Mãe.



     Ali, de fato a Albânia tinha se tornado para ela um novo mundo, desde o momento em que lera aquele pequeno livro em seu quarto anos atrás. Mesmo ali longe de sua mãe e do jovem B. onde poderia ter se permitido um amor que ela não fez gosto, por não nutrir nenhum sentimento forte pelo Barão, ou talvez nutrisse. Contudo, o fato é que seu objetivo era se tornar a Deusa da Sabedoria. “- Minha Deusa da Sabedoria. ”, até hoje a frase dita pelo jovem B. na noite de sua partida ecoava em sua mente.



     Para muitos ali naquele lugar, ela era de fato uma deusa da Sabedoria que decidiu viver na terra e espalhar seu conhecimento. Era sempre solicitada para dar conselhos, tanto para a vida quanto para negócios, lógicas no plantio e colheita dos alimentos, receitas e remédios para diversos fins. Mas ainda assim, às vezes se encontrava pensando em seu passado e no alto da copa das árvores se encontrava sempre a relembrar.



     Voltando ao Jovem B., não demorou muito até que ele se isolasse por completo durante anos, sem contato com Hogwarts ou qualquer coisa que o lembrasse seu amor, em sua mente achou melhor assim, não sofrer mais por alguém que nunca tivera. Até que anos depois recebeu de um de seus vassalos a notícia de que uma das grandes fundadoras de Hogwarts, Rowena Ravenclaw, estava muito doente e em seu leito de morte. Ficou abalado com a notícia e até pensou em ir vê-la, mas seu orgulho falou mais alto…



     -Nunca mais, nenhum contato, esqueça Helena e tudo que ela envolve.



     Então decidiu perante todos ignorar a notícia e continuar ali, mas por dentro sentia seu peito apertar, o amor ainda murmurava lá dentro? Como poderia isso? Seria amor ou obsessão? Um pouco dos dois, talvez. Alguns dias depois chegou uma carta enviada de Rowena para ele, ele de primeira recusou-se a abrir, fez linha grossa e imaginou mil e uma coisas que poderiam estar escritas ali. Movido pela curiosidade, abriu e a leu. Junto da carta vinha um pacote que também não verificara o que continha.



     Ele leu:



 



          Caro Barão Maximillian, eu Rowena Ravenclaw, venho por meio desta pedir-lhe de todo meu coração.Desde aquela noite não tiro minha filha da mente, por que ela se foi? Não me contento em ficar sentada aqui sem tê-la ao meu lado, perdi boa parte da vida dela, não sei se casou-se ou não, se tenho algum neto, qual o nome dele? Eu não sei, ela não me deixou saber. Estou sozinha… Mas não espero que entenda e ouça essa velha que lhe escreve agora. Sei que tem uma vida nova, é um homem agora. Entendo que tem novos amores, é cogitado por muitas mulheres, mas, Barão, ou melhor dizendo, Max, sei que ainda sente algo por Helena, eu compreendo que lhe peço demais e que você tem muitos afazeres, mas não me negue este último pedido, tenho procurado ela há anos, não sei mais onde e nem como procurar. Sinto que só você poderá descobrir e trazer ela de volta.



       Ps.: O pacote que acompanha a carta é uma coisa importante deixada por ela, imaginei que seria de seu agrado guardá-lo para si.



                Rowena Ravenclaw



 



     Ao terminar de ler carta, ficou ali pensativo. Suspirou pesadamente ainda dividido entre seu orgulho de manter-se longe de tudo e os seus sentimentos que, apesar de todo esse tempo ainda eram vívidos dentro dele. Ainda movido pela curiosidade resolveu abrir o pacote que viera junto com a carta. Ao abrir encontrou apenas um livro pequeno de capa amarronzada ele leu o título que Dizia. Europa, um novo mundo chamado Albânia. Ele de imediato reconheceu o livro que tantas vezes vira nas mãos de sua dama. Ao folhear o mesmo, para sentir um pouco do aroma de sua amada que ainda estava impresso ali, um pequeno cartão caiu de dentro e nele estava escrito:



     “Isso foi tudo que consegui encontrar, sei que somente você e capaz de me trazê-la de volta. ”



          Rowena



 



     O Barão não se conteve e começou a chorar, porr fim deixou seu orgulho de lado e decidiu ir atrás de sua amada, atendendo assim o desejo de sua senhoria Rowena. Ele se recompôs e então chamou um de seus vassalos e mandou que ele preparasse tudo para que ele fizesse uma viajem de emergência.



     -Conrad, prepare minhas coisas o depressa possível. Irei viajar para a Albânia, atenderei ao desejo da nobre Rowena e trarei Helena de volta. Agora dê um pergaminho e o tinteiro, irei responder a carta que enviou informando-lhe da minhapartida.



     -Claro, meu senhor! - disse Conrad, o seu vassalo mais próximo. Então trouxe e os entregou.



     -Com sua licença, meu senhor, irei arrumar tudo agora mesmo. - E apressadamente.



     Então ele pegou o pergaminho e começou a escrever a carta:



 



          Minha lady Rowena, venho através desta carta lhe informar que irei atender seu desejo e partirei para encontrar Helena, não deprecie a si mesma, minha cara, sempre tive muito apresso por vós e tens razão, até hoje guardo meus sentimentos por sua filha.



          O pacote que me enviou acendeu uma luz nesse caminho escuro que irei seguir, partirei para Albânia ao pôr do sol deste dia. Sim,  irei às cegas, apenas acreditando em meu coração, esperando que assim como o título do livro, lá tenha se tornado o novo mundo dela. Posso não achar nada, serei sincero, mas farei de tudo para que possamos tê-lanovamente junto a nós. Peço-lhe de antemão o perdão por minha recusa em atender a vós antes, até hoje ainda sinto um vazio dentro de mim por conta da partida de minha eterna dama. E suplico que com sua sabedoria aceite esses sentimentos, tens minha palavra que honrarei com minha vida. Encontrarei ela!



          Despeço-me aqui e lhe estimo melhoras.



 



               Barão Maximilian



 



     Ele então terminou a carta e subiu aos seus aposentos, vestir-se adequadamente e esperar Conrad vir com sua bagagem.



     -Bem, vamos, partirei imediatamente. Pretendo sair no navio que tem partida neste pôr do sol.



     Então Conrad espantou-se, 'Navio’ pensou ele.



     -Se me permite senhor, mas, por que usar um navio como meio de locomoção, quando nossos meios de transporte são muito mais eficientes? - Ele perguntou intrigado com a escolha feita pelo barão.



     Ele então ao ouvir a pergunta de Conrad enquanto terminava de se vestir deu apenas um sorriso e desceu para esperar Conrad trazer sua Bagagem.



     Quando Conrad foi ao seu encontro com a bagagem ele lhe recebeu com uma resposta a sua pergunta:



     -vós me perguntaste por que o navio, correto? e simples, estou indo as cegas rumo a um lugar que desconheço, como poderia eu me aparatar se não conheço bem o lugar? ou usar o pó de Flu se nem ao menos bruxos residem lá? -E ele foi  pontuando cada  questão calmamente, -Compreendes então por que recorri viajar de navio meu caro?



     Disse ele a seu vassalo enquanto pegava sua bagagem, então saiu para o porto e para o início do encontro com o incerto, tendo apenas na força de seus sentimentos a certeza de que a acharia lá. Em seguida partiram ao porto. Ao chegar lá se despediu de Conrad lhe entregando a carta que havia escrito e disse-lhe:



     -Vá e envie para a senhora Rowena e certifique se de que ela receba. Entendido, meu caro?



     Conrad apenas ali admirando a força e a fibra que seu senhor demonstrava ter por esse Amor



     -É claro, meu senhor, cuidarei disso pessoalmente! - despediu-se de seu senhor e partiu.



     Logo o apito do navio soou nunciando que já iria partir, então ele embarcou rumo a Albânia, sem ter certeza se a acharia lá, apenas acreditava em seu coração que iria conseguir, coração que pulsava outra vez como quando o jovem B. estava em Hogwarts.



     O navio zarpou e a viagem teve seu início. Ele ficava ali na borda por horas, olhando aquela imensidão de mar perdido em seus pensamentos e lembranças da época em que era aquele jovem respeitado, admirado e até mesmo temido nos corredores de Hogwarts por quase todos, mas ela sempre fazia questão de lhe rejeitar, e por isso seu amor só crescia pelo desafio que ela representava a ele.Os dias foram se seguindo e ele ali passava horas a fio lendo e relendo cada parte daquele livro, na busca de mais algum detalhe que o levasse ao paradeiro de sua amada. Estava ali outra vez o Jovem B, ambicioso no jogo do amor que se seguia em sua vida desde o princípio de tudo, nos corredores de Hogwarts.



     Depois de mais alguns dias finalmente pôde ver a terra surgir ao horizonte, o que significava que ele estava na Albânia. O jovem B. regozijou-se de alegria ao chegar em terra firme outra vez e se agarrar ao que seu coração dizia: que ali a sua amada dama acharia; Então exausto da viagem segui para uma hospedaria próxima ao porto e nela acomodou-se para descansar e pensar por onde começaria a sua busca por sua amada Helena, sua eterna dama.



     Na vista da janela, lembrou-se de cada pedacinho do livro, agora que entendia muito sobre a Albânia. Logo partiu da hospedaria e imaginou-se sendo Helena, ele não tinha dificuldades, não esqueceu de nenhum detalhe, muito menos das falas ao vento da sua dama que almejava profundamente ser conhecida pela sabedoria, a princípio foi procurar por algo relacionado a sabedoria nas redondezas. Não precisou de horas para ouvir muitos boatos de uma sábia mulher que vivia em uma floresta no Sul daquele país, em um vilarejo. Ela se intitulava Deusa da Sabedoria, dizia que toda e qualquer pergunta ela seria capaz de responder. Ao ouvir isso, os olhos do Jovem B. brilharam tão forte que era possível de longe ver seu contentamento.



     Não perdeu tempo, arrumou seu cavalo e foi cavalgando até o sul. A Albânia não era um país grande, teve certa facilidade em cruzá-lo. Chegou na manhã seguinte ao vilarejo, e foi direto a casa da tal “Deusa” que responderia a qualquer pergunta. Ele bateu na porta e uma voz o acolheu, porém era uma voz confiante e segura, por um momento desacreditou ser Helena, mas ao abrir a porta viu sua amada ali sentada em seu aparente “trono”. Ela estava magnífica, ele ficou minutos olhando seu rosto, quase não acreditando, ela não o reconhecera ao primeiro instante pois ele estava barbudo, pálido, fazia dias que viajava sem descansar. Jovem B. a olhou e esperou ela lhe falar:



     -O que desejas que eu responda, caro senhor?



     Ele se encantou com o jeito da moça, tão sábia, sua deusa da Sabedoria estava ali. Ele lhe perguntou:



     -Quem és tu? Poderias ser minha dama? Essa que não conseguiu reconhecer o dono de seu amor?



     Os olhos de Helena de imediato se abriram e olhou diretamente para o Jovem B. Ele lhe deu um sorriso e falou:



     -Minha Dama!



     Ela ficou imóvel por alguns minutos, não sabia se era terrível ver alguém conhecido onde ela imaginou que estaria a salvo de todos eles ou um alívio ver alguém conhecido, mesmoque fosse o Barão.



     Ela se deteve e não hesitou em dizer que sim, era Helena Ravenclaw, filha de Rowena Ravenclaw. Jovem B. correu para vê-la de perto, logo perguntou como ela estava, sentiu-se preocupado e tentou fazer o máximo para que ela se alegrasse de sua chegada,queria estar ali com ela e pensou então em não falar de primeiro que o objetivo dele era leva-la de volta à Inglaterra. Primeiro Tentaria descobrir os motivos pelos quais ela roubou o diadema.



     Ela explicou o que ele de certa forma já sabia. Ela sempre quis ter a inteligência da mãe, ser igual, não, ser maior que ela. Ser conhecida como a mais sábia de todas. Ele a repreendeu de imediato, disse-lhe que não podia pensar daquela forma, a mulher a qual deixara lá trás e roubara era sua mãe, entendia seus desejos, mas reprovou seus métodos, principalmente por tê-la deixado ainda mais distante dele.



     Helena mesmo com toda a confiança, amadureceu. O tempo sempre muda as pessoas e no caso dela o tempo e o diadema a amadureceram ela ainda mais, a sabedoria adquirida com o artefato lhe abriu os olhos para muitas coisas. Começou a ver o Jovem B. com outros olhos. Ao vê-lo ali na sua frente, imaginou o grande amor que ele deveria sentir, depois de tanto tempo. Conseguiu descobrir sua localização e encontrá-la, isso significava algo, então ela resolveu ceder aos encantos do Jovem B.



     Eles continuaram a conversar por um tempo e ela logo o convidou a ir a floresta, tinha ela um lugar favorito que não mostrava a ninguém. Descobriu ele um pouco depois de chegar e se instalar no vilarejo, era um lago rodeado por árvores grandes e densas nas quais ela subia para pensar e observar a vila e o lago que tinha suas águas negras, porém era divino, a calma com a que as águas balançavam e o negro delas era quase como espelhos, refletiam tudo a sua volta incluindo eles dois a sós olhando para o lago.



     Ela não hesitou e logo foi ao seu objetivo…



    -Barão...



     Ele como sempre logo a Interrompeu. -Por favor minha dama, não chame de Barão, sabes meunome!



     -Max, queria agora perguntar a você o porquê de ter vindo de tão longe para me encontrar?



     Ele olhou em seus olhos e disse:



     -Quantas vezes preciso dizê-la, minha dama, minha meu amor sempre seráseu.



     Beijou-lhe a mão, com uma delicadeza imensa. Ela corou imediatamente, nunca tinha prestado atenção em seu pretendente. Ele sempre fora tão insignificante para ela, mas agora parecia importante. Ele a viu exaltada e lembrou-se todas as tentativas frustradas de beijá-la. Foram muitas, porém como já estava ali, não custava tentar, e arriscou. Ao não ver ela mexer se surpreendeu de um jeito espantoso, voltou o rosto e chegou a perguntar se ela não esquivaria, ela disse que sim e esquivou para junto de seus lábios. Ele não pode ficar em si, nunca tivera um beijo de sua amada antes e agora sentia sua boca na dele? Ele adorou cada minuto ali, não queria que o tempo passasse, queria que nunca mais acabasse. Ele parou o beijo só para observá-la um pouco e logo voltou a beijar. Ficaram aos beijos, refletidos pelo lago negro a sua frente.



     Ela então com a melhor das intenções ao ver anoitecer o chamou para jantar, ele por sua vez nem pensou na possibilidade de recusar, foram para casa e logo após a janta e uma boa conversa divertida voltaram a se beijar, ele a deitou e ficou sobre ela, ele era carinhoso e ela gostava disso, nunca tivera nenhum homem, desejava isso. Envolveu ele com suas pernas e segurou em seus cabelos, ele a apoiou pelo quadril e não a soltou de jeito nenhum, mantiveram-se ali enquanto puderam. Ah estava muito bom, ela virou-se e agora ela dominava o jovem Barão, agora ele era o vassalo da sua deusa da Sabedoria, porém ele não fez nenhum resmungo. Deixou ela o dominar. Passou a mão por todo o seu corpo e a viu arrepiarcom um beijo. Era maravilhoso beijar seu pescoço enquanto ela arranhava suas costas e levava suas mãos até o cabelo, e o envolvia em seus braços.



     E assim a noite se foi. Pela manhã o barão acordou com Helena em seus braços e mal podia acreditar. Sentia uma imensa felicidade em seu peito, não queria nem mexer para não acordá-la, queria que ela permanecesse ali, imóvel junto a ele, todavia não foi possível pois ela logo ela acordou.



     Já vestidos e conversando a tarde, jovem B. soltou a notícia de que Rowena, estava em seu leito de morte e que suplicava para ver novamente sua filha. Helena não ficou tão abalada quanto deveria, não tanto por fora quanto por dentro, ele ainda insistiu na ideia de levá-la por vontade própria, ela recusou e perguntou o porquê de ele estar insistindo naquilo se ele como tal tinha vindo para ficar com ela.



      Neste momento ela percebeu que ele não tinha vindo só porque a amava e sim para



     levá-la de volta a sua mãe que estava prestes a perdoá-la como disse ele. Ela nem tentou entender o resto e colocou o jovem B. para fora de sua casa, não queira mais ouvi-lo.



     Insistiu que não iria e que ele fosse embora. Após uma semi-concordância, ele estava a alguns passos distantes da casa, amaldiçoando a si mesmo por tê-la em seus braços e perdê-la novamente. Em seguida estava andando em círculos e só pensava em uma coisa, o que tinha ido fazer no dia que ela foi embora? A resposta era simples, ele iria levá-la com seu consentimento ou não.



     Então o jovem B. decidiu continuar de onde tinha parado quando mais novo. Voltou alterado para a casa. Arrombou a porta e a pegou pelos braços.



     -Você vemcomigo!



     -Não! Max! Você está machucando! - ela em desespero ver os olhos descontrolados do JovemB.



     -Eu vou levá-la, você vai ser minha, minha! Eu a quero e você vai ser minha!



     -Calma!



     Ela viu uma brecha entre seus dedos e escapou correndo para a floresta, ele foi logo atrás,colocou em mãos o seu punhal e os dois correram em meio a mata, ela conhecia bem o lugar, lembrou-se do Diadema que usava. Como um ato de Inteligência e proteção, ela o escondeu em um tronco de árvore marcada. Na esperança de que quando se visse livre do Jovem B. Ela voltasse e o pegasse novamente. Porém isso não aconteceu, em meio a correria ele a parou em frente o lago, ela se viu presa. Quando correu para o lado era tarde, ele já a tinha pegado novamente. No balanço tentando se soltar dele no momento de ódio ela o empurrou e ele enfiou o punhal em seu ventre.



     Enfiou o punhal em sua amada dama que gritou ao sentir a dor. Seu grito ecoou em sua cabeça de uma maneira terrível, ele a largou no chão sangrando. E quando se deu conta do que fez, ajoelhou-se ao lado dela e chorou por horas, não queria mais estar neste mundo sem ela.



     -Helena meu amor, me ouça! Desculpa, desculpa eu não queria! Desculpa, por favor! Minha deusa da Sabedoria, minha lady! Minha dama. Eu preciso de você, eu não quero viver sem você.



     Olhou para o punhal sujo de sangue e tirou sua própria vida por amor a Helena e ódio a si mesmo.



     Por fim os dois corpos ficaram ali, juntos ao lago negro, que agora era tingido de um vermelho que refletia o amor de dois bruxos que não puderam o viver.



     E foi aqui nesse novo mundo chamado Albânia que essa longa e turbulenta história de amor teve seu desfecho. muitas coisas aconteceram, sentimentos do mais variados  foram sendo semeados através dos anos decorrentes. As vidas nessas linhas aqui citadas foram traçadas, vividas e planejadas, mas sabemos que nem mesmo o maior amor ée tampouco a maior sabedoria são capazes de moldar o tempo e as escolhas que são feitas no profundo da alma de cada ser.Então irás se perguntar. Acabou a história? A morte foi o ato final dessa história visceral? Não, a morte foi o fechamento do ciclo da vida, mas sabemos que se tem uma escolha e escolha essa que nosso casal aficionado em seus propósitos a aceitaram.Se ainda não compreendeu, lhes informo: verás que no nosso ponto de volta ao início, uma vez mais lhes digo, onde seria este se não a nossa majestosa Hogwarts? Ao caminhares outra vez por lá irás notar. Nas frias masmorras um homem, agora apenas um espectro,um fantasma de sua existência por lá vagando, arrastando suas pesadas correntes como punição eterna por seu ato de fúria que custou a vida de sua amada. Para ele a morte não foi o bastante, por isso não se entristece pelas correntes que o prendem.Suba agora algumas escadarias e no sexto andar, no alto da torre irás achar uma bela dama de olhos fortes e cinzentos que refletem o seu passado de sabedoria extrema que lhe trazia a felicidade quase plena, e ali passa o resto da eternidade ouvindo as conversas das mentes mais inteligentes e envolventes. Pois era marca ali eminente.



     Após esse vislumbre entende agora quem são eles? Certamente sim. Ele MaximilianVon Swartzschild ou jovem B. e ela a "deusa da sabedoria" ou Helena Ravenclaw.



     Mas, olhe novamente, apenas mais um pouco e notará que agora tais nomes estão apenas nas memórias de quem temos ali. Ele o Barão Sangrento, o genioso e temoroso. Ela a introspectiva e observadora Dama Cinzenta.



     E assim Hogwarts se encarrega de trazer de volta para si o que ela um dia abriu ao Mundo: a história entre mente e sentimento, paixão e desespero, morte e punição, agora suas paredes exaltam para sempre a relação de Helena Ravenclaw e Barão Sangrento. O fim pode ser um novo começo, só depende de você aceitá-lo.



 



     Obs.: O diadema, então nunca mais foi visto, só lhe restou a lenda que é contada até hoje. Quem será o próximo a possuí-lo?


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